sábado, 9 de março de 2019

Conheça os benefícios do consumo de legumes e verduras para a saúde

Conheça os benefícios do consumo de legumes e verduras para a saúde











Para ter uma saúde boa é fundamental ingerir no dia a dia tanto os legumes quanto as verduras que pertencem ao grupo das hortaliças com certa frequência. Legumes e verduras pertencem ao grupo das chamadas hortaliças, que são aqueles ricos em vitaminas, sais minerais e fibras. Estes, são nutrientes importantes para proteger o organismo contra várias doenças. Sem contar que as hortaliças são ricas em potássio, um mineral que ajuda no bom funcionamento do sistema nervoso e na produção de energia.
O recomendado por órgãos de saúde é consumir diariamente, pelo menos três porções de hortaliças (e frutas) na alimentação. Por sua vez, o Instituto Americano de Pesquisa de Câncer (AICR) afirma que uma dieta rica em hortaliças e frutas variadas, preferencialmente cruas, ajuda a reduzir de 60% a 70% o risco de desenvolver alguma forma de câncer.
A parte comestível das verduras são as folhas, hastes, flores ou botões. Já a dos legumes são os frutos, sementes e raízes. Esses alimentos não apenas fornecem uma cor em nossa refeição, como trazem nutrientes importantes. E, saiba, a cor da hortaliça determina seu benefício.
Por exemplo:
Hortaliças verdes (como brócolis, rúcula e espinafre): agem na renovação das células do sangue e fortalecem o sistema imunológico;
Hortaliças vermelhas (como pimentão, tomate e rabanete): ajudam a diminuir os riscos do câncer de próstata e são fontes de vitamina C;
Hortaliças laranjas (como cenoura e abóbora): são muito boas para a visão, beleza da pele e auxiliam na prevenção de diarreia e doenças como bronquite;
Além disso, a ervilha, o grão-de-bico e a “soja verde” também são ótimos alimentos, exemplos de hortaliças, que devemos consumir. Eles são ricos em proteínas, ou seja, nutrientes responsáveis pela construção e manutenção do tecido e defesa do organismo. A maioria das pessoas desconhecem é a de que batata, batata-doce, os milhos, melão, morango e melancia também são considerados hortaliças.
Conheça os principais benefícios que legumes e verduras oferecem à saúde.
Hortaliças brancas
Cebola, alho, aipo e couve-flor contêm flavonoides, compostos com atividade antioxidante [impedem o envelhecimento celular] que também possuem atividade antialérgica, anti-inflamatória e antiviral. Além de minerais, como selênio e compostos conhecidos como organossulfurados (que também possuem atividade antioxidante).
Eles atuam contra processos inflamatórios e alergias, ajudam a fortalecer os sistemas imunológico e circulatório, e ainda protegem de doenças relacionadas ao envelhecimento, como a artrose.
Hortaliças verdes
Couve, alface, agrião, brócolis e pimentão contêm pró-vitamina A, vitamina B2, vitamina B5, vitamina C, vitamina K e minerais como cálcio, ferro, magnésio e potássio. Estes que auxiliam na saúde da pele, dos ossos, do cabelo e da visão, bem como no bom funcionamento dos sistemas digestório, imunológico e sexual.
Além disso, auxiliam na redução do colesterol, na prevenção de doenças cardiovasculares (como a aterosclerose), ajudam a evitar o acúmulo de material gorduroso nas paredes das artérias e ainda previnem do envelhecimento precoce.
Hortaliças amarelo-alaranjadas
Cenoura, abóbora, pimentão, batata e melão são ricos em pró-vitamina A, vitamina C, carotenoides (substância responsável por dar cor a frutas e hortaliças) e flavonoides. Estes nutrientes auxiliam no crescimento, na proteção contra doenças cardíacas e nas manutenções da visão e da pele. Também contribuem para o bom funcionamento dos sistemas imunológico e sexual.
Hortaliças vermelhas
Tomate, melancia e pimenta contêm licopeno e vitamina C, substâncias que podem ajudar a reduzir o risco do desenvolvimento de cânceres de próstata, mama e estômago. Eles também atuam na manutenção da saúde da pele, da gengiva, da regulação dos vasos sanguíneos, na redução do colesterol e reduzem as chances de se ter doenças cardiovasculares.
Hortaliças roxas
Contêm antocianinas e ácidos fenólicos, que são propriedades anticancerígenas, melhoram a memória e protegem contra doenças do coração. O suco de beterraba, por exemplo, reduz a pressão arterial e melhora a circulação sanguínea.




