domingo, 1 de abril de 2018

Lembranças de um velho Garimpeiro – Zezão do Abacaxi

Lembranças de um velho Garimpeiro – Zezão do Abacaxi



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Um dos garimpos mais comentado  e com boas histórias foi o garimpo do Abacaxi. Localizado no rio de mesmo nome na região de Itaituba no Pará. No garimpo do Abacaxi , a extração de ouro foi intensa. O dono deste garimpo foi o folclórico Zezão do abacaxi, personagem muito conhecido por todos os garimpeiros do Brasil. No inicio ele era apenas um vendedor de combustível e viveres na região de Itaituba no Pará,   e com muito esforço e uma dose maior ainda de sorte consegui descobrir muito ouro na região do rio Abacaxi. No auge chegou a ter mais de 100 dragas e todas controladas por ele. Além de um grande garimpeiro, o Zezão era um grande comerciante.Todo o comercio, como:  bares, boates e etc..era controlado por ele. Quando um garimpeiro queria ir a uma “zona”,pegava um vale na gerência, depois quando ia fazer o acerto o vale era descontado. O Zezão tinha alguns aviões de pequeno porte para levar os garimpeiros de Itaituba  ao garimpo,mas, ele ficou famoso quando comprou um avião Bandeirante da Embraer, e levava quem queria ir ate o Abacaxi. Fora o garimpo, ele tinha outras aplicações como um fazenda em Itaituba, que ficou famosa no tempo em que Fernando Collor era presidente da Republica. Certa vez Collor foi a Itaituba e o avião oficial da presidência pousou na pista de pouso da fazenda do Zezão,pois,  a mesma era maior e melhor do que o aeroporto oficial da cidade.
na década de oitenta era tido como rei do ouro do Alto Tapajós. São muitas as histórias de Zezão, entra elas a disputa pelo garimpo Rosa de Maio. Numa das edições do Globo Repórter foram dedicadas duas partes do programa para falar dos garimpos e das riquezas de Zezão do Abacaxi. Na reportagem da Folha de São Paulo de 24 de Novembro de 1991, fala da produção de 110 Kg por mês em seus garimpos.  Dono de uma fortuna avaliada em US$ 20 milhões, o garimpeiro mais rico do Brasil não tem nem talão de cheque. Francisco de Assis Moreira da Silva, 46 anos, o Zezão, mal sabe assinar o seu nome, mas controla o império de 13 aviões, duas fazendas, 8 mil cabeças de gado e um mega garimpo onde operam 120 dragas e trabalham quase dois mil homens.
A produção do Rosa de Maio, no sul do Amazonas, ultrapassa 110 Kg de ouro por mês. Isso representa quase 10% de tudo que se produz região de Itaituba – PA (na fronteira com o AM), a maior do Brasil. Piauiense do município de Buriti dos Lopes, Zezão abandonou a roça aos 21 anos para ser “burro de garimpo” (carregador de materiais e mantimentos) em Porto Velho (RO). Lá, pegou pela primeira vez em uma batéia (espécie de uma peneira usada na garimpagem manual). Para a maioria dos garimpeiros que viveram o início da corrida do ouro, o achado de uma pepita significava, antes de tudo, a garantia de uma grande farra. Para Zezão, que não bebe, não fuma e diz que não gosta de festa, cada grama encontrada representava mais um passo em direção ao sonho de comprar uma draga. Conseguiu a máquina em 80. Nesse mesmo ano, acho o seu primeiro vilão de ouro.
Comprou máquinas que se transformaram em mais ouro, que por sua vez, viraram novas máquinas. Até a compra do Rosa de Maio, em 83, por 20 Kg de ouro, Zezão adquiriu o que hoje é tido como o garimpo mais rico do pais. Hoje, milionário e ainda analfabeto, o garimpeiro tem horror a papeis, títulos e ações. Se recusa a ter conta em banco. O ouro que vende, transforma em aviões, gado e equipamento de garimpo. O que não vende, guarda em local ignorado. A despesa de cerca de Cr$ 70 milhões que tem por semana, com mantimentos e manutenção , paga em dinheiro vivo. Anda sempre com uma sacola cheia grudada ao corpo. Ele controla pessoalmente cada centavo de sua fortuna, embora não saiba fazer contas no papel. Não gosta de falar de dinheiro. Para Luiza, sua mulher, é medo de sequestros. Segundo seus empregados é medo da Receita Federal.
Fonte: Jornal Itaituba

Como se formam os diamantes?

Como se formam os diamantes?




