quarta-feira, 31 de maio de 2017

Trump vai anunciar decisão sobre acordo climático global em breve

Trump vai anunciar decisão sobre acordo climático global em breve

quarta-feira, 31 de maio de 2017 19:49 BRT
 


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Trump fala a repórteres na Casa Branca
 31/5/2017     REUTERS/Jonathan Ernst
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Por Valerie Volcovici e Jeff Mason WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quarta-feira estar se aproximando de um anúncio sobre deixar ou não um acordo global de combate a mudanças climáticas e estar ouvindo pessoas de ambos os lados, enquanto uma fonte próxima à questão afirmou que Trump estava se preparando para retirar o país do pacto. Uma saída dos EUA pode aprofundar um dilema com aliados norte-americanos, e os EUA se juntariam à Síria e à Nicarágua como os únicos não participantes do acordo de 195 países feito em 2015 em Paris. Respondendo a perguntas de repórteres no Salão Oval da Casa Branca, Trump se negou a dizer se já tem uma decisão, dizendo: “Vocês descobrirão muito em breve”. “Estou ouvindo muitas pessoas, de ambos os lados”, disse Trump, que anteriormente chamou o aquecimento global de farsa com objetivo de enfraquecer a indústria dos EUA. A fonte, falando em condição de anonimato, afirmou que Trump estava elaborando os termos da retirada com o administrador da Agência de Proteção Ambiental dos EUA, Scott Pruitt, um aliado da indústria do petróleo e cético sobre mudanças climáticas. O porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, se negou a dizer durante entrevista se o presidente republicano poderia optar por uma ação sem ser retirada completa. O acordo, firmado na capital francesa em 2015, almeja limitar o aquecimento planetário em parte cortando o dióxido de carbono e outras emissões resultantes da queima de combustíveis fósseis. Segundo o pacto, os EUA se comprometiam a reduzir suas emissões em 26 a 28 por cento dos níveis de 2005 até 2025. Nos últimos dias, chefes-executivos de diversas companhias fizeram apelos para Trump. Os chefes de ExxonMobil Corp, Apple Inc, Dow Chemical Co, Unilever NV e Tesla Inc estavam entre os que pediram para Trump continuar no acordo, com Elon Musk, da Tesla, ameaçando deixar os conselhos de consulta da Casa Branca caso o presidente retire os EUA do pacto. Robert Murray, CEO da Murray Energy Corp, uma companhia de carvão sediada em Ohio e grande doador da campanha de Trump, pediu para Trump retirar o país do acordo. Trump havia dito que o acordo iria custar trilhões de dólares à economia dos EUA sem benefícios tangíveis. Para o presidente republicano, uma retirada refletiria sua abordagem política de “América primeiro”, livre de obrigações internacionais. Trump se recusou a endossar o acordo climático em cúpula do G7, grupo dos sete países mais ricos, na Itália no sábado, dizendo precisar de mais tempo para decidir. Os EUA são o segundo maior emissor de dióxido de carbono do mundo, só atrás da China. Os apoiadores do acordo climático temem que a saída dos EUA induza outras nações a afrouxar seus compromissos ou também se retirarem, enfraquecendo um acordo que os cientistas afirmam ser crucial para evitar os impactos mais graves da mudança climática.

Temer vê momento de "grande conflito institucional" e pede para deixarem Executivo "trabalhar em paz"

Temer vê momento de "grande conflito institucional" e pede para deixarem Executivo "trabalhar em paz"

