segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Contratadas 4 empresas para explorar minas de ouro

Contratadas 4 empresas para explorar minas de ouro


A publicação oficial do Ministério aponta as empresas ALCA –Gestão e Participações, TKE – Prestação de Serviços e Mercantis, Socassoma – Prestação de Serviços, comércio geral e exportação e BY-AE – Prestação e venda de artigos de joalharia. A “Infogeominas” escreve que, com o credenciamento, o Ministério da Geologia e Minas  pretende contribuir para o aumento das receitas fiscais e cambiais para o Estado e a inserção do empresariado nacional no mercado do ouro.
O presidente do Conselho de Administração da Agência do Ouro, Moisés David, revelou no acto que os quatro contratos foram seleccionados de dez, apurados de 40 pedidos iniciais. Moisés David encara a entrega pública dos contratos como o primeiro passo gigantesco para o sector do ouro e anunciou o curso de “discussões técnicas aprofundadas” como parte do programa para o registo e formalização dos operadores informais.
O presidente do Conselho de Administração da Agência do Ouro também anunciou a conclusão da regulamentação do mercado, nomeadamente o regime jurídico de metais preciosos.
O ministro da Geologia e Minas informou que a concessão dos contratos resulta da organização do subsector do ouro no domínio da comercialização. Francisco Queiroz afirmou que “O surgimento das empresas de comercialização de ouro permite a organização estratégica da produção artesanal, enquanto componente específica da cadeia de valor da exploração de ouro no país”.
Francisco Queiroz considerou que “a comercialização organizada do ouro de produção artesanal contribui, também, para combater a posse ilícita de ouro e a sua exportação ilegal para outros mercados, sem benefícios para o país”. Declarou que “todo o ambiente institucional que se cria com a entrada em cena de empresas ligadas à comercialização do ouro permite, ao Estado, aumentar as receitas fiscais e aperfeiçoar a interacção com os titulares destes direitos, na perspectiva de regular o sistema de vendas, garantir a segurança jurídica das transacções, prevenir fraudes, emitir certificados de origem e assumir a gestão e divulgação de dados estatísticos da produção, da comercialização e da exportação”.
Com um mercado de ouro organizado e legalizado, a indústria de joalharia nacional – com o uso do ouro, diamantes e de outras pedras preciosas nacionais -, também sairá beneficiada.  Nesta matéria, avançou o Ministro, intervém, também, o Banco Nacional de Angola (BNA). “O ouro não é um mineral comum. É também uma referência monetária. A sua comercialização e exportação obedecem a regras, nas quais intervém a autoridade monetária que é o BNA”, ressaltou.
Francisco Queiroz garantiu que o sector que dirige vai acompanhar a actuação das quatro empresas homologadas, no cumprimento escrupuloso das cláusulas contratuais e acompanhar os resultados económicos e sociais das suas actividades. O ministro recordou que ouro é um mineral estratégico e garantiu que, a breve trecho, terá grande importância na diversificação, exploração e comercialização mineira em Angola. Francisco Queiroz advertiu a que se comercialize nos marcos da lei e no quadro da estratégia do Executivo para o sector mineral.
A entrega pública dos contratos contou, também, com a participação dos secretários de Estado da Geologia e Minas, Miguel Bondo  e Miguel Paulino.
A estratégia das autoridades angolanas, sobre a qual ocorreu uma reflexão em Abril, numa mesa-redonda realizada em Luanda, considera que, do ponto de vista do mercado internacional, o ouro é uma grande fonte de arrecadação de receitas cambiais.
Produção de rochas ornamentais registou queda em Julho
A produção de rochas ornamentais caiu 33,85 por cento em Julho, para 2.698 metros cúbicos, que  se comparam com os 4.078 metros cúbicos de Junho, revela o “Infogeominas´” n.º 71, publicado sexta-feira. A publicação do Ministério da Geologia e Minas afirma que um volume de 2.610 metros cúbicos de rochas ornamentais – granitos, mármores, xisto-quartzitos e calcários – foi exportada em Julho, por um valor global de 598.212 dólares (cerca de cem mil milhões de kwanzas). Naquele período, a comercialização interna resumiu-se a 17 metros cúbicos e a perto de 1.300 milhão de kwanzas e a produção envolveu a actividade de exploração em 14 das 26 pedreiras activas, assim como nove empresas da Huíla, Cuanza, Sul, Namibe e Zaire.
Números fornecidos pela “Infogeominas” atribuem uma produção de 1.533 metros cúbicos à Huíla, 1036 ao Cuanza Sul, 127 ao Namibe e dois ao Zaire. A publicação considera relevante para a indústria de rochas ornamentais, a entrada em funcionamento, a 17 e a 18 de Julho, de três pedreiras, uma de xisto-quartzito no Virei e duas de mármore branco na Bibala-Caraculo,  que se encontravam na etapa de avaliação e desenvolvimento e que evoluíram para a fase de exploração. Foi também colocada em funcionamento uma fábrica de beneficiamento e transformação situada na cidade de Moçâmedes, uma unidade de produção vocacionada para o polimento de granitos e que dá valor acrescentado à matéria-prima. Com isso, Angola consegue elevar o valor das exportações desse produto mineral.
Fonte: Jornal de Angola
 

