quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Níquel vira bônus para mineradoras que miram riqueza do cobalto


Níquel vira bônus para mineradoras que miram riqueza do cobalto

As mineradoras capazes de oferecer um acordo de abastecimento estilo dois por um às fabricantes de baterias — cobalto mais níquel — pretendem conquistar uma fatia maior do boom global dos veículos elétricos. Os dois metais muitas vezes são encontrados nos mesmos depósitos, o que cria uma oportunidade para as mineradoras e uma série de projetos antes ignorados, agora que o níquel, a exemplo do cobalto, ganha cada vez mais importância como material para baterias. Mas a ideia tem seus riscos porque o processamento pode ser mais caro e complexo.
O níquel está preparado para um rápido aumento da demanda em um momento em que a busca pela melhora do desempenho dos veículos elétricos estimula uma mudança para uma composição química das baterias que demandará uma quantidade maior do metal. Os veículos atualmente respondem por apenas 2 por cento da demanda por níquel de alta pureza, mas em 2030 precisarão de uma quantidade superior a toda a produção do ano passado, informou a Bloomberg New Energy Finance em relatório de maio.
Além disso, não há muitas minas novas entrando em produção que possam fornecer o tipo de níquel necessário para os veículos da próxima geração, segundo a Ardea Resources, que está desenvolvendo um projeto perto de Kalgoorlie, na Austrália Ocidental, que também produzirá cobalto.
“O níquel é muito atraente”, disse Katina Law, presidente-executiva da empresa com sede em Perth. “Trata-se de uma área em que provavelmente haverá escassez no futuro — há um déficit de oferta que podemos resolver.”
Outras produtoras além da Ardea são a Australian Mines e a Clean TeQ Holdings, na Austrália, e a canadense Royal Nickel. A BHP Billiton, a maior mineradora do mundo, também realiza trabalhos de teste para a produção de sulfatos de níquel e de cobalto, materiais usados em baterias recarregáveis.
Até 2030 a demanda por baterias para veículos elétricos de passageiros e ônibus se multiplicará por 25, o que promete um grande impulso para o cobalto, o níquel e uma série de outros metais, estima a Bloomberg NEF. Ao mesmo tempo, existe o risco de que os planos da indústria automotiva sejam afetados pela falta de materiais, segundo a consultoria Wood Mackenzie.
As produtoras de baterias buscam fechar acordos de fornecimento de longo prazo por níquel e as operações capazes de fornecer diversas matérias-primas para baterias terão demanda, disse Benjamin Bell, diretor-gerente da Australian Mines, que em março fechou acordo com a SK Innovation para a produção de sulfatos de cobalto e de níquel em sua mina planejada para Queensland, na Austrália.
“Isso facilita, porque desta forma elas dependem de menos peças móveis na cadeia de abastecimento”, disse por telefone.
A Australian Mines, que espera ganhar uma fatia igual de receitas com níquel e cobalto a longo prazo, está discutindo acordos de fornecimento para seus outros projetos planejados em parceria com produtoras de baterias japonesas e sul-coreanas, entre outras, disse Bell.
–Com a colaboração de Haidi Lun e Rishaad Salamat.
Fonte: Bloomerg

terça-feira, 7 de agosto de 2018

Futuros do minério de ferro na China sobem com fortes margens na produção do aço


Futuros do minério de ferro na China sobem com fortes margens na produção do aço

Os contratos futuros de minério de ferro na China subiram quase 7 por cento ao nível mais alto desde março, sustentados por fortes margens dos produtores de aço da China, enquanto a luta antipoluição de Pequim reduz a oferta do maior produtor mundial. Os preços do vergalhão de aço subiram mais de 1 por cento, para uma alta de quase cinco anos e meio, enquanto o coque subiu quase 5 por cento, para o mais alto nível em quase um ano.
Os ganhos de preço também vieram depois que a China propôs tarifas de retaliação de 60 bilhões de dólares em mercadorias norte-americanas na sexta-feira, enquanto um alto diplomata chinês duvidava das perspectivas de negociações com Washington para resolver seu conflito comercial. O contrato de minério de ferro mais negociado em setembro na Bolsa de Mercadorias de Dalian subiu até 6,5 por cento, para 512,50 iuanes (75 dólares) a tonelada, o mais alto nível desde 9 de março. O contrato fechou com alta de 4,5 por cento, a 502,50 iuanes.
“Os preços do minério de ferro são impulsionados pelas fortes margens do aço, e há mais por vir”, disse um comerciante de minério de ferro de Cingapura. O vergalhão de outubro mais ativo da Bolsa de Futuros de Xangai encerrou com alta de 1,3 por cento, a 4.224 iuanes por tonelada, perto de um pico de cinco anos e meio de 4.243 iuanes por tonelada em 1º de agosto. O carvão metalúrgico subiu 3,2 por cento, para fechar em 1.231 iuanes por tonelada, após ter atingido 1.241
iuanes, o maior nível desde 19 de junho.
Fonte: Reuters

