domingo, 13 de maio de 2018

A INOVADORA TÉCNICA CAPAZ DE TRANSFORMAR AREIA DO DESERTO EM TERRA FÉRTIL


A inovadora técnica capaz de transformar areia do deserto em terra fértil




Faisal Mohammed Al Shimmari tem uma fazenda em uma das regiões mais inóspitas do mundo para agricultura: Al Ain, um oasis no deserto dos Emirados Árabes Unidos, onde as temperaturas podem alcançar os 50º C.
“É caro porque temos que comprar água para irrigar as plantas”, diz ele.
Os agricultores precisam contratar navios tanque para levar água para as fazendas, que precisa de três vezes mais irrigação do que uma área de cultivo em clima temperado.
Como a agricultura no deserto é pouco prática, os Emirados Arábes acabam importando 80% dos alimentos consumidos no país.
Uma pesquisa do cientista norueguês Kristian Morten Olesen, no entanto, pode revolucionar a agricultura na região – e, potencialmente, no mundo.
Olesen fez um acortdo com Shimmari para testar em sua fazenda nos Emirados Árabes uma nova técnica para acondicionar o solo do deserto, mesclando nanopartículas de argila com água e partículas de areia.

Argila Líquida

A tecnologia, chamada “Liquid Nanoclay” (nanoargila líquida), está sendo desenvolvida desde 2005.
“O tratamento recobre as partículas de areia com argila e muda completamente suas propriedades físicas, permitindo que a areia retenha a água”, diz Olesen.
É um processo, que segundo o cientista, não necessita do uso de nenhum agente químico. “Podemos transformar os solos arenosos de baixa qualidade em terras agrícolas de alto rendimento em sete horas.”
“Simplesmente misturamos argila natural na água que colocamos sobre a areia e criamos uma capa de meio metro no solo que converte a areia em terra fértil”, explica Ole Morten Olesen, filho de Kristian e diretor de operações da empresa Desert Control, fundada por seu pai para vender a tecnologia.
As partículas de areia normalmente têm uma baixa capacidade de retenção de água, mas com a Liquid Nanoclay, as partículas se unem e podem reter água por mais tempo, aumentando o rendimento.
Na fazenda de Shimmari, a tecnologia foi usada para preparar áreas de cultivo para tomates, berinjelas e quiabo.
“Estou surpreso em ver o sucesso da empreitada”, diz o agricultor. “A técnica reduziu o consumo de água e mais de 50%, o que significa que posso duplicar a área verde com a mesma quantidade de água.”
O solo precisa receber uma pequena manutenção a cada quatro ou cinco anos.

Mudanças Climáticas

A técnica pode vir a ser útil a agricultores de diversas regiões do planeta no futuro por causa do avanço da desertificação e da necessidade de cultivar alimentos em condições cada vez mais hostis.
A cada ano no mundo, uma área equivalente a metade do Estado de São Paulo se converte em deserto como consequência do aumento da seca, do desmatamento e dos métodos intensivos de cultivo.
Cada hectare tratado com a nova tecnologia gera um custo que varia de US$1,8 mil a US$9,5 mil (R$ 6,3 mil a 33,5 mil) – ou seja, ainda é muito caro para a maioria dos agricultores.
Os pesquisadores da Desert Control dizem que o plano é inicialmente vender o produto para governos regionais e, quando a tecnologia tiver se desenvolvido o suficiente para se tornar acessível, ampliar o rol de clientes.
“É algo que pode mudar as regras do jogo para agricultores em áreas áridas”, diz Olesen.
Fonte: BBC

