quarta-feira, 4 de julho de 2018

Plano de recuperação judicial da Eternit prevê venda de ativos imobiliários por ao menos R$ 155 milhões

Plano de recuperação judicial da Eternit prevê venda de ativos imobiliários por ao menos R$ 155 milhões

O plano de recuperação judicial da Eternit prevê a venda de um grupo de ativos formado por uma propriedade rural localizada no estado do Ceará e um conjunto de cinco chácaras e um armazém, todos localizados no estado de Goiás. A companhia apresentou a estratégia no âmbito do processo que tramita na 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais da Comarca de São Paulo.
Ficou estabelecido um prazo de 18 meses, contatos a partir da homologação do plano para a venda das propriedades. A venda será realizada por meio de leilão e o valor mínimo estipulado para cada propriedade é de R$ 120 milhões e R$ 35 milhões, respectivamente. O plano ainda prevê a revisão de práticas operacionais, redução de custos, determinação de novos prazos para o pagamento de credores e o aumento de capital da companhia mediante a emissão de novas ações, subscritas por credores trabalhistas.
Fonte:  Lexis Nexis

Leilão eletrônico deve liberar 20 mil áreas


Leilão eletrônico deve liberar 20 mil áreas

A indústria mineral deve começar uma nova fase após a assinatura do decreto que atualiza o Código de Mineração. E uma das principais mudanças é o leilão eletrônico, que pode destravar mais de 20 mil áreas para exploração que estão em poder da União.
Segundo fontes consultadas pelo DCI, o principal critério a ser utilizado nestes leilões deve ser o financeiro, no entanto, se não houver mais do que um interessado em determinada área, basta que o plano de pesquisa seja apresentado e aprovado pela Agência Nacional de Mineração (ANM).
“O sistema de leilões, além de desafogar o setor, vai dar um impulso na atividade minerária no Brasil, que sofreu muito nos últimos anos”, avalia o sócio do Lima Feigelson Advogados, Marcello Lima.
Pouco mais de 20 mil áreas foram devolvidas ou retomadas pelo antigo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e estão paralisadas. Lima explica que, anteriormente, se uma determinada área fosse concedida a alguém e o relatório final de pesquisa não fosse entregue no prazo, o primeiro que entrasse com pedido de requerimento teria autorização de pesquisá-la – conhecido como direito de prioridade na mineração.
O especialista afirma que isso acabava gerando uma fila de pessoas à espera dessas áreas. “Agora, o problema das filas deve acabar.”
O consultor José Mendo afirma que o leilão eletrônico tem como objetivo trazer mais rapidez ao processo de liberação das áreas em poder da agência. “Quem fizer a melhor oferta financeira terá que iniciar a pesquisa e a exploração imediatamente”, pontua.
Para agentes do setor, uma vantagem importante do modelo de leilão eletrônico é não só acelerar o processo de oferta das áreas em disponibilidade, mas também movimentar de forma mais espraiada a atividade mineral, incluindo pequenas e médias empresas.
Agência reguladora
O avanço do leilão eletrônico está intimamente ligado à regulamentação da agência reguladora do setor. A lei de criação da ANM foi sancionada pelo presidente da República Michel Temer em dezembro do ano passado. Em abril, o ministro de Minas e Energia (MME), Moreira Franco, informou ter enviado o decreto regulamentador à Casa Civil para aprovação. De acordo Mendo, o leilão eletrônico poderia entrar em vigor rapidamente, contudo, o processo depende da instalação da ANM.
“O processo de leilão eletrônico depende de resoluções que vão aplicar com mais clareza o dispositivo”, explica.
Ele lembra que a regulamentação da agência também depende de uma sabatina no Senado dos nomes indicados pela presidência da República aos cargos mais altos. A agência terá uma diretoria colegiada composta por um diretor-geral e quatro diretores.
No entanto, em um ano eleitoral, agentes do setor temem que a regulamentação da agência demore ainda mais. “Tudo depende de vontade política e, neste campo, atualmente, tudo é prioridade”, assinala Mendo.
O decreto do presidente Temer reforçou ainda a obrigação por parte das mineradoras de recuperar áreas degradadas pela atividade. “Do ponto de vista prático, a medida muda pouca coisa, porque as obrigações acessórias ao fechamento da mina já incluíam um plano de recuperação das áreas ambientais prejudicadas pelas operações da empresa”, diz o sócio do Lima Feigelson.
Mendo corrobora. “Ao colocar essa exigência no decreto, a lei chama a atenção para a responsabilidade da mineradora de recuperar as áreas degradadas”, detalha. Ele lembra, porém, que o parágrafo 2º do artigo 225 da Constituição Federal já discorre sobre o tema. “A legislação ambiental brasileira já é muito boa neste sentido”, garante.
No entanto, ele alerta para a retomada econômica necessária para alavancar a atividade mineral. “Infelizmente, devido ao cenário atual, os investimentos ainda estão aquém do que poderiam ser.”
Fonte: DCI

