domingo, 3 de dezembro de 2017

Ciclo do Carbono

Ciclo do Carbono



O Ciclo do carbono tem início quando as plantas e outros organismos autótrofos absorvem o gás carbônico da atmosfera para utiliza-lo na fotossíntese e o carbono é devolvido ao meio na mesma velocidade em que é sintetizado pelos produtores, pois a devolução de carbono ocorre continuamente por meio da respiração durante a vida dos seres.
Ciclo do Carbono
No ciclo biológico do Carbono, podemos ter a total renovação do carbono atmosférico em até vinte anos. Este processo ocorre na medida em que as plantas absorvem a energia solar e CO2 da atmosfera, gerando oxigênio e açúcares, como a glicose, por meio do processo conhecido como fotossíntese, o qual é a alicerce para o crescimento das plantas.
Por sua vez, os animais e as plantas consomem a glicose durante o processo de respiração, emitindo novamente CO2. Com isso, a fotossíntese e a decomposição orgânica, por meio da respiração, renovam o carbono da atmosfera.
Em termos de equação química destes processos temos:
  • 6CO2 + 6H2O + energia (luz solar) → C6H12O6 + 6O2 (fotossíntese)
  • C6H12O6 (matéria orgânica) + 6O2 → 6CO2 + 6 H2O + energia (Respiração)
Com isso, a fotossíntese e a respiração, conduzem o carbono de sua fase inorgânica à fase orgânica e de volta a fase inorgânica, concluindo o ciclo biogeoquímico. Também faz parte do ciclo biológico a remoção de grande parte do carbono da atmosfera excedendo os limites da respiração, quando a matéria orgânica acumula-se em depósitos sedimentares que se decompõem em combustíveis fósseis.
Outra forma de acelerar ainda mais o ciclo rápido e adicionar CO2 na atmosfera são os incêndios naturais, pois eles consomem a biomassa e matéria orgânica, transferindo mais CO2 num ritmo maior do que aquele que remove naturalmente o Carbono a partir da sedimentação do mesmo. Esse processo causa o aumento das concentrações atmosféricas de CO2 rapidamente.

O Carbono e seu Ciclo

Como o quinto elemento mais abundante no Planeta, O Carbono (C) possui necessariamente duas formas, uma orgânica, existente nos organismos vivos e mortos, e outra inorgânica, presente nas rochas. Sem espanto, 99% desse carbono está na litosfera, a maior parte sob a forma inorgânica, armazenada em rochas sedimentares em depósitos de combustíveis fósseis
Assim, o Carbono circula pelos oceanos, na atmosfera e no interior da Terra, no ciclo de longa duração definido ciclo biogeoquímico, dividido em dois tipos, a saber, o ciclo "lento" ou geológico, no qual o carbono e sedimentado e comprimido sob as placas tectônicas, e, para o que nos interessa mais, o ciclo "rápido" ou biológico.

As Atividades Humanas e o Ciclo do Carbono

As ações humanas influenciam no ciclo global do carbono, pois, uma vez que retira o carbono armazenado nos depósitos fósseis numa velocidade superior à da absorção do carbono pelo ciclo, estamos potencializando o aumento das concentrações de CO2 na atmosfera, especialmente se considerarmos o fato de que este depósitos são queimados como combustíveis, acelerando ainda mais o processo.
Sem espanto, a concentração de dióxido de carbono na atmosfera tem crescido a uma taxa de 0,4% ao ano, pois a extração e queima do petróleo, gás e carvão vem junto com destruição das florestas e, portanto, reduzimos a capacidade de absorção ao mesmo tempo em que aumentamos a emissão de Carbono.

Curiosidades

  • Os oceanos são grandes depósitos de gás carbônico e realizam uma troca constante de carbono com a atmosfera.
  • A concentração do carbono na atmosférica é a menor, pois a maior parte está nos oceanos e na crosta terrestre.
  • A vida nos oceanos consome grandes quantidades de CO2, uma vez que baixas temperaturas no oceano aumentam a absorção do CO2 atmosférico, enquanto temperaturas mais altas podem causar a emissão de CO2.
  • O Efeito Estufa é um sintoma do ciclo do carbono, uma forma que a Terra tem para manter sua temperatura constante.
  • Fonte: Toda Materia