A formação dos diamantes ocorre a 150km da superfície
Os diamantes se formam em camadas internas da crosta terrestre, a cerca de 150 quilômetros da superfície. Nessas profundidades, a temperatura e pressão a que as substâncias estão submetidas são muito altas - suficientes até para modificar suas estruturas mais elementares. Com o tempo (milhares a milhões de anos), o calor e a pressão comprimem o carbono ali presente na forma de grafite e outros compostos, reorganizando suas moléculas mais simetricamente. O "encaixe" ou a simetria perfeita dessas moléculas dá à nova substância características completamente diferentes dos outros compostos como a extrema rigidez, resistência e a transparência. Essa nova estrutura de carbono é o diamante, considerado o mineral mais resistente do planeta, que só pode ser cortado ou riscado por outro diamante. Os diamantes chegam ˆ superfície por meio do movimento do magma no interior da Terra."


Criação artificial
Extração
Os diamantes retirados da natureza ainda são a maior parte dos utilizados pela indústria
Pela relativa simplicidade do processo de formação dos diamantes, há tempos os cientistas vêm desenvolvendo formas de recriá-los em laboratório. Hoje, existem pelo menos dois meios para a produção artificial de diamantes.
O primeiro se utiliza de calor e alta pressão, mas não da forma convencional. A formação do diamante é induzida pelo uso de uma partícula milimétrica do mineral em meio a grafite e outros compostos de carbono. A pressão é dada através de força hidráulica e o calor é gerado pelo uso de eletricidade. O resultado são pequenas amostras de diamantes e muita energia consumida.
O outro processo utiliza uma câmara pressurizada, onde gás natural (também um composto de carbono) e hidrogênio são aquecidos até formarem uma espécie de plasma (gás ionizado). Esse plasma desce em direção à base da câmara, onde encontra uma camada de substratos de carbono com a qual reage e dá origem a uma placa de diamante. Pronta para ser cortada em pedaços e utilizada.


Diamantes de guerra
Pedras preciosas
Não é a raridade que faz os diamantes serem caros, mas sim a sua qualidade inigualável
No ano 2000, a Organização das Nações Unidas fez um anúncio formal ao mundo pedindo que empresas compradoras de diamantes brutos em países em guerra tomassem mais cuidado na escolha de seus fornecedores. Segundo o anúncio, esses diamantes, mesmo que de qualidade inquestionável, estariam saindo de áreas sem autoridade reconhecida pela organização. O dinheiro pago pelas pedras estaria financiando diretamente golpes de estado e conflitos étnicos, internacionalmente conhecidos pelo uso extremo de violência. Na época, os principais países que vendiam os "diamantes de guerra" eram Angola e Serra Leoa, na África. Mesmo com o apelo, a compra e utilização desses diamantes continua sem grandes problemas legais.


O mapa da mina
Os diamantes se formaram nas regiões do planeta onde havia grandes quantidades de substratos de carbono sob a superfície. O consumo, por sua vez, localiza-se nos países com maior poder econômico e em locais com grande tradição no mercado de jóias, como a Ásia.
 
Maiores Produtores (% da produção mundial)
 
Maiores Consumidores
 
Países com reservas de diamantes



Curiosidades
• Os diamantes usados em jóias geram US$ 57 bilhões/ ano
• O continente africano é responsável por 61% da produção mundial de diamantes
• Os diamantes são usados como jóias desde o século XVII
• Os diamantes podem ser classificados em 14 mil categorias
• A vida útil de uma mina de diamantes é de 16 a 22 anos
• Cinco empresas de exploração são responsáveis por 90% da produção mundial de diamantes


Fonte: De Beers Group; Wikipedia, ONU;

sábado, 31 de março de 2018

A HISTÓRIA DO OURO

Este metal é explorado pelo homem há cerca de 6.000 anos, não somente por seu aspecto estético, mas também por suas inigualáveis características, como a elevada resistência ao desgaste e o fato de não oxidar-se. O ouro, emseu estado natural, é extremamente maleável, daí o fato de que sua utilização em joalheria se faz com a adição de determinadas porcentagens de ligas.
O teor do ouro contido numa liga é expresso em quilates, isto é, uma fração de ouro expressa em 24 partes. Assim, uma liga de ouro de 18 quilates (também designada 750) contém 18 partes de ouro, sendo as 6 partes restantes constituídas pelos outros metais que compõem a liga. A adição de cobre, prata e outros elementos em diferentes combinações e proporções faz com que a liga correspondente adquira distintas cores e teores.
Valor do ouro
A ascensão do ouro foi significante para estabilizar a economia global, ditando que cada nação deveria limitar sua moeda corrente emitida à quantia de ouro que continha em reserva. A Grã Bretanha foi a primeira a adotar esse padrão em 1821, seguida em meados de 1870 pelo resto da Europa. O sistema permaneceu desse jeito até o fim da Primeira Guerra Mundial. Depois da guerra, foi permitido a outros países manter reservas de moedas correntes ao invés do ouro. No meio do século 20, o dólar americano já tinha substituído o ouro no comércio internacional.
Ouro Branco
Por motivos óbvios, durante os anos da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) houve poucas inovações técnicas no mundo das joias, salvo pela introdução do ouro branco que foi usado como alternativa a outros metais preciosos mais caros, sobretudo devido à restrição do uso da platina. Adicionavam-se outros metais ao ouro puro para mudar sua cor: o ouro branco tinha certa quantidade de prata ou paládio, e o ouro rosa levava cobre.
Fonte: CPRM

