quinta-feira, 4 de julho de 2019

Previdência será aprovada antes do recesso parlamentar, diz Paulo Guedes

Previdência será aprovada antes do recesso parlamentar, diz Paulo Guedes



Política1 hora atrás (04.07.2019 15:30)

© Reuters.  © Reuters.
 - O ministro da Economia Paulo Guedes afirmou que confia no trabalho dos deputados federais para aprovar a reforma da Previdência no plenário na semana que vem, antes do recesso parlamentar. A declaração do ministro foi durante a Expert XP 2019, evento promovido pela XP Investimentos e patrocinado pelo Investing.com, nesta quinta-feira em São Paulo.
A apresentação de Guedes ocorre logo após a aprovação do texto-base da Reforma da Previdência na Comissão Especial da Câmara dos Deputados por 36 votos a 13. Neste momento, os deputados estão votando destaques, que são pedidos de partidos e deputados para analisar separadamente uma parte específica da proposta.
Apresentação de Guedes
O ministro apresentou os diagnósticos do governo sobre os problemas da economia brasileira e os planos do governo retomar o dinamismo da atividade. Sua entrada foi aplaudida de pé pelo público presente, segundo relato de João Braga, gestor da XP Investimentos, em seu perfil no Twitter.
“Excesso de gastos públicos causou todas as disjunções econômicas”, disse repetidas vezes o ministro, ao apresentar a trajetória do aumento dos gastos públicos desde o fim do regime militar até os governos do PT durante os governos da chamada Nova República e provocou a elevação da dívida pública. Guedes acrescentou que o excesso de gastos foi o principal motivo da estagnação econômica e da desestabilização da democracia.
“Maior buraco fiscal é a Previdência”, relata ao apontar o diagnóstico de sua equipe econômica de que o gasto público total é de R$ 1,5 trilhão, com a Previdência representando a metade. O ministro fez críticas ao regime previdenciário de repartição, no qual os trabalhadores da ativa financiam as atuais aposentadorias. “Há uma bomba demográfica”, disse quando abordou que, no início do regime de repartição, havia 14 trabalhadores para cada aposentado. Hoje a razão está 7 por 1 e, em alguns anos, será 2 para 1.
A crítica às atuais regras previdenciárias foi para promover o regime de capitalização, que estava na proposta original da reforma da Previdência e foi retirada durante a tramitação na Câmara dos Deputados, o que causou irritação do ministro e um pequeno desentendimento com o presidente da Câmara Rodrigo Maia no fim de maio. “Colocamos a economia de R$ 1 trilhão, com potência de ser de R$ 3 trilhões em 20 anos, para ser a potência fiscal para viabilizar o regime de capitalização”, disse sobre a importância do tamanho da economia promovida pelas mudanças das regras previdenciárias.
Na visão de Guedes, o regime de capitalização leva recursos do presente – característica do atual regime - para o futuro, além de desonerar a folha de pagamentos de encargos sociais e trabalhistas, uma das causas da taxa de desemprego elevada. “Há 40 milhões de trabalhadores sem carteira que depois vão quebrar a Previdência no futuro”, afirmou o ministro, apontando que a capitalização permite ao trabalhador receber juros compostos de sua própria poupança, hoje privilégios das classes mais ricas, segundo ele.
O ministrou também apontou outras duas causas do excesso do gasto público: juros e máquina pública. Guedes afirmou que os aproximadamente R$ 400 bilhões em pagamentos anuais de juros correspondem a um Plano Marshall, programa do governo americano para promover a reconstrução dos países da Europa após a Segunda Guerra Mundial. A solução será por meio do programa de privatizações e venda de imóveis pertencentes à União espalhados pelo Brasil, com estimativa de arrecadar aproximadamente R$ 1 trilhão, que serão direcionados para o pagamento da dívida pública e, assim, reduzir as taxas de juros. "Vamos desinvestir para reduzir endividamento do governo". O outro componente do gasto é do próprio funcionamento da máquina, o qual será reformulado com uma reforma do Estado. "Vamos descentralizar recursos para Estados e municípios, onde a população vive", explicou.
Além disso, Guedes foi aplaudido quando abordou a saída dos bancos públicos do mercado de crédito e do acordo comercial Mercosul-União Europeia, defendendo a abertura comercial para dinamizar a economia brasileira.