Pequenos negócios exportadores crescem 12% em 2016

Pequenos negócios exportadores crescem 12% em 2016

Um estudo divulgado pelo Sebrae mostrou que o número de pequenos negócios exportadores registrou um crescimento de 12% em 2016 na comparação com 2015.
Em 2011, as micro e pequenas empresas (MPE) representavam 32,8% do total de empresas exportadoras. Em 2016, a participação subiu para 38%, quando mais de 8 mil empresas de micro e pequeno porte venderam mercadorias para o exterior, alcançando o recorde da série histórica.
Apesar do cenário econômico de 2016, com juros altos e a falta de crédito, as MPE faturaram US$ 997,7 milhões em vendas para fora, o que significou alta de 6% em relação ao ano anterior. No mesmo período, o valor exportado pelas médias e grandes empresas caiu 3,5%.
O estudo mostrou que 90% das empresas de micro e pequeno porte que exportam estão concentradas em cinco estados, São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina.
Em 2016, o foco das exportações das MPE foram os mercados dos Estados Unidos e do Canadá com 20,5% das vendas totais, do Mercosul com 20,3% e da União Européia com 20,2%. Os principais produtos exportados pelas microempresas são vestuário, calcados e , pedras preciosas ou semipreciosas, enquanto as pequenas empresas se destacaram nas exportações de madeira serrada, obras de mármore e granitos e também na de pedras preciosas.
O desempenho é apurado pelo estudo As Micro e Pequenas Empresas nas Exportações Brasileiras – 2009 a 2016, realizado pelo Sebrae com a Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior.
Fonte: ADVFN

PIB mais modesto esconde sinais de crescimento maior para este ano e 2018, diz Santander

PIB mais modesto esconde sinais de crescimento maior para este ano e 2018, diz Santander

Apesar de vir abaixo do esperado pelo mercado, o crescimento  da economia brasileira no terceiro trimestre, divulgado hoje pelo IBGE, traz sinais muito positivos para este ano e para o próximo, explica Rodolfo Margato, economista do banco Santander Brasil. Segundo ele, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,1% no terceiro trimestre, inferior ao 0,3% do consenso do mercado e do próprio Santander, oculta notícias positivas que podem levar a instituição a rever para cima seus números de crescimento deste ano. Um exemplo é que, quando comparado ao mesmo trimestre do ano passado, por exemplo, o terceiro trimestre deste ano apresenta um aumento de 1,4%, dentro da projeção do mercado e do banco.
O desvio em relação ao segundo trimestre deste ano, portanto, se deve à interferência de novos dados, incorporados ao cálculo relativos a 2015 ainda, e a mudanças nos fatores sazonais e novos componentes. “Essas mudanças podem enganar, e quando olhamos a abertura dos números, vemos um crescimento importante da demanda doméstica, da ordem de 0,9%, puxada pela continuidade do crescimento da demanda das famílias e dos investimentos”, explica. A conclusão é que esses números “dão alento para uma melhoria do prognóstico para 2018”.

Segundo Margato, a comparação com o segundo trimestre mostra sinais mais favoráveis de uma recuperação da economia que pode levar à revisão da estimativa para este ano e par ao próximo. Há ainda uma importante revisão dos trimestres anteriores, como o crescimento do segundo trimestre, que passou de 0,2% para 0,7% a partir de informações sobre o PIB de 2015.
Também o número do primeiro trimestre foi revisto pelo IBGE e passou de crescimento de 1% para 1,6%, o que eleva a base de comparação. “Apesar do pequeno desvio para baixo do terceiro trimestre, a revisão para cima dos trimestres anteriores deixa o carry over (efeito contábil) para 2017 bem mais favorável”, afirma. Tanto que ele já pensa em rever a estimativa de crescimento para este ano, de 0,8% para até 1,1%. “Vamos analisar os números nas próximas semanas, mas aumenta a probabilidade de crescimento de 1,1% no ano fechado”, diz, reafirmando que por enquanto a projeção do banco está em 0,8%.
Além deste ano, o número do terceiro trimestre dá sinais mais auspiciosos para o crescimento do ano que vem também. O Santander projeta 3,2% de crescimento, acima da mediana do mercado obtida pela pesquisa do relatório Focus do Banco Central, de 2,6%. Para Margato, os dados de hoje do PIB, ainda que com pequeno desvio, reforçam o cenário base de continuidade de crescimento e, mais importante, uma disseminação dessa melhora por mais setores e regiões nas próximas medições.

