domingo, 1 de julho de 2018

Petrobras: Decisão sobre cessão onerosa não sai em 2018, diz Bradesco


Para o Bradesco, a mudança na regra da venda de ativos estatais implementada pelo TCU torna praticamente inviável a realização do leilão da área excedente da cessão onerosa este ano. O Tribunal definiu que toda a documentação para a venda esteja pronta 150 dias antes da licitação pública, o que torna o prazo impossível para a alienação ser feita em 2018.
“Nesta fase, não sabemos se os termos do TCU poderiam ser negociados. Se não, isso é uma notícia negativa para os direcionadores de curto prazo da Petrobras (PETR3; PETR4). Se a data do leilão for postergada para 2019, o próximo governo poderá decidir não mantê-la, o que atrapalharia o acordo de Transferência de Direitos”, destaca o analista Vicente Falanga.

O banco ressalta que as ações da estatal precificam um resultado marginalmente positivo para a Transferência de Direitos este ano, o que poderia se tornar menos provável com esta notícia.
Fonte: MONEYTIMES

Rio e Bahia se unem para produzir joias e bijuterias com esmeraldas

Rio e Bahia se unem para produzir joias e bijuterias com esmeraldas

Em alta na joalheria, em breve as esmeraldas estarão mais acessíveis, inclusive em bijuterias. Projeto da Associação de Joalheiros e Relojoeiros do Rio de Janeiro (Ajorio) com a Firjan levou um grupo de empresários para conhecer as minas de Campo Formoso, no norte da Bahia, a fim de fomentar negócios aproximando as duas pontas da cadeia produtiva do setor: fabricantes de joias e produtores de pedras preciosas. Da missão nasceu a parceria entre as instituições e a Prefeitura do município para promover workshops com designers cariocas sobre criação e desenvolvimento de produto, a fim de agregar valor às esmeraldas de qualidade inferior. Hoje, apenas 5% da produção, que chega a aproximadamente 3 mil quilos por mês, correspondem às esmeraldas extras, usadas na alta joalheria.
A ideia é formar mão de obra para o artesanato, movimentando o comércio e desenvolvendo o turismo na região. Por outro lado, serão financiados cursos de lapidação no Laboratório de Joias do Senai, no Rio de Janeiro, para jovens de lá, a fim de aprimorar a produção de pedras lapidadas que serão vendidas para as joalherias nos grandes centros, carentes de matéria-prima de qualidade. 
Segundo a presidente da Ajorio, Carla Pinheiro, o Brasil sempre foi um importante lapidador na cadeia inteira, mas a atividade foi enfraquecendo nos últimos tempos. “Fomos a Campo Formoso para conhecer de perto a realidade da produção de pedras e identificar as necessidades, porque temos muita coisa para melhorar” afirmou. Para Carla, se bem fomentada, a mineração pode transformar até mesmo o PIB nacional, como acontece na Índia e na Tailândia. “As pedras preciosas podem e devem deixar renda, emprego e riqueza no nosso país. E hoje não é o que acontece. O que vemos são iniciativas individualizadas, feitas por quem luta no dia-a-dia, mas que não conta com apoio que deveria ter do poder público”, avaliou.
Esta foi a quinta viagem empresarial organizada pela Ajorio e Firjan a um dos polos produtivos de pedras preciosas no Brasil, que já passou por Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Piauí. O objetivo é levar o empresário diretamente na fonte da matéria-prima.
Para a especialista em Joias da Firjan, Eliana Andrello, a troca de experiências é importante para os dois lados. “Nós temos hoje, no Rio, uma experetise na fabricação, com tecnologia avançada e indústrias bem equipadas, mas dependemos da matéria-prima que vem de outros estados, porque não temos a mineração, nem a lapidação mais. Na Bahia, eles têm as gemas, mas falta a industrialização da joia. Identificamos aí uma janela de oportunidade na educação, o que será feito em parceria para promover a qualificação destes profissionais”, relatou.
Produção
O Brasil é hoje um dos maiores produtores de esmeraldas do mundo, ao lado da Colômbia, Zâmbia e Afeganistão. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM), em 2017 as exportações das pedras lapidadas foram de US$ 23,8 milhões. Os maiores polos produtores estão em Itabira (MG), em Campos Verdes (GO) e na Serra da Carnaíba (BA), no município de Pindobaçu, vizinho a Campo Formoso.
Lá, a extração é realizada por mineradores organizados na Cooperativa Mineral da Bahia (CMB), que agrega os garimpos da Carnaíba e Socotó, hoje, com 28 minas em produção, e cerca de 300 associados. A uma distância de 34 quilômetros um do outro, ambos estão sobre o mesmo lençol de esmeraldas. A estimativa, segundo geólogos, é de que existam pedras a até 500 metros de profundidade, sendo que nem 7% foram explorados ainda. Por mês, são retirados cerca de 3 mil quilos da pedra bruta, e o faturamento gira em torno de US$ 3 milhões.
Nascido em Campo Formoso, o empresário José Nilson Rodrigues intermediou a visita da caravana carioca para o município. Neto de garimpeiros que deram início à mina da Carnaíba, em 1963, ele defende que a atividade continue nas mãos dos mineradores, mas alega que faltam investimentos. “Precisamos da presença dos bancos de investimento em Campo Formoso para o garimpeiro ter condições de produzir mais. Na África, na Colômbia, o governo participa diretamente, por isso eles tem grandes produções. Aqui, nós temos a produção que a condição de cada um permite. O que precisamos é de investimento, porque capacidade nós temos”, afirmou.
A esmeralda é o termômetro da economia local. Segundo a prefeita de Campo Formoso, Rose Menezes, quando as minas estão produzindo, o movimento do comércio de toda a região fica aquecido. Grande parte da comercialização de esmeraldas é realizada na feira local com pedras negociadas a céu aberto. O sistema financeiro funciona à base de vales e trocas de objetos. Na praça também estão os grandes escritórios de compradores estrangeiros. 
A missão incluiu a visita a duas minas localizadas no garimpo da Carnaíba, uma delas a 230 metros de profundidade. O designer Eduardo Vaks, da joalheria Lafry, desceu na mina para conhecer o trabalho e ficou impressionado com o tamanho do empreendimento. “Depois de descer a mina a gente percebe a dificuldade que existe neste ramo de trabalho, para se conseguir um volume de esmeralda. O mercado não tem ideia da dificuldade que existe. O investimento é muito alto, os proprietários trabalham de quatro a cinco anos para ter algum retorno. É um trabalho em que precisa se acreditar e investir muito dinheiro”, comentou.
Segundo a diretora-executiva da Ajorio, Angela Andrade, a parceria entre Rio e Campo Formoso será benéfica para os dois lados. “O que eles têm nós queremos muito, e o que nós temos, que é criação, fabricação e mercado, a cidade está precisando bastante também”, disse. Para Angela, já está na hora da região começar a agregar valor às pedras, produzindo joias e bijuterias de qualidade para o mercado turístico. “Sentimos um potencial imenso de crescimento. Daqui a cinco anos, o comércio de Campo Formoso estará mudado, e vamos ter uma boa produção também para o Rio de Janeiro”, afirmou.
Para os empresários, a missão proporcionou bons contatos comerciais com os produtores locais e a perspectiva de lançamento de novas coleções. Eles também se prontificaram a participar da parceria, colaborando com o design em produtos que vão popularizar a esmeralda.
Website: http://www.ajorio.com.br
Fonte:EXAME

