sexta-feira, 8 de março de 2019

Mineração & Brasil: o país do futuro?

Mineração & Brasil: o país do futuro?










Depois de ter os cofres públicos quase que totalmente zerados por um governo corrupto até o osso, o Brasil ressurge como uma grande promessa.
Não sou só eu que afirma: é o que a maioria dos analistas acredita.
A BMI Research, uma empresa do Grupo Fitch, na sua análise macroeconômica, diz de forma objetiva, que o Brasil será a grande aposta no futuro próximo.
Trata-se de uma previsão de peso que, caso se confirme, teremos uma revolução na mineração brasileira como um todo. Afinal, estamos claudicando há vários anos, atingidos pelo profundo descaso que o Governo Dilma demonstrou com o setor.
O país aguardou, paralisado, uma aprovação de um Código Mineral capenga, por vários anos, enquanto os municípios brasileiros perdiam bilhões em arrecadações que nunca vieram.
A xenofobia e a incompetência que imperou neste último governo afugentou o capital.
Os investimentos em pesquisa mineral cessaram e as descobertas de novas minas, riquezas fundamentais necessárias à uma economia saudável, deixaram de existir.
Mas, apesar do roubo, da má gestão e dos sucessivos rebaixamentos ainda somos atrativos.
O Brasil é a segunda maior economia do hemisfério e a maior da América Latina.
Um país onde a recessão econômica já tem data para acabar. Segundo as últimas previsões do Banco Central o país terá uma inflação de 4,4% em 2017 e um crescimento do PIB entre 1,3 a 2%. Uma verdadeira reviravolta em uma das maiores economias do mundo.
Fenômenos deste tipo vêm, sempre, acompanhados de forte crescimento em vários setores.
Neste cenário a mineração será transformada, em 2017, em uma imensa janela de oportunidades.
Com menor ingerência governamental, novos investimentos em infraestrutura e logística passaremos a ser, mais uma vez, viáveis. É fácil perceber que o Brasil será o polo de atração que era em 2012.
Neste ano mais de 50 junior canadenses investiam no Brasil, em 154 projetos minerais diferentes. Era a época que o direito de prioridade, uma das bases fundamentais da pesquisa mineral, ainda não estava ameaçado pelo novo Código da Mineração. Nesta época o nosso país recebia, só das junior canadenses, mais de US$410 milhões em investimentos na pesquisa mineral.
O emprego era farto e as descobertas minerais se avolumavam. O Brasil crescia e suas riquezas também.

Foi quando tudo terminou!
Agora, finalmente, a época dos grandes investimentos pode retornar, se o novo Governo conseguir acabar com a recessão e tornar o Brasil, mais uma vez, atrativo.
É o que o mundo começa a acreditar. E quando todos acreditam a revolução passa a ser uma realidade.
Portanto, prepare-se!
Novos investimentos irrigarão a pesquisa mineral em 2017 e alavancarão as empresas de sondagem, laboratórios e prestação de serviços. Veremos a volta dos empregos e das oportunidades.
Acredite! 





Fonte: Geologo.com

NO CARIRI: São José da Batalha é o berço da turmalina azul

NO CARIRI: São José da Batalha é o berço da turmalina azul










Localizado no Cariri paraibano, o Distrito de São José da Batalha é o berço da uma das pedras mais belas e cobiçadas do mundo – a Turmalina Paraíba. De um azul intenso, a pedra registra cotação superior a dos diamantes por sua raridade, chegando a custar US$ 50 mil por grama.
Grifes como Dior, Tiffany e H.Stern chegaram a vender jóias de até R$ 3,07 milhões com apenas uma turmalina. Embora a pedra seja tida como escassa em São José da Batalha, a possibilidade de encontrar novas jazidas alimenta o sonho de muitos garimpeiros na região e é confirmada pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).
A Turmalina Paraíba, também chamada de turmalina azul, foi encontrada pela primeira vez há cerca de 25 anos. Seu descobridor, o mineiro Heitor Barbosa, é um dos detentores da lavra de São José da Batalha, juntamente com familiares do deputado João Henrique. Após a descoberta, a intensidade do azul apresentado pelas Turmalina Paraíba conquistou o mercado internacional, virando modismo principalmente na Europa. A raridade, cor e brilho da pedra são os principais responsáveis por sua alta cotação, de acordo com a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Minerais da Paraíba (CRDM).