Fonte: Saúde

Vinicius de Moraes

Biografia de Vinicius de Moraes









Vinícius de Moraes (1913-1980) foi um poeta e compositor brasileiro. "Garota de Ipanema", feita em parceria com Antônio Carlos Jobim, é um hino da música popular brasileira. Além de ter sido um dos mais famosos compositores da música popular brasileira e um dos fundadores, nos anos 50, do movimento musical Bossa Nova, foi também importante poeta da Segunda Fase do Modernismo. Foi também dramaturgo e diplomata.
Marcus Vinícius Melo Morais, conhecido como Vinícius de Moraes, nasceu no Rio de Janeiro, no dia 19 de outubro de 1913. Filho do funcionário público e poeta Clodoaldo Pereira da Silva e da pianista Lídia Cruz desde cedo já mostrava interesse por poesia. Ingressou no colégio jesuíta Santo Inácio onde fez os estudos secundários. Entrou para o coral da igreja onde desenvolveu suas habilidades musicais. Em 1928 começou a fazer as primeiras composições musicais.

Faculdade de Direito

Em 1929, iniciou o curso de Direito da Faculdade Nacional do Rio de Janeiro. Em 1933, ano de sua formatura, Vinicius publica seu primeiro livro de poemas, “O Caminho Para a Distância", onde reúne suas poesias. Não exerceu a advocacia. Trabalhou como representante do Ministério da Educação na censura cinematográfica, até 1938, quando recebeu uma bolsa de estudos e seguiu para Londres, onde estudou Literatura Inglesa na Universidade de Oxford. Trabalhou na BBC londrina até 1939. Em 1940, iniciou, no jornal “A Manhã”, a carreira jornalística, escrevendo uma coluna como crítico de cinema.

Carreira Diplomática

Em 1943, Vinícius de Morais é aprovado no concurso para Diplomata. Vai para os Estados Unidos, onde assume o posto de vice-cônsul em Los Angeles. Serviu sucessivamente em Paris, a partir de 1953, em Montevidéu a partir de 1959 e novamente em Paris, em 1963. Voltou definitivamente ao Brasil em 1964. Em 1968 foi aposentado compulsoriamente pelo Ato Institucional Número Cinco.

Música e Teatro

Em 1956, Vinícius de Moraes publicou a peça teatral “Orfeu da Conceição”, levada ao palco do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. A peça continha músicas de Vinícius e de Tom Jobim. Nesse mesmo ano, a peça foi levada para o cinema pelo francês Marcel Camus. O filme, intitulado Orfeu Negro, alcançou sucesso internacional, recebendo a Palma de Ouro, em Cannes e o Oscar de Melhor Filme estrangeiro, em Hollywood, no ano de 1959.
De volta ao Brasil, Vinícius de Moraes dedica-se à poesia e à música popular brasileira. Fez parcerias musicais com Toquinho, Tom Jobim, Baden Powell, João Gilberto, Francis Hime, Edu Lobo, Carlos Lyra e Chico Buarque. Entre suas parcerias destacam-se: "Garota de Ipanema", escrita em 1962 e musicada por Antônio Carlos Jobim, e no ano seguinte foi lançada a versão em inglês, "Gente Humilde", "Arrastão", "A Rosa de Hiroshima", "Berimbau", "A Tonga da Mironga do Kaburetê", "Canto de Ossanha", "Insensatez", "Eu Sei Que Vou Te Amar" e "Chega de Saudade".
Em 1961, compõe Rancho das Flores, baseado no tema Jesus, Alegria dos Homens, de Johann Sebastian Bach. Com Edu Lobo, ganha o Primeiro Festival Nacional de Música Popular Brasileira, com a música "Arrastão".
A parceria com o músico Toquinho foi considerada a mais produtiva. Rendeu músicas importantes como "Aquarela", "A Casa", "As Cores de Abril", "Testamento", "Maria Vai com as Outras", "Morena Flor", "A Rosa Desfolhada", "Para Viver Um Grande Amor" e "Regra Três".
Vinícius participou de vários shows e gravações com cantores e compositores importantes como Chico Buarque de Holanda, Elis Regina, Dorival Caymmi, Maria Creuza, Miúcha e Maria Bethânia. O Álbum Arca de Noé foi lançado em 1980 e teve vários intérpretes, cantando a música infantil. Esse Álbum originou um especial para a televisão.