Fonte: Investing.com 

Por 36 a 13, reforma da Previdência é aprovada na Comissão Especial


Por 36 a 13, reforma da Previdência é aprovada na Comissão Especial





Aprovação abre caminho para apreciação em plenário da Câmara, onde ela precisa ser aprovada por dois terços dos deputados em dois turnos

São Paulo — O texto base da reforma da Previdência foi aprovada nesta quinta-feira (04) por 36 votos a 13 na Comissão Especial da Câmara dos Deputados.
Reforma da Previdência é aprovada na Comissão Especial da Câmara dos Deputados
 (TV Câmara/Reprodução)
A aprovação abre caminho para sua apreciação em plenário da Casa, onde, por ser uma emenda constitucional, precisa ser aprovada por dois terços dos deputados em dois turnos.
O governo pretende ter a reforma aprovada na Câmara antes do recesso parlamentar no dia 18 de julho. No segundo semestre, a matéria seguiria para o Senado, onde também precisa ser aprovada por maioria de dois terços e em dois turnos.
A sessão de votação do parecer apresentado pelo relator Samuel Moreira (PSDB-SP) começou por volta das 10 horas.
Com o apoio de partidos do chamado centrão, foram derrubados pedidos da oposição para inverter a ordem dos trabalhos e pela retirada de pauta da proposta.
O secretário especial da Previdência, Rogério Marinho, acompanhava pessoalmente os trabalhos na comissão e chegou até a se sentar ao lado do relator para conversar sobre a proposta.

Orientação dos partidos

Antes da votação nominal, os líderes dos partidos se posicionaram sobre a orientação de votação de seus parlamentares.
DEM, PSDB, PRB, PSL, PP, PL, PSD, MDB, Solidariedade, PTB, Podemos, Pros, PSC, Cidadania, Novo, Avante e Patriota orientaram seus deputados a votarem a favor. Já PSB, PDT, PSOL, PCdoB, Partido Verde, PT e Rede orientaram contra a proposta.
O deputado Tadeu Alencar (PE), que falou pelo PSB, afirmou que a proposta mantém “as crueldades e é uma agressão ao direito dos mais pobres”.
Já o deputado Arthur Oliveira Maia (BA), que orientou pelo DEM, afirmou que seria “de fato, faltar ao Brasil” se a reforma não for aprovada. “O Estado não conseguirá pagar se continuar nesse modelo. A reforma é para acabar com privilégios” disse.

Fonte: EXAME

LÍTIO


Mineradora investirá R$ 500 milhões em lítio no Vale do Jequitinhonha




Minas Gerais vai entrar na rota do combustível do futuro: o lítio. Até setembro do ano que vem, a Sigma Mineração vai investir R$ 500 milhões em uma planta localizada em Itinga, no Vale do Jequitinhonha, uma das regiões mais pobres do Estado, gerando pelo menos 500 empregos na primeira fase do projeto, que já nasce com previsão de ter a produção dobrada no médio prazo. Do montante, R$ 120 milhões já foram aportados em prospecção do mineral, iniciada em 2012. E as pesquisas foram consideradas um sucesso.
A companhia detém uma área de 18 mil hectares em Itinga e Araçuaí, onde há nove minas, todas desativadas. Uma sonda foi passada em quatro delas e os resultados foram melhores do que os esperados. “Já temos as licenças Prévia e de Instalação. Esperamos receber a Licença de Operação assim que as obras forem concluídas e a planta entrar em funcionamento, em setembro de 2020”, afirma o presidente da companhia, Itamar Resende.
Considerado o petróleo do futuro, o lítio é utilizado na produção de baterias de carros e ônibus elétricos, além de baterias para telefones celulares e tablets. O mineral encontrado no Vale do Jequitinhonha seria suficiente para abastecer o Brasil. No entanto, o país não possui tecnologia, ou interessados, para fabricar os produtos.
Na avaliação do executivo, a expectativa é a de que após a instalação da planta outras empresas do setor migrem para a região, aumentando a geração de empregos no Vale do Jequitinhonha.
“O Brasil tem um mercado muito grande e, sem dúvida, será um grande consumidor de lítio. Estamos dando aqui um grande passo para que isso aconteça. A instalação da planta vai garantir matéria prima em boas quantidade e qualidade para atrair futuros investidores. Sem matéria prima, ninguém vem. Vamos dar o primeiro passo”, diz