“A coloração incandescente e única deve-se a uma combinação de traços de cobre e manganês na estrutura cristalina deste mineral, tornando-se de um tipo de azul único encontrado por aqui”, afirma o diretor-presidente da CDRM, Geraldo Nobre. Hoje, no entanto, a mina de São José da Batalha está em fase de exaustão e a exploração está praticamente paralisada, conforme CRDM. Mas para o superintendente substituto do DNPM, José Toledo, há chances de haver jazidas inexploradas por conta da existência irregular de pegmatitos – rocha que é fonte da turmalina –, na região.
“A ocorrência de gemas preciosas em rochas pegmatíticas é errática e teoricamente não há como afirmar em ‘reservas esgotadas’. Se os pegmatitos existem, e ocupam uma grande região entre a Paraíba e o Rio Grande do Norte, existe sempre a possibilidade de se encontrar gemas preciosas. Esta é a eterna esperança que move o garimpeiro”, afirma José Toledo.

Enquanto as novas jazidas não são descobertas, os mineradores buscam alternativas na Paraíba. Segundo a CDRM, a exploração dos pegmatitos da meso região do Seridó paraibano, está voltada atualmente para a extração de quartzo, feldspato e mica (minérios industriais). “A extração de metais e de gemas (principalmente nióbio, tântalo, estanho, águas marinhas e turmalinas), fica como uma atividade secundária”, explica o diretor-presidente da Companhia.
Outras gemas preciosas, incluindo variedades de turmalinas são também encontradas na Paraíba como água marinha, ametista e quartzo róseo.
Temos a maior produção de rutilo e ilmenita no Brasil
Das dunas de Mataraca, no litoral paraibano, sai a maior produção de rutilo e ilmenita – minerais aplicados na fabricação de tintas – do país. A multinacional Millennium Mineração Ltda é responsável pela extração do minério do grupo Cristal Global no Brasil. A mina, cuja produção de ilmenita foi iniciada em 1983, é explorada sem causar danos à natureza, segundo o diretor de operações da CRDM, José João Correia de Oliveira.

“Antes da descoberta desta mina, o Brasil importava este produto da Austrália. Agora, a multinacional manda estes minérios para a Bahia onde é processado junto às fábricas de tinta, abastecendo o mercado brasileiro”, informou o diretor de operações. Oliveira destaca ainda a produção de cimento paraibana, que é uma das maiores do Nordeste e está concentrada em João Pessoa, Bayeux e Caaporã. “Também produzimos a bentonita, que é utilizada na perfuração de poços de Petróleo, tendo a Petrobras como principal compradora”, destaca.
O diretor lembra que a existência de ouro em Princesa Isabel, onde uma tonelada e meia foi medida há 30 anos, ainda desperta interesses fora da Paraíba. “Este ouro era superficial, os garimpeiros foram tirando e chegaram a uma profundidade tal, que agora só é possível explorar através de sondagens. E existem várias empresas interessadas na área, uma delas é da Bahia”, revelou.

Outra grande variedade de minérios é destacada pelo superintendente substituto do DNPM, José Toledo. “A Paraíba produz argilas para a indústria cerâmica, bem como vermiculita e rochas ornamentais exóticas de grande aceitação no mercado. Além disso, pesquisas de minério de ferro vem sendo realizadas em diversos municípios paraibanos. Nos últimos cinco anos, com o aumento desta commodity no mercado internacional, o numero de áreas requeridas vem aumentado significativamente”, afirmou.
Diante de tantas potencialidades, Toledo lamenta a insuficiência de estudos que poderiam contribuir com o desenvolvimento do setor. “A economia mineral da Paraíba carece de maiores estudos para que possa apresentar dados atualizados, e acabar com a clandestinidade, bem como com as lavras ilegais o que somente beneficia os grandes consumidores, prejudicando o trabalhador”, afirma.
Cariri Ligado