GEMAS DO MUNDO

Pedras preciosas são minerais com atributos especiais, tais como beleza, durabilidade e raridade, que permitem sua utilização como adorno pessoal ou para fins de ornamentação. Algumas poucas pedras preciosas não são minerais e sim rochas, agregados a uma ou mais espécies minerais, como é o caso, por exemplo, do lápis-lazúli.

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O termo gema é mais amplo e incorpora, além das pedras preciosas, as gemas orgânicas, aquelas formadas com a participação de seres vivos, tais como a pérola, o coral, o âmbar e o marfim.
É cada vez menos frequente a distinção entre pedras preciosas e semipreciosas. Esta antiga terminologia, hoje em desuso, era utilizada para distinguir o diamante, o rubi, a safira e a esmeralda, ditas preciosas, das demais gemas, ditas semipreciosas. Esta diferenciação perde o sentido na medida em que diversas pedras ditas semipreciosas, como a alexandrita e a turmalina Paraíba, podem, em determinadas circunstâncias, alcançar valores superiores aos das ditas preciosas. A tendência atual é designá-las todas como gemas, embora quando se trate de exemplares de melhor qualidade o custo unitário por quilate das ditas preciosas tenda a ser mais alto que o das demais.
Cada gema é única. Sua qualidade e encanto dependem de diversos fatores, dentre os quais os mais importantes são a cor (ou a total ausência dela no caso dos diamantes), a pureza, o tamanho e a lapidação. Esta última depende não apenas do corte escolhido, mas também da qualidade das proporções, da simetria e do polimento.
Além das gemas naturais e orgânicas, existe uma gama inumerável de materiais utilizados para substituí-las, entre os quais as gemas sintéticas (que apresentam composição química, propriedades físicas e estrutura cristalina idênticasàs das naturais que procuram substituir), as gemas reconstituídas (formadas pela aglomeração de materiais pré-existentes), as imitações (que se assemelham no aspecto, mas carecem das propriedades, da composição e da estrutura das que imitam) e as gemas compostas (formadas por duas ou mais partes unidas por cimentação).
Muitas gemas são, desde os mais remotos tempos, submetidas a tratamentos para melhorar seu aspecto e agregar-lhes valor, entre os quais os mais difundidos são o tratamento térmico, a irradiação, o tingimento e a impregnação com óleos e resinas. Existem normas estabelecidas por entidades do setor de gemas e joias que determinam os tipos de tratamentos que devem ser obrigatoriamente revelados ao público consumidor.
Fonte:  Geologo.com

Onde foram parar o ouro e os diamantes de Minas Gerais?

Onde foram parar o ouro e os diamantes de Minas Gerais?


O verdadeiro destino é um mistério, mas uma coisa é certa: o valor do garimpo extraído ultrapassou a casa dos trilhões de reais.

Pois é! Entre meados do século 17 e o fim do século 18 – o auge da mineração no Brasil Colonial – foram extraídas da Capitania de Minas Gerais 128 toneladas de ouro, que hoje equivaleriam a 2,8 bilhões de reais. Além disso, foram garimpadas ali cerca de 2,8 toneladas de diamantes – que renderiam, nos valores atuais, 1,1 trilhão de reais. (Conforme a pureza das pedras, essa quantia poderia ser até dez vezes maior!) Moral da história: daria para pagar toda a dívida externa brasileira, avaliada em quase 1 bilhão de reais.
“Como a pirataria e o contrabando eram intensos, esses valores devem ter sido muito maiores”, afirma o historiador Luciano Figueiredo, da Universidade Federal Fluminense (UFF). O verdadeiro destino dessa bolada descomunal é um mistério, porque não há documentos históricos sobre o assunto.
Boa parte certamente foi usada para sustentar o luxo da Corte portuguesa, incluindo o pagamento de dívidas para com as maiores potências da época: Inglaterra e Holanda. Outro tanto foi para a construção e a decoração de igrejas. “A riqueza mineral de Minas também contribuiu para a reconstrução de Lisboa, após o terrível terremoto de 1755. Só uma pequena parcela ficou na colônia, aplicada na compra de escravos, na agropecuária e nas nossas igrejas”, diz Luiz Carlos Villalta, historiador da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop).