domingo, 3 de setembro de 2017

Como Perder 400.000 dólares em uma tarde  

Como Perder 400.000 dólares em uma tarde  

Década de 80. Milagre a caminho, pois o mundo se recuperava do Choque do petróleo e a conseqüente alta nas taxas de juros Americanas, que chegaram a 22%aa. Os comandantes da política econômica eram, na minha opinião os mais brilhantes que tivemos, pelo menos que eu tenha conhecido.

Mario Henrique Simonsen, Roberto Campos, Antonio Delfim Neto, Ernani Galveas, que, em que pese estarmos vivendo um período de exceção, pois havia uma ditadura instalada, conseguiram dinamizar o mercado financeiro, que é a parte que me toca mencionar.

Nas Bolsas de Valores, ainda não se negociavam opções, o que logo viria, mas para alavancar eram utilizados os Termos e Futuros.

Nosso grupo era muito bom em fundamentos, e sempre havia onde garimpar empresas sub-avaliadas, e num desses garimpos surgiu Siderúrgica Riograndense.

Análises concluídas, estratégia montada, balanços prestes a serem divulgados resolvemos fazer alguns termos do papel.

Que grande tacada, aquela (foi nessa Pimon?).

O papel disparou a subir e só parou 10 vezes acima do primeiro negócio. Estávamos bem alavancados e ganhamos 800.000 dolares.

Porém, ai, porém ...

Passaram-se alguns dias, e como de praxe, tivemos outra oportunidade de Ouro. Ouro Negro. Petrobrás, era a dica quente.

O ministro das Minas e Energia na época era o Shigeaki Ueki
(o japonesinho do Geisel) que prometia auto-suficiencia em petróleo no final da década, pois as prospecções eram animadoras e prometiam trazer á superficie os trilhões de barris que jaziam por lá.

Prometeu se fantasiar de barril e desfilar na Av. Paulista, caso não fosse cumprida sua promessa.

Nosso grupo era, como sabem, muito bem informado e diante desse quadro promissor resolvemos colocar nosso dinheiro em contratos futuros de Petrobrás. Acabávamos de ganhar aqueles dólares todos, e estávamos com o moral lá em cima.

Sexta feira, o mercado na época só funcionava até as 13 horas, tratamos de aproveitar a parte da manha para fazer os futuros da Petro. Fizemos bastante. Muito mesmo.

A coisa estava tão quente, que o Presidente João Figueiredo “anunciaria a noite” a descoberta de UMA PROVINCIA PETROLIFERA gigantesca, se não me engano no Acre e Amazonas. Estava feito!

Almoçamos, ficamos até tarde conversando e já fazendo planos para o ganho que viria e cada um dos amigos, resolveu seguir para seu fim de semana com a família, como de costume.

Sexta feira, que fim de semana que nada, cada um recolheu-se tentando disfarçar a ansiedade, e aguardar a Boa Nova da maneira mais discreta possível. Passou a tarde, de forma lenta e angustiante, rádios ligados, e nada. Uns mais ansiosos procuravam telefonar para os mais seguros e confiantes, mas àquela altura, quem tinha nervos para segurar a ansiedade do outro?

Restava o Jornal Nacional. Ultima esperança de um bando de especula-dores ávidos pela confirmação da noticia, que os tornaria mais ricos.

DEU AGUA!!!!!!

É. A tal provincia, cuja precipitada avaliação, pela pressão apresentada, era AGUA. H2o. Muita água!

A vaca tinha ido para o brejo e se atolou até os chifres! Perdemos todo o lucro da Riograndense, mais 400.000 dolares, divididos irmamente, entre os desafortunados gananciosos, que ficaram com cara de ... de ... SHIGEAKI UEKI , pronto!!!!!!!

Fonte:  Bastter.com

Você já comprou Merposa PN

Você já comprou Merposa PN

          
Tempos felizes. Corria o ano de 1968 e me preparava para casar. A bolsa era no grito. As cotações escritas na lousa. O pregão funcionava até as 13 horas, e não havia essa loucura de ficar olhando o exterior. Nem tinha como.

Telefone local para conseguir linha tinha que tirar do gancho e ficar esperando uma hora. Imagina saber o que se passava no mundo.

O mundo era aqui. Foi a época da preparação do "milagre" e muitas empresas abriam o capital, para captar dinheiro através da Bolsa.

As Blue chips eram Petrobrás, Banco do Brasil, Belgo Mineira, Docas de Santos, Vale do Rio Doce, Mannesmman, Estrela, Cica e outras.