terça-feira, 3 de julho de 2018

Primeira imagem de um planeta recém-nascido

Primeira imagem de um planeta recém-nascido


Primeira imagem de um planeta recém-nascido
O exoplaneta nascente é o ponto brilhante à direita do centro da imagem, que está tapado pela máscara do coronógrafo utilizado para bloquear a luz ofuscante emitida pela estrela.[Imagem: ESO/A. Müller et al.]
Planeta bebê

O SPHERE, o instrumento caçador de planetas montado no telescópio VLT, no Chile, capturou a primeira imagem confirmada de um planeta formando-se no disco de poeira que rodeia uma estrela jovem.

O planeta mostra-se visível como um ponto brilhante situado à direita do centro - a esfera negra na imagem é um coronógrafo, que tapa o brilho da estrela para permitir observar seu entorno.

O exoplaneta nascente está abrindo seu espaço através do disco primordial de gás e poeira que rodeia a estrela PDS 70, ela também muito jovem. Apesar de seu estágio muito inicial, os dados sugerem que a atmosfera do planeta PDS 70b possui nuvens.

A análise mostra que o PDS 70b é um planeta gigante gasoso com uma massa de algumas vezes a massa de Júpiter. A superfície do planeta tem uma temperatura de cerca de 1000º C, o que o torna muito mais quente do que qualquer planeta do nosso Sistema Solar.

O planeta está aproximadamente a três bilhões de quilômetros de distância da sua estrela, o que equivale mais ou menos à distância entre Urano e o Sol.

Como enxergar um exoplaneta

Mesmo bloqueando a luz emitida pela estrela com o auxílio de um coronógrafo, o SPHERE ainda precisar usar estratégias de observação e técnicas de processamento de dados para conseguir obter o sinal emitido pelos tênues companheiros planetários situados em torno das jovens estrelas brilhantes, o que exige fazer observações em múltiplos comprimentos de onda e em momentos diferentes.

Para a extrair o fraco sinal do planeta, os astrônomos usam um método que tira partido da rotação da Terra. Em modo de observação, o instrumento SPHERE captura continuamente imagens da estrela durante um período de várias horas, enquanto o instrumento se mantém tão estável quanto possível. Deste modo, o planeta parece rodar lentamente, mudando de posição na imagem relativamente ao halo estelar.

Aplicando algoritmos numéricos, as imagens individuais são posteriormente combinadas de tal modo que todas as partes da imagem que parecem não se mover, tais como o sinal da estrela propriamente dita, são filtradas. Assim, ficamos apenas com as partes que aparentemente se movem - o que torna o planeta visível.