Petróleo: panorama da semana de 14 a 18 de maio


Petróleo: panorama da semana de 14 a 18 de maio
Commodities
 
© Reuters.  Cotação do petróleo registra ganhos na semana após EUA deixar acordo nuclear com Irã © Reuters. Cotação do petróleo registra ganhos na semana após EUA deixar acordo nuclear com Irã
Investing.com - O foco no mercado de petróleo nesta semana irá se manter sobre a tensão geopolítica no Oriente Médio após o presidente Donald Trump ter retirado os Estados Unidos do acordo nuclear iraniano.
A cotação do petróleo subiu acentuadamente na semana passada após Trump ter retirado o país do acordo nuclear internacional com o Irã e voltar a impor "o mais alto nível de sanções econômicas" contra o país.
Alguns analistas disseram que o restabelecimento de sanções poderia levar a um fornecimento mundial mais reduzido de petróleo, uma vez que dificulta a exportação de petróleo pelo Irã.
O Irã, que é um grande produtor de petróleo do Oriente Médio e membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), retomou seu papel como um grande exportador de petróleo em janeiro de 2016, quando as sanções internacionais contra Teerã foram removidas em troca de restrições ao programa nuclear iraniano.
A saída do acordo deixa os EUA em conflito com a Europa e outras partes envolvidas, que tentarão mantê-lo.
Isso também pode aumentar as tensões no Oriente Médio, especialmente entre Israel e o Irã.
Contratos futuros de petróleo bruto WTI, negociados em Nova York, encerraram a semana em alta de cerca de 1,4%, cotados a US$ 70,70 o barril, a quarta semana positiva em um período de cinco. Na quinta-feira, a referência norte-americana chegou à máxima intradiária de US$ 71,89, seu melhor nível desde 28 de novembro de 2014.
Além disso, contratos futuros petróleo Brent, negociados em Londres e referência para preços do petróleo fora dos EUA, fecharam a semana cotados a US$ 77,12 o barril, alta de 2,8% no período. Na quinta-feira, atingiram US$ 78,00, máxima de três anos e meio.
Além da geopolítica, investidores de petróleo também irão continuar a pesar a elevação constante nos níveis de produção dos EUA na semana a seguir, já que o aumento na atividade de extração do país era um dos poucos fatores que pressionavam para baixo a cotação do petróleo em um ambiente de alta.
Exploradores dos EUA acrescentaram 10 sondas de petróleo na semana encerrada em 11 de maio, levando o total para 844, maior número desde março de 2015, conforme afirmou a Baker Hughes da General Electric (NYSE:GE), empresa prestadora de serviços de energia, em seu relatório na sexta-feira.
Foi o sexto aumento semanal consecutivo na contagem de sondas, o que dá destaque às preocupações com o aumento da produção dos EUA.
De fato, a produção doméstica de petróleo, guiada pela extração de shale oil, chegou à máxima histórica de 10,70 milhões de barris por dia na semana passada, afirmou a Administração de Informação de Energia dos EUA.
Apenas a Rússia atualmente tem produção maior, com 11 milhões de barris por dia.
Novos dados semanais sobre os estoques comerciais de petróleo bruto nos EUA na terça e na quarta-feira para avaliar a força da demanda do maior consumidor de petróleo do mundo e a rapidez com que os níveis de produção irão continuar a subir irão capturar a atenção do mercado.
Agentes do mercado também estarão atentos a relatórios mensais da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e da Agência Internacional de Energia na segunda-feira e na quarta-feira para avaliar os níveis globais de oferta e demanda de petróleo.
A Opep e 10 produtores externos ao cartel, incluindo a Rússia, têm reduzido a produção de petróleo em cerca de 1,8 milhão de barris por dia desde o início do ano passado para diminuírem os estoques globais para a média de cinco anos. O acordo tem validade até o final de 2018.
O cartel irá se reunir em junho para decidir se o acordo de cortes na produção deverá ser ajustado com base nas condições de mercado.
Antes da semana que está por vir, a Investing.com compilou uma lista com estes e outros eventos significativos que podem afetar o mercado de petróleo.
Segunda-feira
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo publicará sua avaliação mensal dos mercados de petróleo.
Terça-feira
O Instituto Americano de Petróleo, grupo do setor petrolífero, deverá publicar seu relatório semanal sobre a oferta de petróleo nos EUA.
Quarta-feira
A Agência Internacional de Energia divulgará seu relatório mensal de oferta e demanda globais de petróleo.
Ainda neste dia, a Administração de Informações de Energia dos EUA deve divulgar seus dados semanais sobre estoques de petróleo e de gasolina
Quinta-feira
O governo norte-americano irá divulgar relatório semanal da oferta de gás natural em estoque.
Sexta-feira
A Baker Hughes divulgará seus dados semanais sobre a contagem de sondas de petróleo nos EUA.
Fonte: Investing.com

