segunda-feira, 26 de março de 2018

Como estamos repensando o consumo de água na indústria do cimento?


Como estamos repensando o consumo de água na indústria do cimento?

Em 2015, os países-membros da ONU se reuniram para adotar a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e chegar a um acordo global sobre a mudança climática. De lá para cá, com 17 objetivos bem definidos, empresas e governos começaram a adotar medidas para aumentar a preservação de recursos naturais e diminuir os riscos ambientais.
Na Votorantim Cimentos, a Sustentabilidade está presente em todas as nossas ações e é uma premissa estratégica dos nossos negócios. Acreditamos que a melhor maneira de construir um legado feito para durar é engajando nossas equipes na mudança de atitude e na busca constante pela sustentabilidade e inovação nos negócios.
Recentemente, nossa área de ecoeficiência conduziu um estudo mensurando os impactos ambientais da substituição da argamassa virada em obra pela opção industrializada, cuja produção é mais eficiente e diminui o desperdício durante a construção. Assim, comprovou-se que a adoção da argamassa industrializada reduz o consumo de água em 30% e diminuiu em 68% a emissão de gases do efeito estufa. Considerando valores absolutos, são 128 litros de água poupados e 280 quilos de gás carbônico que deixam de ser jogados na atmosfera por cada m3 aplicado de argamassa.
Também não podemos esquecer que algumas das localidades em que estamos presentes se encontram em regiões com escassez de recursos hídricos. Diante desse contexto, um de nossos Compromissos de Sustentabilidade prevê o estabelecimento de planos de gestão da água: ano passado, concentramos nosso trabalho na padronização da medição do uso da água em nossas unidades industriais, com a instalação de novos sistemas digitais de mensuração.
A unidade de Cantagalo (RJ), por exemplo, é destaque em gestão hídrica. O projeto implantado por lá, além de ser reconhecido pela Agência Nacional de Águas (ANA), prevê melhorias significativas na gestão hídrica, garantindo o reuso de 100% dos efluentes captados do Rio Negro e gerados na operação. Os resultados? Redução de 80% na captação de água, comparando 2017 ao ano anterior.
Por fim, vale lembrar que, para ser efetivo, nosso compromisso deve ultrapassar fronteiras. Na América do Norte, realizamos o monitoramento e trabalhamos para identificar oportunidades de redução do consumo de água. Em nossas operações na Europa, Ásia e África, o foco está nas regiões de escassez hídrica – são seis fábricas localizadas em áreas de risco.
Acreditamos que juntos podemos construir um legado sustentável, gerando transformações duradouras para a indústria, para a comunidade e para o meio ambiente.
Fonte: Regiane Dias

Cobre opera em baixa, com preocupações sobre o equilíbrio entre oferta e demanda


Cobre opera em baixa, com preocupações sobre o equilíbrio entre oferta e demanda

O cobre opera em queda e chegou à mínima em três meses e meio em Londres na manhã desta segunda-feira (26), com investidores de olho em possíveis desequilíbrios entre a oferta e a demanda. Às 7h45min (de Brasília), o cobre para três meses caía 1,55%, a US$ 6.550,50 a tonelada, na London Metal Exchange (LME). O cobre para maio, por sua vez, recuava 1,40%, a US$ 2,9510 a libra-peso, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), às 8h05min. Questões macroeconômicas têm gerado temor nos investidores nas últimas semanas.
Os metais básicos recuaram no fim da semana passada, diante da avaliação de que poderia ocorrer uma redução na demanda, em meio a ameaças da China de retaliação às tarifas comerciais dos Estados Unidos. O Wall Street Journal informou no domingo que a China e os EUA começaram a negociar como melhorar o acesso americano aos mercados chineses. Nas últimas semanas, porém, a tensão com a área comercial têm pesado nos negócios.
O recente enfraquecimento nos preços dos metais básicos “sugere que o mercado pode estar cada vez mais posicionado para que se enfraqueça a perspectiva de crescimento global sincronizado”, afirmaram analistas do Morgan Stanley em nota. A queda nos contratos em Londres e Nova Iorque ocorre após a fraqueza do metal mais cedo nos mercados futuros em Xangai. Além disso, investidores encerram posições antes de um feriado prolongado nesta semana, segundo Alastair Munro, corretora da a broker at Marex Spectron. Os estoques do metal aprovados pela LME avançaram 11,5% neste segunda-feira, para níveis não vistos em anos, segundo Munro. Os estoques estavam em 304 mil toneladas, apenas 5 mil toneladas abaixo de seu pico de 2016.
As pressões do lado da oferta estão no radar. Analistas têm feito previsões pessimistas antes da temporada de renegociações de contratos. Por enquanto, porém, as discussões entre as mineradoras e os trabalhadores têm sido mais tranquilas que o esperado. Entre os metais básicos, o alumínio caía 0,24%, a US$ 2.048 a tonelada, o zinco subia 0,68%, a US$ 3.245 a tonelada, o estanho tinha baixa de 0,07%, a US$ 20.775 a tonelada, o níquel recuava 0,77%, a US$ 12.880 a tonelada, e o chumbo tinha alta de 0,90%, a US$ 2.365 a tonelada.
Fonte: Jornal do Comércio

