terça-feira, 3 de abril de 2018

Anglo American precisará de 90 dias para inspecionar vazamento em mineroduto no Brasil


Anglo American precisará de 90 dias para inspecionar vazamento em mineroduto no Brasil

A mineradora Anglo American precisará de cerca de 90 dias para concluir a inspeção em um mineroduto no Brasil que está com as operações suspensas por determinação do órgão ambiental federal Ibama após dois vazamentos em menos de um mês, informou a empresa nesta terça-feira.
A Anglo interrompeu suas operações depois que um vazamento foi encontrado em 29 de março no mineroduto que transporta sua produção de minério de ferro de Minas Gerais até o Rio de Janeiro, em ponto 400 metros à frente do anterior.
A empresa já havia interrompido suas operações anteriormente, entre 12 e 27 de março, devido ao rompimento do mineroduto em Santo Antônio do Grama (MG), que causou o despejo de 300 toneladas de uma polpa formada por uma mistura de minério de ferro com água em um córrego na região. O minério da Anglo é transportado da mina e da usina de beneficiamento, em Conceição do Mato Dentro e Alvorada de Minas (MG), até o Porto do Açu, em São João da Barra (RJ), ao longo do mineroduto de 529 quilômetros, que atravessa 33 municípios mineiros e fluminenses.
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) ajuizou, na segunda-feira, um pedido de tutela de urgência para que a Justiça determine a suspensão das atividades de transporte de minérios pelo empreendimento Minas-Rio até que seja concluída auditoria ambiental independente no local.
O MPMG destacou ainda que, em 16 de março, a Justiça deferiu pedido liminar determinando o bloqueio de 10 milhões de reais da mineradora, com o objetivo de garantir a reparação e indenização dos danos sociais e ambientais causados.
Fonte: Reuters

Cobre sobe em Londres e NY, ainda sustentado por dados chineses


Cobre sobe em Londres e NY, ainda sustentado por dados chineses

Os futuros de cobre operam em alta em Londres e Nova York, ainda beneficiados por recentes dados de manufatura da China, à medida que operadores europeus retomam os negócios nesta terça-feira, após o fim de semana estendido de Páscoa.Por volta das 7h40 (de Brasília), o cobre para três meses negociado na London Metal Exchange (LME) subia 1,1%, a US$ 6.814,00 por tonelada.
Na Comex, a divisão de metais da bolsa mercantil de Nova York (Nymex), o cobre para entrega em maio tinha alta mais moderada, de 0,28%, a US$ 3,0585 por libra-peso, às 8h20 (de Brasília). Dados oficiais da atividade manufatureira chinesa, divulgados no fim da semana passada, surpreenderam positivamente, contrariando expectativas de desaceleração da segunda maior economia do mundo. A China é o maior consumidor mundial de cobre e de outros metais básicos.
O avanço do cobre em Londres hoje vem também após uma semana mais curta, que foi marcada pelo fim do primeiro trimestre. Na última semana, os preços dos metais atingiram os menores níveis desde o início de dezembro, em reação a um aumento nos estoques de armazéns certificados pela LME para o maior patamar desde 2013.
Entre outros metais na LME, os ganhos eram generalizados: o alumínio subia 1,17% no horário indicado acima, a US$ 2.028,50 por tonelada, enquanto o zinco avançava 0,5%, a US$ 3.287,00 por tonelada, o estanho aumentava 0,90%, a US$ 21.340,00 por tonelada, o níquel tinha alta de 1,68%, a US$ 13.615,00 por tonelada, e o chumbo registrava ganho de 0,69%, a US$ 2.413,50 por tonelada.
Fonte: Dow Jones Newswires

