quinta-feira, 4 de abril de 2019

JASPE

JASPE

JASPE 

Dióxido de silício. Estrutura cristalina trigonal. Um cristal granular criptocristalino. Sem forma geométrica definida, apresenta-se em formas densas e compactas, soltas e avulsas nos jazigos silicosos (seixos). Fratura concoidal. Brilho baço, ceroso e gorduroso. Dureza 7. Densidade 2,6. Clivagem: nenhuma, com aspecto áspero na superfície. Rochas magmáticas. Uso: adorno e estatuaria. Cores: branco, vermelho, verde, amarela, cinza, marron e preta (lidita). Ocorrências: MG, BA, GO, PR, SC e RS.


Fonte: CPRM

LAPIDAÇÃO

Muitas pessoas têm dúvidas sobre as diversas formas e lapidações que uma pedra pode ter. Por exemplo, tem gente que chama qualquer diamante de “brilhante”. Há ainda quem acredite que o brilhante seja simplesmente qualquer diamante que seja lapidado. Por isso, fizemos este post para explicar por que essa denominação, em alguns casos, pode ser equivocada.
Vamos começar do básico: por que devemos lapidar uma pedra? Porque a beleza da maioria delas só se evidencia após este processo. Antes disso, no estado bruto, elas podem até passar despercebidas por olhos leigos. O objetivo da lapidação é mostrar as melhores características da gema, levando em consideração sua cor, clareza (pureza) e peso, tornando-a mais brilhante e valiosa.
Topázio Imperial bruto
Topázio Imperial bruto
As lapidações mais populares atualmente no mundo da joalheria podem ser divididas em duas grandes categorias – as facetadas e/ou degraus e os cabochons. Tem ainda a lapidação mista, que compreende duas variedades na mesma pedra, com uma parte dela lisa e a outra facetada ou em degraus.
A lapidação brilhante, de formato redondo, é a mais popular para os diamantes e diversas outras pedras, pois ela assegura que o máximo de luz seja refletido, criando brilho. As variações do contorno podem ser nos formatos oval, gota e navette (cuja forma lembra a de um “barco”), conhecidas como brilhantes modificados.
Os diamantes do anel Stern Noble possuem lapidação brilhante
Os diamantes do anel Stern Noble possuem lapidação brilhante
Degrau é um outro tipo de lapidação, formado por vários degraus paralelos – como já diz o próprio nome! Os cantos mais frágeis das gemas podem ser removidos, criando pedras octogonais, como no caso da ametista no anel Highlight Stars, veja:
Anel Highlight Stars com ametista em lapidação em degraus
Anel Highlight Stars com ametista lapidada em degraus
Na lapidação lisa, o principal representante é o cabochon, que é um talhe simples usado para exibir as cores e os efeitos óticos de pedras preciosas. A parte superior é lapidada de forma arredondada, e a inferior é plana ou levemente convexa. Já as pedras com lapidação mista normalmente são arredondadas no contorno, com a parte de cima facetada como o brilhante, e a de baixo em degraus.
Lapidação cabochon no cristal de rocha do pendente Pedras Roladas
Lapidação cabochon no cristal de rocha do pendente Pedras Roladas
Para cada um dos tipos de lapidação (brilhante, degrau, cabochon, mista, etc) existe uma série de formas: redonda, ovalada, triangular, hexagonal, baguette, french-cut, navette, briolette, entre muitas outras. É importante não confundir tipo de lapidação com formato (corte), pois duas gemas de mesma origem podem ter cortes e formatos distintos. Por exemplo: um diamante com formato quadrado e lapidação princess e outro com forma de gota e lapidação brilhante.
Tipos e formatos de lapidação
Tipos e formatos de lapidação
Esperamos que este post tenha esclarecido muitas dúvidas!

Fonte: HStern


FLÚOR

A HISTÓRIA DO FLÚOR.

História

Os primeiros químicos estavam cientes de que fluoretos de metal continha um elemento não identificado semelhante ao cloro, mas eles não poderiam isolá-lo. (O cientista francês, André Ampère cunhou o nome de flúor em 1812.)
Mesmo o grande Humphry Davy foi incapaz de produzir o elemento, e ele ficou doente, tentando isolá-lo a partir do ácido fluorídrico.
O químico britânico George Gore em 1869 passou uma corrente elétrica através de HF líquido, mas descobriu que o gás que foi libertado reagiu violentamente com o seu aparelho. Ele pensou que era flúor mas foi incapaz de coletá-lo e prová-lo.
Em seguida, em 1886, o químico francês Henri Moissan obtidos, pela eletrólise de bifluoreto de potássio (KHF 2) dissolvido em HF líquido.