Fonte: DNPM

Rondônia detém quase a metade da cassiterita do Brasil

Rondônia detém quase a metade da cassiterita do Brasil





Estimativa é que Rondônia ultrapasse o Amazonas na produção do minério. Região Amazônica abriga maior parte das reservas de estanho contido

Foto: Divulgação/Governo de Rondônia

MANAUS – O crescimento da produção de cassiterita em Rondônia tem se destacado. Ele e o vizinho Amazonas responderam por 47% e 50% da produção nacional do minério, respectivamente. Neste mesmo ano, o Estado produziu 13.667 toneladas, o que representa um crescimento de 27% em relação a 2014. Estima-se que nos próximos anos Rondônia deve ultrapassar o Amazonas como maior produtor nacional.
Aproximadamente 7,5% das reservas mundiais de estanho contido estão no Brasil. E estas reservas estão localizadas, em sua maior parte, na Região Amazônica. As províncias minerais do Mapuera, no Amazonas (mina do Pitinga) e Estanífera de Rondônia (Bom Futuro, Santa Bárbara, Massangana e Cachoeirinha) são as que mais se destacam. As informações são do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).
O Polo Industrial de Manaus (PIM) consome 10% da produção de cassiterita estanho beneficiado pela maior empresa em atividade no Amazonas, a Mineração Taboca. Entretanto, no estado o beneficiamento de cassiterita só alcança 50% do processo produtivo. O restante é processado no em São Paulo, onde se produz a liga de estanho.
O Brasil importou 77% menos estanho, no montante de US$ 20,1 milhões. Os principais produtos importados foram os manufaturados (pós, escamas, barras e fios de estanho), seguidos dos semimanufaturados (estanho não ligado). Estados Unidos da América foi o país que mais exportou para o Brasil no período, com 27% do total, e a Bolívia, com 19%.



Fonte: CPRM

Garimpeiros arriscam a vida em busca do “ouro verde”

Garimpeiros arriscam a vida em busca do “ouro verde”