 
                                               

Turmalina de várias cores

Turmalina de várias cores


Turmalina


Descobrir em foto :

  • Turmalina variedade rubelita do Brasil
  • Turmalina indicolita do Brasil
  • Turmalina bicolor do Afeganistão
  • Cristais de turmalina rubelita do Brasil
  • Cristais de turmalina de Mogok na Birmânia
  • Cristal de turmalina rosa de Mogok na Birmânia
  • Turmalina azul de Paraiba no Brasil
  • Cristal de turmalina bicolor do Brasil
  • Turmalina rubelita do Brasil talha oval
  • Inclusões do tipo liquido na turmalina paraiba cuprifera
Seu nome vem do Sri-Lanka, Ceilão, onde era chamado "turmalii" ou "torra molli" : pedra que puxa as cinzas, consideravam-na um zircão de cor. Foi somente em 1703 que os holandêses a trouxeram para a Europa. Ela foi identificada por Buffon em 1759.
Ela apresenta o fenômeno de piezo-eletricidade e de piro-eletricidade : ela se carrega de eletricidade sob a pressão ou ao calor...Os holandêses, no século XVIII°, se serviam dela para extrair cinzas de seus cachimbos. Na França, dizia-se " o imã do Ceilão".
Conforme suas composições, que variam, são distinguidas "varias" turmalinas, como :
Al elbaita (nome vindo da Ilha de Elba na Italia), na realidade "cabêça de Mouro" com extremidade preta.
A dravita (da Drave na Carintia/Austria).
A buergerita (em homenagem ao americano M. S. Buerger),
A tsilaisita (uma localidade de Madagascar),
A uvita (provincia de Uva no Sri-Lanka),
A liddicoatita (em honra ao gemologo Liddicoat) bicolor rosa-verde, frequentemente variedade melancia,
A schorl de cor preta.
As turmalinas são repartidas em diversas variedades conforme a cor : A acroita "sem cor", incolor e muito rara.
A rubelita, vermelha, a mais procurada e vermelho framboesa.
A dravita : amarelo à marrom escuro.
A verdelita "pedra verde", a mais frequente.
A indigolita ou indicolita com tonalidades azul-pato, muito apreciada.
A siberita : rosa lilas à azul violaceo.
A schorl (antigamente la schorlita), muito frequente, de cor preta.
A variedade paraiba é um nome comercial utilizado para as elbaitas azul-verde descobertas no Estado da Paraiba no Brasil em 1987, sua cor seria devido ao manganês e ao cobre, são gemas muito procuradas.
Existem turmalinas com chatoyance tipo "olho de gato" que encontra-se no Brasil predominantemente em verde, ou até azul.
Um cristal de turmalina é raramente de cor unica, existe em geral uma gradação de cores do apice até a base da pedra ou então do centro à periferia também da pedra. Terminado em preto, o cristal se diz "cabeça de Mouro" , terminado em vermelho, "cabeça de Turco", em vermelho ao centro e em tôrno verde, "melancia".
Existe também turmalinas cromiferas onde a cor é muito intensa.

Local de extração

Ela se encontra em pegmatitos ou em depositos aluvionares. Se a turmalina tem um pais, é o Brasil que é o primeiro produtor do mundo (Minas Gerais, região de Salinas e Araçuai e Paraiba).As da Paraiba possuem cor azul e verdes excepcionais, pelo fato de sua riqueza em manganês.
Necessario citar o Afeganistão, a Australia, a Birmânia, os Estados Unidos (California, jazidas esvaziadas, Maine), A India, Madagascar, o Malawi, o Moçambique que produziu em 2008 rubelitas de cor firme, a Namibia, o Nepal, a Nigéria, o Paquistão, a Russia (Oural, onde, vermelho vivo chamam "rubis da Sibéria"), o Sri-Lanka, a Tanzânia (em particular as turmalinas verdes cromiferas), o Zaire, a Zâmbia, o Zimbabue, a Italia (Ilha de Elba), a Suiça (Tessin).
O Moçambique, na provincia de Nampula produz desde 2010 turmalinas "paraiba" que possuem as mesmas tonalidades de azul e verde como as do Brasil.