quarta-feira, 31 de maio de 2017 18:26 BRT
 


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Temer em evento no Planalto
31/5/2017 REUTERS/Ueslei Marcelino
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Por Lisandra Paraguassu BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Michel Temer disse nesta quarta-feira que o país vive um momento de "grande conflito institucional" e fez um apelo para que deixem o Executivo "trabalhar em paz", num momento em que enfrenta grave crise política decorrente de delações de executivos do grupo J&F. "Vamos deixar o Judiciário trabalhar sossegado, vamos deixar o Legislativo trabalhar em paz, vamos deixar o Executivo, convenhamos, trabalhar em paz", disse Temer, na cerimônia de posse do novo ministro da Justiça, Torquato Jardim, no lugar do deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR). "Eu vejo em pronunciamentos meus que as pessoas querem muito que continue o programa de governo que nós inauguramos no país um ano atrás", acrescentou o presidente, que sofreu fortes pressões nas últimas semanas para renunciar. "Até quando fazem uma ou outra objeção dizem que é preciso continuar o programa que se iniciou nesse governo, ou seja, um governo acolhido pelo país, um programa de governo acolhido pelas necessidades do país." Temer, que vinha comemorando a melhora em diversos indicadores econômicos e se colocou sempre como presidente de um governo reformista, viu seu apoio parlamentar diminuir e o ritmo das reformas desacelerar depois da revelação de uma gravação de conversa dele com o empresário Joesley Batista, do grupo J&F, que levou o Supremo Tribunal Federal (STF) a autorizar a abertura de um inquérito contra ele. Às vésperas do julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pode cassar seu mandato no processo sobre a chapa vencedora na eleição presidencial de 2014, quando disputou a reeleição como vice da então presidente Dilma Rousseff, e com o pano de fundo da operação Lava Jato, que tem investigado dezenas de políticos, Temer disse que o país precisa "recuperar a institucionalidade". "O Brasil vive hoje momentos de grande conflito institucional... precisamente porque não se dá cumprimento muitas e muitas vezes à ordem institucional", disse. "O que nós precisamos, com muita celeridade, é exatamente recuperar a institucionalidade do país, porque a recuperação da institucionalidade significa, precisamente, a recuperação da ordem; significa, sim, o cumprimento da lei." Apesar do esforço do governo para procurar mostrar que a troca de ministro ocorreu sem problemas, Serraglio, que teria ficado irritado com o modo como foi sacado do comando da Justiça, não compareceu à cerimônia.

BC opta por cautela, reduz Selic a 10,25% e sinaliza cortes menores em meio à crise política

BC opta por cautela, reduz Selic a 10,25% e sinaliza cortes menores em meio à crise política

quarta-feira, 31 de maio de 2017 19:28 BRT
 

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Banco Central em Brasília
 16/5/2017 REUTERS/Ueslei Marcelino
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Por Marcela Ayres BRASÍLIA (Reuters) - O Banco Central reduziu a taxa básica de juros em 1 ponto percentual nesta quarta-feira, a 10,25 por cento ao ano, e já indicou que deve optar por um corte menor da Selic em sua próxima reunião, em julho, em meio à intensa crise política. "Em função do cenário básico e do atual balanço de riscos, o Copom entende que uma redução moderada do ritmo de flexibilização monetária em relação ao ritmo adotado hoje deve se mostrar adequada em sua próxima reunião", informou o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC em comunicado. Em pesquisa Reuters, a mediana das projeções apontava para redução de 1 ponto percentual da Selic agora. "As incertezas políticas limitam um pouco a extensão do ciclo (de afrouxamento monetário), cujo fim está mais próximo. O BC sinalizou que vai cortar a Selic em 0,75 ponto percentual na próxima reunião", afirmou o economista-chefe do Haitong Securities, Jankiel Santos, para quem a taxa vai a 9 por cento ao ano, cenário que já havia antes da crise política. Antes das delações de executivos da JBS (JBSS3.SA: Cotações) virem à tona e colocarem em xeque o governo do presidente Michel Temer, boa parte dos agentes econômicos apostava que o BC aceleraria o passo e cortaria os juros em 1,25 ponto nesta reunião diante da evolução favorável da inflação e da fraqueza na atividade econômica. A perspectiva, contudo, foi abandonada diante das incertezas políticas e temores de atraso na tramitação de reformas consideradas cruciais para a retomada mais sustentável do crescimento, com destaque para a da Previdência. A esse respeito, o BC informou entender como fator de risco principal o aumento de incerteza sobre a velocidade do processo de reformas e ajustes na economia. "Isso se dá tanto pela maior probabilidade de cenários que dificultem esse processo, quanto pela dificuldade de avaliação dos efeitos desses cenários sobre os determinantes da inflação", informou. Em outro trecho, o BC reiterou que a extensão do ciclo de flexibilização monetária dependerá, entre outros fatores, das estimativas da taxa de juros estrutural da economia. Mas ressaltou que esse quadro passou a ficar mais turvo. "O Comitê entende que o aumento recente da incerteza associada à evolução do processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira dificulta a queda mais célere das estimativas da taxa de juros estrutural e as torna mais incertas. Essas estimativas continuarão a ser reavaliadas pelo Comitê ao longo do tempo." Esta foi sexta vez seguida que a autoridade monetária diminuiu a Selic, num ciclo iniciado em outubro passado que contou com dois cortes iniciais de 0,25 ponto percentual, seguidos por outros dois de 0,75 ponto e um de 1 ponto. O BC continuou defendendo que a inflação permanece favorável, "com desinflação difundida inclusive nos componentes mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária". Mas, mais uma vez, ressaltou que é necessário "acompanhar possíveis impactos do aumento de incerteza sobre a trajetória prospectiva da inflação". Nesse cenário, diminuiu a projeção de inflação pelo cenário de mercado a 4 por cento em 2017, sobre 4,1 por cento na reunião anterior. Para 2018, por outro lado, a estimativa subiu levemente a 4,6 por cento, contra 4,5 por cento antes. A meta oficial é de 4,5 por cento pelo IPCA nos dois anos, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Para o economista-chefe do banco Fator, José Francisco de Lima Gonçalves, a mensagem do BC pavimenta o caminho para uma Selic mais alta ao fim do ciclo. "Se não houver um avanço nas reformas, na velocidade do processo, claramente o Banco Central vai cortar menos e acompanhar o andar da carruagem", afirmou. "Dada a incerteza política, é possível diminuir o ciclo de afrouxamento monetário." Economistas ouvidos pelo BC na mais recente pesquisa Focus ainda enxergavam juros em 8,5 por cento ao fim de 2017, percentual que embasou os cálculos do BC para a inflação em seu comunicado divulgado nesta quarta-feira. Mas o Top 5 --grupo que mais acerta as projeções-- já havia passado a ver a Selic fechando o ano em patamar mais alto, a 8,63 por cento no cenário de médio prazo. Na semana anterior, a expectativa era de que ela iria a 8,13 por cento.

