sexta-feira, 23 de março de 2018

Ouro fecha em alta com demanda por ativos seguros em meio a tensões comerciais


Ouro fecha em alta com demanda por ativos seguros em meio a tensões comerciais

O ouro fechou em alta na sessão desta quinta-feira, 22, em meio a reforçados temores de uma guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, com o anúncio pela Casa Branca de um pacote tarifário direcionado ao país asiático. Este cenário sugere que o metal amarelo conseguiu captar alguma demanda de investidores por ativos considerados mais seguros, em meio à força vendedora que pressiona os mercados acionários em Wall Street.
A sessão desta quinta-feira também foi a primeira desde que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) elevou os juros em 0,25 ponto porcentual, para a faixa entre 1,50% e 1,75%.  Em relatório a clientes, o Commerzbank avalia que essa decisão contribuiu para a alta do metal precioso. “O preço de ouro mostrou desta vez o mesmo padrão de negociação apresentado antes de outras reuniões do Fed: fraco antes da reunião e, depois dela, recuperado significativamente”, analisa o banco alemão, que acrescenta que “a recuperação (do ouro) pode continuar por mais alguns dias”.
Na Comex, divisão de metais da New York, o contrato de ouro para entrega em abril fechou em alta de US$ 5,90 (+0,45%), a US$ 1.327,40 por onça-troy.
Fonte: Isto É Dinheiro

Três mineradoras com irregularidades têm atividades


Três mineradoras com irregularidades têm atividades 



Três mineradoras foram identificadas com irregularidades nas regiões Norte e Noroeste do Espírito Santo, durante uma fiscalização de vários órgãos competentes, que começou na terça-feira (20) e terminou nesta quinta-feira (22). Houve multa e embargo com paralisação das atividades em todas elas.
As mineradoras ficam nas cidades de Colatina, Linhares e Baixo Guandu. Duas delas não tinham licença ambiental de operação e uma não contava com a Guia de Utilização (GU), que permite a extração mineral. Um vídeo gravado por funcionários do Ibama, na manhã desta quinta-feira, mostra a situação na pedreira de extração de granito em Baixo Guandu. Nas imagens é possível ver a área bastante degradada.
Entre os equipamentos apreendidos nessas mineradoras estão caminhões, pás-carregadeiras, escavadeiras e outros itens específicos da atividade de mineração, como compressores, perfuratriz e máquinas de cortar fio diamantadas. A maior parte das mineradoras investigadas estava respeitando embargos anteriores realizados pelas equipes de fiscalização e mantêm suas atividades paralisadas.
A fiscalização foi uma ação conjunta do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf), do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e da Polícia Ambiental.
Fonte: G1

Mineração no mundo digital: você sabia que existe mineração de dados e de bitcoins?


Mineração no mundo digital: você sabia que existe mineração de dados e de bitcoins?

Se você chegou até aqui, já deve saber que a Vale é uma das maiores empresas de mineração do planeta. Estamos no topo da produção mundial de minério de ferro, pelotas e também produzimos níquel, carvão, cobre, ouro, prata, manganês, ferroligas… Normal pensar logo em tudo isso quando falamos de mineração, certo? Nem tanto! O termo é utilizado hoje em outros processos que nada têm a ver com minas e tratores. Dois exemplos que estão em alta são a mineração de dados e a mineração de bitcoins. As duas só existem no mundo digital.

Mineração de Bitcoin

O bitcoin é uma moeda diferente das tradicionais: não é impressa por bancos ou governos. É um arquivo digital online e sua produção é conhecida internacionalmente como “mining”, que significa mineração em inglês. A mineração de bitcoin é, na verdade, a criação do bitcoin, realizada por um complexo processo computacional criptografado. A mineração é feita através de um programa que verifica, na rede, as transações com esta criptomoeada.
As transações com bitcoins ficam registradas em um banco de dados que funciona como um livro de registro digital, os “blockchains” e são realizadas exclusivamente pela internet pela sua rede de adeptos. A criptografia serve para dar segurança às transações.
Em dezembro de 2017 a estimativa era de que existissem cerca de 16,5 milhões de bitcoins em circulação. Utilizada principalmente para investimento e menos para compras de bens e serviços, também em dezembro do ano passado a moeda virtual passou a ser negociada no mercado financeiro tradicional, na Chicago Board Options Exchange. Nessa estreia na bolsa de Chicago, uma unidade da moeda chegou a valer U$ 18 mil.
Mineração de dados
Segundo as empresas Gartner e IDC, a quantidade de informações armazenadas no atingirá 40 trilhões de gigabytes em 2020
No caso dos dados, o termo mineração é usado quando se explora grandes quantidades de dados em busca de padrões para, então, detectar um novo conjunto de dados. A base da mineração de dados são princípios estatísticos e a estratégia é utilizada, por exemplo, para descobrir tendências quando se tem um grande volume de informações. Esta mineração faz uso de técnicas de inteligência e é utilizada no mundo corporativo para subsidiar decisões.”

