quinta-feira, 23 de agosto de 2018
quarta-feira, 22 de agosto de 2018
Dados econômicos têm de piorar para nota do Brasil ser reduzida, diz S&P
Dados econômicos têm de piorar para nota do Brasil ser reduzida, diz S&P
A agência de classificação de risco Standard & Poor’s somente reduziria a nota do Brasil se houver uma queda drástica nos dados econômicos do país e vê com normalidade a atual volatilidade dos mercados financeiros diante do quadro eleitoral.
A avaliação foi feita nesta quarta-feira a jornalistas pelo gestor analítico de Ratings Soberanos e de Finanças Públicas Internacionais para América Latina da S&P, Sebastian Briozzo, acrescentando que o Brasil está sendo atingido por problemas fiscais domésticos. “Para nós, e para qualquer país do mundo, é muito importante quando tem processo eleitoral ver quais são os planos do novo governo e quais são as condições que o novo governo pode construir”, afirmou.
Neste mês, a agência reafirmou em “BB-” a nota de crédito do Brasil, com perspectiva estável.
As eleições presidenciais de outubro estão marcadas por dúvidas, já que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece na preferência do eleitorado nas pesquisas, mas ele está preso desde abril por crime de corrupção e lavagem de dinheiro, o que deve impedí-lo de participar do pleito. Para a S&P, as fraquezas do Brasil estão focadas no quadro fiscal e, por isso, “uma solução de médio a longo prazo na parte fiscal continua sendo o fator mais importante para o nosso rating”.
“A gente espera que o novo governo continue fazendo modificações conjunturais na estrutura das despesas, isso seria o suficiente para manter o rating onde ele está agora, mas no médio e longo prazos precisamos ver modificações mais intensas”, acrescentou Briozzo. Para ele, o tema da Previdência continua como fundamental para melhorar a condição econômica do Brasil, que vem mostrando sucessivos déficits fiscais e elevado endividamento.
“Se a gente não tiver um governo que gere expectativas de que essas mudanças possam acontecer em médio e longo prazo, vai ser muito difícil ao longo do tempo o Brasil continuar mantendo o rating que tem hoje”, afirmou.
*Reuters/ADVFN
TAC entre Samarco, acionistas e autoridades é homologado
TAC entre Samarco, acionistas e autoridades é homologado
A Vale informa que, no dia 8 de agosto, foi homologado pelo juízo da 12ª Vara Federal Cível/Agrária de Minas Gerais o Termo de Ajustamento de Conduta entre Samarco, suas acionistas, Vale e BHP Billiton Brasil, e as seguintes instituições: Ministério Público (Federal e dos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo), Defensorias Públicas, bem como Advocacias Públicas (da União e dos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo). O acordo representa um importante avanço, porque prevê maior participação das pessoas atingidas nas decisões da Fundação Renova quanto aos programas de reparação.
Este acordo é resultado de um esforço conjunto das empresas e instituições envolvidas no processo de reparacão. A Vale segue comprometida em apoiar a Samarco e a Fundação Renova na execução das ações.
Fonte: Vale
Nexa confirma implantação de Aripuanã
Nexa confirma implantação de Aripuanã
A Nexa Resources espera ter concluído, até este mês, o estudo de viabilidade (FEL3), do Projeto Aripuanã para submetê-lo à aprovação do Board ainda neste segundo semestre, podendo iniciar a implantação até o final do ano ou começo de 2019. Foi o que declarou o CEO da empresa, Tito Martins, em webconferência realizada com analistas sobre os resultados da Nexa no segundo trimestre de 2018. Segundo ele, a estimativa atual é que Aripuanã demande, para a Nexa, investimentos da ordem de US$ 260 milhões e a implantação deve levar dois anos, o que significa que o empreendimento poderia iniciar operação até 2020.
O projeto Aripuanã, localizado na cidade de mesmo nome, no estado de Mato Grosso, envolve a instalação de uma mina subterrânea e plantas para produção de 51 mil toneladas de zinco em concentrado, 20 mil toneladas de chumbo, 4 mil toneladas de cobre, 1 milhão de onças de prata e 25 mil onças de ouro.
Resultados
No segundo trimestre de 2018 a Nexa Resources obteve uma receita de US$ 637 milhões, com um aumento de 11% sobre igual período do ano passado. Já o Ebitda ajustado alcançou US$ 163 milhões, contra US$ 140 milhões no segundo trimestre de 2017, o que significa um aumento de 17%. A empresa também teve um aumento de 4,4% no volume de vendas de metal, com os seus smelters operando a plena capacidade. A produção de zinco se manteve em linha com o mesmo período do ano passado, principalmente devido à melhor performance nos sites de El Porvenir (no Peru) e Vazante (Brasil). No período a empresa produziu 92,3 mil toneladas de zinco, 9 mil toneladas de cobre, 12,7 mil toneladas de chumbo, 1,8 milhão de onças de prata e 7,1 mil onças de ouro.
A Nexa também anunciou que vai solicitar aos acionistas autorização para um programa de recompra de ações a ser executado num período de 3 anos. A ideia é recomprar 6,5 milhões de ações, equivalentes a 4,875% do volume atual.