Utilização em joalheria

Trata-se antes de tudo de uma pedra que se lapida para fazer joias mas ela pode ser também façonada em bibelôs, em pequenos frascos, até estatuetas. As pedras mais queridas são as vermelha vivo e as paraiba azul-verde.
Um cristal de turmalina não tem a mesmacor conforme o senso pelo qual a enxergamos...isto é devido ao forte pleocroismo da turmalina que conduz à lapida-las no sentido que sua mesa seja paralela à seu eixo principal no objetivo de clarear a cor quando elas são escuras.Em contrapartida, para reforçar os tons das pedras claras, sua mesa deve ser perpendicular à este eixo.
Quase todas as formas de lapidação são convenientes à turmalina, oval, diamante, retangular, octogonal...
Cada vez mais os joalheiros aproveitam da infinidade de variedades de cores da turmalina para criar obras unicas, pois nenhuma pedra se assemelha à outra.
Lalique utilizou muitas turmalinas em suas joias no comêço do século XX°. Mais recentemente Jean Vandôme valorizou inumeras turmalinas excepcionais.
A turmalina é a pedra aniversario do 8° ano de casamento.

Cuidado e precaução no cotidiano

Facil de manutenção, solida, resistente aos produtos de lipeza em geral, deve ser lavada com liquido para louças depois enxaguar com agua pura sem calcario e enfim com alcool.Evitar os "choques térmicos, quer dizer a passagem rapida do frio ao quente.

Litoterapia cultural e historica

A turmalina representa um grande papel, permitindo a comunicação entre os chacras, gerando a harmonia e desenvolvendo os sentimentos nobres, as estrias de seus cristais transmitiriam a energia suprema. Ela devolveria as idéias claras, aumentaria a rapidez das reações intelectuais, util às crianças aprendendo a andar, às pessoas idosas e aos deficientes.
Conforme a cor da pedra, revelaria-se efeitos especificos, ora aqueles ligados às gemas da mesma cor. Assim, a verde agiria sobre o sistema nervoso, o senso de tocar, o odorar, o gôsto enquanto que as vermelhas seriam benéficas para as pessoas nervosas, ansiosas, irritadas ao passo que a preta protegeria das energias nefastas, ela absorveria as ondas negativas para as repulsar à terra. Ela inspiraria os poetas.
Usadas em pingentes, cristais de turmalina renovariam a energia de todo o corpo. Os cristais longos, sobretudo os pretos, com uma ponta natural seriam muito eficientes.
Suas correspondências astrologicas são a Libra, os Peixes e o Capricornio para a verdelita, o Sagitario, o Aquario e os Peixes para a indigolita, o Escorpião, o Aries e o Touro para a rubelita, o Capricornio, o Sagitario e o Câncer para a schörl e ainda o Aries (para a vermelha), a Libra (para a rosa), o Escorpião (para a vermelha e a preta), o Capricornio (para a verde e a preta).

Imitações e tratamentos

O vidro é a mais frequente, reproduzindo a maior parte das tonalidades e sobretudo seu brilho vitreo. Os dublets esmalte possuem um aspecto bastante parecido pois a dosagem da cor é bastante precisa, sobretudo nos verdes mas eles são faceis à identificar. Outros dublets em espinélio sintético-esmalte-espinélio sintético com esmalte verde e rosa imitam muito bem a turmalina bicolor.
E é proibido de nomear a turmalina verde "esmeralda do Brasil", "crisolita do Ceilão", "peridoto do Ceilão", a azul "safira do Brasil", a vermelha "rubi da Sibéria".
Queimados entre 450 e 650 °C. a cor muda, as verdes se tornam "esmeralda" as castanho-vermelha, vermelho luminoso, as outras se clareando. Sua cor modificada por raios gama não é estavel.
Sabe-se sintetizar a turmalina, mas os produtos obtidos não são comerciamizados.

