quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Aécio Neves mantinha em gabinete planilhas com cota de cargos no governo federal

Aécio Neves mantinha em gabinete planilhas com cota de cargos no governo federal


Planilhas apreendidas pela Polícia Federal no gabinete do senador Aécio Neves (PSDB-MG), em maio, detalham indicações para cargos em diferentes órgãos da administração federal em Minas Gerais. Ainda conforme a PF, o tucano mantinha um mapeamento de cargos da União disponíveis no Estado, com informações sobre as remunerações e vagas em aberto. As informações são do jornal O Globo.
Uma das planilhas, com data de 10 de fevereiro de 2017 e título “Indicações para Cargos Federais – Minas Gerais”, detalha qual político e partido indicou e quem foi indicado para 16 cargos. Os órgãos para os quais teriam ocorrido indicações são Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Superintendência Federal de Agricultura, Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Caixa, Ceasa, Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), Ibama, Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Geap e Companhia de Armazém e Silos de Minas.
Em cada nome há ainda uma observação sobre a efetivação ou não da indicação. Os outros mapeamentos traziam cargos com possibilidade de serem preenchidos. A planilha principal trazia o título: “Recrutamento Amplo Político em Minas Gerais”. Outra, indicava “recrutamento restrito”, com indicações de cargos técnicos. Em nota, a assessoria do senador afirmou que o levantamento diz respeito a indicações feitas por deputados federais de Minas, de vários partidos, para cargos na administração federal, encaminhado a Aécio “para conhecimento”.
As planilhas foram apreendidas na mesma data em que a PF localizou dois celulares em um apartamento de Aécio, no Rio de Janeiro. Os aparelhos tinham linhas registradas no nome de laranjas e teriam sido usados para ligações sigilosas. O senador foi citado nas delações premiadas dos executivos do grupo J&F, controlador da JBS, como beneficiário de repasses de recursos pelo grupo. Em junho, a Procuradoria Geral da República denunciou o tucano por corrupção passiva e obstrução de Justiça, pelo suposto recebimento de propina de R$ 2 milhões da J&F.
Fonte: GAUCHAZH

Polo Carboquimíco do RS deve gerar 5,4 mil empregos

Polo Carboquimíco do RS deve gerar 5,4 mil empregos


Com a sanção da lei que institui o Polo Carboquímico no Rio Grande do Sul realizada pelo governador José Ivo Sartori no evento internacional Alternativas Sustentáveis do Uso do Carvão: Oportunidades do Complexo Carboquímico no Brasil, organizado pela Federação das Indústrias (Fiergs), o Estado passará a ser autossustentável e reduzirá a dependência de produtos e insumos importados gerados a partir do mineral.
A expectativa é dos participantes do encontro que reuniu investidores, empresários, lideranças políticas e especialistas na área durante todo o dia na sede da entidade. O presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry (foto), salientou que “é preciso definir estratégias que estimulem a competitividade das indústrias, ampliando a matriz energética disponível. O Sistema Fiergs é parceiro para viabilizar programas que transformem o carvão mineral em riqueza e desenvolvimento econômico e social”.
O governo prevê um incremento de 80% na produção do carvão no Rio Grande do Sul, que detém 90% das reservas do mineral no país. Segundo o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Décio Oddone, o Brasil vive um momento de transformação no setor de energia, e que a sociedade deve debater com transparência e sem preconceitos temas como carvão mineral. Com o desenvolvimento tecnológico, a sua extração e produção não é mais agressiva ao meio ambiente. Para o presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Extração de Carvão Mineral (Sniec), César Weinschenck Faria, o Rio Grande do Sul tem limitações para importar gás natural e fertilizantes, insumos gerados a partir do carvão, mas possui este mineral em abundância em seu solo. “Por que não produzir aqui e gerar empregos?”, questionou.
Uma das oportunidades que se abre é a implantação de uma fábrica de gaseificação do carvão, com capacidade para a produção de cerca de 2,14 milhões de metros cúbicos diários de Gás Natural Sintético (GNS), com estimativa de investimento de US$ 2 bilhões – quatro anos de implantação e um ciclo de 20 anos de operação. A estimativa do impacto acumulado no período de 2019 a 2042 para o Estado seria de R$ 19,7 bilhões em Produto Interno Bruto, R$ 1,1 bilhão em ICMS, 5,4 mil empregos entre diretos e indiretos. A previsão também é de um PIB 2,91% maior na comparação com a não realização do investimento. Santa Catarina e Paraná também seriam beneficiados, com 0,94% e 0,63% de crescimento maior de PIB, respectivamente. Os dados foram apresentados pelo coordenador da pós-graduação de Desenvolvimento Econômico da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Alexandre Porsse. 
Outros temas tratados no evento foram oportunidades de mercado, a política carboquímica estadual, o futuro do gás natural nas políticas públicas federais e o polo carboquímico sob o ponto de vista de tecnologia e meio ambiente, além da apresentação de cases de empresas como a Vamtec, a Posco e a IHI.  “Todos os países industrializados têm um setor químico forte. Vejam, por exemplo, a Suíça, que tem menos suíços do que talvez Porto Alegre tenha de gaúchos. E a indústria química dela é a décima do mundo, pois o segmento entra em todos os outros setores de atividade”, destacou Manuel Quintela, sócio proprietário da ChemVision.
Em sua palestra “A Gaseificação do Carvão Mineral Como uma Oportunidade Competitiva e de Desenvolvimento para o Estado”, Quintela evidenciou a importância da tecnologia hoje existente para o desenvolvimento da cadeia. “Pela primeira vez eu estou numa época que tenho tecnologia. Posso usar o carvão de uma forma competitiva. Há dez anos isso não acontecia. Houve um progresso extremamente rápido nos últimos anos. Tenho condições de ter uma tecnologia competitiva. O carvão sempre existiu e agora as tecnologias para extrair o o mineral de uma forma ambiental estão disponíveis”, lembrou. 
Fonte: Amanhã