Foi a época da abertura de capital das construtoras Veplan, Hindi e Diametro. Como se ganhava dinheiro nesses lançamentos! Comprava-se o "recibo" de subscrição por um preço, e quando o papel começava a negociar na bolsa, entrava valendo 3 a 4 vezes mais. Para os mais jovens, saibam.

Esta é a verdadeira finalidade da Bolsa. Capitalizar empresas, lançando ações, sem ter que ficar devendo aos bancos. Pelo menos era.

Não havia opções. Nem índice futuro. A Bolsa subia tanto, que nem se precisava escolher o que comprar. Até PEDRA PN subia.

Foi a época que surgiu uma brincadeira no mercado, onde se vendia ou melhor se "sugeria" aos novatos uma ação chamada MERPOSA.

Quando perguntavam o nome e atividade da empresa a resposta era: MERDA EM PÓ S.A.

Bom por enquanto é isso. Na próxima vamos falar do crash que se sucedeu a isso. Preferi começar pelo doce pois de amargo já chega o momento atual.

 Fonte:  Bastter.com

Ibovespa fecha em alta de 1,5% e encosta em 72 mil pontos com exterior e PIB

Ibovespa fecha em alta de 1,5% e encosta em 72 mil pontos com exterior e PIB

SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice da bolsa paulista iniciou o mês de setembro com alta, encostando nos 72 mil pontos, diante de um cenário externo mais favorável e números melhores que o esperado para a economia brasileira.
O Ibovespa fechou em alta de 1,54 por cento, a 71.923 pontos, perdendo os 72 mil pontos durante os ajustes. Na máxima do dia, o índice subiu 1,95 por cento, a 72.216 pontos, máxima intradia desde novembro de 2010. O índice marcou a sexta semana de ganhos, com alta acumulada de 1,2 por cento.
O giro financeiro somou 9,93 bilhões de reais, acima da média diária vista no mês passado, de 8,76 bilhões de reais.
As siderúrgicas lideraram a ponta positiva do índice neste pregão, com destaque para as ações da Usiminas, que subiu mais de 10 por cento.
A economia brasileira cresceu 0,2 por cento no segundo trimestre sobre o período de janeiro a março, com a recuperação do consumo das famílias. A expectativa de economistas em pesquisa Reuters era de expansão de 0,1 por cento.
Nos Estados Unidos, dados mostrando desaceleração mais forte que a esperada na criação de vagas corrobora a visão de que o banco central norte-americano manterá um ritmo gradual na elevação de juros. No mês passado, houve abertura de 156 mil postos de trabalho, ante a expectativa de economistas pela criação de 180 mil vagas em agosto.
O exterior também amparou o tom positivo da B3, após novos dados sobre atividade industrial na China mostrarem expansão no ritmo mais rápido em seis meses em agosto, o que ajudou a impulsionar os contratos futuros do minério de ferro e do aço no país asiático.

DESTAQUES

- USIMINAS PNA ganhou 10,3 por cento, liderando a ponta positiva do Ibovespa, a 7,60 reais, no maior patamar de fechamento desde setembro de 2014. Os papéis reagiram ao bom desempenho dos contratos futuros do aço na China e perspectivas positivas para os preços da commodity. Também como pano de fundo estava a conclusão na véspera de renegociação de dívida com bancos e credores que dispensa a siderúrgica de fazer uma troca de bônus detidos por bancos japoneses e debenturistas, depois de receber permissão para isso de bancos brasileiros e do BNDES em junho.
- GERDAU PN avançou 6,24 por cento e CSN ON subiu 6,67 por cento, também na esteira do desempenho dos contratos futuros de minério de ferro e aço na China e na expectativa pelo desempenho da commodity.
- VALE ON teve alta de 1,68 por cento, em linha com o movimento dos contratos futuros do minério de ferro na China, após indicadores mostrando forte expansão da atividade industrial chinesa.
- BRF ON subiu 2,56 por cento, após a companhia anunciar na véspera que o atual presidente-executivo, Pedro Faria, vai deixar a empresa e que o sucessor será escolhido fora da companhia. Segundo analistas do BTG Pactual, o anúncio não foi uma grande surpresa, mas indica o último capítulo “da saga” do processo de mudança da empresa, iniciado em 2013.
- JBS ON teve queda de 0,35 por cento, tendo uma sessão volátil diante da suspensão por 15 dias da assembleia de acionistas, prevista para esta sexta-feira, após decisão judicial sobre recurso apresentado pelos controladores. Na mínima do dia, os papéis caíram 1,38 por cento, enquanto subiram 1,5 por cento na máxima.
- PETROBRAS PN avançou 2,71 por cento e PETROBRAS ON ganhou 4,51 por cento, influenciada pelo cenário em geral positivo, apesar do movimento do petróleo no mercado internacional, que fechou com leves variações. - ITAÚ UNIBANCO PN avançou 2,11 por cento e BRADESCO PN ganhou 2,08 por cento, reforçando o viés altista do Ibovespa devido ao peso desses papéis em sua composição. A sessão foi positiva também para os demais bancos do índice, com SANTANDER UNIT em alta de 0,75 por cento e BANCO DO BRASIL ON subindo 3,88 por cento.