Cratera avança no Quênia e sinaliza divisão do continente africano em dois


Cratera avança no Quênia e sinaliza divisão do continente africano em dois

Em Mai Mahiu, um pequeno vilarejo rural no sudoeste do Quênia, a 50 km da capital, Nairobi, ocorrem há algumas semanas chuvas intensas, inundações e tremores. Mas, em 18 de março, algo estranho aconteceu: a terra começou a se abrir.
“Minha mulher começou a gritar para os vizinhos, pedindo ajunda para tirar nossos pertences de casa”, contou Eliud Njoroge à agência de notícias Reuters.
Desde então, a fenda no piso de cimento de sua casa não parou de crescer, fazendo com que a família de Njoroge e muitas outras fossem evacuadas.
“As fendas correm quase em linha reta, então, dá para projetar para onde vão. Se você vê uma vindo em sua direção, você sai dali correndo”, disse o geólogo David Adede à Reuters.
A enorme fissura já tem quilômetros de comprimento e alguns metros de largura. Ela está ligada a uma falha tectônica conhecida como Vale do Rift, ou Vale da Grande Fenda, na África Ocidental. Segundo os geólogos, esse é um sinal de que, daqui a dezenas de milhões de anos, a África pode ser separada em duas.
De acordo com o especialista, não é possível conter o avanço da rachadura, já que se trata de movimentos da crosta terrestre. Por isso, autoridades e a população devem ficar alertas, principalmente em períodos de chuvas, como o esperado para os próximos meses.
— As pessoas devem ficar em alerta, especialmente quando chove. Verificar se existem rachaduras, terras que estão afundando ou tremores — recomendou Adele. — As rachaduras avançam praticamente em linha reta, então é possível projetar. Se você avistar uma fissura vindo na sua direção, vá embora.

 África sem o Chifre

Assim como ocorreu com a América do Sul, separada da África há 138 milhões de anos, os geólogos estimam que chegará um momento em que o Chifre da África também se desprenderá do continente. O Vale da Grande Fenda se estende por mais de 3 mil km, “desde o Golfo de Adén, no norte, até o Zimbábue, no sul, dividindo a placa africana em duas partes iguais”, afirma a geóloga Lucía Pérez Díaz na revista científica The Conversation.
A pesquisadora do Grupo de Investigação de Falhas Dinâmicas da universidade Royal Holloway defende que “a atividade ao longo da parte oriental do Vale da Grande Fenda, que corre ao longo da Etiópia, Quênia e Tanzânia, tornou-se evidente quado a grande fissura apareceu repentinamente no sudoeste do Quênia”.
Para Pérez Díaz, a fenda é única no planeta, porque permite observar as diferentes etapas de seu processo de fissura ao vivo.
A fratura mais interessante, escreve, começou na região de Afar, no norte da Etiópia, há cerca de 30 milhões de anos. Desde então, está se propagando rumo ao sul, na direção do Zimbábue, a uma média de 2,5 a 5 centímetros por ano. Atualmente em Afar, a camada exterior sólida da Terra, chamada de litosfera, tem sido reduzida a ponto de a ruptura ser quase completa.
Quando a quebra estiver completa, detalha Pérez Díaz, um novo oceano começará a se formar e, “em um período de dezenas de milhões de anos, o leito marinho avançará ao longo de toda a fenda”.  “O oceano inundará e, como resultado, o continente africano ficará menor, e haverá uma grande ilha no Oceano Índico composta por partes da Etiópia, Somália, incluindo o Chifre da África”, afirma.
Fonte: Tropical FM

