segunda-feira, 10 de julho de 2017

A segunda-feira de fusões chegou à Ásia.

A segunda-feira de fusões chegou à Ásia.
As empresas asiáticas anunciaram cerca de US$ 19 bilhões em transações em menos de 24 horas, gerando o início de semana mais movimentado para os negócios da região em quase um ano, segundo dados compilados pela Bloomberg. O dia foi encabeçado pelo bilionário Sun Hongbin, que selou a maior aquisição imobiliária da história da China nesta segunda-feira, seguido de um acordo para criar a maior empresa de transporte marítimo operando nas rotas comerciais do Oceano Pacífico.
A série de transações desta semana é um raio de esperança para os banqueiros de investimento da região, que viram os volumes caírem depois que o governo chinês alertou sobre riscos nos investimentos no exterior e reprimiu alguns tipos de negócios. As fusões e aquisições asiáticas caíram 13 por cento no período de seis meses terminado em junho, para US$ 495,5 bilhões, pior primeiro semestre desde 2014, mostram dados compilados pela Bloomberg.
“É raro ver várias transações serem anunciadas em um curto espaço de tempo”, disse Steven Leung, diretor-executivo da UOB Kay Hian em Hong Kong, por telefone. “A segunda-feira de fusões é mais comum nos EUA devido à grande quantidade de negócios.”
Transportadora de contêineres
A sequência começou na noite de domingo, quando a transportadora de contêineres estatal chinesa Cosco Shipping Holdings ofereceu US$ 6,3 bilhões pela Orient International, sua rival de Hong Kong. Depois, na manhã de segunda-feira, a Dalian Wanda Group anunciou dois negócios avaliados em um total combinado de US$ 9,3 bilhões para venda de ativos como parques temáticos e hotéis para a Sunac China Holdings.
A construtora chinesa Future Land Development Holdings afirmou antes da abertura do mercado, na segunda-feira, que está se preparando para anunciar uma possível oferta para privatização da empresa, que tem um valor de mercado de US$ 2 bilhões. A Wanda Film Holding, do magnata do setor imobiliário Wang Jianlin, também revelou detalhes de uma possível compra, afirmando que planeja emitir novas ações para adquirir a divisão de produção de filmes de sua empresa controladora Wanda Pictures.
“Os negócios ocorrem em setores que estão prontos para consolidação”, disse Sam Lee, diretor de pesquisa de ações da unidade de Hong Kong da China Merchants Securities. “Os setores de transporte marítimo e de imóveis da China estão enfrentando um ambiente operacional difícil, por isso as empresas desses setores podem querer ganhar participação de mercado e competitividade por meio de fusões e aquisições.”
A última vez com tantos negócios na Ásia foi em 18 de julho do ano passado, quando as empresas, lideradas pela SoftBank Group, iniciaram a semana fechando mais de US$ 30 bilhões em transações, mostram dados compilados pela Bloomberg. A SoftBank, apoiada pelo bilionário Masayoshi Son, anunciou um acordo de segunda-feira para compra da desenvolvedora de chips ARM Holdings logo depois que o Reino Unido decidiu, em referendo, deixar a União Europeia. No mesmo dia, um grupo de investidores chineses afirmou que compraria o negócio de navegadores web da desenvolvedora norueguesa Opera Software.
Anunciar acordos às segundas-feiras permite que os banqueiros e os advogados passem o fim de semana estabelecendo os termos finais de uma transação, sem se preocupar com vazamentos durante as horas de negociação e com os requisitos para manter os investidores informados. A prática é utilizada principalmente nos EUA e na Europa, mas sua importância poderia crescer em mercados como a China, onde as empresas precisam suspender o trading quando negociam uma transação importante.
Fonte: Bloomberg