Pimentel quer vender 49% da Codemig para pagar dívidas

Pimentel quer vender 49% da Codemig para pagar dívidas


O governador Fernando Pimentel (PT) pretende vender 49% das ações da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig). O Projeto de Lei 4.827/2017 foi enviado nessa quarta-feira (29) pelo petista para ser analisado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Atualmente, a Codemig é uma empresa pública constituída na forma de sociedade anônima, controlada pelo governo.
“O projeto visa à transformação da Codemig em sociedade de economia mista, permitindo assim a sua capitalização e a diversificação das fontes de recursos investidos em desenvolvimento econômico no Estado. Em outras palavras, seria possível promover ainda mais projetos destinados ao bem-estar dos mineiros, mas com menor sacrifício aos cofres públicos”. É o que diz o texto assinado por Pimentel.
Na prática, segundo interlocutores do Estado, o governador mineiro tenta, de todas as formas, levantar recursos para quitar as diversas dívidas que acumula junto a prefeituras e ao funcionalismo público, já que as eleições se aproximam e Pimentel será candidato à reeleição. Entre as demandas mais urgentes estão o pagamento do 13º salário dos servidores e os repasses para a saúde, que já somam R$ 2,5 bilhões, segundo a Associação Mineira de Municípios (AMM).
A Codemig não divulgou o valor gerado pela venda das ações, mas uma fonte do governo disse que, com o projeto de lei aprovado, uma consultoria poderá ser contratada para fazer a avaliação, levando-se em consideração o fato de que 25% das receitas da empresa vêm da extração do nióbio pela Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM). Nas gestões tucanas à frente do governo de Minas, diversas obras foram bancadas com recursos da Codemig, sendo a mais expressiva delas a Cidade Administrativa, que custou pelo menos R$ 1,5 bilhão e foi idealizada pelo hoje senador Aécio Neves (PSDB).
“O Estado teria a possibilidade e estaria autorizado, no seu interesse e na sua conveniência, a alienar parte das ações, sempre assegurando e preservando o controle estatal, resguardando o limite mínimo de 51% das ações. A abertura do capital para investidores privados também favorece ampliar a moralidade e a transparência na gestão dos recursos que estão sob responsabilidade da Codemig”, afirma uma nota da empresa.
Nessa quarta-feira (29), o deputado estadual Felipe Attiê (PTB) foi ao plenário para criticar o projeto. “Estão vendendo o patrimônio público? Vocês (PT), que a vida inteira foram contra a venda do patrimônio público, vão vender 50% da Codemig? Para pôr esse dinheiro onde? Quanto vale a Codemig? Vai vender essas ações aí no mercado para fazer caixa, sem um planejamento estratégico. Essas vendas, essas privatizações no final do ano, de uma empresa que controla a mineração de nióbio, que é a Codemig, isso cheira a coisas ocultas”, disse.(Angélica Diniz)
Fonte: O TEMPO

