domingo, 1 de abril de 2018

Tipos de rochas

As rochas estão em todos os lugares do planeta, distribuídas em formas diversificadas e originadas por fatores diversos. Basicamente, as rochas são agregados de minerais, constituindo materiais sólidos que formam a crosta terrestre.
A Litosfera, que é a camada sólida mais externa do planeta Terra, por exemplo, é formada de rochas e minerais, as quais são comumente chamadas de “pedras”.
Existem três categorias básicas para conceituação das rochas, sendo elas Magmáticas, Sedimentares e Metamórficas, e dentro destas, outras tantas categorias conforme características de formação.

Diferenças entre minerais e rochas

As rochas são constituídas de minerais, no entanto, nem todos os minerais são caracterizados como rochas. Os minerais são, basicamente, compostos naturais sólidos, os quais possuem cor, brilho e uma composição química bem definida e especificada.
As rochas são classificadas em conformidade com seus processos originários
Magmáticas, sedimentares e metamórficas são os três tipos de rochas (Foto: depositphotos)
Assim, facilmente são definidos os elementos da composição de um mineral, pois não são agregados, mas sim homogêneos. Já as rochas são agregados de minerais, o que significa que quando há a união de um ou mais minerais, estes formam as rochas.
Muitas vezes, minerais e rochas possuem um valor comercial, por vezes bastante alto, passando a ser denominados de “minérios”. Assim, os minérios são elementos dos quais os seres humanos obtém valores monetários, como é o caso do ouro, do ferro, dos diamantes, etc.

Estudo das rochas

Existem campos da ciência próprios ao estudo das rochas, como é o caso da “Petrologia”, a qual é uma ciência que se preocupa com as rochas, pesquisando sua mineralogia, ou seja, composição dos minerais que as formam, textura, bem como sua composição química, classificação e suas estruturas.
No caso específico da Geografia, a parte da ciência que se preocupa mais fielmente com o estudo das rochas é a “Geologia”, sendo que esta tem como objeto de estudos a formação geológica do planeta Terra, envolvendo, portanto, também o estudo das rochas que o formam.
A Geologia estende seus estudos ainda para a compreensão da origem, da história, da vida e da estrutura da Terra, perpassando pelas condições de formação das rochas, bem como pela diversidade destas existentes no planeta.

Quais os tipos de rochas existentes?

As rochas são classificadas em conformidade com seus processos originários, podendo ser definidas como: magmáticas, sedimentares e metamórficas. No contexto destas definições, as rochas ainda recebem subdivisões segundo os elementos que as compõem, obtendo nomenclaturas específicas por conta de suas particularidades.

Rochas magmáticas

As rochas magmáticas são também denominadas como rochas ígneas
Quartzo, feldspato e mica são exemplos desse tipo de rocha (Foto: depositphotos)
As rochas magmáticas são também denominadas como rochas ígneas, e são originadas a partir da solidificação do magma, tanto em erupções vulcânicas, quanto pelo extravasamento por fendas na crosta terrestre, ou mesmo no interior da Terra.
O magma é um material em estado de fusão encontrado nas profundezas da Litosfera. Basicamente, pode-se considerar que o magma seja formado por rochas em estado de fusão no interior da Terra, diferentemente da chamada “lava”, que é o mesmo material, porém quando extravasado em erupções vulcânicas, ou seja, expelido para o exterior da crosta terrestre.
A formação de rochas pode ocorrer, inclusive, no fundo dos oceanos, quando há um extravasamento, resfriamento e solidificação do magma nestes. As rochas magmáticas são divididas em duas grandes categorias:
  • Rochas magmáticas intrusivas, também chamadas de plutônicas: este tipo de rocha se forma quando o magma resfria no interior da crosta terrestre, de forma bastante lenta. Devido ao resfriamento mais devagar, neste tipo de rocha são visíveis os minerais que formam a rocha. Um exemplo de rocha deste tipo é o granito, no qual muitas vezes é possível ver minerais como quartzo, feldspato e ainda mica.
  • Rochas magmáticas extrusivas, também chamadas de vulcânicas: este tipo de rocha é formado quando há o extravasamento do magma através da crosta terrestre, formando a chamada lava vulcânica. Essa lava, pelo contato com o ar, resfria muito rapidamente, não oferecendo a possibilidade de visualização dos minerais que formam as rochas tão facilmente. Um exemplo bem conhecido desse tipo de rocha é o basalto, comumente utilizado como “pedra brita” em construções.