Você conhece a moissanite? Pedra é opção mais barata ao diamante


Você conhece a moissanite? Pedra é opção mais barata ao diamante

Estrela máxima dos pedidos de casamento, um anel de noivado não precisa, necessariamente, ostentar uma vistosa pedra de diamantes para ter seu devido valor (desculpa, Marilyn Monroe).
Por mais que a pedra tenha suas vantagens em matéria de durabilidade (é o mineral mais resistente que existe), quando o assunto é o custo-benefício, procurar por gemas preciosas semelhantes ao diamante em estética e brilho, mas com preço inferior, pode ser muito mais econômico para os casais que querem priorizar outros tipos de gasto.
moissanite – moissanita ou carborundum – é a principal alternativa nesse sentido, por ser aparentemente muito parecida com o diamante, mas custando bem menos.
Descoberta originalmente em 1893, pelo cientista francês Henri Moissan(vencedor do Prêmio Nobel de Química, em 1906), no Canyon Diablo, no estado do Arizona (Estados Unidos), é conhecida por ter “nascido das estrelas”, sendo uma das pedras preciosas mais cintilantes do mundo.
Quando Moissan descobriu as partículas microscópicas da gema, em uma cratera criada por um meteorito que caiu na Terra, pensou que eram de diamantes (feitas de carbono). Depois, após pesquisas, concluiu que, na verdade, os cristais tinham como matéria-prima o Carbeto de Silício.
Daí em diante, como já era de se imaginar, a moissanite foi batizada em homenagem ao cientista.
Claro que a moissanite original é extremamente rara e difícil de encontrar na natureza atualmente. Mas existem versões acessíveis e disponíveis para compra, que foram criadas em laboratório após anos e anos de tentativas e erros, usando as partículas descobertas anteriormente por Moissan como ponto de partida.
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Moissanite X diamante: semelhanças e diferenças

O diamante ganha na questão da resistência, mas a moissanite não deixa a desejar. De acordo com a Escala de Mohs (criada em 1812 pelo mineralogista Friedrich Vilar Mohs), que quantifica a dureza dos minerais em valores que variam de um a dez, o diamante vale dez mohs, isto é, se classifica como o mineral mais duro já encontrado na natureza.
Já a moissanite possui um valor equivalente a 9,25 mohs – número superior ao de pedras como a safira e o rubi, por exemplo, o que também a torna bastante resistente a riscos.
Outra característica que diferencia as duas pedras, e talvez a mais notável delas, é o brilho. Segundo o site Brilliant Earth
 moissanitas e diamantes são lapidados de formas diferentes, o que impacta na refração da luz das duas pedras.
De maneira bem simplificada, é como se a moissanite tivesse um brilho mais artificial e menos específico em comparação ao do diamante – dando aquele efeito prisma, meio “bola de discoteca”, que lembra muito um flash de arco-íris, principalmente quando atingida pelos raios solares.
Quanto maior a pedra de moissanite, maior será, também, sua cintilância.
Já em relação à cor, por mais que as moissanites sejam consideradas gemas incolores, quando atingidas pela luz podem apresentar traços de tonalidades amareladas ou acinzentadas. Diamantes (naturais ou criados em laboratório), por sua vez, não costumam mudar de tom: mesmo quando recebem diferentes tipos de luz, continuam com aparência branca e reluzente.
Lembrando que a cor da pedra não tem nada a ver com a cor da joia, viu? Você pode ter um anel de noivado de moissanite ou diamante em ouro amarelo, branco ou rosé, vai do seu gosto. Por fim, como já adiantamos acima, o aspecto mais vantajoso na escolha das moissanites é o preço – bem abaixo do valor dos diamantes. Enquanto os custos de um anel de diamantes variam conforme a cor, o quilate, a pureza e a lapidação (respectivamente colorcaratclarity e cut, “os quatro C’s”, em inglês), podendo ficar cada vez mais caros, o valor da moissanite muda, na maioria das vezes, de acordo com o tamanho da gema – e só.
Sendo assim, antes de investir no famigerado – e caro – anel de diamantes, vale disponibilizar algumas horas do seu tempo livre e pesquisar os preços dos de moissanite. Opções das mais belas não faltam!
Fonte: MSMulher