Garimpeiros arriscam a vida em busca do “ouro verde”
BAHIA
No mês em que o mundo parou para ver o resgate de 33 mineiros em Copiapó, no deserto do Atacama, no Chile, a reportagem de Com Ciência Ambiental esteve visitando a Serra da Carnaíba, conhecida também como a “Terra das Esmeraldas”, localizada no distrito que leva o mesmo nome, no município de Pindobaçú, no norte da Bahia. Descoberto no final de 1963, o garimpo da Serra da Carnaíba continua sendo um lugar de cobiça e aventura, e o sonho de ficar milionário da noite para o dia continua vivo. Em cada “corte”, local onde se realiza o garimpo, a esperança de encontrar o veio das esmeraldas mantém homens e mulheres trabalhando 24 horas, alheios aos iminentes riscos de acidentes.
Para chegar até o local de trabalho dos garimpeiros, é utilizado um carretel, guincho usado para alçar e descer pessoas e materiais até o fundo das minas. Preso a um “cavalo”, espécie de cinta confeccionada com pedaço de pneu, os mineradores, chamados de garimpeiros, descem até o fundo das grunas (galerias onde se realiza o trabalho de extração de minérios), que podem chegar a mais de 300 metros de profundidade.
De baixo do chão, onde a temperatura é escaldante, beirando os 40 graus, os trabalhadores manipulam dinamite, respiram fuligem e estão sujeitos a desabamentos o tempo todo. Os garimpeiros reconhecem que o risco de morrer é real, mas segundo eles, pode compensar, uma vez que dois gramas de esmeralda de boa qualidade podem ser vendidos por até 5 mil dólares.
Na maioria dos “cortes” ou “serviços”, a exploração da esmeralda, conhecida também como “ouro verde”, é feita de forma rústica. Por exemplo, o ascensorista é quem controla o que sobe e desce – de pedras a pessoas. A máquina, movida a diesel, tem dois comandos: acelerador e freio. Geralmente a comunicação com o interior da mina é feita por meio de um tubo de PVC, usado como comunicador. 
Para se chegar a um veio de esmeraldas, é preciso cavar buracos verticais com até 300 metros de profundidade no solo rochoso. As minas são cavadas dentro de barracões cobertos, sendo invisíveis para quem anda nas ruas do garimpo. Para iniciar a perfuração de uma mina, é preciso instalar bananas de dinamite em fendas feitas com uma britadeira. À medida que se encontram veios de pedra preciosa e a rocha fica mais solta, os garimpeiros se valem de ferramentas mais "delicadas", como marretas e picaretas.
O trabalho de garimpo é pesado, dificultoso, muito perigoso e, o pior, nem sempre dele se obtém lucros. Milhares de pessoas trabalham no garimpo por necessidade e por não ter outro meio de vida.
Segundo informações da CCGA (Cooperativa Comunitária dos Garimpeiros Autônomos da Bahia), com sede em Pindobaçú, mais de 30 mil famílias têm o garimpo como sendo o único meio de subsistência.
Por meio da Portaria 119 de 19/01/1978 do Ministério de Minas e Energia, os garimpeiros têm autorização para trabalhar e sobreviver das esmeraldas de Carnaíba. Eles esperam do governo federal o reconhecimento da profissão. Por ser uma atividade com renda intermitente (possui intervalos), não há estabilidade, ou seja, não é gerado um fluxo contínuo e permanente de renda. Um dos principais objetivos da classe é lutar para a aprovação do projeto para transformar os garimpeiros em segurados especiais, com direitos previdenciários como aposentadoria.
Conforme dados da CBPM (Companhia Baiana de Pesquisa Mineral), as zonas mineralizadas em esmeralda ocorrem em três áreas, totalizando 1.512,49 hectares, situadas no Distrito de Esmeralda de Carnaíba, em Pindobaçu. A zona mineralizada mais importante, e já investigada com sondagem, situa-se na parte da reserva garimpeira, em uma área com 41,54 hectares. O órgão presume que exista nas reservas de 7 mil a 13,4 mil toneladas de esmeraldas gemológicas e não gemológicas.
A CBPM não só realiza trabalhos de pesquisa em suas áreas, principalmente por meio de sondagem, como também dá apoio técnico aos garimpeiros e micro-empresários da região.
Impactos ambientais 
Os impactos mais comuns são resultados de garimpos de esmeralda sem nenhuma proteção, além do rejeito que é jogado sem tratamento a céu aberto. Ocorre também contaminação dos rios e aquíferos subterrâneos por causa da implantação de fossas em um grande número de casas. Outro fator de contaminação é o lixo jogado na rua e a não existência de esgotamento sanitário, sendo os esgotos domésticos lançados diretamente no rio sem tratamento. Outro grande impacto negativo é o desmatamento em áreas sujeitas à erosão forte provocada pela alta declividade e a composição areno-argilosa dos solos. A partir de estudo realizado, a área foi caracterizada como de risco ambiental para população.
Já a Cooperativa Comunitária dos Garimpeiros descarta a possibilidade de haver riscos ao meio ambiente, alegando que “a reserva garimpeira de Carnaíba fica situada no semiárido baiano, em meio à Caatinga e a lugares formados por muitas rochas”, o que atenua os prejuízos ambientais. 