Queda esperada na agricultura e indústria mais disseminada

A queda do lado da oferta foi puxada pelo setor agropecuário, o que já era esperado, pelo efeito estatístico da alta nos trimestres anteriores, nos quais os efeitos das safras. “No terceiro trimestre, as safras têm peso de culturas que não tiveram desempenho tão bom, o que já se previa, apesar do aumento de 0,9% sobre o ano anterior”, lembra. A indústria também teve um crescimento importante sobre o segundo trimestre e sobre o ano passado, puxado pela indústria de transformação. Margato nota que há uma disseminação desse crescimento no setor industrial, com o índice de difusão do crescimento passando de uma média móvel de 30% para 55% a 60% dos setores nas últimas leituras. “Alguns setores puxam com mais intensidade, outros menos”, explica.
O setor de Serviços, que também apresentou alta, teve como grande destaque o comercio, com crescimento de quase 2% no trimestre, o que já era esperado pelo forte aumento das vendas do varejo ampliado, observa o economista.

Consumo das famílias puxa crescimento mesmo sem FGTS

Mas a grande força motriz do crescimento ainda é o consumo das famílias, que reflete a melhora disseminada dos fundamentos da economia, como inflação baixa, corte nos juros, melhora importante da confiança do consumidor, os primeiros sinais de melhora do mercado de crédito e de trabalho com a queda da taxa de desemprego. “A melhora deste trimestre no consumo das famílias é importante porque havia o medo de que o desempenho dos trimestres anteriores era fruto apenas da liberação do FGTS inativo, o que não se confirmou”, explica Margato. “Os dados mostram que os principais fatores de crescimento para o consumo das famílias são os fundamentos “.

Investimento aumenta, mas ociosidade garante inflação baixa até 2019

Já os investimentos crescendo representam uma surpresa diante da capacidade ociosa ainda alta da economia. “Mas esperamos continuidade nos próximos trimestres, apesar da ociosidade ainda elevada”, diz. Segundo ele, mesmo com o PIB Potencial (capacidade que o país tem de crescer sem pressionar a inflação) do Brasil seguir baixo, na casa do 1,5% ao ano, e com o crescimento da economia mais forte no ano que vem e nos próximos, a ociosidade da economia continuará alto. “O chamado hiato do produto, ou seja, o espaço entre a capacidade de produção e a demanda da economia, ainda continuará muito aberto e só deverá ser anulado no segundo semestre de 2019”, diz.
Isso significa que o país terá uma oportunidade grande de continuar crescendo sem inflação e com juros baixos, e com isso avançar na agenda de reformas econômicas nos próximos anos. “Via canal da atividade e demanda, não vemos pressão inflacionária em 2018, por isso projetamos uma inflação abaixo da meta e uma taxa Selic de 6,75% ao ano por todo o ano que vem”, diz.

Investimento pode voltar em 2019

Sobre o aumento dos investimentos, Margato diz que ele veio até abaixo do esperado pelo banco, 1,6% em vez de 1,7% sobre o segundo trimestre. E houve queda sobre 2016, como esperado. Segundo ele, há várias dúvidas sobre a sustentação da melhora dos investimentos, levando-se em conta a ociosidade alta da economia. “Mas outros fatores mostram uma melhora interessante”, diz, citando os efeitos da taxa de juros mais baixa sobre os investimentos. “Hoje, estamos com uma queda da taxa real de juros para 3%, abaixo da taxa neutra, que seria de 4% ao ano, o que indica uma política bastante expansionista”, explica.
Além disso, a confiança do empresariado está crescendo, o risco-pais está em queda, o que são fatores positivos para o investimento. “Claro que para alguns setores essa volta do investimento vai demorar, como no setor de caminhões, no qual a ociosidade é uma das maiores, mas em bens de capital seriados, máquinas agrícolas, energia elétrica, já vemos sinais de reação”, explica. E a diversificação maior de regiões crescendo também é importante para estimular esses investimentos. “Esperamos um crescimento de 6% no próximo ano, uma melhora tímida considerando a queda nos investimentos de 30 pontos percentuais entre 2014 e 2017, mas a sinalização é que o pior ficou para trás”, acredita Margato.