segunda-feira, 2 de abril de 2018

Minas de Wanda, na Argentina, é um atrativo que você precisa conhecer

Minas de Wanda, na Argentina, é um atrativo que você precisa conhecer

Confira como é a extração de pedras preciosas realizada há 50km de Foz do Iguaçu

Foto: Rafael Guimarães/Clickfoz
“Você imaginava que um dia visitaria uma mina ainda ativa?”. Esta foi a primeira pergunta que o guia de turismo e representante comercial Felipe Matias, nos fez no trajeto entre Foz do Iguaçu e Wanda, na Argentina. E, pensando bem, eu nunca tinha parado para imaginar desta forma. Eu estava tendo o privilégio de visitar uma mina de pedras preciosas, que ainda funciona a todo vapor. “Todos os visitantes que eu levei até as Minas de Wanda, sempre voltam satisfeitos com o passeio, é algo muito diferente do convencional e que você não consegue ver em outros lugares”, ressalta Felipe, que há três anos guia turistas até o atrativo argentino. 
Foto: Rafael Guimarães/Clickfoz
Wanda, fica aproximadamente a 50km de Foz do Iguaçu e possui cerca de 12 mil habitantes. Sua maior fonte de recursos é o extrativismo mineral de pedras semi-preciosas e preciosas. É lá que está localizada as Minas de Wanda, um atrativo que recebe milhares de pessoas todos os anos, mas que ainda é pouco conhecido por nós, brasileiros.
Antes de chegar ao nosso destino, é preciso passar pela fronteira. Quando o visitante vai até Puerto Iguazú, é possível apresentar apenas a CNH para atravessar a aduana. Entretanto, para chegar em Wanda, o turista precisa portar o Passaporte ou o RG, com validade de até 10 anos.
O caminho até a pequena cidade é encantador. Estrada em ótimo estado de conservação, muitos pinheiros na beira da rodovia e até uma hidrelétrica no rio Uruguai, compõem o cenário.
Foto: Garon Piceli/Clickfoz
Foto: Lauane de Melo/Clickfoz
Quando chegamos à mina, a estrutura do local surpreende. Dentro dos 33 hectares de terra, há restaurante, museu, loja e guias que falam inglês, espanhol, alemão, italiano, francês, português e outros vários idiomas. Logo na entrada, fomos recepcionados pelo guia Anselmo da Silva, que trabalha no local há 20 anos e nos apresentou todo o atrativo turístico.
Foto: Lauane de Melo/Clickfoz
A mina é composta por 12 túneis de 50 metros de extensão, com aproximadamente dois metros de altura por quatro de largura. Em suas paredes é possível encontrar pedras como: ametista, quartzo, ágata e topázio que desenham imagens como estas asas de anjo, um dos pontos onde os turistas aproveitam parar eternizar a visita.
Enquanto os turistas visitam alguns túneis e conhecem um pouco mais sobre a geologia e história do local, em outros, os mineiros continuam os trabalhos. Em nossa visita, foi possível até ouvir o barulho ensurdecedor de uma explosão, o que não é incomum durante as visitações. “É um garimpo onde trabalhamos constantemente por isso, as atividades continuam durante as visitações turísticas”, explica o guia Anselmo.
Após o processo de extração das pedras, através de um trabalho minucioso e manual, elas são encaminhadas para oficina e lá, transformadas em peças finas, jóias e artesanatos, que são vendidas no atrativo. “Eu sou muito apaixonado por tudo aqui. Por isso, quando o turista chega para visitar, tento transmitir à ele todo o meu conhecimento, para que saia daqui com o mesmo amor que eu sinto. Aqui, ele vai conhecer um pouco da história de uma ametista e ver todo este processo antes que ela chegue numa loja, por exemplo”, finaliza Anselmo.
Para os visitantes da região ou turistas que estão em Foz que desejam conhecer as Minas de Wanda, a Loumar Turismo, oferece o passeio três vezes por semana. Há saídas todas as segundas, quartas e sextas, às 8h30, com retorno previsto para às 14h. O passeio inclui transporte ida e volta, entrada nas minas e almoço no local.
Fonte: Exame