Metais Preciosos

Metais Preciosos

Pércio de Moraes Branco




São chamados de metais preciosos (ou metais nobres) o ouro, a prata e os metais do grupo da platina. Estes compreendem platina, paládio, ródio, rutênio, irídio e ósmio. O ouro e a prata são os mais importantes e os mais conhecidos. Mas a platina é bem mais valiosa. Na indústria joalheira, usa-se ouro, prata, platina, paládio e ródio, este último geralmente como revestimento de outros metais (banho de ródio). Os metais preciosos são todos raros na crosta terrestre, embora possam estar muito disseminados, como é o caso do ouro. Possuem alta densidade, são maleáveis (podem ser reduzidos a folhas) e dúcteis (podem ser reduzidos a fios).


O Ouro


Elemento Químico
O ouro é o elemento químico de número atômico 79 e massa atômica 196,97. É um metal do Grupo 1B da tabela periódica, como a prata e o cobre.


Mineral
O ouro raramente se combina com outros elementos, sendo, por isso, encontrado na natureza geralmente no estado nativo. Cristaliza na forma de cubos e octaedros, mas é muito mais
Pepita de ouro
Pepita de ouro
comum encontrá-lo na forma de escamas, massas irregulares (pepitas) ou fios irregulares. É opaco e tem cor amarela típica, mas, quando pulverizado, pode ser vermelho, preto ou púrpura. Seu brilho é metálico, a dureza baixa (2,5 a 3,0) e a densidade muito alta (19,30).
A baixa dureza permite que ele seja facilmente riscado com um canivete ou mesmo com um pedaço de vidro. Devido à alta maleabilidade, quando martelado amassa em vez de quebrar. Se mordido, fica com marcas dos dentes. O brilho não é muito intenso, ao contrário do que muitos pensam.
A pirita é um sulfeto de ferro que, por sua semelhança com o ouro, é chamada popularmente de "ouro dos trouxas" ou "ouro dos tolos". Ela é, na verdade, até bem diferente do ouro. É bem mais leve que ele, não é maleável e seu brilho costuma ser bem mais forte. E, ao contrário do ouro, é comum aparecer na forma de belos cristais.
O ouro ocorre em aluviões e em veios de quartzo associados a rochas intrusivas ácidas. É encontrado também como teluretos e ligas naturais, pois geralmente contém algo de prata. Forma série isomórfica com a prata, ou seja, a mistura ouro-prata pode ocorrer em todas as proporções.
Está muito disseminado na crosta terrestre, geralmente associado ao quartzo ou à pirita. Estima-se haver quase nove milhões de toneladas de ouro dissolvido na água do mar. Um dos poucos elementos com o qual o ouro se combina é o telúrio, formando teluretos. Assim, esse metal é encontrado em minerais como krennerita, calaverita e silvanita. A liga com prata chama-se eletro.