Diferença está nos investimentos

É o debate sobre a retomada dos investimentos que faz a grande diferença nas projeções para o crescimento do PIB no ano que vem, de 2% para até 4%, explica o economista. No caso do consumo das famlias, o consenso é que ele será o principal vetor, mas nos investimentos há dúvida maior. “Estamos na ponta otimista, pois vemos segmentos como energia elétrica, agricultura e bens seriados já aumentando os investimentos, sem contar ainda com a expectativa de pacotes de concessões”, afirma.

Eleições não comprometem

Sobre as eleições do ano que vem, Margato acredita que elas não chegarão a prejudicar o crescimento da economia. “Só se houver um impacto muito forte logo no início do ano, que altere os mercados, o dólar, a inflação, mas não vemos isso, achamos que o crescimento do ano que vem já está dando”, afirma. Já com relação à continuidade do crescimento, a eleição será fundamental, ao definir se o país vai continuar com uma política de ajuste fiscal, reformas e redução do crescimento da dívida. “Sem isso, a inflação deve voltar, os juros voltam a subir e o crescimento será comprometido”, diz.
Fonte: Arena Pavini
Jornal ADVFN

Cemig: após exercício de preferência, aumento de capital rende R$ 1,1 bi

Cemig: após exercício de preferência, aumento de capital rende R$ 1,1 bi

A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) (BOV:CMIG4) divulgou nesta sexta-feira, 1, o resultado do período de exercício do direito de preferência para subscrição de ações na operação de aumento de capital da companhia, que se encerrou na última quarta-feira (29).
Nesta primeira fase, a Cemig captou R$ 1,1 bilhão. Segundo a estatal mineira, foram adquiridas pelos acionistas 50.106.730 ações ON, que representam 74,95% da proposta de emissão, e 118.949.754 ações PN, ou 89,39% da proposta inicial. Sobraram 16.742.775 ações ordinárias e 14.111.688 ações preferenciais. Os titulares de 49.562.000 ações ON e de 118.419.640 ações PN manifestaram intenção de adquirir sobras.
O primeiro rateio será realizado na próxima semana, entre os dias 5 e 7. Os subscritores de ações ON poderão comprar as sobras na proporção de 18,3677% do que foi subscrito no período de direito de preferência. Para os que compraram ações PN, essa proporção será de 11,9166%. Além disso, os preferencialistas poderão adquirir até 6,451% em ações ON.
Agência Estado
Jornal ADVFN