Arábia Saudita desmente Trump sobre promessa de aumentar produção de petróleo

Arábia Saudita desmente Trump sobre promessa de aumentar produção de petróleo

© REUTERS / Jonathan Ernst


O rei da Arábia Saudita, Salman bin Abdulaziz al Saud, não prometeu a Donald Trump aumentar a produção de petróleo, tendo apenas lhe garantido que Riade teria capacidade suficiente para satisfazer a demanda do mercado, informou o The Wall Street Journal.
"Uma autoridade saudita sênior anunciou que o reino deu nenhuma promessa concreta ao Sr. Trump, ele apenas confirmou as capacidades de Riade para atender a demanda do mercado", escreveu o jornal, citando um funcionário saudita anônimo.
Outro funcionário saudita citado pelo The Wall Street Journal disse que a Arábia Saudita, na verdade, não quer aumentar a produção acima de 11 milhões de barris por dia além de não planejar aumentar suas unidades de produção por ser "muito caro".
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, havia dito no sábado (29), em sua conta no Twitter que o rei da Arábia Saudita aceitou sua proposta para aumentar a produção de petróleo em dois milhões de barris por dia.
Em maio de 2018, a Arábia Saudita produziu 10,03 milhões de barris por dia (mb/d). 
A worker at the Dura oil refinery, on the southern outskirts of Baghdad, fills a barrel
© AFP 2018 / KARIM SAHIB
OPEP anuncia aumento de produção de petróleo
No final de 2016, as nações que compõem a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e 11 produtores independentes concordaram em Viena em reduzir a extração em 1,8 mb/d para estabilizar os preços dos hidrocarbonetos.
Já no dia 23 de junho, a OPEP e outros países produtores concordaram em aumentar a extração de petróleo 1 mb/d no âmbito do Acordo de Viena.
Um dia antes, Trump pedira aos países da OPEP que aumentassem consideravelmente a produção para deter os preços.