A produção poética de Vinícius de Moraes

Vinícius de Moraes foi um poeta significativo da Segunda Fase do Modernismo. Ao publicar sua Antologia Poética, em 1955, admitiu que sua obra poética divide-se em duas fases:
  • A primeira fase carregada de misticismo e profundamente cristã, começa em "O Caminho para a Distância" (1933) e, termina com o poema, “Ariana, a Mulher” (1936).
  • A segunda fase, iniciada com “Cinco Elegias” (1943), assinala a explosão de uma poesia mais viril. “Nela – segundo ele – estão nitidamente marcados os movimentos de aproximação do mundo material, com a difícil, mas consistente repulsa ao idealismo dos primeiros anos.”
Ao englobar o “mundo material” em sua produção artística, Vinícius se inclina por uma lírica comprometida com o cotidiano, onde buscou os grandes dramas sociais do seu tempo. Os poemas “Rosa de Hiroshima” (1954) e “Operário em Construção” (1956), são exemplos desse engajamento social.
Várias experiências conjugais marcaram a vida de Vinícius, casou-se nove vezes e teve cinco filhos. Suas esposas foram Beatriz Azevedo, Regina Pederneira, Lila Bôscoli, Maria Lúcia Proença, Nellita de Abreu, Cristina Gurjão, Gesse Gessy, Marta Rodrigues e a última, Gilda Matoso. 
Vinícius de Moraes faleceu no Rio de Janeiro, no dia 09 de julho de 1980, devido a problemas decorrentes de uma isquemia cerebral.

Obra de Vinícius de Moraes

  • Poesia:
  • O Caminho Para a Distância (1933)
  • Forma e Exegese (1935)
  • Ariana, a Mulher (1936)
  • Novos Poemas (1938)
  • Cinco Elegias (1943)
  • Poemas, Sonetos e Baladas (1946)
  • Pátria Minha (1949)
  • Antologia Poética (1955)
  • Livro de Sonetos (1956)
  • O Mergulhador (1965)
  • A Arca de Noé (1970)
  • Teatro:
  • Orfeu da Conceição (1954)
  • Cordélia e o Peregrino (1965)
  • Pobre Menina Rica (1962)
  • Prosa:
  • O Amor dos Homens (1960)
  • Para Viver Um Grande Amor (1962)
  • Para Uma Menina Com Uma Flor (1966)