Rochas sedimentares

São rochas sedimentares conhecidas: o arenito, o calcário, o carvão mineral, o argilito
A característica mais marcante desta rocha são suas camadas (Foto: depositphotos)
As rochas sedimentares são aquelas originadas pelo desgaste que as rochas magmáticas, e também as metamórficas, sofrem ao longo do tempo. Essas rochas são formadas pelo processo de sedimentação, quando há um desgaste de rochas preexistentes, sendo que as partículas desprendidas destas são carregadas pelas águas ou pelo vento, posteriormente depositadas nos locais menos elevados do terreno, sobrepondo-se e compactando com o passar do tempo.
Nos locais e
Essas camadas podem guardar características da história da evolução de um local, sendo que as rochas mais antigas estão na parte de baixo da compactação, e as mais jovens na parte de cima, pois há um processo de sobreposição, quando as camadas de cima vão pressionando as de baixo, as consolidando. São rochas sedimentares conhecidas o arenito, o calcário, o carvão mineral, o argilito, dentre outras. 

Rochas metamórficas

As rochas metamórficas podem ter sido tanto magmáticas, quanto sedimentares
Ardósia é um tipo de rocha metamórfica (Foto: depositphotos)
As rochas metamórficas são aquelas formadas a partir de dois fatores básicos: temperatura e pressão. O sentido de metamorfismo destas rochas denota uma mudança na forma destas. As rochas metamórficas podem ter sido, em sua origem, tanto magmáticas, quanto sedimentares.
É importante destacar que as rochas (magmáticas, sedimentares e metamórficas) estão em constante processo de transformação, formando o chamado ciclo das rochas.
Portanto, uma rocha que hoje é magmática, pode se transformar em uma rocha metamórfica pela ação contínua das mudanças de temperatura de uma dada região. São alguns exemplos de rochas metamórficas a chamada pedra-sabão, o gnaisse e ainda a ardósia.
As rochas metamórficas podem se formar de várias formas, mas as duas condições mais propícias são as mudanças em relação aos índices de temperaturas registrados onde a rocha de encontra, ou seja, as variações entre calor e frio dilatam as estruturas das rochas.
Ainda, as pressões exercidas em relação a rocha, as quais acabam afetando a estrutura preexistente desta, transformando-a. Abaixo um exemplo de gnaisse, uma rocha metamórfica.

Fonte: Seleções

Carbono amorfo

O carbono amorfo ou livre é um alótropo de carbono que não possui estruturas cristalinas. Na mineralogia, o termo é usado para designar o carvão, a fuligem, além de outras formas impuras do elemento carbono – que não sejam nem grafita nem diamante.
Carbono amorfo
Foto: Reprodução

Aplicações

O estudo do material tem recebido um destaque maior devido ao recente desenvolvimento de novas formas de seu preparo. Composto por camadas de átomos de carbono hibridizado em sp², o carbono amorfo contém ainda uma significante fração de átomos de carbono em sp³. Aplicadas no desenvolvimento de eletrodos e baterias, as estruturas com características catalíticas e adsorventes é resultado da síntese dessas substâncias, envolvendo o controle do tamanho de seus poros – permitindo que possam ser obtidas estruturas com importantes características funcionais, como nas baterias, por exemplo. Seu estudo tem sido direcionado também a sua utilização em dispositivos opto-eletrônicos, revestimentos de ferramentas, proteção de filtros ópticos, entre outras.