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

As pérolas

As pérolas estão presentes com destaque em muitas culturas desde os mais remotos tempos da Humanidade, por seu fascínio e características únicas. Muito contribuiu para esta longínqua admiração o fato de que estas gemas são utilizadas em seu estado natural, não necessitando que o homem as aprimore para revelar sua beleza. Por esta razão, são simbolicamente consideradas um presente da Natureza.
A pérola é uma formação natural segregada acidentalmente por um molusco, sem o auxílio ou qualquer intervenção humana. A pérola se forma pela deposição de uma substância denominada nácar em volta de um agente irritante (um grão de areia ou um parasita, por ex.) que penetra no interior do corpo do animal.
Elas ocorrem nas cores branca, creme, negra, cinza, bronze, prateada, rosa, azul, verde e amarela.
As antigas culturas do Oriente Médio, Índia e Pacífico Sul parecem ter sido as que primeiro admiraram e utilizaram as pérolas como adorno, provavelmente devido à proximidade com as principais fontes históricas desta gema, o Golfo Pérsico, o Estreito de Manaar – localizado entre Índia e Sri Lanka – e as Ilhas da Polinésia Francesa.
O Golfo Pérsico e, sobretudo, a costa de Bahrain, foi a principal fonte de pérolas durante mais de 2.200 anos, de aproximadamente300 A.C. até meados do século XX.
O advento das técnicas de cultivo de pérolas ocorreu em um momento crítico de indisponibilidade de pérolas naturais e, com o passar dos anos e seu aprimoramento, a oferta de cultivadas sobrepôs-se largamente à de naturais, alterando para sempre o mercado de pérolas.
As pérolas cultivadas, tal como são conhecidas hoje, entraram no mercado em 1921 pelas mãos dos japoneses, embora já fossem produzidas havia mais de vinte anos. As cultivadas respondem, atualmente, por aproximadamente 95% do comércio mundial de pérolas e procedem principalmente do Japão e da China. A diferença em relação às naturais reside no fato de que nas cultivadas o processo de formação é induzido pelo homem.
As pérolas naturais são, hoje em dia, possivelmente mais raras que em qualquer outro período da história, causando a valorização dos itens de muito boa qualidade, adquiridos praticamente apenas por colecionadores ou especialistas, bem como por cidadãos de culturas que conferem especial valor às pérolas naturais, como é o caso daqueles de diversas nações árabes. As pérolas naturais são bastante raras atualmente, representando uma diminuta parcela do comércio mundial desta gema.
Os principais critérios de avaliação de pérolas são tamanho, forma, cor, brilho, estado da superfície e espessura da camada de nácar.
As perolas são cultivadas em várias partes do mundo, fazendo com que exista uma enorme variedade disponível à joalheria. As mais tradicionais, as “Akoya”, vêm das águas salgadas do Japão e da China, e sua dimensão pode variar de 1 a 9 milímetros.
Dos mares do sul (Austrália, Filipinas, Indonésia), vêm as valiosas “South Sea”, que podem atingir até 20 cm de diâmetro. Essas mesmas pérolas quando de cor negra são denominadas “Tahiti”.
Já as pérolas “Mabe” (ou Barrocas), são cultivadas também na China e no Japão, em ostras específicas, e derivam de formatos já pré-definidos no processo de introdução, podendo ser oval, gota, coração ou esférico.
De menor valor no mercado, as pérolas de água doce (pérolas de arroz), chamadas “Freshwater”, podem apresentar grande variação de formato e cores, enquanto as pérolas “Biwa” (cultivadas no lago de mesmo nome na China), apresentam formato ligeiramente achatado e intensa cor branca.

O BRILHO
O brilho da pérola, também designado “oriente”, é o efeito de um polimento único, causado pela reflexão da luz nas camadas de nácar q a formam.Quanto mais espesso o nácar, maior o oriente e o valor da pérola.O oriente também pode apresentar tons sutis de azul, verde, rosa e amarelo.
A COR
A cor de uma pérola varia de acordo com a presença de minerais e proteínas presentes na água e com a cor da madrepérola(concha mãe), e também com a temperatura e posição em que ela se acomoda na concha. Podem ocorrer variações entre branca(mais valiosa) amarela, rosa, cinza, bronze, roxa e preta.

ESMERALDA

Mais nobre variedade do mineral berilo, notabiliza-se pela luminosa cor verde-grama, devida aos elementos cromo e vanádio, bem como por sua relativa fragilidade e elevada dureza. Seu nome deriva do sânscritosamârakae deste ao gregosmaragdos.
A esmeralda já era explorada pelos egípcios por volta de dois mil anos antes de Cristo, nas proximidades do Mar Vermelho. Famosas desde a Antiguidade eram também as esmeraldas das minas egípcias de Zabarahque ornavam Cleópatra.
Quimicamente, a esmeralda se constitui de silicato de berílio e alumínio e, em estado bruto, apresenta a forma de um prisma hexagonal.
Em raros casos é inteiramente límpida, apresentando um cenário de inclusões conhecido como jardim das esmeraldas. Procuradas desde a chegada dos portugueses ao Brasil, sobretudo pelas expedições dos bandeirantes ao interior do país nos séculos XVI e XVII, as fontes de esmeraldas de aproveitamento econômico foram encontradas em nosso país somente no século XX.

Os mais belos espécimes de esmeralda do mundo procedem da Colômbia, onde são extraídas de rochas xistosas nas famosas minas de Muzo, Coscuez e Chivor.
Na África, há importantes países produtores, destacando-se principalmente a Zâmbia, 2º produtor mundial, o Zimbabwe e Madagascar.
O Brasil é atualmente o terceiro produtor mundial e as gemas provêm dos Estados de Minas Gerais (Garimpo de Capoeirana, em Nova Era; e Minas deBelmont e Piteiras, em Itabira); Goiás (localidades de Santa Terezinha e Porangaru), Bahia (localidades de Carnaíba e Socotó) e Tocantins.
Historicamente, o tratamento empregado com mais frequência em esmeraldas é o preenchimento de fraturas com óleos ou resinas naturais, com a finalidade de torná-las menos perceptíveis. Atualmente, as resinas artificiais, sobretudo o produto Opticon, têm substituído os tradicionais óleos e resinas naturais.
Esmeraldas obtidas por síntese são comercializadas desde 1956, empregando-se dois diferentes métodos
Geologo.com