A entidade que representa os garimpeiros garante que o trabalho de garimpagem causa pouquíssimo impacto ambiental, pois as minas são subterrâneas e não a céu aberto e também pelo fato de os explosivos usados não causarem efeitos fisiológicos, porque são ecológicos. “Sou ecologista e respeito a natureza. Se devemos ter consideração e cuidados com aves e animais silvestres, muito mais consideração e respeito devemos ter pelo ser humano”, garante Antonio Caldas, presidente da Cooperativa Comunitária de Garimpeiros.
Indianos 
Os indianos são os principais compradores do que é extraído em Carnaíba. Os ‘bagulhos’, pedras de pequeno valor, são denominadas também de “pedras indianadas”, por conta do interesse dos inidianos por esse tipo de material. “As esmeraldas de Carnaíba, em sua maioria, são escórias denominadas de lixo, ou pedras indianadas, cujo mercado brasileiro rejeita para compra. Somente quem se interessa pelas esmeraldas bagulho são os indianos. Eles vêm trazendo o dinheiro da Índia para Carnaíba, o que gera renda e meio de sustentação a mais de 30 mil famílias garimpeiras”, disse Antonio Caldas, rebatendo em seguida a alegação de que o comércio das pedras não gera tributos. “Com aquilo que no Brasil é considerado lixo, geramos tributos fiscais, renda e impostos para os cofres públicos do Estado da Bahia e do nosso país”.
Prostituição 
A presença de vários garimpeiros solteiros ou daqueles que deixam as suas esposas na sede do município, ou em outras cidades, tem atraído prostitutas para os pequenos bordéis existentes na localidade. Segundo Caldas, os problemas do Garimpo da Carnaíba são comuns aos que acontecem na maioria das áreas de exploração mineral. “Claro que é inevitável haver promiscuidade no garimpo. Isso acontece atualmente em qualquer lugar, e em qualquer cidade, povoado e bairros nobres de qualquer capital no mundo. No Garimpo da Carnaíba e Serra da Carnaíba, existem várias igrejas evangélicas e a maioria dos donos de garimpo são evangélicos. Eu mesmo não bebo, não fumo, sou vegetariano e ecologista, além de ser temente ao Deus de Abrão, Isaque e Israel”, ressaltou.
Sobre a existência de trabalho infantil, apesar de a reportagem ter flagrado crianças trabalhando, Caldas garante que denúncia formalizada ocorreu apenas uma vez, ainda na década de 1970, “mas foi corrigido à época e nunca mais aconteceu”.
Histórias 
De sua descoberta até hoje, várias são as histórias que marcaram e ainda marcam a vida de diversos seres humanos que tiveram alguma ligação com o garimpo. São muitos casos de garimpeiros que, em um piscar de olhos, ficaram milionários. Também é comum encontrar muitos desses “milionários” que hoje vivem em dificuldade. “Tem muita gente aqui que ganhou fortuna, mas ficou pobre da noite para o dia. Não soube empregar bem o dinheiro, gastou com carros, viagens, farras e hoje vive trabalhando para outros garimpeiros”, relata o goiano Valter Oliveira, que há mais de vinte anos reside em Carnaíba. “Aqui teve um garimpeiro que ganhou tanto dinheiro que pegava um cordão de náilon e amarrava cédulas no fundo do carro e saía arrastando pelas ruas. Quando alguém perguntava: por que você está fazendo isso? Ele respondia: eu corri muito atrás delas (das cédulas), agora elas é que correm atrás de mim”, conta com humor o garimpeiro.
Alexandro Souza de Santana, 24 anos, é filho de dono de ‘serviço’ e, apesar de novo, comemora a aquisição do primeiro carro, da pequena fazenda e da casa própria. Na opinião de Santana, que tem apenas o ensino fundamental incompleto, o garimpo é o melhor lugar para quem não tem “estudo”. “Mesmo sendo perigoso, o garimpo permite às pessoas que não estudaram ganhar dinheiro. De vez em quando morre gente em acidente com boi”, conta Alexandro.
Reinilde Maria dos Santos, de 50 anos de idade, sustenta os cinco filhos com o dinheiro que ganha com a venda de alexandrita. Segunda ela, um quilo do refugo de pedras pode lhe valer até 600 reais.
Gildean Silva Ribeiro, subgerente da empresa de mineração Beira Rio, comemora a compra do seu Eco Sport e de sua fazenda, com algumas cabeças de gado. Ele diz que a pedra está difícil de ser encontrada, mas acredita que com paciência muita gente ainda vai mudar de vida. Já o proprietário da empresa onde Ribeiro trabalha orgulha-se de dizer que seus funcionários melhoraram suas condições financeiras. Quanto à questão de segurança, diz prezar pela saúde dos garimpeiros. “A segurança é um quesito essencial na nossa empresa. Não trabalhamos sem os equipamentos de proteção individual”, garante o empresário.
O garimpeiro Edemilson Nery de Oliveira, conhecido por Neguinho, de 35 anos, é responsável pelas montagens das gambiarras, instalações elétricas nas galerias. Natural de Jacobina, Bahia, trabalha há 12 anos na Serra da Carnaíba e diz não pensar em voltar para a terra natal. “O garimpo é minha vida”, declarou.
Imprensa nacional 