Alotropia

Chamamos de alotropia o fenômeno que acontece com um elemento químico dando origem a duas ou mais substâncias simples diferentes. Somente quatro substâncias na tabela periódica são capazes de formar alótropos: o carbono, o oxigênio, o enxofre e o fósforo.
Quando falamos no carbono, temos muitas variedades alotrópicas, mas três delas se destacam como muito importantes: o grafite, o diamante e o carbono amorfo. As duas primeiras apresentam uma estrutura cristalina bem definida, sendo que a do grafite é como se fosse formada por camadas químicas, desmembrando-se quando usada para escrever no papel. O diamante, em contrapartida, é uma intrincada estrutura tridimensional: a substância mais dura já encontrada na natureza.
Já o carbono amorfo, também conhecido como carbono reativo, não apresenta a mesma estrutura cristalina dos dois citados anteriormente. Normalmente encontra-se na forma hidrogenada – incorporada por átomos de hidrogênio -, e o carbono amorfo e denominado a-C, enquanto sua forma hidrogenada é a-C:H.
O carbono amorfo, na mineralogia, é também denominado como carvão ou fuligem, da mesma forma como as formas impuras do elemento carbono, ou seja, aquelas que não se apresentam na forma de grafite nem de carvão.

Fonte: Seleções

Estrutura geológica do Brasil

A estrutura geológica de um local é um importante elemento de análise na Geografia, isso porque é sobre esta base que se estabelecem todas as atividades humanas. A estrutura geológica é um elemento que apresenta a história evolutiva do local em que ela se encontra, mostrando como se sucedeu a formação do terreno naquele ambiente.

O que é estrutura geológica?

Como estrutura geológica entende-se o conjunto de rochas que compõem um determinado local. Estas rochas foram constituídas historicamente a partir dos vários períodos pelos quais o planeta Terra passou. Não existe estrutura geológica apenas na Terra, sendo que os outros planetas rochosos também possuem essa configuração.
Assim, para que fosse possível o conhecimento da estrutura geológica da Terra, surgiu uma ciência denominada de Geologia, a qual tem como função estudar a composição, a estrutura, a história evolutiva do planeta e perceber como o planeta era em seu passado geológico.
As rochas que formam a estrutura geológica da Terra estão dispostas em camadas, as quais variam em conformidade com os acontecimentos ao longo da evolução terrestre. As camadas geológicas contam a história evolutiva da Terra, pois apresentam idades diferenciadas, originando em diferentes processos geológicos.

Tipos de estrutura geológica

Os três tipos de estruturas geológicas reconhecidos no planeta Terra são: escudos cristalinos, bacias sedimentares e dobramentos modernos. Estas estruturas foram criadas no decorrer das eras geológicas e seus períodos, formando as bases sólidas nas quais desenvolvem-se todas as atividades humanas.

Como é a estrutura geológica brasileira?

A formação da estrutura geológica do Brasil não está desvinculada do contexto de formação geológica de todo planeta, afinal, foram sucessivas eras e seus períodos que moldaram a base estrutural do planeta. No entanto, no Brasil há uma particularidade em relação aos tipos de estruturas geológicas, pois dentre os tipos de estruturas, o Brasil não apresenta dobramentos modernos.
Durante a formação da estrutura geológica do Brasil, não houve choque de placas tectônicas que pudessem originar a formação de dobramentos modernos, justamente porque o Brasil está sobre a placa tectônica Sul-americana, e não entre limites de placas tectônicas.
Estrutura geológica do Brasil - Placas Tectônicas
Imagem: Reprodução/Google Imagens
O movimento de formação dos dobramentos modernos é o orogênico, e a partir dele ocorreram as formações das grandes cadeias montanhosas presentes no mundo, como os Andes e o Himalaia. Assim, como o Brasil não sofreu com este processo formativo, não existem montanhas no território brasileiro.
Muitas vezes as serras ou picos são considerados como montanhas, o que é um erro! Eles são formados a partir de dobramentos antigos, já bastante desgastados. Os dobramentos modernos são o tipo de formação geológica mais recente que existem na Terra, e ocorrem apenas em regiões com atividade vulcânica e sísmica. Portanto, o Brasil não é abrangido por este tipo de estrutura geológica. Assim, no Brasil existem dois tipos de estruturas geológicas, que são os escudos cristalinos e as bacias sedimentares.