Ações de siderúrgicas estão em queda na bolsa


Ações de siderúrgicas estão em queda na bolsa

A concessão de isenção de sobretaxas pelos Estados Unidos para as importações de aço do Brasil até o início de maio e a retomada da economia brasileira, sinalizada nos dados de produção e venda no primeiro bimestre, colocaram o setor de siderurgia no foco dos investidores. Apesar do noticiário favorável, no entanto, as ações preferenciais da Usiminas acumulam queda de 11,12% em março, enquanto os papéis ordinários da CSN têm perdas de 15,57%.
A Casa Branca confirmou que vai conceder ao Brasil isenção da tarifa de 25% às importações de aço e 10% para as de alumínio até 1.º de maio. A barreira comercial está suspensa também para Argentina, Austrália, Canadá, Coreia do Sul, México e membros da União Europeia. Segundo a Casa Branca, Donald Trump vai decidir até o fim de abril se a pausa nas restrições comerciais será permanente.
Para o analista Carlos Soares, da Magliano Investimentos, mesmo com a isenção da taxa aos produtos siderúrgicos brasileiros, a taxação das importações nos Estados Unidos traz um risco de desvio de oferta de itens sobretaxados pelos americanos para o nosso mercado e que poderiam afetar os preços praticados internamente. “Seguimos atentos aos desdobramentos das negociações envolvendo as medidas anunciadas recentemente pelo governo americano.”
Em alta
A produção brasileira de aço bruto em fevereiro somou 2,714 milhões de toneladas, alta de 5,5% em relação ao mesmo mês do ano passado, segundo dados divulgados esta semana pelo Instituto Aço Brasil (IABr). No bimestre, o volume chegou em 5,58 milhões de toneladas e avançou 3,3%. O consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos foi de 3,2 milhões de toneladas no primeiro bimestre de 2018, alta de 12,6%.
O setor de distribuição do produto também divulgou seus números na semana passada. As compras de aço plano feitas pela rede de distribuição em fevereiro nas siderúrgicas subiram 16% em relação ao mesmo mês do ano passado, para 257,8 mil toneladas, segundo o Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: Isto É Dinheiro