Metal
O ouro é o mais maleável e o mais dúctil dos metais. Com 1 g desse metal, podem-se obter até 2.000 m de fio ou lâminas de 0,96 m² e apenas 0,0001 mm de espessura. É bom condutor de calor e eletricidade e não é afetado nem pelo ar, nem pela maioria dos reagentes químicos. Há quem o considere o mais belo dos elementos químicos. Seu ponto de fusão é 1.063 °C.


Fontes de Obtenção
Os principais minerais fornecedores de ouro são ouro nativo, krennerita, calaverita, eletro, silvanita e pirita. Ele é obtido também na metalurgia de vários metais. Estudos indicam que o metabolismo da bactéria ralstonia metallidurans leva à formação de pepitas de ouro.


Usos

Acervo do Metropolitan Museum of Arts (Nova Iorque). Foto: P.M.Branco
Acervo do Metropolitan Museum of Arts (Nova Iorque). Foto: P.M.Branco
O ouro é usado principalmente em moedas; em segundo lugar, em joias e decoração. É útil também em odontologia (hoje muito pouco usado), instrumentos científicos, fotografia e indústria eletrônica. Para confecção de joias, usam-se ligas com 75% de ouro (o chamado ouro 18 quilates) ou, às vezes, com apenas 58,33% (ouro 14 quilates). É empregado também em fotografia, na forma de ácido cloro-áurico (HAuCl4), e na indústria química, em ligas com cobre, prata, níquel e outros metais. A foto ao lado mostra sandálias e dedeiras de ouro da antiga civilização egípcia. As sandálias foram escurecidas para se assemelharem ao couro.
Quem tem uma joia e não sabe ao certo se ela é feita com ouro, deve fazer o teste usando água-régia, uma mistura de ácido nítrico com um volume três ou quatro vezes maior de ácido clorídrico, ambos concentrados. As agências de penhores da Caixa Econômica Federal fazem esse teste, que indica se a joia é feita com ouro e se se trata de ouro 18 quilates ou outro tipo de liga (ouro puro não se usa em joias).


Principais Produtores
É produzido principalmente na África do Sul (11 % da produção mundial em 2006), seguindo-se EUA, Austrália, China e Peru. Entre 1700 e 1850, o Brasil foi o maior produtor de ouro do mundo, com um total de 16 toneladas no período de 1750-1754, originada predominantemente das aluviões da região do Quadrilátero Ferrífero, em Minas Gerais. A importância do Brasil continuou crescente até a primeira metade do século XIX, quando perdeu a liderança diante das grandes descobertas de ouro aluvionar da Califórnia, nos Estados Unidos.
Entre 1965 e 1996, nossa produção alcançou 877 toneladas, representando cerca de 4% da produção mundial. O ouro brasileiro é extraído principalmente em Minas Gerais e no Pará. Em 2003, a produção foi de 40,4 t e em 2004, de 47,6 t de ouro. Segundo o Mapa de Reservas de Ouro do Brasil, elaborado em 1998 pelo Serviço Geológico do Brasil, as reservas em ouro brasileiras são estimadas em 2.283 toneladas.


Preço
O preço do ouro varia constantemente, já que é muito usado como investimento. Em 29 de junho de 2007, a onça-troy (31,103 gramas) valia US$ 647, metade do preço da platina (US$ 1.273), mas quase o dobro do preço do paládio (US$ 365).