Escudos cristalinos

Os escudos cristalinos estão presentes em cerca de 36% do território brasileiro, o que corresponde a praticamente um terço do espaço físico total do Brasil. Os escudos cristalinos são também conhecidos como maciços antigos, e são compostos basicamente por rochas cristalinas, podendo serem elas magmáticas, ou seja, quando há a solidificação do magma, tanto no interior da Terra (intrusivas), quanto fora dela (extrusivas), ou ainda metamórficas, que são rochas que tiveram sua estrutura modificada por conta de agentes como temperatura e pressão.

Tipos de terrenos cristalinos

Esse tipo de formação geológica é muito antigo, tendo se constituído na Era Pré-Cambriana e na Paleozoica. No caso brasileiro, os terrenos são caracterizados a partir de duas definições principais, segundo seu momento de formação: terrenos cristalinos do Arqueozoico, os quais correspondem a 32,1% dos terrenos totais contidos no Brasil, e aqueles que se formaram no Proterozoico, que correspondem a apenas 3,9% do total das formações geológicas brasileiras.
Nestes últimos, formados no Proterozoico, é que se concentram as principais fontes de minerais do país, como minério de ferro, manganês, bem como níquel, chumbo, prata, e até mesmo ouro e diamantes. Veja na imagem as eras e seus períodos, para compreender em que momento evolutivo estas formações geológicas ocorreram. É possível observar na tabela geológica como são os terrenos antigos, se comparados ao período em o homem surgiu na Terra:
Estrutura geológica do Brasil - Tabela Geológica
Imagem: Reprodução

Principais escudos cristalinos do Brasil

Os escudos cristalinos estão presentes no Brasil de três formas: o Escudo das Guianas, localizado na porção extremo norte do Brasil; o Escudo do Brasil Central, localizado na região centro-norte brasileira e ainda o Escudo Atlântico, localizado na região centro-leste brasileira. Alguns autores trabalham ainda com duas categorias de escudos cristalinos no Brasil, considerando apenas o Escudo das Guianas e o Escudo Brasileiro, abrangendo as regiões central-norte e central-leste do território.
Estrutura geológica do Brasil - Escudos Cristalinos
Imagem: Reprodução/VESENTINI, José William. Brasil: sociedade e espaço. Geografia do Brasil. 10ª Ed. São Paulo: Ática, 1989. p. 651.

Bacias Sedimentares

O outro tipo de estrutura geológica existente no Brasil são as bacias sedimentares, as quais estão presentes em cerca de dois terços do território brasileiro, correspondendo a 64% deste. Diferentemente dos terrenos cristalinos, os terrenos sedimentares são originados em vários momentos da evolução do planeta Terra, ou seja, possuem variadas idades geológicas, desde o Paleozoico até o Cenozoico.
Este tipo de terreno é rico em recursos minerais, como petróleo e carvão mineral. Apesar disso, o carvão mineral brasileiro não é considerado como de boa qualidade, pois possui um baixo teor calorífero, em relação ao carvão encontrado em outras áreas do globo.

Áreas sedimentares do Brasil

No Brasil, as áreas sedimentares podem ser divididas conforme seus períodos de formação, como as bacias sedimentares formadas no paleozoico, presentes na região Sul do Brasil. Esta formação teve origem com o soterramento de antigas florestas existentes, onde existem amplas reservas de carvão.
E ainda, as bacias sedimentares formadas no mesozoico, nas quais existem jazidas de petróleo, e que foram constituídas a partir de derrames vulcânicos que ocorreram naquele momento evolutivo. Esses derrames atingiram áreas com mais de 500 mil quilômetros quadrados, originando as áreas basálticas existentes no Brasil.