Quando pedir demissão parece ser a única saída


Quando pedir demissão parece ser a única saída

Organize-se financeiramente e vá, sim, em busca de uma oportunidade em outra organização
Para tudo na vida há um limite e cada indivíduo tem os seus limites também. Quando essa reflexão é relativa à vida profissional – continuar ou não em um emprego –, estabelecer qual limite e que fatores serão criteriosamente avaliados antes de uma tomada de decisão são essenciais. Com o futuro não se brinca.
O país vive uma avassaladora onda de desemprego. Dados recentes apontam que cinco milhões de pessoas estão em busca de uma oportunidade há pelo menos um ano. Estatística cruel, que exclui de uma vida digna quem a integra e desequilibra emocionalmente quem vive sob o constante medo de ser demitido a qualquer momento.
Todo esse clima impacta empresas e profissionais numa ampla esfera de decisões. A organização revê caixa, investimentos, planos de carreira, benefícios, organograma. As pessoas passam a ter que administrar níveis de estresse, cobranças por resultados e cargas horárias mais pesadas.
Existem adicionais de desgaste em algumas realidades. Um líder truculento, que não consegue conduzir o dia a dia de forma saudável ou ter claro o direcionamento de projetos e metas. Um ambiente assim potencializa o estresse entre colaboradores e liderança. Nesse cenário, alguns podem ter baixa produtividade, medo de decidir sobre as mínimas coisas, sentir-se sem perspectivas e até ficar doentes.
É o seu caso? Se a resposta for sim e você já tentou reverter os pontos de atrito e insatisfação sem sucesso, então este artigo é para você. Trabalhar nessas condições acaba por arrastar o profissional para um ciclo nocivo, que vai contaminando todas as áreas da vida – essa pessoa passa a ter baixa performance, leva problemas do trabalho para casa constantemente e isso gera um ambiente ruim também em casa e com a família. O humor, a saúde e o sono vão embora.
Sair dessa nuvem é a decisão correta. Porque o terreno não permite mais um futuro promissor. Organize-se financeiramente e vá, sim, em busca de uma oportunidade em outra organização.
Satisfação pessoal
Outro contexto que leva uma pessoa a pedir demissão, mesmo diante da realidade adversa do país ou do mercado em que ela atua, são as travas em relação ao propósito.
A empresa trabalha de uma forma e, em determinado momento, revê seus objetivos e valores, mesmo que não seja de forma explícita. O cotidiano não mais segue no alinhamento anterior e os colaboradores vivenciam esse choque.
Alguns assimilam bem, outros não. Se os novos valores, se o “propósito” da empresa não é mais compatível com os propósitos de determinada pessoa, ela acabará optando por sair. Falta de aderência cultural é um forte fator de perda de talentos hoje em dia.
Empresas do setor de consumo, por exemplo, viveram intensamente essa situação. Muitas precisaram mudar a forma de operar para sobreviverem aos novos tempos. E isso redesenha processos, metas e valores, claro.
Como headhunter não raro recebo currículos de pessoas que querem mudar rapidamente de emprego porque a empresa onde trabalham mudou a forma de conduzir os negócios e de tratar os colaboradores.
Esse é um processo diferente. Quando o líder é o peso mais relevante na tomada de decisão, a motivação é o desgaste psicológico que o colaborador está vivendo. No outro, o que acontece é a falta de identificação com o propósito ou o novo rumo que a organização está tomando.
No primeiro caso, a despedida acontece repentinamente. A corda arrebenta, o elo de confiança se rompe e a pessoa vai embora. Na outra situação, o processo é mais planejado e a análise, mais cautelosa. A pessoa busca entender se é um momento que pode ser revertido ou se realmente a afinidade entre o colaborador e organização acabou. Em um cenário a decisão é mais racional, no outro, mais emocional.
Olhar sensível
Como a empresa olha para esses movimentos?
Algumas têm a percepção de que sua mudança de rota gerou um novo ambiente e nem todos estão felizes. Elas buscam promover as melhorias possíveis que a nova realidade permite. Outras têm a percepção, mas não têm flexibilidade para agirem.
Também é assim quanto à percepção de um líder problemático. O turnover sinaliza claramente onde existe um gestor nocivo. E a organização precisa assumir uma postura, tomar uma atitude ou assumir o ônus que um líder nocivo trará para sua organização.
Por Jorge Kraljevic, managing partner da Signium.
Fonte: Mundo RH

Mineração garante postos de trabalho em Minas Gerais


Mineração garante postos de trabalho em Minas Gerais

Dados apresentados este mês pela Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais (Amig), no 1º Informe da Economia Mineral, revelaram uma situação preocupante: enquanto a produção de minério de ferro cresceu de maneira significativa no país, nos últimos anos, o número de empregos no setor não acompanhou os índices na mesma proporção. Em alguns casos, registrou quedas. A exceção é Minas, o Estado com maior produção e empregos no setor.
Segundo a Amig, se levada em conta a série história de 2010 a 2016, por exemplo, no Brasil, a produção do segmento saiu do patamar de 351 milhões de toneladas/ano para mais de 441 milhões de toneladas/ano: 18,2% de elevação. Já o valor das vendas com embarques do mineral subiu 24% no período. A geração de empregos formais no segmento, no entanto, cresceu apenas 4,8% (de 211 mil para 221 mil vagas).
Em Minas, a situação nos últimos seis anos não é tão desigual quanto a nacional, já que o número de empregos no setor aumentou de 45.863, em 2010, para 58.166, em 2016 – variação positiva de 26%. Mas, se observados os últimos cinco anos, o número de demissões é o que chamou a atenção: de 2012 a 2015, o patamar de empregos ficou próximo dos 65 mil, pico do período, mas despencou para os 58 mil registrados em 2016. A redução, no caso, foi de 10% na mão de obra formalmente empregada no segmento.
Prejuízos
Para a economista da Amig, Luciana Mourão, responsável pelo estudo, a produção mineral em maior escala e a diminuição de vagas de trabalho prejudicam diretamente outros setores e o desempenho econômico como um todo.
Segundo ela, com renda menor, a população de cidades mineradoras, dependente diretamente das empresas do setor, conta com menos recursos para consumir e poupar.
“Além disso, esse cenário acarreta impactos sociais. Essas cidades têm como característica um adensamento populacional, já que a existência de grandes empreendimentos atraem centenas de pessoas que buscam encontrar oportunidades de trabalho e melhores condições de vida, e, quando termina o período de implantação ou até mesmo do ciclo de mineração, essa demanda permanece de forma definitiva, o que gera um problema sério nos cofres públicos municipais e na sociedade civil local”, alerta a economista.
Luciana ressalta que a redução na empregabilidade deve-se, principalmente, à evolução na produção mineral no Brasil. “Os sistemas estão cada vez mais automatizados e com soluções de logística que demandam menos força de trabalho humana”, destaca.
O Sindicato das Empresas de Mineração foi procurado, mas não se posicionou.
Fonte: Hoje Em Dia