Fonte:  Reuters

Petrobras assina acordo com banco de desenvolvimento chinês e poderá ter crédito de 5 bilhões

Petrobras assina acordo com banco de desenvolvimento chinês e poderá ter crédito de 5 bilhões

BRASÍLIA (Reuters) - A Petrobras e o Banco de Desenvolvimento Chinês assinaram no último, em Pequim, um memorando de entendimento que permitirá à empresa brasileira “explorar oportunidades no mercado financeiro chinês”, informou neste sábado o jornal Valor Econômico.
O memorando, chamado de “acordo de cooperação estratégica abrangente”, foi assinado durante a visita do presidente Michel Temer a China. Permitirá à Petrobras buscar novas opções de financiamento na China e usar a segunda metade de um crédito de 10 bilhões de dólares aberta no ano passado pelo banco, com lastro nas exportações de petróleo brasileiras para a China, disse o jornal.
A cooperação com o banco chinês irá cobrir o financiamento e o leasing de plataformas de petróleo e outros equipamentos necessários para exploração e produção e investimentos conjuntos nas áreas de exploração e refino.
A Petrobras não respondeu ao pedido de comentário feito pela Reuters.
Em dezembro, a empresa tomou um empréstimo inicial de 5 bilhões de dólares por 10 anos que pode ser pago em dinheiro ou em Petróleo, a pedido da China.
A Petrobras é hoje a empresa petrolífera com maior débito no mundo e foi forçada a vender ativos e cortar custos enquanto tenta se recuperar da queda dos preços do petróleo, um enorme processo de fixação de preços e o escândalo de corrupção revelado pela operação Lava Jato.

Fonte:  Reuters

BNDES resiste a pedido da União para devolver mais R$100 bi neste ano, diz fonte

BNDES resiste a pedido da União para devolver mais R$100 bi neste ano, diz fonte

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Um pedido extraordinário da União para que o BNDES devolva 30 bilhões de reais surpreendeu o banco de fomento, que teme que o pagamento comprometa o fôlego de financiamento no momento em que a economia do país dá sinais retomada gradual, disse à Reuters uma fonte familiarizada com o banco.
Representantes do BNDES e da área econômica negociaram recentemente a devolução de 80 bilhões de reais em 2018 oriundos de repasses de 500 bilhões de reais do Tesouro ao banco nos últimos anos. No ano passado, o BNDES devolveu 100 bilhões. O governo chegou a pedir outros 100 bilhões em 2018, mas o valor foi reduzido para cerca de 80 bilhões.
Agora, o governo estaria querendo um retorno adicional de 30 bilhões de reais, segundo a fonte.
“A decisão final ainda não saiu, mas há uma demanda de 30 bilhões para esse ano e mais o volume do ano que vem. O BNDES foi pego de surpresa porque só se falava do ano que vem. Cento e dez a 130 bilhões é um volume muito expressivo”, disse a fonte.
“As conversas precisam ser feitas com calma para não colocar em risco o fluxo de caixa do banco. O fôlego que o BNDES tem é de uns 80 bilhões somados os dois anos”, adicionou a fonte.
O dinheiro da devolução do BNDES seria usado para quitar principalmente despesas com a Previdência Social. O governo tem encontrado obstáculos para avançar com a reforma no Congresso.
A previsão de uma nova denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer nos próximos dias complica ainda mais as discussões sobre a reforma.
Uma regra impede que o Tesouro faça novas emissões de títulos para bancar despesas de custeio como a previdência. Uma das hipóteses seria a devolução de recursos pelo BNDES.
O BNDES tem resistido ao pedido da União por devolução de valores maiores por entender que, com a retomada da economia, a procura por crédito vai aquecer. A falta de recursos disponíveis para atender a demanda poderia comprometer o ritmo da retomada.
Paralelamente, o banco tenta levantar recursos no mercado para repasse de crédito, incluindo uma captação de um bilhão de dólares em 2018 e outra de 5 bilhões de dólares também no ano que vem, caso a primeira operação seja bem sucedida.

Fonte:  Redação Reuters