Metais estão ameaçados de extinção, diz relatório da ONU

Metais estão ameaçados de extinção, diz relatório da ONU


Metais estão ameaçados de extinção, diz relatório da ONU
Os telefones celulares e os computadores podem usar até 40 elementos químicos, em quantidades que vão de miligramas a gramas. Não é à toa que virou um chavão afirmar que cada celular, além da mais moderna tecnologia, tem também metade da Tabela Periódica em seu interior. [Imagem: Unep]
Exaustão dos metais

"Os cientistas devem antever a possibilidade de que eles poderão não dispor de toda a Tabela Periódica para trabalhar no futuro," afirmou Thomas Graedel, ao divulgar um novo relatório da ONU sobre a oferta mundial de metais.

Na lista dos "metais ameaçados de extinção" estão lítio, neodímio e índio, todos elementos essenciais para a indústria eletrônica, principalmente o lítio, que é a base de todas as baterias dos equipamentos portáteis atuais.

A "extinção" referida é, na verdade, um risco de exaustão, o termo utilizado para se referir ao fim das reservas de uma mina - neste caso, os pesquisadores apontam o risco de exaustão não apenas de uma mina, mas de todas as reservas conhecidas no mundo.

Questão de reciclagem

"Exceto para os metais básicos principais e para dois metais preciosos, as taxas de reciclagem de todos os metais da Tabela Periódica são baixos," prossegue Graedel. "Isto significa que eles são usados uma vez e descartados, e este é um enfoque não sustentável."

A única saída para evitar a falta desses metais, segundo o relatório, é iniciar ou aumentar a reciclagem.

Meia Tabela Periódica em cada celular

Um dos maiores obstáculos para determinar a quantidade de metal com que a humanidade poderá contar no futuro é que apenas cerca de um terço deles conta com estatísticas ou estimativas sobre a quantidade já extraída e em uso. De todos eles, apenas cinco foram quantificados de forma segura.

Os telefones celulares e os computadores podem usar até 40 elementos químicos, em quantidades que vão de miligramas a gramas. Não é à toa que virou um chavão afirmar que cada celular, além da mais moderna tecnologia, tem também metade da Tabela Periódica em seu interior.

"Nós usamos muito material em estruturas altamente complexas. Nós estamos tornando difícil para a reciclagem lidar com eles," diz Graedel, que recomenda o redesenho de produtos e equipamentos como uma opção imediata para lidar com o desafio. Um desafio para os cientistas e para os engenheiros de materiais, segundo ele.

Metal mais raro

O relatório identificou o índio como um exemplo onde a demanda deverá crescer fortemente, com as 1.200 toneladas consumidas em 2010 devendo aumentar para 2.600 em 2020.

Usado na fabricação de LEDs e eletrodos transparentes para as telas planas e monitores e TVs, menos de 1% do índio hoje utilizado é reciclado.

Fonte: Inovação Tecnológica

Mineradora Glencore compra rede de postos de combustíveis Ale por R$ 1,7 bi

Mineradora Glencore compra rede de postos de combustíveis Ale por R$ 1,7 bi

A Alesat Distribuidora de Combustíveis, dona dos postos Ale, foi vendida para a gigante de mineração suíça Glencore, informaram as duas empresas em comunicado nesta sexta-feira. Segundo fontes, o negócio foi fechado por R$ 1,7 bilhão. O valor é menor do que os R$ 2,17 bilhões oferecidos pelo grupo Ultra, dono da Ipiranga, pela rede concorrente. Anunciado em junho de 2016, o negócio foi barrado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em agosto de 2017, que alegou excessiva concentração no setor de combustíveis. A Ipiranga é a segunda maior empresa do setor, com 14,6% do mercado.
O negócio com a Glencore, de acordo com fontes próximas à negociação, também inclui uma redução no número de postos da rede Ale. Hoje, a empresa tem 1.500 postos de combustíveis distribuídos em 22 estados do Brasil, além de 260 lojas de conveniência. A conclusão da operação estará sujeita à aprovação do CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
Leia mais: https://oglobo.globo.com/economia/negocios/mineradora-glencore-compra-rede-de-postos-de-combustiveis-ale-por-17-bi-22837497#ixzz5KD01fV9j