Mineração de Dados está diretamente ligado à procura, descoberta, tentar encontrar algo além do óbvio, como o que os mineiros buscam dentro de cavernas na tentativa de encontrar o diamante perfeito (isso não é fácil)”

afirma Grimaldo Oliveira consultor de Inteligência nos Negócios e Analytics no artigo Mineração de Dados – A evolução natural da informação.
A primeira etapa da mineração de dados, em geral, é uma limpeza do banco de dados para remover inconsistências, ruídos e informações que tenham sido preenchidas de forma errada na base. Desta etapa nascem os repositórios, onde se realiza a mineração de dados em si: a análise e observação para encontrar padrões. Em uma empresa que vende produtos pela internet, por exemplo, a mineração de dados pode ser usada para formular recomendações de quais produtos têm a maior probabilidade de serem vendidos junto com os que foram buscados inicialmente pelo consumidor.
Fontes:
BBC Brasil - Bitcoin: o que é e como funciona a moeda virtual
BI na Prática - Mineração de Dados – A evolução natural da informação
Fonte: Vale

Mineração na Serra do Rola Moça pode causar escassez de água, dizem moradores


Mineração na Serra do Rola Moça pode causar escassez de água, dizem moradores

A Serra do Rola Moça e o abastecimento de água para sua população vizinha estão em perigo, afirmam moradores e movimentos de proteção ao meio ambiente. Eles organizam um abaixo-assinado pedindo que as atividades das mineradoras Santa Paulina e MGB não sejam retomadas. Atualmente, as nascentes do parque abastecem Belo Horizonte, Ibirité, Brumadinho, Casa Branca e outras cidades da região metropolitana.
A maior preocupação do movimento Serra Sempre Viva é a interferência e possível destruição do manancial dos Taboões, que é um dos pontos de captação de água da cidade de Ibirité. O movimento denuncia também a interferência em pontos de captação de água na encosta de Casa Branca e de nascentes da mata da Copasa, que fariam divisa ou estariam muito próximos, cerca de 900 metros, da área de mineração.
Criado para proteger mananciais
O Parque Estadual da Serra do Rola Moça está situado entre as cidades de Belo Horizonte, Nova Lima, Ibirité e Brumadinho, em uma área de 4 mil hectares de matas. Ele foi criado pelo governador Hélio Garcia através do decreto 36.071, em 1994, visando a proteção dos cursos d’água Taboão, Rola-Moça, Barreirinho, Barreiro, Mutuca e Catarina. “Ficando em conseqüência vedadas nessas áreas as atividades de lazer, turismo e outras que possam interferir na biota”, firma o decreto.
O abaixo-assinado denuncia que as mineradoras querem agir nesse terreno protegido. “Não concordamos com este tipo de atividade na área do parque, nem em seu entorno, pois sabemos dos estragos provocados ao meio ambiente, além de não trazer nenhum benefício real para a população”, afirma o abaixo-assinado organizado pelo Serra Sempre Viva, que até 15 março já ultrapassava 7 mil assinaturas.
Pedro Cardoso de Oliveira, integrante do Serra Sempre Viva e também do conselho consultivo do Parque, denuncia que a mineradora Santa Paulina conseguiu, em 16 de janeiro, uma ordem judicial autorizando seu funcionamento e já estaria operando. O Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema) não confirmou a informação.
“A mineradora protocolou um pedido de Licença de Operação Corretiva (LIC) na Superintendência Regional de Meio Ambiente Central-Metropolitana em abril de 2014. Esse processo está sendo analisado pela equipe técnica da Supram e depois será pautado para ser votado pelo Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam). Este conselho que decidirá se a mineradora volta operar ou não”, relatou o SISEMA.
Uma das 400 minas abandonadas em MG
A novela da mina de Santa Paulina, em Ibirité, é longa. Em 2009, a Mineração do Brasil Ltda – Mineração Santa Paulina resolveu pedir a reativação da mina. A promotoria de Meio Ambiente do Ministério Público de Minas Gerais embargou o pedido, alegando que o parecer elaborado pela Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Supram) baseava-se em “estudos tecnicamente insuficientes e formalmente inadequados”.
O MP identificava o descumprimento das normas do licenciamento, tais como a entrega do Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), a realização de audiência pública e a análise da viabilidade. Ferramentas usadas pelo governo para verificar como a mineração irá degradar o local. Com o pedido embargado, a empresa se lançou à Justiça pedindo autorização para minerar.
A mina de Santa Paulina entrou no Cadastro de Minas Paralisadas e Abandonadas, estudo da Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam) de 2016 que listou 400 casos em Minas Gerais. Santa Paulina foi classificada como “muito alta” no quesito vulnerabilidade natural. Isso significa que a área apresenta restrições sérias quanto à utilização dos recursos naturais, pois existe grande possibilidade de serem prejudicados pela ação humana. “Essas áreas demandam avaliações cuidadosas para a implantação de qualquer empreendimento”, sentencia a Feam.
Em blogs, o grupo Camargos Júnior, que controla a mineradora, divulga que pretende extrair de Santa Paulina a quantidade de 900 mil toneladas de minério por ano, no início, e chegar a 2,4 milhões de toneladas ao ano. O potencial de exploração total seria de 230 milhões de toneladas.
Fonte: Brasil de Fato 