Conselho da Petrobras aprova adesão à 3ª fase de programa de subvenção ao diesel

Conselho da Petrobras aprova adesão à 3ª fase de programa de subvenção ao diesel







A Petrobras (BOV:PETR4) informou nesta terça-feira (7), que seu conselho de administração aprovou a adesão à 3ª fase do Programa de subvenção econômica à comercialização de óleo diesel.
O decreto estabelece as diretrizes do Programa para o período compreendido entre 01 de agosto e 31 de dezembro de 2018 (3ª fase) e define seis períodos de apuração da subvenção, sendo o primeiro deles de 01 de agosto a 30 de agosto de 2018, restringindo a subvenção apenas para o óleo diesel especificamente de uso rodoviário.
A petroleira afirmou que para este primeiro período de apuração foram mantidas as mesmas condições de cálculo e de ressarcimento estabelecidas na 2ª fase do Programa, à exceção do preço de referência, que incorporou os resíduos referentes às diferenças positivas superiores a R$ 0,30/litro e ajustes de tributação de períodos anteriores.
Para os períodos subsequentes de apuração, o preço de referência será fixado pela Agência Nacional do Petróleo, pelos critérios estabelecidos nas legislações acima mencionadas.
A companhia continuará a análise econômica do programa de subvenção para os períodos subsequentes.
“Quanto ao processo de pagamento da subvenção, o decreto prevê a possibilidade da ANP realizar procedimento simplificado de verificação da documentação por amostragem, reduzindo a complexidade na comprovação em relação às fases anteriores”, afirmou a Petrobras.
Fonte: ADVFN

Com balanço melhor do que o esperado, Magazine Luiza lidera ganhos do Ibovespa

Com balanço melhor do que o esperado, Magazine Luiza lidera ganhos do Ibovespa







Investing.com – Na abertura dos negócios desta terça-feira na bolsa paulista, as ações do Magazine Luiza (BOV:MGLU3) operam com forte valorização de 6,01% a R$ 146,29, liderando os ganhos do Ibovespa e atingindo também o maior patamar histórico para os ativos. O mercado reage com otimismo ao resultado trimestral divulgado, que veio acima do esperado.
A varejista quase dobrou o lucro líquido do segundo trimestre para R$ 140,7 milhões, registrando no período a maior expansão trimestral de vendas em cinco anos, embora tenha alertado que o segundo semestre demanda mais cautela quanto a perspectivas de curto prazo.
“O Magazine Luiza divulgou resultados surpreendentemente fortes para o segundo trimestre”, afirmou o Morgan Stanley em nota a clientes, destacando o crescimento do faturamento e menor pressão nas margens do que se esperava. Também destacou o resultado do comércio eletrônico e a alta de 27 por cento nas vendas pelo conceito mesmas lojas físicas, além de outras iniciativas.
A Mirae Asset destaca que o resultado forte superou as expectativas, o que deve levar a uma revisão de números por parte de analistas e investidores. A corretora acredita que as ações reajam positivamente aos números divulgados hoje. No ano, a MGLU3, acumula uma alta de 72%. A ação negocia a um múltiplo EV/Ebitda 2018 de 21,0x e de 17,9x para 2019.
A XP Investimentos destaca que os números ficaram 10% acima das estimativas e 12% acima do consenso, +94,5% A/A. A receita líquida ficou 15% acima do esperado pela corretora e 9% acima do consenso, +37,5% A/A.
Os analistas justificam o desempenho por: (1) venda mesmas lojas de 27%, contra consenso em 11% e (2) crescimento do e-commerce em 66% A/A, aposta de 40%. O resultado foi positivamente impactado pelas vendas na Copa do Mundo, apesar dos impactos negativos da greve dos caminhoneiros.
A XP mantém a recomendação neutra para o papel, com preço-alvo de R$130/ação.

Fonte: ADVFN



segunda-feira, 6 de agosto de 2018

China ocupa vácuo deixado pelos EUA na América Latina


China ocupa vácuo deixado pelos EUA na América Latina

Embora a expansão da presença chinesa já viesse ocorrendo antes mesmo de Trump chegar à Casa Branca, ela ganhou maior impulso com a gestão mais hostil de Washington. Agressividade, diga-se, que pode ser medida pela guerra comercial declarada mediante taxações unilaterais contra importantes parceiros, sobretudo a China.
Um exemplo emblemático foi o acordo com a Argentina para montar uma base de rastreamento espacial na Patagônia. A estação, segundo o jornal “Clarín”, foi construída pelo Exército chinês ao custo de US$ 50 milhões.
A influência econômica dos EUA na América Latina continua substancial, mas na última década as vendas da região para a China cresceram bastante, chegando a US$ 103 bilhões anuais, em 2016 (dados mais recentes do Atlantic Council). No caso brasileiro, as exportações para a China superaram as vendas para os americanos, respectivamente US$ 35,9 bilhões ante US$ 30,5 bilhões anuais.
A diversificação de produtos, porém, ainda é maior nas trocas com os EUA. Enquanto o Brasil (o mesmo vale para o resto da América Latina) vende matérias-primas para os chineses, ficando refém das oscilações dos preços das commodities, para os EUA as exportações incluem produtos manufaturados, beneficiando a cadeia industrial.
Esse quadro revela o acerto dos chineses ao valorizar a integração global e tirar proveito de instâncias multilaterais e blocos comerciais. Presos na visão populista e xenófoba de Trump, os EUA se isolam, abrindo espaço para novos atores econômicos. Trata-se de um grave erro, sobretudo diante de um déficit fiscal projetado para ultrapassar US$ 1 trilhão até 2020, pondo em risco a economia mundial.
Fonte: O Globo