Anuário Valor 1000 posiciona Vale entre as 25 melhores empresas do setor

Anuário Valor 1000 posiciona Vale entre as 25 melhores empresas do setor


O diretor-presidente da Vale, Fabio Schvartsman, participou da premiação do anuário Valor 1000, realizado no dia 24 de agosto, em São Paulo. A publicação anual, do jornal Valor Econômico, reúne as 25 melhores empresas por setor. Em entrevista, o diretor-presidente afirmou que a Vale nunca deixou de confiar no Brasil. “Nosso melhor exemplo é a conclusão do maior projeto da história da companhia, o S11D, recém-concluído no Pará”.
Fonte: Vale

Cobre opera em alta, beneficiado por dólar mais fraco

Cobre opera em alta, beneficiado por dólar mais fraco


O cobre opera em alta nesta segunda-feira, beneficiado pelo dólar mais fraco. Além disso, os investidores monitoram as notícias geopolíticas, após o mais recente teste nuclear da Coreia do Norte. Às 8h05 (de Brasília), o cobre para três meses subia 0,85%, a US$ 6.904,50 a onça-troy, na London Metal Exchange (LME). Às 8h15, o cobre para dezembro tinha alta de 0,95%, a US$ 3,1475 a libra-peso, no pregão eletrônico da Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).
As tensões diplomáticas mexeram com o mercado cambial. O dólar em geral está mais fraco hoje, o que torna o cobre mais barato para os detentores de outras divisas e impulsiona a demanda dos investidores. Economista especializada em commodities da consultoria Capital Economics, Simona Gambarini disse que a fraqueza do dólar ajuda a manter o impulso do dólar.
Mais adiante, investidores continuarão a monitorar as novidades sobre a Coreia do Norte. Hoje, os integrantes do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas se reúnem para discutir o caso do país, após o teste nuclear de Pyongyang no domingo. Na Europa, investidores também acompanharão a reunião do Banco Central Europeu (BCE), na quinta-feira, enquanto nos EUA o foco estará na discussão sobre a potencial paralisação do governo, caso o Congresso não aprove a elevação do teto da dívida, segundo a economista da Capital Economics.
Entre outros metais básicos negociados na LME, o zinco caía 0,28%, a US$ 3.199 a tonelada, o alumínio recuava 0,44%, a US$ 2.131,50 a tonelada, o estanho tinha alta de 0,02%, a US$ 20.705 a tonelada, o níquel avançava 0,58%, a US$ 12.205 a tonelada, e o chumbo recuava 0,08%, a US$ 2.400 a tonelada.
Fonte: Dow Jones Newswires

   

Rio das Velhas: Rio das Minas Gerais (ouro)

Rio das Velhas: Rio das Minas Gerais




Os rios sempre foram um marco na História da Humanidade. As primeiras civilizações humanas surgiram às margens de rios como o Tigre, Eufrates, Nilo, Indo e tantos outros. Através dos rios os povos obtinham seus meios de defesa, divisão territorial, alimentação, transporte, comunicação, comércio, energia, irrigação, água potável que os possibilitava sobreviver e desenvolver. Algumas vezes eram também fontes de grandes infortúnios como enchentes e secas devastadoras. Mas havia sempre grande respeito e reverência aos rios. Lendas, músicas e histórias guardam a memória da relação de homens e seus rios. No Brasil não foi diferente: o povoamento deu-se ao longo dos rios e muitas são as histórias que os cercam. Hoje contaremos um pouco de uma delas, a do Rio das Velhas.

“Que grande parte da história de Minas não se terá desenrolado nas margens do Rio das Velhas? E que mundo de segredos não estarão escondidos no fundo de suas águas profundas?" Lúcia Machado de Almeida IN: Passeio a Sabará