Pedras historicas e legendas

São conhecidos cristais extraordinarios : um dêles, de 40 cm de comprimento, se encontra no museu de Louranço Marquez (Moçambique), um outro de 250 quilates, do tamanho de um ovo de pombo, foi ofertado emo rei Gustav da Suécia à Catherine II em 1777 e é conservado em Moscou.
Legendas : conta-se que em tempos longe passados, uma pequena terra surgiu do imenso oceano Indico, esse rochedo foi separado do continente africano. Este monte rochoso isolado ao longo de Moçambique viveu um acontecimento extraordinario. A noite estava prestes a cair, a obscuridade invadindo as terras, esta terra quase desaparecendo quando uma violenta tempestade entra em movimento, relâmpagos rabiscam o céu e o vento arrancando as arvores. Ao amanhecer, os habitantes descobrem que a chuva diluviosa tinha lavado o solo e colocado a dia turmalinas de um valor inestimavel, esta terra se chama Madagascar, ou (Republica de Malgache).
Fonte: Geologo.com

Diamantes na Bahia - o grande retorno

As primeiras descobertas de diamantes no Brasil ocorreram em 1729, nas lavras do Tijuco, Minas Gerais - atual Diamantina - pelo qual o governo português permitiu a livre extração, até 1739, através do pagamento do quinto.

A Bahia participou deste importante ciclo econômico, em meados desse século, onde esta exploração teve um importante papel na atividade sócio - econômico e política da região, além de contribuir com a expansão demográfica e povoamento de zonas até então inabitadas.

Nos resgates mais antigos constam que, em 1817 ou 1818, o capitão-mor Felix Ribeiro de Morais encontrou diamantes na Serra do Gagau, conhecida como Serra do Bastião, onde posteriormente surgiu a vila de Mucugê. Seguem-se muitas referências a possível presença de diamantes pelos naturalistas alemães Spix e Von Martius, em 1821, que ao examinarem as rochas da Serra do Sincorá, na vila do Sincorá, atualmente Sincorá Velho, reconheceram os terrenos diamantíferos semelhantes aos do Arraial do Tijuco, englobando ainda os municípios atuais de Mucugê, Andaraí, Lençóis e Palmeiras.

O geólogo e cientista Orville Derby, em 1882, fez referência também à descoberta do primeiro diamante na Chapada, por José de Matos, em 1840, próximo à vizinhança de Santo Inácio, na Chapada Velha. Outras descobertas foram registradas, em 1841, na Serra do Assuruá, município de Gentio do Ouro, em 1842, na Serra das Aroeiras, em Morro do Chapéu e na vila de Bom Jesus do Rio de Contas, hoje sede do município de Piatã, onde foi encontrado o maior diamante dos sertões baiano. Mas o dado mais significativo foi revelado por Theodoro Sampaio, que afirmou que somente a partir de 1844 a mineração de diamante tomou rumo na Bahia, com a descoberta feita por José Pereira do Prado, o “Cazuza do Prado”, morador da Chapada Velha nas terras marginais do ribeirão Mucugê.

O Ciclo do Diamante no Brasil durou cerca de 150 anos, da segunda metade do século XVIII até o final do século XIX, período em que o País foi o maior produtor mundial. A produção na Bahia foi iniciada efetivamente em 1844 e seu apogeu perdurou até 1871, com declínio da produção e queda de preço, que coincidiu com a expansão das jazidas da África do Sul, descobertas seis anos antes.

O colapso da produção na região da Chapada Diamantina só não foi maior porque ao lado do diamante passou a ter valor o carbonado, usado na indústria e na perfuração de rochas, sobretudo durante a abertura e construção do Canal do Panamá. Entre 1980 e 1996 a economia mineral da região teve um pequeno reaquecimento, com base na extração mecanizada de carbonado e diamante em Lençóis, a qual foi finalmente proibida com a criação do Parque Nacional da Chapada Diamantina.

Atualmente o Brasil detém uma posição quase insignificante no mercado global de diamantes, respondendo por aproximadamente 1% da produção mundial. O modo de ocorrência dos diamantes em todas as localidades brasileiras é similar, sendo as gemas lavradas em depósitos secundários, em aluviões, eluviões, colúvios e/ou em metaconglomerados.

Embora no Brasil ocorram centenas de kimberlitos e lamproítos, as fontes primárias do diamante, a imensa maioria destes corpos rochosos é estéril ou apresenta teores insignificantes sob o ponto de vista econômico, daí porque a importância da recente descoberta em Nordestina, no sertão baiano, pois trata-se da primeira jazida de diamante em fontes primárias no Brasil.