Fonte:  eBiografia

Biografia de Franklin Roosevelt



Biografia de Franklin Roosevelt











Franklin Roosevelt (1882-1945) foi presidente dos Estados Unidos entre 1933 e 1945. Foi o presidente eleito que ficou por mais tempo no poder vencendo quatro eleições seguidas. Foi senador do distrito de Dutchess, Secretário-Adjunto da Marinha dos Estados Unidos e governador do Estado de Nova Iorque.
Franklin Roosevelt nasceu em Nova Iorque, no dia 30 de janeiro de 1882. Filho de família de longínqua origem holandesa, era primo distante de Theodore Roosevelt, presidente dos Estados Unidos eleito em 1901. Em 1896, ingressou na Escola de Groton, em Massachusetts. Em 1900, inscreveu-se na Universidade de Harvard. Em 1904, iniciou o curso de Direito na Universidade de Columbia em Nova Iorque. Em 1905, casa-se com Eleanor Roosevelt, sua prima distante.
Em 1910, Franklin Roosevelt entrou para a política, sendo eleito senador pelo distrito de Dutchess, Nova Iorque. Em 1913, foi nomeado Secretário-Adjunto da Marinha dos Estados Unidos. Em 1918, visitou a frente de combate francesa na I Guerra Mundial. Com o término da guerra, participou da Conferência de Paris, em 1919. Apoiou o presidente americano Thomas Woodrow Wilson, para a constituição da Liga da Nações. Em 1920 foi candidato a vice-presidente na chapa derrotada.
Franklin Roosevelt, em 1921, foi acometido por uma poliomielite, que lhe paralisou as pernas. Voltou às suas atividades políticas, participando da Convenção Democrata de 1924, usando muletas. Em 1928 fpo eleito governador pelo Estado de Nova Iorque.
A Primeira Guerra Mundial devastou a Europa e transformou os Estados Unidos em uma rica nação, resultado da conquista de vários mercados. Foram sete anos de prosperidade. Em 1927, a Europa começa a retornar à normalidade e aos poucos ia deixando de comprar dos Estados Unidos. Sem vender, as fábricas começaram a falir, o comércio interno não circulava, o desemprego foi generalizado. A "Grande Depressão" foi o mais longo período de recessão econômica do Século XX.
Em 1929, Roosevelt, candidato às eleições presidenciais, organiza uma campanha de limitação dos efeitos da crise. Seu plano de governo o "New Deal", era uma coleção de medidas práticas para fugir da grande "Crise de 1929". Hoover, o presidente da prosperidade, foi derrotado nas eleições de 8 de novembro de 1932. Roosevelt foi eleito e no dia 4 de março de 1933, assume o poder.
A aplicação do "New Deal" foi imediata. No dia da posse, decretou o fechamento dos bancos, no dia 6 de março interditou a exportação de ouro e prata. Decretou o AAA (Agricultural Adjustement), que oferecia indenização aos proprietários que reduzissem a área de cultivo. Reduziu as horas de atividades de diversas indústrias. Investiu pesadamente em obras públicas, entre outras medidas.
Os efeitos do "New Deal" já se faziam sentir, mas os empresários inquietavam-se com a grande interferência do Estado na livre iniciativa. Mas em novembro de 1936, Roosevelt é reeleito com quase 70% dos votos. Em 1939 é deflagrada a II Guerra Mundial. Em 1940, Roosevelt é mais uma vez reeleito. Em 14 de agosto de 1941, é assinada a Carta do Atlântico. No dia 7 de dezembro, com o ataque da base de Pearl Harbor, os Estados Unidos entram na guerra.
Franklin Roosevelt participa de muitas conferências com os chefes aliados, em Casablanca, no Marrocos, na Inglaterra, na União Soviética e nos Estados Unidos. Em 1944, propõe a criação da Organização da Nações Unidas (ONU). Em fevereiro se reúne com Stalin e Churchill na Conferência dos "Três Grandes", para por fim a Guerra. Em novembro desse mesmo ano é reeleito. Os Estados Unidos haviam superado a crise.
Franklin Delano Roosevelt faleceu em Warm Springs, Geórgia, em consequência de um derrame, no dia 12 de abril de 1945, sem terminar o mandato.




Fonte: eBiografia

Frutas cítricas para perder peso


Frutas cítricas para perder peso

Limão, tangerina, grapefruit e companhia ajudam a diminuir a circunferência abdominal graças a uma substância especial





Azedou para a gordura corporal! Além da poderosa ação antioxidante da vitamina C, as frutas cítricas são fontes de sinefrina, um termogênico natural. Não à toa, a substância figura entre os principais componentes de diversos suplementos que prometem acelerar o metabolismo.
Encontrada principalmente na casca da laranja-amarga, a sinefrina potencializa a quebra das moléculas de gordura para produzir energia. “Só não vale achar que isso substitui a prática regular de atividade física ou os demais cuidados relacionados à alimentação”, ressalta a nutricionista Gabriela Zugliani, de São Paulo.
Outro alerta importante tem a ver com a quantidade ingerida. Como a sinefrina age no cérebro, em excesso pode aumentar a pressão arterial, sobrecarregar o coração e causar dor de cabeça. No entanto, esses efeitos estão praticamente restritos às pílulas, que carregam altas doses da substância. “A suplementação requer o acompanhamento de um profissional, que vai avaliar a condição e as necessidades de cada pessoa”, completa Gabriela.
Para usufruir de tal benefício sem colocar a saúde em jogo, a nutricionista aconselha que o consumo das frutas cítricas seja distribuído ao longo do dia, em até duas das cinco porções recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Nada de deixar maçã, banana e companhia de lado, hein?

Suco de laranja engorda?