Como são classificadas as bacias sedimentares

O tempo geológico permite classificar as bacias sedimentares brasileiras em categorias, sendo as antigas aquelas formadas no Paleozoico e Mesozoico, e as recentes aquelas formadas no Cenozoico e no Quaternário.
São bacias sedimentares brasileiras: a Bacia Sedimentar da Amazônia, a Bacia Sedimentar Potiguar, a Bacia sedimentar do Paraná, a Bacia Sedimentar do Espírito Santo, a Bacia Sedimentar de Campos e ainda a Bacia Sedimentar de Santos, podendo essa nomenclatura alterar-se em conformidade com a abordagem do autor/pesquisador.
Fonte: Seleções

Lembranças de um velho Garimpeiro – Zezão do Abacaxi

Lembranças de um velho Garimpeiro – Zezão do Abacaxi



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Um dos garimpos mais comentado  e com boas histórias foi o garimpo do Abacaxi. Localizado no rio de mesmo nome na região de Itaituba no Pará. No garimpo do Abacaxi , a extração de ouro foi intensa. O dono deste garimpo foi o folclórico Zezão do abacaxi, personagem muito conhecido por todos os garimpeiros do Brasil. No inicio ele era apenas um vendedor de combustível e viveres na região de Itaituba no Pará,   e com muito esforço e uma dose maior ainda de sorte consegui descobrir muito ouro na região do rio Abacaxi. No auge chegou a ter mais de 100 dragas e todas controladas por ele. Além de um grande garimpeiro, o Zezão era um grande comerciante.Todo o comercio, como:  bares, boates e etc..era controlado por ele. Quando um garimpeiro queria ir a uma “zona”,pegava um vale na gerência, depois quando ia fazer o acerto o vale era descontado. O Zezão tinha alguns aviões de pequeno porte para levar os garimpeiros de Itaituba  ao garimpo,mas, ele ficou famoso quando comprou um avião Bandeirante da Embraer, e levava quem queria ir ate o Abacaxi. Fora o garimpo, ele tinha outras aplicações como um fazenda em Itaituba, que ficou famosa no tempo em que Fernando Collor era presidente da Republica. Certa vez Collor foi a Itaituba e o avião oficial da presidência pousou na pista de pouso da fazenda do Zezão,pois,  a mesma era maior e melhor do que o aeroporto oficial da cidade.
na década de oitenta era tido como rei do ouro do Alto Tapajós. São muitas as histórias de Zezão, entra elas a disputa pelo garimpo Rosa de Maio. Numa das edições do Globo Repórter foram dedicadas duas partes do programa para falar dos garimpos e das riquezas de Zezão do Abacaxi. Na reportagem da Folha de São Paulo de 24 de Novembro de 1991, fala da produção de 110 Kg por mês em seus garimpos.  Dono de uma fortuna avaliada em US$ 20 milhões, o garimpeiro mais rico do Brasil não tem nem talão de cheque. Francisco de Assis Moreira da Silva, 46 anos, o Zezão, mal sabe assinar o seu nome, mas controla o império de 13 aviões, duas fazendas, 8 mil cabeças de gado e um mega garimpo onde operam 120 dragas e trabalham quase dois mil homens.
A produção do Rosa de Maio, no sul do Amazonas, ultrapassa 110 Kg de ouro por mês. Isso representa quase 10% de tudo que se produz região de Itaituba – PA (na fronteira com o AM), a maior do Brasil. Piauiense do município de Buriti dos Lopes, Zezão abandonou a roça aos 21 anos para ser “burro de garimpo” (carregador de materiais e mantimentos) em Porto Velho (RO). Lá, pegou pela primeira vez em uma batéia (espécie de uma peneira usada na garimpagem manual). Para a maioria dos garimpeiros que viveram o início da corrida do ouro, o achado de uma pepita significava, antes de tudo, a garantia de uma grande farra. Para Zezão, que não bebe, não fuma e diz que não gosta de festa, cada grama encontrada representava mais um passo em direção ao sonho de comprar uma draga. Conseguiu a máquina em 80. Nesse mesmo ano, acho o seu primeiro vilão de ouro.
Comprou máquinas que se transformaram em mais ouro, que por sua vez, viraram novas máquinas. Até a compra do Rosa de Maio, em 83, por 20 Kg de ouro, Zezão adquiriu o que hoje é tido como o garimpo mais rico do pais. Hoje, milionário e ainda analfabeto, o garimpeiro tem horror a papeis, títulos e ações. Se recusa a ter conta em banco. O ouro que vende, transforma em aviões, gado e equipamento de garimpo. O que não vende, guarda em local ignorado. A despesa de cerca de Cr$ 70 milhões que tem por semana, com mantimentos e manutenção , paga em dinheiro vivo. Anda sempre com uma sacola cheia grudada ao corpo. Ele controla pessoalmente cada centavo de sua fortuna, embora não saiba fazer contas no papel. Não gosta de falar de dinheiro. Para Luiza, sua mulher, é medo de sequestros. Segundo seus empregados é medo da Receita Federal.
Fonte: Jornal Itaituba

Como se formam os diamantes?