A mina é o resultado de oito anos de pesquisas e investimentos de cerca de R$ 200 milhões, realizados pela Lipari Mineração, uma joint venture, formada por belgas e chineses. O diamante, denominado de Greenstone Belt Itapicuru, é considerado como entre os cinco tipos mais preciosos e cobiçados do mundo e será extraído dos Kimberlitos da região - rochas vulcânicas que forma o manto terrestre -, que vieram à superfície através de explosões de vulcões, ocorridas há bilhões de anos. A estimativa de vida útil da mina gira em torno de dez anos ou mais, caso as pesquisas nas partes central e norte da Braúna se confirmem, principalmente em termos de uma lavra subterrânea, já que sondagens realizadas acusaram a presença do minério a uma profundidade de até 350 metros.

Com uma reserva que pode chegar a 2 milhões de quilates e uma produção estimada de 300 mil quilates/ano, a mina de Braúna (nome de uma árvore típica da caatinga) será lavrada à céu aberto, com profundidade em torno de 250 metros e diâmetro de 340 metros, o que fará com que a atual produção brasileira aumente em mais de seis vezes e faça com que o Estado da Bahia tenha um grande retorno em termos de produção de diamantes. A previsão, com base média de 300 dólares o quilate, é que a mina, em sua vida útil, dê um lucro líquido em torno de 330 milhões de dólares.

Isso para o município representará um incremento em torno de 30 milhões de reais em termos de CFEM e ISS, sem contar que haverá uma geração de pelo menos 250 empregos diretos, além dos empregos indiretos gerados pela economia paralela e pelos investimentos sociais, como a modernização de escolas, do hospital municipal e a construção de novas moradias.

Para a região sofrida desse semiárido baiano, portanto, será a redenção, pois a entrada em operação da mina de diamantes vai mudar radicalmente a realidade sócio- econômica de Nordestina, através da exportação mensal de cerca de três quilos de pedras brutas, que de Salvador irão para os principais centros de lapidação do mundo (Tel-Aviv - Israel; Dubai  - Emirados Árabes e Antuérpia - Bélgica).

Será, portanto, o retorno triunfal da produção desse bem mineral no Estado da Bahia, depois de mais de um século do grande apogeu da Chapada Diamantina.


Fonte: Bahia Econômica
Diamantes

Piauí entra para a rota da extração de diamante e se torna referência mundial

O Piauí está prestes a entrar na rota da extração de diamantes e pode se tornar referência mundial na extração da pedra preciosa. A novidade é possível graças à descoberta feita pela em uma pesquisa realizada pelo Departamento Nacional de Produção Mineral, em 2011, que aponta que o município de Gilbués, localizado a 742 quilômetros de Teresina, possui uma grande reserva de diamantes.