A curiosa origem do misterioso vapor que sai das calçadas de Nova York

A curiosa origem do misterioso vapor que sai das calçadas de Nova York




Vapor em Nova York: Vapor continua sendo fonte importante de energia em NY, embora outras fontes tenham surgido© BBC Vapor continua sendo fonte importante de energia em NY, embora outras fontes tenham surgido Onipresente na vida de quem vive lá e motivo de curiosidade para os turistas, o vapor que emana das ruas de Nova York faz parte do DNA da cidade, assim como os taxis amarelos e os arranha-céus de Manhattan.
Mas qual a origem dessa fumaça icônica, constantemente retratada em filmes, como "Taxi Driver", de Martin Scorsese?
O que se vê ao andar nas ruas de Nova York é somente a ponta do iceberg de um fenômeno muito maior.
Trata-se do mesmo vapor que viaja mais discretamente por túneis e tubulações de edifícios emblemáticos da cidade, como o Empire State Building, o terminal da Grand Central e a sede das Nações Unidas.
A "fumaça" também é usada para diferentes finalidades nos hospitais, museus, lavanderias e até queijarias.
Empire State Building: O Empire State building, um dos edifícios icônicos da cidade, usa o sistema de vapor para a sua calefação© BBC O Empire State building, um dos edifícios icônicos da cidade, usa o sistema de vapor para a sua calefação Nova York possui um sistema de vapor único, com 169 km de tubos subterrâneos, que é um dos maiores do mundo em escala urbana.
Sem essa rede de vapor, quem sabe até a silhueta da cidade, que combina antigos e modernos arranha-céus, seria diferente: "Nunca teriam construído esses edifícios, porque não seria possível aquecê-los", afirma Dan Hologan, autor de 22 livros sobre o tema.
Mais de 130 anos
O sistema de vapor nova-iorquino data da década de 1880 e seu primeiro cliente foi o edifício United Bank, na esquina de Wall Street, que o utilizava como fonte de energia para os elevadores.
Atualmente, a rede chega a 1.650 clientes ou edifícios de Manhattan, segundo dados proporcionados pela Con Edison, a companhia que opera o sistema, com quatro estações de vapor e duas que geram vapor e eletricidade ao mesmo tempo.
O que surge na superfície das ruas de Nova York são as infiltrações desse vapor, que corre pelo subterrâneo da cidade e se dissipa por bueiros e chaminés instaladas especialmente para evitar que a fumaça afete a visão dos transeuntes e condutores.
"São infiltrações nas tubulações que precisam ser reparadas", explica Allan Dury, porta-voz da Con Edison. "Não é perigoso, não é necessário pressa", assegura.
O sistema é utilizado principalmente para garantir calefação, ar-condicionado e água quente aos edifícios. Mas o vapor de Nova York também é usado para cozinhar ou limpar pratos em restaurantes, umidificar salas de museus, passar roupas em lavanderias e esterilizar materiais de hospitais.
Vapor em Nova York: Chaminé típica, que canaliza o vapor proveniente dos 169 km de tubulações subterrâneas do sistema de Nova York© BBC Chaminé típica, que canaliza o vapor proveniente dos 169 km de tubulações subterrâneas do sistema de Nova York "O vapor é muito valioso para os queijeiros. Necessitamos de muita energia para a pasteurização e também para aquecer o tanque de fermentação, enquanto fazemos o queijo", diz Jon Gougar, queijeiro da empresa Beecher, que tem uma produção no centro de Manhattan.
Graças ao sistema de vapor "podemos operar em um espaço bem menor e fazer queijo em área urbana, o que não é usual", afirmou
produção de queijo em Manhattan: Planta de produção de queijo no centro de Nova York |Foto: Beecher's© BBC Planta de produção de queijo no centro de Nova York |Foto: Beecher's

Explosões

A pergunta sobre até que ponto o sistema de vapor de Nova York é seguro é reavivada de tempos em tempos.
Nas décadas passadas, houve algumas explosões fatais de tubulações de vapor. Uma das delas matou, em 1989, três pessoas (incluindo dois operários da Con Edison que estavam em serviço), no bairro Gramercy Park.
Outra, em 2007, deixou um morto e dezenas de feridos perto do terminal Grand Central, assim como uma gigantesca nuvem de vapor no meio de Manhattan.
O que causou esta última explosão tem sido motivo de controvérsia nos tribunais, com acusações a uma empresa do Texas que havia reparado a tubulação e à empresa Con Edison.
"Houve múltiplos pedidos de reparação naquela localidade, sabiam que havia problemas", disse Rick Rutman, um advogado que representou vítimas do acidente.
A Con Edison já pagou milhões de dólares em compensações a quem sofreu danos e assegura que recentemente iniciou um monitoramento remoto de seu sistema de vapor.
"Continuamos estudando mudanças nos procedimentos e melhorias nos equipamentos que possam aumentar ainda mais a segurança", disse Drury, porta-voz da Con Edison.
Explosão da tubulação de vapor em 2007, em Manhattan, deixou um morto e dezenas de feridos© AFP/Getty Images Explosão da tubulação de vapor em 2007, em Manhattan, deixou um morto e dezenas de feridos
A empresa passou recentemente a prestar serviços para um novo cliente importante, o 432 Park Avenue, um dos arranha-céus mais altos de Manhattan.
Mas admite que a tendência "tem sido de leve queda" na quantidade de clientes, algo que contribui, entre outras coisas, ao baixo preço relativo do gás natural.
Contudo, o uso de vapor para calefação em Nova York vai além da rede subterrânea- boa parte dos edifícios usam caldeiras nos sótãos para produzir seu próprio valor, explica Dan Holohan, autor de 22 livros sobre o uso de vapor em NY.
Ele avalia que mudar a forma de calefação dos edifícios antigos seria um despropósito.
"Às vezes ouço as pessoas dizerem que é preciso se desfazer de tudo isso. E o que vamos fazer com o Empire State Building?" questiona.
"Não é possível adotar um serviço de calefação mais eficiente nesse edifício", assegura.
Vapor em Nova York: O vapor de cada dia nas ruas de Nova York© AFP/Getty Images O vapor de cada dia nas ruas de Nova York

Fonte: BBC