Fonte: Brasil Mineral
Os desafios da indústria mineral
Os desafios da indústria mineral
Comunicar-se com a sociedade, ser ambientalmente sustentável e atender às expectativas das comunidades onde atua. Estes foram os temas de destaque no evento “Desafios da Industria Mineral Brasileira”, realizado pelo Ibram em parceria com a Fundação FHC, em São Paulo, no dia 15 de agosto e que reuniu dirigentes de empresas mineradoras, do governo e de entidades do setor.
Na sessão de abertura, Walter Alvarenga, presidente do Ibram, disse que a indústria mineral no Brasil hoje enfrenta como principais problemas a elevada carga tributária, a lentidão no licenciamento ambiental, a deficiência da infraestrutura e a insegurança jurídica. E que para o setor evoluir, no País, esses problemas precisam ser resolvidos.
O primeiro painel, com o tema “Desenvolvimento Econômico Territorial”, teve a participação de Tito Martins (diretor-presidente da Nexa Resources), Roberto Castello Branco (diretor do Centro de Estudos em Crescimento e Desenvolvimento Econômico da FGV), Jakeline Pereira (pesquisadora do Imazon) e Vicente Lôbo (secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do MME). Para Martins, se as mineradoras não adotarem como padrão o compromisso social, ambiental e contribuírem para o desenvolvimento regional, ficarão inviáveis. Castello Branco, depois de apontar a baixa capacidade do Brasil de atrair investimentos em exploração mineral, perdendo para outros países da América Latina, criticou as recentes alterações na CFEM e propôs a adoção do modelo australiano ou canadense, de cobrar os royalties das mineradoras com base no lucro e não na receita bruta. Vicente Lôbo disse que as recentes mudanças na legislação mineral, principalmente a parte que prevê o fechamento de minas, contribui para maior compromisso ambiental da atividade. E lembrou que o Brasil ainda tem um grande potencial de desenvolvimento da mineração, já que apenas 0,48% da área do seu território está onerada por concessões de lavra. E Jakeline Pereira citou o programa Territórios Sustentáveis, conduzido pela Mineração Rio do Norte, como um modelo de cooperação entre a mineração e as comunidades.
No segundo painel, “Questões Socioambientais”, falaram Otávio Cavalheira (diretor-presidente da Alcoa World Alumina Brasil), Luiz Eduardo Osório (diretor-executivo de Sustentabilidade e Relações Institucionais da Vale e presidente do conselho do Ibram), Roberto Waack (diretor-presidente da Fundação Renova) e Isabella Teixeira (ex-ministra do Meio Ambiente e atualmente co-chair do International Resource Panel, da ONU). Otávio Cavalheira destacou o projeto de recuperação de áreas mineradas utilizando tecnologia de nucleação (o que acelera a recuperação) e o programa de relacionamento com a comunidade de Juruti, no Pará, onde a mineradora tem o seu principal projeto de produção de bauxita.
Roberto Waack falou sobre os programas de remediação que estão sendo implementados pela Fundação Renova nas áreas afetadas pelo acidente da barragem de Fundão, mencionando que já foram gastos, nesses programas, R$ 4 bilhões. Luiz Osório disse que não dá para falar de mineração sem considerar o legado deixado na região onde a atividade é exercida.
E informou que a Vale acabou de aprovar um plano para mitigar o problema da poluição atmosférica em Tubarão (ES), no qual deve investir mais de R$ 1 bilhão. Isabella Teixeira, por sua vez, lembrou os danos causados pela mineração ilegal, informando que há mais de 3 mil garimpos nessa condição no estado do Pará. E lembrou que há passivos deixados pela atividade de mineração para os quais o poder público deve atentar.
O último painel, coordenado por Ruben Fernandes (presidente da Anglo American Brasil), abordou o tema “Competitividade do Setor Mineral Brasileiro” e reuniu João Fernando Gomes de Oliveira (diretor-presidente da Embrapii), Juarez Saliba (diretor de Estratégia, Exploração, Novos Negócios e Tecnologia da Vale) e Júlio César Maciel Raimundo (superintendente da área de Indústria e Serviços do BNDES).
João Fernando disse que a demanda por bens minerais para atender à indústria automotiva, com o crescimento exponencial dos carros elétricos, será um desafio, já que alguns materiais estão se exaurindo na natureza. Juarez Saliba criticou, de forma contundente, a lei sobre cavidades, que em sua opinião “vai matar a mineração no Brasil”, se não for mudada, e informou que a Vale está trabalhando fortemente em inovação tecnológica, mencionando que até o final do ano a empresa deve ser bem sucedida no desenvolvimento de uma rota pioneira para produção de metálicos.
Disse, também, que a companhia vai ter o mínimo possível de geração de rejeitos para disposição em barragens, no futuro próximo. Já Júlio Raimundo afirmou que o Brasil precisa urgentemente mudar o percentual de recursos financeiros que é destinado a investimentos em exploração mineral.
Fonte: Brasil Mineral
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