A nova jazida de Gilbués sozinha pode fazer o Brasil se aproximar de números da Rússia e Botswana que hoje são os países líderes no setor. Este, aliás, é um dos principais motivos em ter empresas e mineradores do Piauí como parte da Bolsa de Diamantes do Panamá, que desejam pôr o Piauí em destaque mundial no setor.A descoberta das novas jazidas de Gilbués fez com que o Piauí se tornasse rota para a extração de diamantes no continente . Hoje Estado é tido por especialistas do setor de mineração como um ponto de referência não só no Brasil, mas em toda a América Latina. Para efeito de informação, hoje o país encontra-se na décima colocação de exportação de diamantes.
A novidade atrai pessoas interessadas em todo o continente americano. Ali Pastorini, diretora do Comitê de Marketing da Bolsa de Diamantes do Panamá, enxerga um futuro brilhante para o Piauí.
“Eu, como diretora do Comitê de Marketing mundial da Bolsa, e responsável por trazer empresas latinas para integrarem a mesma, vejo a entrada do Piauí na bolsa de diamantes como uma mudança considerável para o setor”, destaca.
A mina de diamantes em Gilbués até o momento é a única jazida da pedra encontrada no Nordeste e pode trazer a sorte grande para o Estado. “A nova jazida de Gilbués pode fazer o Brasil se aproximar de números da Rússia e Botswana, que hoje são os países líderes no setor da extração de diamantes”, confirma Ali Pastorini.
As pedras de diamantes foram descobertas de forma acidental por pesquisadores nacionais da Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais. Eles realizavam análises sobre a descoberta de uma grande reserva de Ferro no município de Paulistana quando se depararam com a jazida de diamantes, avaliada em dois milhões de quilates.
Se em Paulistana as reservas de ferro eram três vezes maiores que o previsto na pesquisa inicial, o mesmo pode acontecer em Gilbués: estimativas apontam que a reserva da pedra no Estado supera 400 toneladas, mas comentários extra oficiais dão conta que o montante pode ser duas vezes maior. Por isto o interesse da Bolsa de Diamantes do Panamá na pedra preciosa.
A Bolsa de Diamantes do Panamá, primeira e única da América Latina, está localizada na cidade do Panamá numa zona livre de impostos, há apenas 15 minutos do Aeroporto Internacional do Panamá. Toda a comercialização de diamantes, pedras preciosas, gemas, ouro, prata, joias e relógios realizado dentro da Bolsa não são taxados.
O que a torna extremamente atrativa para o mercado, pois lá, empresas e empresários de países como Índia, Israel, Estados Unidos, Itália e Bélgica negociam produtos de alta qualidade, excelente procedência e competitividade no preço. Além de colocar as empresas extrativistas da pedra em um nível internacional dada a grande exposição que a bolsa de diamantes tem.
Diamante do Piauí está em fase de lavra
"Pelo que tivemos conhecimento da jazida de diamantes em Gilbués, sabemos que até o momento ela é a única do Nordeste", celebra o secretário de Mineração, Petróleo e Energias Renováveis do Governo do Estado, Alexandre Silveira.
E o Departamento Nacional de Produção Mineral já autorizou o cadastro de mineradores interessados em desbravar as jazidas de Gilbués. "Tudo está em fase preliminar. Primeiro vamos realizar o cadastro para sabermos se o número de interessados é maior ou menor que a reserva de diamante.
Ouvimos muito falar nas riquezas naturais do Piauí. Por isto queremos colocar tudo no papel e fazer com que o Governo faça parte deste processo, pois a mineração vai gerar muitos dividendos para o Piauí", afirma.
E o Piauí só tem a ganhar. Em Gilbués, o trabalho de garimpo funciona ainda a título de pesquisas, com uma guia de autorização. Com a assinatura da portaria de outorga a lavra passa a ser profissional, em uma mina.
A futura primeira mina do Piauí, e também do Nordeste, já exportou cerca de três mil quilates de diamantes certificados e já faz parte dos produtos que compõem a pauta de exportações do Piauí. "Estamos atrás de agilizar esta pauta.
Falta apenas resolver algumas questões junto à Secretaria de Meio Ambiente para colocar o Piauí na rota mundial do diamante", pontua o secretário de Mineração, Petróleo e Energias Renováveis do Governo do Estado do Piauí. (O.B.)
Extração ilegal de diamantes já acontece em Gilbués
Feitos de carbono submetido a altíssima pressão, os diamantes foram forjados até 200 km abaixo da superfície há pelo menos 3 bilhões de anos. As minas são criadas em regiões com alta concentração de um tipo de rocha, denominado pelos geólogos de kimberlito.
Esse material é formado pelo resfriamento do magma, que chegou até a superfície há milhões de anos, carregando elementos de regiões profundas da Terra.
No Brasil, a produção se concentra em minas formadas por erosão de kimberlito. As águas de rios e lençóis freáticos carregam pedras, que se concentram em áreas superficiais e passam a ser exploradas por mineradores.
Em Gilbués, algumas empresas já extraem a pedra preciosa de forma ilegal, mesmo sendo necessária uma ordem para a retirada da mesma. "Temos informações extraoficiais de que pequenos mineradores e algumas empresas extraem diamante em Gilbués de forma ilegal", conta Alexandre.

Entretanto, a Secretaria de Mineração, Petróleo e Energias Renováveis do Governo do Estado do Piauí está de mãos atadas até que a situação da jazida seja devidamente regulamentada. "Não podemos fazer nada até haver a assinatura da portaria de outorga a lavra", lamenta.
Fonte: G1