Curiosidade
Estima-se que todo o ouro do planeta daria para fazer um cubo de 15 m de aresta. Em 1999, joalheiros de Dubai fizeram a maior corrente de ouro do mundo: 4.382 m. Usaram ouro 22 quilates e gastaram cerca de US$ 2 milhões. A peça foi vendida em praça pública, em pedaços.


A Prata


Elemento Químico
A prata é o elemento de número atômico 47 e massa atômica 107,87. É um metal do grupo 1B, como o ouro e o cobre.


Mineral
A prata cristaliza no sistema cúbico (como o ouro) e seus cristais podem ser cubos, dodecaedros ou octaedros. Entretanto, eles são raros e o mineral é geralmente acicular, fibroso, dendrítico ou irregular.
Prata de hábito filiforme. Fonte: Korbel, P. & Novák, M. Enciclopédia de Minerais.
Prata de hábito filiforme. Fonte: Korbel, P. & Novák, M. Enciclopédia de Minerais.
Tem cor cinza (prateada), inclusive quando em pó. Não tem clivagem. Sua dureza é baixa (2,5 a 3,0); e a densidade, alta (10,50), mas muito inferior à do ouro. Ocorre em filões. Possui intenso brilho metálico, o qual enfraquece se o ar contiver enxofre, o que geralmente ocorre nas cidades.


Metal
A prata é um metal muito dúctil e maleável. Permite obter lâminas com 0,003 mm de espessura e fios de 100 m pesando apenas 38 mg. Duas peças de prata podem ser soldadas a marteladas, desde que aquecidas a 600ºC. Seu ponto de fusão é 960 °C. É o metal que melhor conduz o calor e a eletricidade. Tem propriedades semelhantes às do Cu e do Au.


Fontes de Obtenção
A prata forma 129 minerais, sendo extraída de muitos deles, como pirargirita, argentita, acantita, cerargirita, galena argentífera, stromeyerita, tetraedrita, pearceíta, proustita, stephanita, tennantita, polibasita, silvanita e prata nativa. Pode ser obtida também como subproduto na metalurgia do zinco, do ouro, do níquel e do cobre. Ela está muitíssimo menos disseminada que o ouro na natureza.


Usos
Usa-se prata em: moedas, espelhos, talheres, joalheria, odontologia (como amálgama), soldas, explosivos (fulminato), chuvas artificiais (iodeto), óptica (cloreto), fotografia (nitrato), germicida, objetos ornamentais e ligas com cobre. Para joias e objetos ornamentais, usam-se ligas com 10% de cobre (prata 90 ou prata 900) ou, mais frequentemente, com 95% de prata (prata 950).


Principais Produtores
O maior produtor de prata é o México, com 2.748 t (dados de 2002), seguindo-se Peru, China e Austrália, todos com mais de 2.000 t. O Brasil produziu em 2002 apenas 10 t, em Minas Gerais e sobretudo no Paraná, como subproduto do chumbo.


Curiosidade
A maior pepita de prata conhecida foi encontrada em Sonora (México) e tinha 1.026 kg.


A Platina


Cristal de platina (Fonte: Korbel, P. & Novák, M. Enciclopédia de Minerais - O Mineral
Cristal de platina (Fonte: Korbel, P. & Novák, M. Enciclopédia de Minerais - O Mineral
Elemento Químico
A platina é o elemento químico de número atômico 78 e massa atômica 195,09. Pertence ao grupo 8B da tabela periódica, junto com o níquel e o paládio.


Mineral
A platina é um mineral do sistema cúbico, geralmente encontrada em grãos irregulares, raramente em octaedros ou cubos. Tem cor cinza-aço, traço cinza brilhante, brilho metálico, sem clivagem. É, às vezes, magnética. Tem dureza 4,0 a 4,5 e densidade 21,40 (altíssima).


Metal
A platina é um metal maleável, dúctil, resistente à corrosão pelo ar, solúvel em água-régia. Absorve hidrogênio como o paládio. Provoca explosão do hidrogênio ou do oxigênio. Seu ponto de fusão é 1.773,5 °C.