Tema de matéria publicada na edição de número 49 da extinta revista O Cruzeiro, em 7 de dezembro de 1968, o Garimpo da Carnaíba de Cima teve sua história abordada pela primeira vez por um meio de comunicação de circulação nacional. O texto evidenciava o início da garimpagem, ocorrido entre os anos de 1960 e 1963. Naquele momento a população passava por dificuldades financeiras por conta da falta do Ouricuri e Babaçú (espécies de cocos), produtos de onde se extraiam suas amêndoas para comercialização. Por esse motivo, a atividade de garimpagem de esmeraldas passou a ser o principal meio de trabalho, sobrevivência e única fonte de sustento das famílias.
Estrutura e funcionamento do garimpo*
Não existe discriminação étnica, de gênero ou de classe social no garimpo. Todos trabalham juntos. A extração mineral é a principal atividade econômica do município. Apesar disso, não há investimento, como se deveria, na extração desses minerais e na segurança de quem os procura. A extração mineral é peculiar aos garimpos e em galerias subterrâneas, normalmente sem uma análise prévia. No garimpo de Carnaíba, a técnica de mineração é feita ainda artesanalmente. A desorganização começa desde o local escolhido para instalar uma mina, pois o processo de escavação da galeria é na encosta, onde os garimpeiros montam o serviço de extração, até a sua estrutura interna e o seu modo de funcionamento. 
Nessas encostas, os garimpeiros constroem barracões cobertos e ao centro cavam um buraco vertical até encontrarem o veio de esmeraldas, sendo invisíveis para quem anda nas ruas do garimpo. O garimpeiro compra um corte, isto é, um lote, e contrata alguns trabalhadores para furar a mina. O poço cavado verticalmente é geralmente chamado de frincha. Para iniciar a perfuração de uma mina, precisa-se instalar bananas de dinamite em fendas feitas com uma britadeira. Os trabalhadores descem e sobem clipados em um cavalo. O pó do xisto se espalha no chão, na boca do serviço, e, ao misturar-se com a água que brota da rocha, deixa o piso liso, provocando acidentes. Garimpeiros já caíram de uma altura de aproximadamente 60 metros. 
O garimpeiros acompanham esse veio, formando uma gruna, que pode conter ou não as gemas. A estrutura das grunas também é um risco, pois na maioria das vezes os trabalhadores têm de andar quase que agachados, pelo fato de o teto ser baixo e em algumas partes ficar caindo pedras. Por isso, colocam esbirro em algumas grunas. 
Sob a terra do garimpo, esses serviços parecem um formigueiro. A estrutura interna de uma mina é composta por vários equipamentos fundamentais ao serviço. As minas funcionam 24 horas diárias. O número de guinchos depende do número de porões, para cada porão um guincho, no “Brasil” (parte externa) tem o primeiro, que é acompanhado de um compressor de ar para a britadeira realizar a perfuração das rochas, a ventoinha para retirar a fumaça das explosões, um padrão de luz para realizar a detonação e um cano de PVC que os garimpeiros utilizam para fazer a comunicação com o “Japão” (parte interna), onde o guincheiro dá uma assoprada no cano e no fundo da mina os trabalhadores respondem com outro assopro, realizando-se a comunicação. A maioria dessas escavações, ou cortes, acompanha o sentido do riacho que se despeja de uma altura de mais de dez metros da serra.
O garimpo está divido em dois trechos de exploração. Sendo trecho velho e trecho novo. Em parte do trecho velho, em 1969, houve um desabamento resultado da infiltração de água na encosta que provocou o deslizamento. Testemunhas contam que só ouviram o forte barulho e a grande nuvem de fumaça subir. Alguns corpos foram resgatados, mas até hoje não se sabe ao certo o número de pessoas que morreram. O acidente ainda é muito comentado entre os moradores locais. 
*Informações do blogueiro Monteiro, graduado em Geografia pela Faculdade de Formação de Professores de Petrolina, cuja monografia de conclusão de curso foi sobre o garimpo de esmeralda de Serra de Carnaíba.  http://carnaibadasesmeraldas.blogspot.com 
Glossário de alguns dos termos utilizados no garimpo de esmeralda
Arroio - entulho. Deriva da corruptela de roia, rolha. Rocha que impede o acesso ao veio do mineral procurado 
Bagulhos - esmeraldas brutas de baixo valor
Berilo - exemplar de esmeralda bruta com forma prismática bem definida
Bestunta - na bestunta: ao acaso, de forma aleatória
Biriba - esmeralda lapidada de baixo valor
Boi - grande bloco de rocha ou de mineral extraído do garimpo
Canga - exemplar de mineral para coleção. Corruptela de ganga
Carretel - guincho para alçar e descer pessoas e material da gruna
Cavalo - espécie de cinta confeccionada com borracha na qual o garimpeiro senta ou se engancha para descer ou ser alçado da gruna
Corte/Serviço - local onde se realiza o garimpo. Conjunto de grunas de onde se extraem esmeraldas e outros minerais. O mesmo que serviço
Desarroiador - garimpeiro encarregado de remover o arroio que bloqueia o acesso ao mineral buscado
Estanho - subproduto da extração de esmeraldas, cujo quilo é vendido em média por 25 reais; 
Gruna - galeria onde se realiza o trabalho de extração de minérios
Malado - quem ganhou muito dinheiro
Vazar - encontrar esmeraldas