Indústria do cimento piora projeção de vendas no Brasil em 2017

Indústria do cimento piora projeção de vendas no Brasil em 2017

segunda-feira, 10 de julho de 2017 18:43 BRT
 

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SÃO PAULO (Reuters) - O setor produtor de cimento do Brasil piorou sua estimativa de vendas em 2017 nesta segunda-feira, pressionado pela crise econômica atravessada pelo país e falta de confiança de investidores diante das incertezas políticas em torno do presidente Michel Temer. A entidade que representa o setor, Snic, ampliou a faixa de previsão de queda nas vendas de 5 a 7 por cento definida no início do ano para 5 a 9 por cento. A ampliação na expectativa negativa ocorreu apesar da manutenção da tendência de desaceleração na queda das vendas. "O cenário de referência de queda de 6 por cento passou a 7 por cento... Ainda que temos uma desaceleração na queda, a incerteza política fez com que a gente ampliasse a queda", disse o presidente do Snic, Paulo Camillo Penna, à Reuters. Ele se referiu ao futuro do governo de Michel Temer. Nesta segunda-feira, o relator da denúncia contra Temer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ), disse que a acusação feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR) não é inepta e votou por sua admissão. Temer é acusado de corrupção passiva no âmbito da delação premiada de executivos da J&F, holding que controla a JBS. "Não se tem crédito, aumento de renda, confiança, que basicamente seria o componente fundamental para investimento em obras públicas. Estas ficam ameaçadas em função da instabilidade política", disse Penna. Em junho, as vendas totais da indústria de cimento do Brasil caíram 8,7 por cento sobre o mesmo período do ano passado, para 4,454 milhões de toneladas. Sobre maio, houve queda de cerca de 2 por cento. No acumulado do primeiro semestre, as vendas do setor tiveram queda de 9 por cento, em comparação com o primeiro semestre de 2016, a 26,034 milhões de toneladas. Segundo o presidente do Snic, o índice de capacidade ociosa do setor em junho se manteve em 45 por cento, algo que deve se aproximar a 50 por cento até o final do ano, mantida a nova projeção da entidade para 2017. Em 2016, o setor vendeu 57,4 milhões de toneladas de cimento. "Temos um volume imenso de imóveis retomados por bancos e as próprias incorporadoras ainda têm estoques muito grandes... Se tiver algum movimento de recuperação, não acredito que terá fôlego diante da instabilidade política", disse Penna. Ele afirmou que a desaceleração nas quedas nas vendas em cada mês na comparação com o mesmo período do ano passado ocorre diante de iniciativas pontuais que incluem medida do governo federal para concessão de crédito para reformas, liberação de saques de contas inativas do FGTS e alguns movimentos municipais de obras como corredores de ônibus. (Por Alberto Alerigi Jr.)

EXCLUSIVO-J&F encerra conversas para venda da Alpargatas por desacordo sobre preço, diz fonte

EXCLUSIVO-J&F encerra conversas para venda da Alpargatas por desacordo sobre preço, diz fonte