Fontes de Obtenção
Pode ser extraída de vários minerais: sperrylita, platini­rídio, polixênio, cooperita e ferroplatina. A platina nativa ocorre na natureza geralmente misturada com ferro, irídio, paládio e níquel. Ocorre em aluviões e em rochas básicas, como dunitos, piroxenitos e gabros.


Usos
É empregada em joalheria (com 35% de paládio e 5% de outros metais), instrumental para laboratório, odontologia, eletricidade, ogivas de mísseis, catalisadores, pirômetros, liga com cobalto, fornos elétricos de alta temperatura, fotografia e em vários outros produtos industriais.


Principais Produtores
A platina é produzida principalmente pela África do Sul (134 t em 2002), seguindo-se Rússia (35 t), Canadá (7 t) e Estados Unidos (4,39 t).


Preço
Em 29 de junho de 2007, a onça-troy de platina valia US$ 1.273, quase o dobro do preço do ouro (US$ 647).


Curiosidade
Em 1985, foi exposto em Tóquio (Japão) um vestido feito à mão com fios de platina, pesando 12 kg e avaliado em um milhão de dólares.


O Paládio


Elemento Químico
O paládio tem número atômico 46 e massa atômica 106,4. Pertence ao mesmo grupo da platina (8B).


Mineral
É um mineral do sistema cúbico, de cor cinza-aço, que ocorre na forma de grãos (pepitas), às vezes com estrutura fibrorradiada. É séctil, de brilho metálico. Tem dureza 4,5 a 5,0 e densidade 11,40.


Metal
O paládio é inoxidável, dúctil e muito maleável, podendo ser reduzido a folhas de 0,0001 mm de espessura. Seu ponto de fusão é 1.500 °C. Tem notável capacidade de absorção de hidrogênio (até 900 vezes seu próprio volume), formando possivelmente PdH2.


Fontes de Obtenção
O paládio é extraído dos minerais de platina.


Usos
É usado como catalisador, em instrumentos odontológicos (prótese e ortodontia) e cirúrgicos e em relojoaria e joalheria (neste caso como substituto da platina). Forma ligas com ouro (ouro marrom, ouro branco-médio, ouro branco-suave).


Principais Produtores
Em 2002, o maior produtor de paládio foi a Rússia (84 t), seguindo-se África do Sul, Estados Unidos e Canadá.


Preço
Em 29 de junho de 2007, a onça-troy de paládio valia US$ 365, pouco mais da metade do valor do ouro (US$ 647).


Curiosidade
O nome do paládio deriva de Pallas, planetoide descoberto em 1802, um ano antes de se descobrir o elemento. O mineral paládio foi descoberto pela primeira vez em Morro do Pilar, Minas Gerais.


Preço da gemas

Preço da gemas

Pércio de Moraes Branco




O termo gema designa, além de pedras preciosas, substâncias orgânicas (como pérola, âmbar, coral, madrepérola, marfim etc.), pedras sintéticas (cada vez mais numerosas) e artificiais (poucas). De todas elas, porém, as mais valiosas são as gemas minerais naturais.
O que torna um mineral valioso como adorno pessoal são basicamente duas características, a beleza e a raridade. Mas isso não significa que a gema mais rara é sempre a mais valiosa. O citrino e a ametista, por exemplo, ambos variedades de quartzo, têm preços diferentes; a ametista, embora mais comum, é mais valiosa.
Por outro lado, podem ocorrer alguns paradoxos. A andaluzita, por exemplo, é uma gema relativamente rara e, por isso, é pouco conhecida. Sendo pouco conhecida, é pouco procurada e, com pouca procura, acaba sendo relativamente barata.
Outro fator a ser considerado é a moda. Há épocas em que uma determinada gema é mais procurada, enquanto outras caem em relativo esquecimento. E há, enfim, a questão da abundância ou escassez local: a ametista e a ágata são muito mais baratas no Brasil, maior produtor mundial, do que na Europa.
O diamante, em vários aspectos a mais importante das gemas, tem seu valor muito influenciado por um fator extra: a produção e a venda dessa gema são em grande parte controladas por uma única empresa, a DeBeers Consolited Mines, que controla a oferta e dessa maneira influencia muito no preço final. Essa influência já foi maior e a tendência é diminuir ainda mais pela crescente presença dos diamantes sintéticos no mercado de gemas.

