sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Com Trump, minas de carvão renascem nos Estados Unidos

Com Trump, minas de carvão renascem nos Estados Unidos


O governo Trump está adentrando um dos mais antigos e disputados debates do Ocidente, ao incentivar novas minas de carvão em terras de propriedade do governo federal –parte de um impulso agressivo para revigorar a problemática indústria do carvão nos EUA e explorar mais amplamente as oportunidades comerciais em terras públicas.
A intervenção perturbou os ambientalistas e muitos democratas, expondo profundas divisões sobre a melhor maneira de administrar os 2,6 milhões de km² de terras de propriedade federal –a maior parte das quais fica no oeste do país–, uma área equivalente a mais de seis vezes a da Califórnia.
Desde a chamada Rebelião Sagebrush, durante o governo Reagan, empresas e indivíduos com interesses econômicos nas terras, entre eles as mineradoras, não tinham uma situação tão dominante sobre o assunto.
Nuvens de poeira sopravam no horizonte em uma tarde de verão enquanto uma máquina mais alta que a Estátua da Liberdade rasgava as paredes de um cânion escavado profundamente em terras públicas na Bacia do Rio Powder, a região carvoeira mais produtiva do país.
A mina sobe até uma represa de água, expondo o tipo de conflitos e preocupações provocados pela nova abordagem.
“Se não tivermos boa água, não poderemos fazer nada”, disse Art Hayes, um pecuarista que teme que mais mineração estrague um suprimento que é utilizado há gerações pelos criadores de gado.
Durante o governo Obama, o Departamento do Interior aproveitou a questão da mudança climática e proibiu temporariamente novas concessões de carvão em terras públicas enquanto examinaria as consequências para o meio ambiente.
O governo Obama também atraiu protestos de grandes companhias mineradoras ao ordenar que elas pagassem royalties mais altos ao governo.
O presidente Donald Trump, além de questionar totalmente a mudança climática, agiu rápido para eliminar aquelas medidas com o apoio das companhias de carvão e outros interesses comerciais.
Em separado, o Departamento do Interior de Trump está traçando planos para reduzir áreas de vida natural e históricas que hoje são protegidas como monumentos nacionais, criando ainda mais oportunidades de lucros.
Richard Reavey, o chefe de relações com o governo da Cloud Peak Energy, que opera uma mina aberta em Montana que envia carvão para o centro-oeste americano e cada vez mais para usinas de energia na Ásia, disse que a mudança de curso de Trump se destina a corrigir erros do passado.
O governo Obama, segundo ele, estava decidido a matar a indústria de carvão e usou as terras federais como arma para reduzir as exportações. As únicas vias atuais de crescimento, diante do fechamento de tantas usinas a carvão nos EUA, são os mercados externos.
“Seu objetivo, em conluio com os ambientalistas, era nos tirar do negócio de exportação”, disse Reavey.
Fonta: Folha de São Paulo

‘Le Monde’: “Decisão sobre Samarco é retrato de país refém de interesses na mineração e agronegócio”

‘Le Monde’: “Decisão sobre Samarco é retrato de país refém de interesses na mineração e agronegócio”


Matéria publicada pelo Le Monde nesta quinta-feira (10) analisa a decisão da justiça brasileira sobre suspender o processo sobre a tragédia que ocorreu no dia 5 novembro de 2015, no Estado de Minas Gerais, causado pela ruptura de uma barragem de mineração operada pela empresa Samarco, que despejou mais de 40 milhões de metros cúbicos de lama carregada de metal no Rio Doce, destruindo a fauna, flora, matando 19 pessoas e acabando com a singela paisagem da pequena aldeia de Bento Rodrigues, além de devastar outros quarenta municípios.
A reportagem descreve que ao ouvir a notícia, Thiago Alves, porta-voz do Movimento dos Atingidos por Barragens (Movimento de Vítimas de barragens, MAB) olhou para o céu desgostoso, enojado, mas não surpreso com a decisão da justiça brasileira, de suspender o processo penal por crime ambiental e homicídio para os acusados ​​da tragédia do Rio Doce.
Para Thiago a decisão é mais uma demonstração da complacência da justiça com os responsáveis ​​por este desastre. É também um sintoma da um país á deriva, refém de um sistema de interesses dos setores de mineração, silvicultura e agronegócio.
“Há provas suficientes para a condenação”, disse Rodrigo Bustamante, o chefe de polícia.
A origem da interrupção brusca do processo, iniciado pelo advogado de dois dos réus, Ricardo Vescovi Kleber e Terra, respectivamente ex-presidente da Samarco e ex-diretor das operações de mineração da empresa, alega o uso de provas ilegais, informa Le Monde.
Fonte: Jornal do Brasil