Preço do quilate do diamante angolano em máximos de meses

Preço do quilate do diamante angolano em máximos de meses



Angola exportou 620.485 quilates de diamantes em janeiro, a um preço médio por quilate de 136,24 dólares, o segundo valor mais alto desde outubro de 2016.


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  • Agência Lusa

Angola exportou 620.485 quilates de diamantes em janeiro, a um preço médio por quilate de 136,24 dólares, o segundo valor mais alto desde outubro de 2016, indicam dados compilados esta sexta-feira pela Lusa.
De acordo com o último relatório mensal do Ministério da Finanças de Angola sobre a arrecadação de receitas fiscais diamantíferas, as vendas globais atingiram no primeiro mês do ano os 84.535.523 dólares (68,5 milhões de euros).
Estas vendas corresponderam, por sua vez, a 1.331 milhões de kwanzas (cinco milhões de euros) em receitas fiscais arrecadadas pela Estado angolano com a venda de diamantes.
A cotação média de cada quilate de diamante exportado por Angola só é ultrapassada, desde outubro de 2016, pelo registo de novembro passado, quando atingiu os 138,60 dólares.
A comercialização de diamantes em Angola representou vendas brutas de 1.000 milhões de dólares (811 milhões de euros) em 2017, informou este mês o ministro dos Recursos Minerais e Petróleos, que quer melhorar as vendas este ano.
“Para este ano, as projeções têm sempre em conta o preço base, e isto é uma variável exógena que não depende de nós. Queremos ainda assim melhorar o valor do ano passado”, disse Diamantino Pedro Azevedo, que falava aos jornalistas à margem do fórum de auscultação sobre a revitalização da política de comercialização de diamantes brutos no país, realizado a 16 de março, em Luanda.
O governante angolano disse ainda que o setor que dirige pretende melhorar a política de comercialização de diamantes, com vista a atrair mais investimentos.
“Já existe uma política de comercialização. O que nós queremos é melhorar essa política no sentido de, primeiro maximizar as receitas para o Estado, e segundo também acautelar os interesses dos produtores e das empresas de comercialização”.
Por outro lado, o ministro dos Recursos Minerais e Petróleos adiantou o objetivo de “criar incentivos” à instalação de empresas de lapidação de diamantes no país.
“Para isso, precisamos de melhorar toda a cadeia produtiva de exploração, transformação e comercialização de diamantes”, apontou.
Segundo Diamantino Pedro Azevedo, é propósito também do Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos melhorar a posição de Angola no contexto internacional, sobretudo na produção e comercialização de diamantes, com vista à maximização de receitas para o Estado.
“E isso pressupõe melhorarmos todos os aspetos que concorrem para o bom funcionamento dessa indústria, e assim como estamos a fazer na parte de prospeção, de exploração e do tratamento deste recurso mineral, também pretendemos fazê-lo na parte de comercialização dos diamantes”, acrescentou.
A Lusa noticiou a 11 de março que a quantidade de diamantes vendidos por Angola subiu quase quatro por cento entre 2016 e 2017, para 9,438 milhões de quilates, mas a quebra na cotação média por quilate permitiu apenas um ligeiro aumento no volume de vendas.
Segundo dados do Ministério das Finanças, em 2017 o país vendeu, globalmente, mais de 1.102 milhões de dólares (890 milhões de euros) em diamantes, um aumento neste caso inferior a 0,5%, face às vendas do ano anterior.
Em 2016, de acordo com os mesmos dados, cada diamante angolano foi vendido, em média, a 121,1 dólares por quilate, valor que em 2017 diminuiu para 117,23 dólares.
Globalmente, as receitas fiscais geradas com a venda destes diamantes, o segundo maior produto de exportação de Angola, subiram 5% entre 2016 e 2017, para 14,7 mil milhões de kwanzas (55,6 milhões de euros), entre Imposto Industrial e ‘royalties’ pagos pelas empresas mineiras.
Segundo o Governo angolano, com a entrada em operação do maior kimberlito do mundo, na mina do Luaxe, na província angolana da Lunda Sul, e de outros projetos de média e pequena dimensão nas províncias diamantíferas das Lundas Norte e Sul, mas também em Malanje, Bié e no Cuando Cubango, Angola poderá duplicar a atual produção diamantífera anual já a partir deste ano.
Fonte: Lusa