Fonte: Portal do Geologo

10 Benefícios Incríveis Da Batata Para Saúde

Já percebeu como ninguém faz cara feia na hora de comer batata? Não é à toa que elas são um dos alimentos mais conhecidos e consumidos do mundo. Afinal, quem não gosta de batata frita? Purê? Batata recheada?
Mais do que isso, esse vegetal traz muitos benefícios ao coração, sistema nervoso, sistema digestivo, entres outros. Então, venha conferir mais motivos para adotar a batata na dieta, de forma saudável.
A) Principais valores nutricionais da batata
  • Minerais: as batatas são ricas em potássio e fornecem ao corpo água e íons. Também possuem cálcio, ferro e fósforo.
  • Vitaminas: as batatas também são uma boa fonte de vitamina C juntamente com as vitaminas A, B, P e K.
  • Amido: as batatas são consideradas um dos alimentos mais ricos em amido, com cerca de 20% desse carboidrato.
Apesar de ser considerada extremamente calórica pela maioria das pessoas, acabamos de ver que ela é rica em nutrientes essenciais a saúde e são indicadas para quem deseja perder peso.
B) Tipos mais comuns de batatas no Brasil
No mundo existem cerca de 5.000 tipos de batatas podendo variar nas cores, sabor, textura e preço. Os brasileiros já decidiram as preferidas, veja quais são:
Ágata: possui a casca amarela com poupa clarinha e é facilmente encontrada nos mercados e supermercados. Abrange cerca de 80% das vendas sendo ideal para o cozimento.
  • Asterix: possui a casca num tom de vermelho e é de origem holandesa. Muito usada em purês e fritura.
  • Baraka: possui uma aparência suja de terra e é ideal para fritar.
  • Batata doce: tem alto valor energético e pode ser branca ou arroxeada.
Já as congeladas, palha e chips são feitas a partir das batatas com texturas ásperas que contêm menos água e são ideais para fritura.


Confira abaixo os benefícios da batata para a saúde:


Diminui a pressão sanguínea

A significativa quantidade de fibra encontrada na batata combate o mau colesterol e ao mesmo tempo facilita a ação da insulina no corpo. Todos esses fatores diminuem a pressão exercida nas artérias e se torna mais eficaz quando consumimos a casca da batata.
Ainda, a presença do potássio, um mineral, funciona como um vasodilatador melhorando a passagem do sangue. Pesquisas mostram que a batata é rica em moléculas chamadas kukoamines, que diminuem a pressão sanguínea.

Melhora o funcionamento do cérebro

Já para o cérebro, as vitaminas contribuem para o bom funcionamento. A grande quantidade de vitamina B6 aumenta a produção de neurotransmissores, como a serotonina, dopamina e norepinefrina essenciais para manter o bom humor e afastar a depressão.
Também a glucose, um carboidrato, fornece mais energia o que deixa o cérebro mais ativo e com bons níveis de oxigênio.