O nome Rio das Velhas já carrega consigo uma lenda. A tradição popular diz que o bandeirante paulista Bartolomeu Bueno, ao se aproximar do rio, deparou-se com três velhas índias acocoradas em suas margens nas proximidades de Sabará. O poeta Cláudio Manoel da Costa registrou em um de seus poemas (Égloga Arúncio) esse encontro e atribui ao Governador Antônio de Albuquerque a escolha deste nome.
O Rio das Velhas é o maior afluente do São Francisco e todo o seu curso (cerca de 761 Km) está dentro do território de Minas Gerais. Sua nascente fica em Ouro Preto de onde parte como uma serpente, com grande sinuosidade rumo ao norte do estado.
Parte de seu curso atravessa uma região calcária com características bastante atípicas – o Carste de Lagoa Santa. O rio é alimentado por ribeirões subterrâneos; lagoas surgem e desaparecem “misteriosamente”, como a famosa Lagoa do Sumidouro. Quanta surpresa e lendas esses fatos devem ter gerado...
A tão sonhada e perseguida descoberta de ouro no Brasil ocorreu no vale do Rio das Velhas e dele partiu outras rotas de descobrimento de veios auríferos no vale de diversos afluentes do São Francisco. Às margens do Rio das Velhas surgiram os primeiros povoamentos de Minas Gerais que cresciam a cada dia com a chegada maciça de desbravadores atraídos pela riqueza da mineração. Muitos foram os cientistas e viajantes naturalistas que passaram pela bacia do Rio das Velhas ao longo dos séculos e o descreveram em seus relatos: Rugendas, Richard Burton, Saint Hilaire, Spix e Martius, Peter Lund e outros. Riqueza de uns, miséria de outros. Tributação de uns, contrabando de outros. Sonhos de uns, pesadelos de outros. O Rio das Velhas como testemunha de todos.
Conflitos entre bandeirantes, Guerras e Inconfidências, motins de escravos, criação de Quilombos, exploração por naturalistas estrangeiros, transferência da capital da Antiga Vila Rica (Ouro Preto) para Belo Horizonte, desenvolvimento das cidades e atividades econômicas poluidoras. O Rio das Velhas foi cenário de todas essas Histórias.
Mesmo quando ocorreu o esgotamento da mineração, outras atividades desenvolveram na região, como a pecuária e a agricultura. Junto com estas novas atividades, o processo de ocupação e degradação prosseguiu, sobretudo pelo desmatamento para a formação de pastos e para a implantação de monoculturas
Sempre que passo pelo Rio das Velhas e o vejo ali poluído, desrespeitado e recebendo dejetos que o matam lentamente a cada dia, penso: Que seres são estes que destroem e pagam com a morte aquele que é sua fonte de vida? O que estarão pensando as três velhas índias acocoradas em suas margens sobre nossa atitude “civilizada” frente a nossa grande riqueza natural?

Fonte: Trem da História

domingo, 3 de setembro de 2017

Conflitos, amizades, traições. Conheça histórias de que quem testemunhou a abertura da mina de alexandrita, em Hematita

Conflitos, amizades, traições. Conheça histórias de que quem testemunhou a abertura da mina de alexandrita
-ALEXANDRITAS
em Hematita, MG



Mina de alexandrita em Hematita, distrito de Antônio Dias

O descobrimento da maior jazida de alexandrita do mundo, no distrito de Hematita, em Antônio Dias, é uma história cheia de versões. Com poucos registros oficiais, é difícil creditar quem, de fato, descobriu a mina, nos idos de 1986. O que se sabe é que foi por acaso e por gente que não fazia ideia do quanto valia o material daquele subsolo. Por ser extremamente rara, a alexandrita se compara ao diamante em valor de mercado. 
Uma senhora simpática que mora atualmente ao lado da lavra – e preferiu manter-se no anonimato – conta que foi um primo seu, garoto na época, quem encontrou a preciosidade pela primeira vez. O menino brincava perto de um rego d’água, quando uma galinha ciscou um monte de cascalho e as pedras brotaram da terra. 
Não se sabe se foi este ou outro menino que, impressionado com a beleza da gema, que muda de cor de acordo com o tipo de luz à qual é submetida, achou aquilo bonito, cavou um pouco mais com as mãos, encheu uma sacola e levou para o distrito. Chegando lá, o garoto mostrou o achado a um comerciante, que provavelmente identificou ali algo valioso, e recebeu em troca dois pacotes de bala.
O assunto logo virou tema de conversa em reuniões de família, grupinhos de beira de rua e frequentadores de botecos. “Dizem que é uma tal de Alexandrita. Estão falando que vale muito dinheiro”, especulavam os moradores.  
Em 1986 não havia internet no Brasil, muito menos Facebook ou WhatsApp. Televisão em casa era para poucos. Mesmo assim, a informação correu rápido e em poucos dias começavam a chegar garimpeiros do país inteiro em busca das preciosas alexandritas de que tanto se falava. E eles chegavam armados com pás, picaretas e engenhocas para lavar cascalho. Armados também com revólveres, escopetas, garruchas, facas e canivetes.
As pessoas chegavam e tiravam da terra em pouco tempo kilos de Alexandrita, e 10% delas era para lapidação e alta qualidade. Muitos ficaram ricos vendendo pedras brutas para americanos, japoneses etc.. por centenas de dólares o grama, e os mesmo revendiam no exterior por milhares de dólares o quilate. De lá saíram as maiores pedras com + de 50 gramas, e alta qualidade. O preço hoje em dia é incalculável, pois as alexandritas lapidadas e de boa qualidade acima de um quilate vale entre 50 mil a 70 mil dólares o quilate, pela raridade vale mais que o diamante branco/amarelo de boa qualidade.
Ninguém sabe ao certo quanto saiu de lá em dólares, mas calcula-se em bilhões de dólares até hoje.
Fonte: Jornal Estado De Minas