O valor de uma pedra preciosa em particular depende de quatro fatores:
- Tamanho: uma gema de 1 quilate (200 mg), por exemplo, sempre valerá mais do que duas de meio quilate com mesma qualidade. Convém lembrar também que as gemas têm diferentes densidades (a opala é bem mais leve que o topázio), sendo assim gemas de mesmo tamanho podem ter pesos diferentes.
- Cor: em princípio, quanto mais escura a cor, mais valiosa a gema. A turmalina verde é uma exceção; e o diamante, a menos que tenha cor bem definida, é tanto mais valioso quanto mais incolor for. É importante também que a cor seja uniforme.
- Pureza: a ausência de inclusões (impurezas e fraturas) é sempre desejável. Esmeraldas, porém, só se mostram puras em gemas muito pequenas, pois é normal que sejam cheias de fraturas, preenchidas por impurezas.
- Lapidação: gema de boa cor e boa pureza pode ter seu preço diminuído se não for bem lapidada. Isso é particularmente importante no caso do diamante, pois, sendo na grande maioria das vezes incolor, tem no brilho uma característica importante. E um bom brilho depende muito de uma boa lapidação.

Tudo isso torna bastante difícil elaborar uma lista das gemas mais valiosas, a menos que se considere puramente o valor de mercado. Então, basta ver a cotação atual em empresas especializadas, lembrando, porém, que os valores mudam de acordo com diversas variáveis, como as ditas acima, previsíveis em maior ou menor grau.
Levando em conta critérios técnicos e mercadológicos e usando o maior preço médio por quilate (1 quilate = 200 mg) pago no mercado internacional, as dez gemas mais valiosas hoje são as seguintes:

Esmeralda
Esmeralda
 Safira
Safira

 Rubi
Rubi
 Turmalina paraíba
Turmalina paraíba
 Diamante
Diamante

Diamante: até US$ 63.000 por quilate. Valor passível de influência pela presença crescente de diamantes sintéticos no mercado.
Turmalina paraíba: até US$ 15.000 por quilate. Descoberta inicialmente na Paraíba (daí seu nome), foi posteriormente descoberta também na África. As jazidas brasileiras, porém, já estão esgotadas e as africanas estão em vias de exaustão, o que deverá elevar esse preço (se já não elevou). Valor tão alto explica-se pela incomparável cor azul dessas gemas.
3º, 4º Rubi e safira: até US$ 12.000 por quilate. Rubi e safira são diferentes variedades de um mesmo mineral, o coríndon. O rubi é vermelho e a safira pode ter qualquer outra cor, sendo mais valiosa a azul.
5º, 6º, 7º Esmeralda, opala-negra e alexandrita: até US$ 9.000 por quilate. O preço da esmeralda varia muito em razão das impurezas que pode ter; gemas puras são sempre de pequenas dimensões. Opala-negra é aquela que tem um fundo escuro, sobre o qual ficam ressaltadas suas numerosas cores. A alexandrita, além de muito rara, destaca-se por ter cor verde em luz natural e vermelha em luz artificial.
Demantoide: até US$ 5.000. O demantoide é uma rara granada de cor verde.
Olho de gato: até US$ 3.500. Variedade de crisoberilo, assim como a alexandrita, o olho de gato recebe esse nome por exibir chatoyance, faixa luminosa que lhe dá o aspecto de um olho de felino. Embora essa característica esteja presente também em outras gemas, nenhuma delas atinge preço tão alto.
10º Topázio-imperial: até US$ 2.000. Produzido apenas no Brasil, o topázio-imperial tem cor laranja, rosa, salmão ou avermelhada. Delas, a mais valorizada é a vermelha.

 Topázio imperial
Topázio imperial
 Olho de gato
Olho de gato
 Demantoide
Demantoide

 Alexandrita
Alexandrita
  Opala negra
Opala negra





Fontes
BRANCO, P. de M. Dicionário de Mineralogia e Gemologia. São Paulo, Oficina de Textos, 2008. 806 p. il.
DILAGO, M. et al. Quais são as dez gemas mais valiosas do mundo? São Paulo, Mundo Estranho, janeiro 2007. p.46-47.