Deixa a pele linda

Mais uma vez, as vitaminas C e B da batata se mostram bastante eficazes para o cuidado da saúde. Em especial a pele é uma grande beneficiada, já que a vitamina C famosa por ser um antioxidante natural, previne o envelhecimento precoce. Para as olheiras, rodelas de batatas podem ser usadas como calmante proporcionado um alívio aos olhos devido o amido.
Dica: Sabe aquela água do cozimento da batata, ela também pode ser usada no rosto para o secamento de espinhas e redução de manchas.

Diminui a inflamação

A presença da colina, vitamina do complexo B, diminui a inflamação juntamente com a vitamina C que retarda o desgaste dos tecidos. Até mesmo a água da batata pode ser eficaz contra a inflamação.

Facilitam a digestão

A batata é mundialmente conhecida por possuir um grande número de carboidratos e são justamente esses que facilitam a digestão. Ainda, as fibras auxiliam o corpo a se manter saciado por mais tempo e previnem doenças relacionadas ao intestino.

Previne contra doenças cardiovasculares

Previne o câncer

Por conter folato, uma dieta com a presença de batatas impede a formação de células cancerígenas. Além disso, possui flavonóides que protegem contra o câncer e, ainda, a vitamina C impede a ação dos radicais livres.

Fortalece os ossos

Para a boa saúde dos ossos é necessário uma combinação de minerais que os mantêm fortes. Na batata encontramos cálcio, magnésio, fósforo e ferro.

Reduz a vontade de comer

Por incrível que pareça, os carboidratos que a batata possui ajudam nesse processo, já que nosso corpo precisa de energia. As fibras dão uma sensação de saciedade ao corpo o que diminui a vontade de comer. A batata cozida possui 26 calorias, o que é relativamente pouco para quem está querendo emagrecer.

Diminui o açúcar no organismo

Como vimos, as fibras têm importantes funções no nosso corpo e nesse caso a batata torna a absorção do amido mais lento no organismo de forma mantém os níveis de açúcar normais. Porém, não é indicado para diabéticos já podem ter o efeito contrário.
Outros benefícios da batata:
  • Aumenta a imunidade
  • Alivia o reumatismo
  • Aumenta o desempenho atlético

Como escolher batatas no mercado?

Saber escolher batatas sadias e saborosas não é uma tarefa difícil, mas exige tempo e paciência do consumidor. Porém, todo esse processo vale a pena já que estará levando para casa algo de confiança e com durabilidade. Seguem-se abaixo algumas dicas:
  • Prefira escolher as batatas de uma a uma em vez de comprá-las pré- escolhidas em um pacotinho de 1 kg por exemplo.
  • Observe a cor: fuja daquelas que possuem manchas verdes, pois podem conter solanina que é tóxica, e provoca um sabor amargo podendo contaminar o organismo.
  • Fique de olho ao brilho da casca e evite as que estão com manchas escuras já que é um sinal de podridão. Aperte levemente cada uma para saber se estão firmes e boas para o consumo.
  • Na hora de decidir qual a batata ideal para cada prato analise a textura: batatas lisas e brilhantes são boas para o cozimento, batatas ásperas são indicadas para fritura.
  • Para maior duração evite comprar as sem cascas já que tem um risco maior de conter bactérias.
  • Fique atento: Não guarde batatas na geladeira, pois pode modificar o sabor. O indicado é conservá-las em um local escuro e ventilado.

Como consumir?

Prefira consumi-las com a própria casca já que essas possuem muitas vitaminas, para isso lave bem a batata. Caso queira cortar procure comer imediatamente. A melhor forma de preparar seria assada, já que mantêm todos os nutrientes.
Quem preferir comer cozida deve usar a água do cozimento para preparar o arroz ou outro alimento. Essa dica deve ser usada porque as propriedades da batata como as vitaminas, cálcio e potássio se perdem na fervura e ficam presentes na água.

Curiosidades sobre a batata

  • As batatas são nativas da América, mais precisamente Peru e Bolívia.
  • As batatas são da família das solanáceas, consideradas vegetais de raízes.
  • O vegetal é a parte da raiz conhecida como tubérculo, com a função de prover alimento a planta.
  • Há muito tempo, era considerada venenosa.
  • O nome batata é originada do espanhol “patata”.




Fonte: Dica Vida