Símbolo - F

Elemento gasoso amarelo claro pertencente ao Grupo VII (halogênios) da Tabela Periódica.
Número atômico: 9, 
Configuração eletrônica:
 1s2 2s2 2p5, 
MA =
 18,9984, 
d =
 1,7 g.L-1, 
PF =
 -219,62°C, 
PE =
 -188,1°C. 
Número de prótons / Elétrons: 
9
Número de nêutrons: 10
Cor:
 Esverdeado
As principais fontes minerais de flúor são: fluorita (CaF2) e criolita (Na3AlF6).
O elemento é obtido por eletrólise de mistura fundida de fluoreto de potássio (KF) e fluoreto de hidrogênio (HF).
É usado na síntese de compostos orgânicos fluorados.
Quimicamente é o mais reativo e eletronegativo de todos os elementos.
É uma substância muito perigosa, causando queimaduras graves quando em contato com a pele.
O elemento foi identificado em 1771 por Sheele e isolado em 1886 por Moissan.
Ocorre em rochas magmáticas e sedimentares.
Flúor
Fluorita, minério de fluoreto de cálcio, CaF2. Tem brilho vítreo, é transparente. Fica opaca quando a cor é muito intensa

Estrutura atômica

Flúor
Número de níveis de energia: 2
Primeiro Nível de energia: 2
Segundo Nível de Energia: 7

Uso

Não havia produção comercial de flúor até a Segunda Guerra Mundial, quando o desenvolvimento da bomba atômica, e outros projetos de energia nuclear, tornou necessária a produzir grandes quantidades.
Antes disso, os sais de flúor, conhecidos como fluoretos, foram durante muito tempo usados na soldadura e para gear vidro.
O elemento é usado para fazer hexafluoreto de urânio, necessário para a indústria de energia nuclear para separar isótopos de urânio. É também usado para fazer o hexafluoreto de enxofre, o gás isolante para transformadores de energia eléctrica de alta potência.
Na verdade, o flúor é utilizado em muitos produtos químicos fluorados, incluindo os solventes e plásticos de alta temperatura, tais como o Teflon (poli (tetrafluoroethene), PTFE).
Teflon é bem conhecida por suas propriedades antiaderentes e é usado em frigideiras. É também usado para isolamento de cabos, para a fita de canalizador e como base de GORE-TEX® (usada em sapatos e roupas impermeáveis).
O ácido fluorídrico é usado para gravar o vidro de lâmpadas e em aplicações similares.
CFC (cloro-flúor-carbonos) já foram utilizados como propulsores de aerossol, refrigerantes e para 'sopro' poliestireno expandido. No entanto, a sua inércia significa que, uma vez na atmosfera, eles difundido na estratosfera e destruiu camada de ozônio da Terra. Eles agora são proibidos.

Flúor - Elemento Químico

Flúor
Flúor
flúor é um dos oligoelementos mais conhecidos pelo grande público por seu papel na prevenção das patologias buco-dentária e óssea.
Entretanto, o flúor atrai a atenção dos médicos pelo seu papel tóxico para os dentes e ossos.
É o exemplo típico do que já foi dito sobre os cuidados e importância das doses de oligoelementos a serem utilizadas.
Um produto, ineficaz em doses fracas, atingirá o objetivo na dose correta e será tóxico em doses muito elevadas.
flúor revelou sua atividade por sua toxicidade em 1932.
Foi posta em evidência a ligação entre uma água potável muito fluorada devido à poluição industrial, distúrbios do esmalte dentário (sem cáries) e distúrbios ósseos, a saber uma osteoesclerose.
O flúor nos tecidos e nas células
Os tecidos minerais contém praticamente 99% de flúor do organismo com uma grande maioria nos ossos.
O com ponente mineral dos tecidos duros do organismo é geralmente a apatita, um fosfato de cálcio cuja fórmula é: Ca 10 (PO 4) 6(OH, F, Cl) 2
São pequenos cristais encaixados numa matriz. Mesmo que o flúor não seja um dos únicos ions suscetíveis de "contaminar" a apatita, ele tem a particularidade de ser o único a poder se incorporar com tanta facilidade na estrutura dos cristais, por substituição de uma hidroxila. Os ions flúor e OH são muito próximos (1,29Z para o flúor e 1,33Z para o OH em comparação com 1,81 para o Cloro). Eles tem também a mesma carga.
O flúor pode ser incorporado ao mineral de duas maneiras, seja durante a formação do cristal por incorporação direta, seja após sua formação por deslocamento de OH segundo a fórmula:
Ca10 (PO46 (OH)2 + 2F Ca10(PO4)6 F2 + 2 OH
O que explica a ação preventiva do flúor após a formação do mineral.
Os ossos
Querer definir uma concentração ótima do flúor nos ossos não é de interesse prático. Podem-se encontrar concentrações diferentes como 50 ppm na costela de um recém-nascido e 15000 ppm na de um adulto com fluorose. Notemos, entretanto, que a concentração média nos ossos está entre 1000 e 5000 ppm. O nível varia com o lugar, a atividade de remodelamento e a vascularização.