Vale vende 2 navios cargueiros por US$ 178 milhões e negocia outros 2

Vale vende 2 navios cargueiros por US$ 178 milhões e negocia outros 2


Mineradora brasileira Vale vendeu dois navios super cargueiros, conhecidos como VLOC, por US$ 178 milhões. A companhia ainda informou, em comunicado nesta quarta-feira (9), que venderá outros dois navios do tipo.
 Segundo a empresa, isso “é consistente com a sua estratégia de fortalecer o balanço e focar nos ativos ‘core’ (essenciais)”.
O comprador foi uma empresa de leasing, a Bank of Communications Finance Leasing.
Em 2015, a Vale já tinha vendido outros oito navios do tipo para empresas chinesas de leasing e operadores navais.
Fonte: G1

Prazo para troca de ações preferenciais da Vale termina nesta sexta-feira

Prazo para troca de ações preferenciais da Vale termina nesta sexta-feira


O investidor que não converter as ações da Vale pode ficar com um ativo pouco negociado nas mãos e perder a valorização potencial dos papéis ordinários, que dão direito a voto, afirmam especialistas ouvidos pela Folha. O prazo para a troca termina nesta sexta (11).
A conversão dos papéis faz parte da reestruturação societária da mineradora, que busca ingressar no segmento Novo Mercado da Bolsa brasileira, de governança mais rígida.
Pelos termos anunciados, cada preferencial vai valer 0,9342 ação ordinária. A mudança deve atrair investidores estrangeiros, mais acostumados a negociar ações que dão direito a voto, afirma Pedro Galdi, analista chefe da Magliano Corretora.
Essa entrada de novos investidores pode impulsionar as ações ordinárias, avalia Felipe Silveira, analista da corretora Coinvalores. “A tendência é que a ação preferencial perca liquidez [facilidade de negociação] e que as ações ordinárias subam no longo prazo.”
A avaliação é a mesma de Luiz Francisco Caetano, analista da Planner Corretora. “Ele muito provavelmente vai deixar de acompanhar a valorização das ações ordinárias, que deve ocorrer. Qualquer investidor racional vai querer ficar com a ação de maior liquidez, mais ligada às expectativas de retorno da empresa”, complementa.
Aqueles que quiserem manter a ação preferencial podem ter dificuldade de vender o papel, afirma Galdi, da Magliano. “O acionista vai ficar com um papel pouco negociado. Quando ele quiser vender, pode não encontrar quem compre”, ressalta.
MUDANÇA POSITIVA
Analistas avaliam que a conversão será positiva para os acionistas da Vale. “Todos os acionistas terão direitos iguais. A transformação da Vale em uma corporação pura, sem um grupo controlador definido, elimina qualquer possibilidade de interferência do governo, o que é positivo para a empresa”, afirma Caetano, da Planner.
Pela reestruturação, um investidor só poderá ter 25% do capital da Vale. Quem quiser ter mais precisará fazer uma oferta para comprar a fatia de todos os demais acionistas.
O acionista que ainda não fez a conversão deve procurar a corretora para realizar os trâmites. Algumas casas já não permitem mais fazer a troca, caso de Bradesco, Itaú Unibanco e Banco do Brasil. Mas clientes de Santander e XP Investimentos ainda podem optar pela conversão.
Segundo a empresa, já houve adesão para a conversão de 72,2% das ações preferenciais em circulação. O percentual mínimo para a implementação do plano era de 54,09%.
Fonte: Folha de São Paulo

Cobre recua com tensão entre EUA e Coreia do Norte, mas ouro amplia ganhos

Cobre recua com tensão entre EUA e Coreia do Norte, mas ouro amplia ganhos


Os futuros de cobre operam em baixa em Londres e Nova York, em meio a preocupações geradas pela troca de ameaças entre EUA e Coreia do Norte dos últimos dias.
 Por volta das 7h25 (de Brasília), o cobre para três meses negociado na London Metal Exchange (LME) caía 0,61%, a US$ 6.363,50 por tonelada.
 Na Comex, a divisão de metais da bolsa mercantil de Nova York (Nymex), o cobre para entrega em setembro tinha baixa de 0,38%, a US$ 2,8920 por libra-peso, às 8h01 (de Brasília).
 Embora o embate retórico de Washington e Pyongyang ainda não tenha levado a ações concretas, os investidores tendem a evitar ativos considerados mais arriscados – caso dos metais básicos – em momentos de tensão.
 Por outro lado, o ouro, tido como porto seguro, acumula ganhos pela quarta sessão consecutiva. Também às 8h01 (de Brasília), o ouro para dezembro subia 0,25%, a US$ 1.293,30 por onça-troy.
 Nesta manhã, também estarão no foco os últimos números de inflação ao consumidor dos EUA, que podem ajudar o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) a ajustar sua política monetária nos próximos meses.
 Entre outros metais básicos na LME, as perdas eram generalizadas: o zinco recuava 0,27% no horário indicado acima, a US$ 2.920,00 por tonelada; o alumínio diminuía 0,07%, a US$ 2.033,00 por tonelada; o estanho caía 0,22%, a US$ 20.270,00 por tonelada; o níquel tinha queda de 1,93%, a US$ 10.655,00 por tonelada; e o chumbo mostrava baixa de 0,57%, a US$ 2.350,00 por tonelada.
Fonte: IstoÉ