BRF é a pior ação do ano com queda de 50%; Suzano sobe 142% no semestre

BRF é a pior ação do ano com queda de 50%; Suzano sobe 142% no semestre

Arena do Pavini - 30/06/2018 

Por Arena do Pavini – O Índice Bovespa, que reúne as principais ações da bolsa brasileira B3, fechou o primeiro trimestre com uma queda de 4,76%, reflexo da piora do cenário internacional com a expectativa de alta dos juros americanos além do esperado no início do ano e a guerra comercial decretada pelo presidente americano Donald Trump contra seus principais aliados comercias, especialmente a China.
Além disso, a greve dos caminhoneiros no fim de maio, além de afetar a economia e enfraquecer ainda mais a recuperação da atividade, mostrou a fragilidade do governo Michel Temer, revelando o apoio da população a propostas populistas para a crise. A falta de um candidato de centro com chances de vencer também aumentou a preocupação com a eleição presidencial e a continuidade do ajuste fiscal.
Com isso, houve uma forte saída de investidores estrangeiros da bolsa, que chegou a R$ 10,235 bilhões no ano até 27 de junho, quarta-feira. A saída se concentrou em maio, com R$ 8,433 bilhões, recorde histórico, e junho, com R$ 6,223 bilhões.
Para o BB Investimentos,  cenário de curto prazo ainda deverá ser volátil na bolsa brasileira, podendo até ocorrer um repique contido, “mas vale ressaltar que a liquidez tende a se reduzir a partir de meados de julho, antecipando as férias de agosto no Hemisfério Norte”.
Suzano e Fibria, ganhos com a fusão
Mas nem todas as ações caíram nos primeiros seis meses deste ano. A ação ordinária (ON, com voto) da fabricante de celulose Suzano subiu 141,77% neste ano, puxada pelo acordo de compra da concorrente Fibria, cujo papel também disparou, ganhando 60,11% no ano. As duas foram beneficiadas também pela alta do dólar, já que são exportadoras e com a moeda americana mais alta vão receber mais reais por suas vendas ao exterior.
A segunda maior alta do índice veio de Magazine Luíza ON, com 60,11% de ganho, refletindo a expectativa de melhora da economia via consumo e juros básicos mais baixos, os menores da história recente do país. B2W ON também seguiu o mesmo caminho e fechou o semestre com alta de 31,22% e Vale ON, 24,57%, apesar dos receios iniciais do mercado de que os fundos de pensão, grandes acionistas da empresa, venderiam seus papéis após a mineradora pulverizar seu controle e entrar no Novo Mercado da B3.
Braskem foi outra com ganhos elevados no semestre, de 23,51%, com o anúncio de que sua controladora, a Odebrecht, venderá sua participação para uma empresa holandesa.Embraer ON também fechou o semestre com ganho de 21,89%, na expectativa de seu acordo com a gigante americana Boeing. E Petrobras ON, com várias idas e vindas em meio à crise com a greve dos caminhoneiros e a saída do seu presidente, Pedro Parente, fechou o semestre ainda com ganhos, de 15,04%.
Já nas perdas do semestre, o destaque ficou com BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão, que viu sua ação ON cair 50,82%, ou mais da metade de seu valor. As perdas foram resultado de dois anos de prejuízos e erros de gestão, além de escândalos com a fiscalização dos produtos na Operação Carne Fraca e, depois, nos exames sobre contaminação do frango para exportação.
As crises levaram a uma briga entre os fundos de pensão, especialmente Petros, da Petrobras, e Previ, do Banco do Brasil, contra o empresário Abílio Diniz, que presidia o conselho da BRF e havia indicado sua alidada, a gestora Tarpon, para tocar a empresa. O conflito foi resolvido com a saída de Abílio da presidência do Conselho e sua substituição por Pedro Parente, que uma vez fora da Petrobras vai assumir a diretoria executiva.
Além de BRF, lideraram as perdas no semestre as ações ON da Kroton, com 48,50% de baixa, seguida de Eletrobras PNB, em meio às dificuldades em aprovar a privatização da empresa no Congresso. Qualicorp ON caiu 38,28% e Ultrapar ON, 37,98%. Ecorodovias ON perdeu 37,5%.
Fonte: Arena do Pavini

Trump ataca Opep e ameaça com sanções a empresas europeias que negociarem com Irã

Trump ataca Opep e ameaça com sanções a empresas europeias que negociarem com Irã

BERKELEY HEIGHTS (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, atacou a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep)com um aviso para que a entidade pare de manipular o mercado de petróleo e aumentou a pressão sobre aliados, ameaçando com sanções empresas europeias que fizerem negócios com o Irã.
Trump afirmou no sábado, via Twitter, que o rei da Arábia Saudita, Salman bin Abdulaziz Al Saud , teria concordado em aumentar sua produção de petróleo. Em seguida, a Casa Branca voltou atrás e informou que os sauditas iriam aumentar a produção caso fosse necessário.
Os preços no petróleo aumentaram na sexta com preocupações de que as sanções americanas contra o Irã irá retirar volumes significativos do mercado internacional em um momento em que há aumento de demanda.
Em uma entrevista neste domingo à rede de televisão Fox News, Trump responsabilizou diretamente a Opep, do qual a Arábia Saudita é membro. Perguntado se alguém estava manipulando os mercados, Trump afirmou: “a Opep está e é melhor parar, porque nós estamos protegendo aqueles países, vários deles”.
Trump disse ainda que empresas europeias que negociarem com no Irã enfrentarão sanções americanas.
O presidente americano fará uma visita a Europa no final deste mês para uma reunião da Otan, mas as tensões comerciais devem dominar a viagem, não apenas em relação ao petróleo iraniano, mas principalmente pela imposição de tarifas ao aço e alumínio.
Sobre comércio, Trump disse a Fox que não está satisfeito com o Acordo de Livre Comércio da América do Norte, com Canadá e México, e não concordará com um novo até depois das eleições de novembro nos EUA.

Fonte: Reuters