Fonte: CPRM

O que é um Diamante:

O que é um Diamante:



O diamante, também chamado de gema, é uma pedra preciosa formada por átomos puros de carbono em condições de cristalização. Pode ser encontrado em toda superfície da Terra e possui alto valor de mercado, sendo considerado uma das mais valiosas pedras preciosas.
Para ser comercializada a pedra deve passar por um processo que inclui lapidação e avaliação de suas características. O diamante é a pedra mais valorizada no comércio de pedras preciosas e sua gema é utilizada para a confecção de joias de luxo.
Por serem pedras muito resistentes também são usadas no setor industrial para atividades de escavação. Os diamantes (tanto os naturais quanto os sintéticos) são utilizados como brocas de perfuração, principalmente na escavação de poços de gás e de petróleo.
Diamante

Origem do diamante

O diamante pode ser encontrado na superfície terrestre, mas não é neste local que ele é formado. As pedras existem há bilhões de anos e há relatos de que suas primeiras aparições na natureza aconteceram na Índia, aproximadamente 800 anos antes de Cristo.
O surgimento de um diamante é resultado final de um fenômeno natural que acontece em regiões muito profundas da Terra. As pedras surgem abaixo do manto terrestre, pela união de dois fatores naturais: a pressão que existe abaixo da terra e a concentração de altas temperaturas
Os diamantes chegam à superfície terrestre a partir de erupções vulcânicas, embora estas erupções não sejam a causa ao seu surgimento. Foi por esse motivo que, por muito tempo, acreditou-se que os diamantes eram originados pelos vulcões em atividade.

Estrutura do diamante

O diamante é formado exclusivamente por átomos de carbono puro (C), não possuindo nenhuma outra substância na sua constituição.
Normalmente é encontrado na natureza na forma cúbica, com 8 lados (octaédrica). Podem chegar a ser encontrados cristalizados com até 48 lados (forma hexaquisoctaédrica). As pedras têm densidade aproximada de 3,5 gramas/cm3 e um índice de refração de 2,4, que garante seu brilho intenso.

Características de um diamante

O diamante possui algumas características específicas. Veja quais são as principais, que podem ajudar a identificar esta pedra preciosa.
  • É uma das mais duras e resistentes pedras preciosas.
  • Quando está sob luz solar reflete as cores que foram o arco-íris: amarelo, laranja, vermelho, azul, verde, anil e violeta.
  • É a pedra preciosa mais brilhante.
  • Não é arranhada por nenhum outro material, somente por outro diamante.
  • São condutores naturais de eletricidade.
  • Alguns tipos de diamante possuem a característica de refletir sob luz negra.

Avaliação dos diamantes

O valor de mercado de uma pedra de diamante é definido a partir da análise das seguintes características: nível de pureza, peso, tipo de corte e cor.
O método de avaliação dos diamantes é chamado de 4 C’s: Color (cor), Carat (peso), Clarity (pureza) e Cut (corte).

Cor da pedra

A cor dos diamantes é resultado do seu contato, ainda na natureza, com outras substâncias. Para analisar a cor da pedra existe uma escala que avalia a coloração dos diamantes. Essa escala considera desde os diamantes incolores até a mais alta intensidade de cor já encontrada.
A escala é classificada das letras D até Z. D corresponde aos diamantes incolores e Z corresponde aos amarelos.
Quanto mais rara for a cor da pedra, mais valioso será o diamante. Os diamantes sem cor são os mais facilmente encontrados na natureza. Já os diamantes em tons avermelhados são os mais raros.
diamante vermelhoO diamante vermelho é um dos mais raros e caros. 

Peso da pedra

O peso é outra característica analisada para determinar o preço do diamante. O valor da pedra será proporcional ao seu peso, que é medido em quilates, que é equivalente a dois gramas.

Nível de pureza

A avaliação da pureza de um diamante também é fundamental para determinar o seu valor. Para avaliar quanto um diamante é puro são levadas em consideração características como qualidade da pedra, impurezas e existência de falhas em sua superfície.

Tipo de corte e lapidação

O corte do diamante é maneira como foi feita a lapidação da pedra. A lapidação traz brilho à pedra, aumentando a característica de reflexão das cores que compõem o arco-íris. Quanto melhor for o trabalho de lapidação, mais valor o diamante terá.
Para verificar a qualidade da lapidação do diamante são analisados dois critérios: a simetria das proporções da pedra e o acabamento do trabalho. Quanto mais simétrico e bem-acabado for o diamante, maior será o seu preço no mercado de pedras preciosas.