Outra boa notícia: segundo um artigo brasileiro, assinado por pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp), o suco de laranja convencional, comumente preterido entre quem deseja perder peso por ser um tanto quanto carregado de açúcar, não engorda.
Depois de dividir em dois grupos 78 pessoas que estavam em uma dieta de restrição calórica e observá-las por 12 semanas, os experts não registraram diferenças relevantes entre a turma que excluiu a bebida em questão e a que tomou 500 mililitros dela todos os dias — metade no almoço e metade no jantar. E mais: esses goles não aumentaram a glicemia dos voluntários. De quebra, o suco promoveu melhoras na sensibilidade à insulina e na qualidade nutricional do cardápio como um todo.
Não é que dá para abusar dessa bebida. Mas, certamente, ela pode fazer parte de uma rotina balanceada e — por que não? — emagrecedora.



Fonte: Saúde

Rachel de Queiroz

Biografia de Rachel de Queiroz

Rachel de Queiroz (1910-2003) foi uma escritora brasileira. A primeira mulher a entrar para a Academia Brasileira de Letras e a primeira mulher a receber o Prêmio Camões. Foi também jornalista, tradutora e teatróloga. Seu primeiro romance "O Quinze", ganhou o prêmio da Fundação Graça Aranha. O romance "Memorial de Maria Moura" foi transformado em minissérie para televisão.

Infância e Adolescência

Rachel de Queiroz nasceu, em Fortaleza, Ceará, no dia 17 de novembro de 1910. Filha de Daniel de Queiroz Lima e Clotilde Franklin de Queiroz é parente, pelo lado materno, da família de José de Alencar. Com 45 dias de nascida, a família mudou-se para a Fazenda Junco, em Quixadá, uma propriedade da família. Em 1913 retornam para Fortaleza, onde seu pai foi nomeado promotor. Em 1917, a família vai morar no Rio de Janeiro procurando fugir de uma grave seca que desde 1915 atingia a região. Em 1919 a família retorna para Fortaleza e, em 1921, Rachel de Queiroz ingressa no Colégio Imaculada Conceição, diplomando-se professora, em 1925, com apenas 15 anos.  
Em 1927, com o pseudônimo de Rita de Queluz, escreve uma carta para o jornal O Ceará, promotor do evento, ironizando o concurso de Rainha dos Estudantes. Com o sucesso da carta, Rachel foi convidada para colaborar com o jornal. Passa a organizar a página literária e publica o folhetim “História de um Nome”. Nessa época, leciona História, como professora substituta, no colégio Imaculada Conceição.

O Quinze

Em 1930, com apenas vinte anos, Rachel de Queiroz projetava-se na vida literária do país, através da publicação do romance "O Quinze", uma obra de fundo social, profundamente realista na sua dramática exposição da luta secular de um povo contra a miséria e a seca. O Quinze, lançado na Segunda fase do Modernismo representou um importante impulso para o “Romance Regionalista de 30”. A obra, cujo título refere-se à grande seca de 1915, atribui novas dimensões à dramaticidade social.
O livro, que foi editado em apenas mil exemplares, já mostrava as características que marcariam toda sua obra. Teve grande repercussão no Rio de Janeiro, recebendo elogios de Mário de Andrade e de Augusto Schmidt. A consagração de Rachel de Queiroz veio em 1931, quando a escritora foi ao Rio de Janeiro receber o “Prêmio Fundação Graça Aranha”, na categoria romance. Nesse mesmo ano, conhece integrantes do Partido Comunista Brasileiro e, ao retornar para Fortaleza, participa da implantação do partido no Nordeste.

Caminho das Pedras

Após forte militância política no Nordeste, Rachel de Queiroz muda-se para o Rio de Janeiro, em 1932. Casa-se com o poeta José Auto da Cruz Oliveira. Nesse mesmo ano, lança o romance “João Miguel” (1932), ainda dentro do enfoque social dos problemas da seca e do coronelismo no Nordeste. Nos anos seguintes, militou no Partido Comunista e em 1937 foi presa, por três meses, por defender ideias esquerdistas. Nesse mesmo ano, Rachel de Queiroz publica “O Caminho das Pedras” (1937), onde enfoca a problemática humana, mas a paisagem nordestina deixa o primeiro plano, dando lugar à abordagem de agitações políticas, métodos de educação e um texto que exalta a participação feminina na vida pública.