Como se formam os diamantes?




A formação dos diamantes ocorre a 150km da superfície
Os diamantes se formam em camadas internas da crosta terrestre, a cerca de 150 quilômetros da superfície. Nessas profundidades, a temperatura e pressão a que as substâncias estão submetidas são muito altas - suficientes até para modificar suas estruturas mais elementares. Com o tempo (milhares a milhões de anos), o calor e a pressão comprimem o carbono ali presente na forma de grafite e outros compostos, reorganizando suas moléculas mais simetricamente. O "encaixe" ou a simetria perfeita dessas moléculas dá à nova substância características completamente diferentes dos outros compostos como a extrema rigidez, resistência e a transparência. Essa nova estrutura de carbono é o diamante, considerado o mineral mais resistente do planeta, que só pode ser cortado ou riscado por outro diamante. Os diamantes chegam ˆ superfície por meio do movimento do magma no interior da Terra."


Criação artificial
Extração
Os diamantes retirados da natureza ainda são a maior parte dos utilizados pela indústria
Pela relativa simplicidade do processo de formação dos diamantes, há tempos os cientistas vêm desenvolvendo formas de recriá-los em laboratório. Hoje, existem pelo menos dois meios para a produção artificial de diamantes.
O primeiro se utiliza de calor e alta pressão, mas não da forma convencional. A formação do diamante é induzida pelo uso de uma partícula milimétrica do mineral em meio a grafite e outros compostos de carbono. A pressão é dada através de força hidráulica e o calor é gerado pelo uso de eletricidade. O resultado são pequenas amostras de diamantes e muita energia consumida.
O outro processo utiliza uma câmara pressurizada, onde gás natural (também um composto de carbono) e hidrogênio são aquecidos até formarem uma espécie de plasma (gás ionizado). Esse plasma desce em direção à base da câmara, onde encontra uma camada de substratos de carbono com a qual reage e dá origem a uma placa de diamante. Pronta para ser cortada em pedaços e utilizada.


Diamantes de guerra
Pedras preciosas
Não é a raridade que faz os diamantes serem caros, mas sim a sua qualidade inigualável
No ano 2000, a Organização das Nações Unidas fez um anúncio formal ao mundo pedindo que empresas compradoras de diamantes brutos em países em guerra tomassem mais cuidado na escolha de seus fornecedores. Segundo o anúncio, esses diamantes, mesmo que de qualidade inquestionável, estariam saindo de áreas sem autoridade reconhecida pela organização. O dinheiro pago pelas pedras estaria financiando diretamente golpes de estado e conflitos étnicos, internacionalmente conhecidos pelo uso extremo de violência. Na época, os principais países que vendiam os "diamantes de guerra" eram Angola e Serra Leoa, na África. Mesmo com o apelo, a compra e utilização desses diamantes continua sem grandes problemas legais.


O mapa da mina
Os diamantes se formaram nas regiões do planeta onde havia grandes quantidades de substratos de carbono sob a superfície. O consumo, por sua vez, localiza-se nos países com maior poder econômico e em locais com grande tradição no mercado de jóias, como a Ásia.
 
Maiores Produtores (% da produção mundial)
 
Maiores Consumidores
 
Países com reservas de diamantes



Curiosidades
• Os diamantes usados em jóias geram US$ 57 bilhões/ ano
• O continente africano é responsável por 61% da produção mundial de diamantes
• Os diamantes são usados como jóias desde o século XVII
• Os diamantes podem ser classificados em 14 mil categorias
• A vida útil de uma mina de diamantes é de 16 a 22 anos
• Cinco empresas de exploração são responsáveis por 90% da produção mundial de diamantes


Fonte: De Beers Group; Wikipedia, ONU;