Preço do diamante

O valor de um diamante é variável, de acordo com a análise das suas características. No mercado mundial o preço médio de um quilate de diamante é aproximadamente 136 dólares.
diamante mais caro vendido custou 63 milhões de dólares. Tratava-se de uma pedra de diamante bruto com peso de 813 quilates.
maior diamante já vendido pesava 1109 quilates e foi vendido por 53 milhões de dólares.

Diamantes artificiais

A criação de diamantes artificiais surgiu a partir da ideia de aproveitar as características de resistência e durabilidade dos diamantes naturais. Além de reproduzir estas características, o diamante artificial tem a vantagem de ser mais barato em comparação aos naturais.

Métodos de produção

O método mais comum de produção de diamantes é a deposição por vapor químico. As pedras artificiais podem ser produzidas a partir de um quartzo que, em contato com gás químico e carbono, se decompõe e gera os diamantes artificiais.
Outro método, mais recente, permite a criação de diamantes sintéticos a partir de uma pedra de diamante natural. Este processo funciona como uma incubadora que, em alta pressão, derrete o diamante junto a uma cápsula de grafite. Esta técnica transforma o grafite em novas pedras de diamante sintético.

Diamantes no Brasil

O Brasil já foi um grande produtor de diamantes, mas perdeu espaço para outros países na extração do mineral. Hoje em dia vem recuperando espaço neste mercado, depois da descoberta de novas reservas de diamantes.
Atualmente o Mato Grosso é responsável por aproximadamente 87% da produção de diamantes no país. O estado conta com cerca de 150 regiões de garimpo.
Outros estados como Amazonas, Bahia, Pará e Rondônia também possuem minas de diamante, mas em menor quantidade.

Fonte: CPRM

Brasileiros ajudam grafeno a sair dos laboratórios rumo às fábricas

Brasileiros ajudam grafeno a sair dos laboratórios rumo às fábricas



Brasileiros ajudam grafeno a sair dos laboratórios rumo às fábricas
Esquema das técnicas SSD (Solid-Solid Deposition: Deposição Sólido-Sólido) e LPF (Liquid Phase Feeding: Alimentação por fase líquida).[Imagem: P. A. R. Muñoz et al. - 10.3144/expresspolymlett.2018.79]
Plástico com grafeno
Um grupo de pesquisadores brasileiros desenvolveu estratégias que permitem produzir nanocompósitos de plástico e grafeno em escala industrial.
Apesar da projeção obtida pelo material em escala atômica, graças ao prêmio Nobel de Física concedido em 2010 aos seus descobridores, tem sido difícil tirar o grafeno das controladas condições de laboratório e transformá-lo em um produto real.
"Em pequena escala, usam-se solventes e outras técnicas que funcionam bem nos experimentos. No entanto, quando se usa o maquinário existente na indústria transformadora de plástico, o grafeno se reaglomera e perde suas propriedades," destaca Guilhermino José Macêdo Fechine, da Universidade Mackenzie, onde funciona o Centro de Pesquisas Avançadas em Grafeno e Nanomateriais.
A equipe avaliou e comprovou a eficácia de duas técnicas para diminuir consideravelmente a aglomeração do grafeno quando inserido nos plásticos, ambas usando equipamentos de escala próxima da industrial. A primeira é conhecida como SSD (Solid-Solid Deposition, ou Deposição Sólido-Sólido), e a segunda é conhecida como LPF (Liquid Phase Feeding, ou Alimentação por fase líquida).
Ambas partem do óxido de grafeno e do poliestireno, que foram usados como moldes para o material 2D e para o polímero, respectivamente. "Os resultados mostram que ambos os métodos podem ser adequados para a manufatura em grande escala, e os parâmetros do processo devem ser otimizados para obter um baixo nível de aglomerados," escreveu a equipe.
Além do grafeno
As aplicações para os nanocompósitos de plástico com grafeno vão desde equipamentos esportivos com melhor resistência a abrasão, filamentos para impressão 3D a suportes para cultura de células. "O leque de aplicação é grande. O gargalo fica no processo de fabricação, quando nem tudo o que se faz em laboratório é compatível com a indústria transformadora de plástico," disse Fechine.

Como o grafeno é apenas o mais famoso de uma grande família de materiais monoatômicos, com vários outros concorrentes à sua frente, a equipe testou também sua técnica com outro material bidimensional ainda mais promissor, a molibdenita (MoS2). Os resultados foram igualmente encorajadores, ajudando a validar a técnica.

Fonte:  Inovação Tecnológica