segunda-feira, 10 de julho de 2017
 


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Funcionário usa camisa com logo da marca Havaianas em loja em São Paulo. 23/11/2015 REUTERS/Nacho Doce
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Por Tatiana Bautzer e Guillermo Parra-Bernal SÃO PAULO (Reuters) - A J&F Investimentos encerrou as conversas para a venda de sua participação majoritária na Alpargatas para o grupo formado por Cambuhy Investimentos e Itaúsa Investimentos por conta de diferenças em relação ao preço, disse uma pessoa com conhecimento direto do assunto no domingo. De acordo com a fonte, a J&F não cedeu à pressão da Cambuhy Investimentos e da Itaúsa para que reduzisse o preço pedido por sua fatia controladora de 86 por cento na Alpargatas ao término do período de exclusividade das negociações, no domingo. A fonte se recusou a informar o tamanho da diferença de preço. Mais cedo no domingo, a Reuters noticiou que Cambuhy e Itaúsa haviam oferecido entre 3,3 bilhões e 3,5 bilhões de reais pela Alpargatas. [nL1N1K0075] Cambuhy, Itaúsa e Bradesco não comentaram. A J&F não tinha um comentário de imediato sobre o assunto. A J&F, holding que controla a fortuna da família Batista, precisa levantar capital para pagar uma multa recorde de 10,3 bilhões de reais prevista no acordo de leniência e refinanciar empréstimos a vencer. Em maio, os irmãos Joesley e Wesley Batista assinaram acordo de leniência após admitirem o pagamento de propinas a cerca de 1.900 políticos. [nL1N1IX1FG] Os Batista retomarão a venda da Alpargatas por meio de processo competitivo "o mais breve possível", disse a fonte, que pediu anonimato por causa da sensibilidade do assunto. A J&F contratou o Bradesco BBI como consultor na operação. As ações ordinárias da Alpargatas dispararam 35 por cento nos últimos três meses em meio a especulações de que os Batista a colocariam à venda. Os papéis acumulam valorização de 63 por cento neste ano. Segundo a fonte, a J&F busca um preço mais elevado pela sua fatia controladora na Alpargatas, que administra uma ampla variedade de marcas de moda, incluindo a Osklen. Criados em 1962 durante o movimento da Bossa Nova, os chinelos Havaianas da empresa são usados mundialmente por celebridades. A Itaúsa administra a fortuna das famílias Villela e Setubal, que controla o Itaú Unibanco, maior banco privado da América Latina em termos de ativos. A Cambuhy, por sua vez, é o veículo de investimento da bilionária família Moreira Salles, que também é acionista do Itaú.Tanto Cambuhy quanto Itaúsa informaram reguladores em 26 de junho que, se a proposta fosse bem-sucedida, dividiriam igualmente a participação na Alpargatas. A Reuters noticiou a oferta preliminar feita pelo grupo em 16 de junho. [nE6N1HD02P] RITMO DAS NEGOCIAÇÕES As conversas entre J&F e o grupo formado por Cambuhy e Itaúsa ganharam ritmo nos últimos dias, enquanto os credores pressionavam os Batista a renegociar mais de 30 bilhões de reais de dívidas da holding e da JBS, a maior produtora de carnes do mundo. A família Batista planejava usar os recursos provenientes da venda da Alpargatas para pagar um empréstimo de 2,7 bilhões de reais obtido junto à Caixa Econômica Federal, conforme noticiado pela Reuters no domingo. O empréstimo é alvo de investigação do Tribunal de Contas da União (TCU) por possíveis irregularidades. Os Batista compraram em dezembro de 2015 a Alpargatas do conglomerado Camargo Corrêa [PMORRC.UL], que também estava envolvido no escândalo de corrupção da Lava Jato. As fatias controladoras da J&F na fabricante de produtos lácteos Vigor e na produtora de celulose Eldorado Brasil também foram colocadas à venda e o processo está avançando, segundo informou a Reuters nas últimas semanas. A venda das participações na Alpargatas, na Vigor e na Eldorado podem render 10 bilhões de reais à J&F e reduzir o endividamento da holding em mais de 10 bilhões de reais, disse à Reuters no domingo a pessoa familiarizada com a estratégia da família Batista.

Assessor diz que marcou reunião entre filho de Trump e advogada russa a pedido de cliente

Assessor diz que marcou reunião entre filho de Trump e advogada russa a pedido de cliente