Jornalista

Rachel de Queiroz que iniciou a carreira de jornalista no jornal “O Ceará”, colaborou também para o jornal “O Povo”, de Fortaleza. Em 1939, quando se mudou para o Rio de Janeiro, colaborou com o “Diário de Notícias”, “O Jornal” e a revista “O Cruzeiro”, onde publicou, em quarenta edições, em folhetins, o romance “O Galo de Ouro”. A partir de 1988, colaborou semanalmente para “O Estado de São Paulo” e para o “Diário de Pernambuco”. Rachel de Queiroz escreveu mais de duas mil crônicas, que foram reunidas e publicadas em diversos livros.
Além de romancista e cronista e jornalista, Rachel de Queiroz escreveu algumas peças para o teatro, entre elas “A Beata Maria do Egito” (1958), que recebeu o prêmio de teatro do Instituto Nacional do livro. Traduziu para o português mais de quarenta obras. Foi membro do Conselho Estadual de Cultura do Ceará. Participou da 21ª Sessão da Assembleia Geral da ONU, em 1966, onde serviu como delegada do Brasil, trabalhando especialmente na Comissão dos Direitos do Homem. Foi membro do Conselho Federal de Cultura desde a sua fundação em 1967, até sua extinção em 1989. Integrou o quadro de sócios Efetivos da Academia Cearense de Letras.

Academia Brasileira de Letras

Rachel de Queiroz foi eleita para a Academia Brasileira de Letras em 4 de agosto de 1977, vencendo por 23 votos a 15, o jurista Francisco Cavalcanti Pontes de Miranda. Foi a primeira mulher a entrar para a Academia Brasileira de Letras, tomado posse em 4 de novembro de 177, ocupando a cadeira nº. 5.

Memorial de Maria Moura

Em 1992, com 82 anos, Rachel de Queiroz publicou “Memorial de Maria Moura”. A obra, conta a vida de Maria Moura, órfã, que se envolve em brigas com seus primos, por uma questão de herança de terras. Escrita em estilo narrativo, à maneira de uma telenovela, a obra foi adaptada para a televisão na minissérie “Memorial de Maria Moura”, que foi sucesso de audiência.

Prêmios

Rachel de Queiroz recebeu diversos prêmios, entre eles, o Prêmio Machado de Assis (1957) pelo conjunto de sua obra, o Prêmio  Nacional de Literatura de Brasília pelo conjunto de obra (1980), o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal do Ceará (1981), a Medalha Rio Branco, do Itamarati (1985), o Prêmio Luís de Camões (1993), sendo a primeira mulher a receber essa honraria, e o título de Doutor Honoris Causa, pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (2000).

Família

Rachel de Queiroz foi casada com o poeta José Auto da Cruz Oliveira de 1932 a 1939, ano em que se separa.  Juntos tiveram uma filha, Clotilde, que falece com 18 meses, vítima de septicemia. Em 1940, casa-se com o médico Oyama de Macedo, com quem viveu até 1982, ano em que ficou viúva.
Rachel de Queiroz faleceu em sua casa no Rio de Janeiro, de um ataque cardíaco, no dia 4 de novembro de 2003.

Obras de Rachel de Queiroz

  • O Quinze, 1930
  • João Miguel, 1932
  • Caminho de Pedras, 1937
  • As Três Marias, 1939
  • A Donzela e a Moura Torta, 1948
  • O Galo de Ouro, 1950
  • Lampião, 1953
  • A Beata Maria do Egito, 1958
  • Cem Crônicas escolhidas, 1958
  • O Brasileiro Perplexo, 1964
  • O Caçador de Tatu, 1967
  • O Menino Mágico, 1969
  • Dora, Doralina, 1975
  • As Menininhas e Outras Crônicas, 1976
  • O Jogador de Sinuca e Mais Historinhas, 1980
  • Cafute e Pena-de-Prata, 1986
  • Memorial de Maria Moura, 1992
  • Cenas Brasileiras, 1995
  • Nosso Ceará, 1997
  • Tantos Anos, 1998
  • Memórias de Menina, 2003
  • Pedra Encantada, 2011


Fonte: eBiografia