segunda-feira, 10 de julho de 2017 18:03 BRT


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Em foto de arquivo, Donald Trump Jr. durante Convenção Nacional Republicana em Cleveland, EUA 
16/7/2016 REUTERS/Mark Kauzlarich/File photo
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(Reuters) - O especialista em relações públicas que marcou o encontro no ano passado entre Donald Trump Jr., filho do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e uma advogada russa disse nesta segunda-feira que agiu a pedido do empresário e cantor/compositor Emin Agalarov, um cliente dele que mora em Moscou. Rob Goldstone disse em comunicado que Agalarov solicitou que ele facilitasse um encontro entre o filho de Trump e a advogada russa Natalya Veselnitskaya, que ele disse aparentemente ter afirmado possuir informações sobre contribuições ilegais de campanha para o Partido Democrata, cuja candidata Hillary Clinton disputou a Presidência com Trump. Goldstone disse que Veselnitskaya abriu a reunião com o filho de Trump com algumas declarações sobre financiamento de campanha, antes de mudar o tema para a proibição dos EUA a adoção de crianças russas, momento no qual Trump interrompeu a reunião. "Nada saiu daquela reunião e não houve continuidade entre as partes", disse Goldstone. Reportagem do jornal New York Times no domingo revelou que Trump Jr. se encontrou, durante a campanha eleitoral de 2016, com uma advogada ligada ao Kremlin que prometeu fornecer informações prejudiciais sobre Hillary Clinton. (Reportagem de Ned Parke)

Setor de mineração da África do Sul está em declínio

Setor de mineração da África do Sul está em declínio


Na troca de turno às 16 horas, os mineiros escaneiam suas impressões digitais, passam por pequenas catracas até chegar a uma espécie de gaiola onde descem quase 3 km na mina Driefontein da empresa Sibanye Gold Limited. Em seguida, percorrem uma série de túneis cada vez mais estreitos que os conduzem ao veio principal de extração de ouro. É um trabalho extenuante. No fundo da mina, o ar é tão quente e úmido como em uma floresta tropical.
A maioria das minas de ouro mais profundas e, historicamente mais ricas do mundo, localiza-se a cerca de 70 km a sudoeste de Joanesburgo. Quanto mais profundas, mais caro e difícil é o trabalho de extração do minério. A maioria das minas é antiga, como a de Driefontein com 65 anos, e o custo de extrair o ouro pode em breve exceder seu valor.
O setor de mineração da África do Sul está declínio. Em seu auge em 1980, a mineração correspondia a um quinto do PIB do país, hoje, é equivalente a 7,3%. Os altos custos, os baixos preços das commodities, os conflitos trabalhistas e a queda da produtividade agravaram a crise. As empresas de mineração despediram 70 mil trabalhadores nos últimos cinco anos. A previsão é de mais demissões. A AngloGold Ashanti, um gigante da mineração de ouro, anunciou no início de julho que pretende demitir cerca de 8.500 trabalhadores, um terço de sua força de trabalho em minas não mais lucrativas.
As empresas de mineração também estão sendo prejudicadas pelas políticas do governo. Uma nova carta patente de mineração apresentada no mês passado pelo ministro de Recursos Minerais, Mosebenzi Zwane, exige que pelo menos 30% das ações das empresas sejam de propriedade de negros, acima do mínimo atual de 26%. As empresas também teriam de pagar pelo menos 1% de sua receita anual aos acionistas negros. Se essa regra tivesse entrado em vigor em 2016, os acionistas negros teriam recebido 5,8 bilhões de rands de um montante total de 5,9 bilhões pagos como dividendos, segundo dados da Câmara de Minas da África do Sul.
A Câmara de Minas abriu um processo judicial para impedir a implementação da nova carta, com a justificativa que seu texto era “confuso e contraditório”. De acordo com o CEO da Câmara, Roger Baxter, as novas regras prejudicarão o investimento e colocarão em risco 100 mil postos de trabalho no país.
Uma pesquisa realizada em 2016 pelo Instituto Fraser, um think-tank dedicado ao estudo da economia de livre mercado, classificou a África do Sul em 74º lugar entre 104 países ricos em minérios, bem atrás do vizinho Botsuana (19º), da Namíbia (53º) e de muitos outros países africanos. A África do Sul mergulhou em uma recessão econômica no último trimestre e o desemprego oficial atingiu a taxa de 27,7%, o maior índice em 14 anos. As disputas referentes à carta patente de mineração e as medidas populistas do presidente Jacob Zuma, que defende uma “transformação radical da economia”, só agravam a crise no setor.
 Fonte: Exame