Mercado, de acordo com ele, não vai faltar. Afinal, o Brasil possui uma das maiores frotas de ônibus do mundo. “Hoje, o mercado principal para uso do lítio, sem dúvida, é a China, que será o nosso maior foco. É na China que está concentrado o desenvolvimento da cadeia do lítio. Devemos, também, fornecer para EUA e Europa”, afirma o presidente.
A qualidade do material encontrado no local chama a atenção. Minerado com teor de 1,47%, índice que chega a 6% após o beneficiamento, considerado um dos melhores do mundo.
Anualmente, a previsão é extrair 220 mil toneladas de lítio por ano na primeira fase do projeto. Na segunda etapa, ainda sem data para começar, a empresa pretende dobrar a produção para 440 mil toneladas anuais.
“E todo o beneficiamento será a seco, sem barragem, em operação chamada de ‘empilhamento a seco’”, explica o presidente. Além disso, ele afirma que 90% da água utilizada na planta será de reuso.
Municípios terão injeção de R$ 265 mi e geração de 500 empregos
Prefeitos de Itinga e Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha, estão otimistas com os impactos positivos da planta de lítio da Sigma Mineração nas cidades, localizadas no Vale do Jequitinhonha. Além da geração de 500 postos diretos de trabalho, a companhia deve pagar cerca de R$ 265 milhões em Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), também conhecido como royalties da mineração, nos primeiros 14 anos de atuação. A expectativa é a de 75% dos empregados sejam da região.

Os empregos indiretos também devem ser levados em consideração, conforme afirma o prefeito de Araçuaí, Armando Jardim Paixão (PT). Segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), a cada emprego direto gerado na mineração outros 11 indiretos são criados em outros segmentos, culminando em 5 mil postos.
“Hotéis, restaurantes, fornecedores de uniformes, tudo isso é movimentado pela instalação da planta”, afirma o prefeito da cidade de 37 mil habitantes, cuja economia é movimentada principalmente pelos profissionais liberais e agricultores familiares.
Ele afirma que ainda não há sondagens para a instalação dessas novas empresas na região, mas acredita que no curto prazo a prefeitura comece a receber interessados. Vale ressaltar que embora a planta fique em Itinga, localizada a 40 km de Araçuaí, a previsão é a de que moradores das duas cidades sejam empregados no local.
“Pessoal interessado em trabalhar a região tem, mas a empresa terá que investir em capacitação da mão de obra. Também temos que lembrar que muita gente qualificada que é daqui foi trabalhar fora. Sabemos que essas pessoas voltarão se tiverem oportunidade”, pondera o prefeito de Itinga, Adhemar Marcos Filho (PSDB).
De acordo com o presidente da Sigma, Itamar Resende, 75% dos empregados serão da região. “Só vamos levar de fora cargos muito específicos, que não forem encontrados no Vale do Jequitinhonha”, diz.
FONTE: Hoje em dia

Inter dispara mais de 7% com aprovação de programa para emissão de units

Inter dispara mais de 7% com aprovação de programa para emissão de units



Investing.com Brasil - 04/07/2019 - 
Investidores recebem com otimismo emissão de units (Imagem: Divulgação/Facebook)
As ações do Banco Inter (BIDI4) operam com forte alta de 7,144% a R$ 11,55 na parte da manhã desta quinta-feira na bolsa paulista. Os investidores reagem de forma positiva ao fato relevante divulgado pela instituição sobre a aprovação do programa formação de units.
Para viabilizar a efetivação do Programa de Units, será facultado aos acionistas a conversão voluntária de suas ações ordinárias em ações preferenciais e/ou ações preferenciais em ações ordinárias, nas quantidades estritamente necessárias para viabilizar a formação das Units.
A conversão de ações deverá ocorrer durante o período compreendido entre os dias 8 e 15 de julho de 2019, devendo ser observados os limites legais da proporção entre o número de ações ordinárias e preferenciais de emissão do banco e a proporção da participação de cada acionista no capital social total.
A efetivação do está condicionada à adesão de acionistas titulares de ações representativas de, pelo menos, 40% das ações preferenciais e à ausência de qualquer impedimento operacional perante o Banco Central do Brasil, B3 e/ou o escriturador com relação à implementação da operação, até o dia 15 de julho.
No mês passado, o Banco Inter anunciou plano de reorganização da estrutura societária, que previa o desdobramento de ações e implementação de um programa de emissão de certificados de depósitos de ações do banco para a formação das units – compostas de 1 ação ordinária e 2 ações preferenciais.

Folow on

Banco Inter irá realizar também uma oferta subsequente de ações. Para isso, já contratou o sindicado de bancos, que terá como participantes o JPMorgan, BTG Pactual (BPAC11), Bradesco BBI, Goldman Sachs e Santander (SANB11). A expectativa é que o follow on movimente cerca de R$ 1 bilhão, devendo acontecer ainda neste mês. As informações são da edição destaca quinta-feira da Coluna do Broad, do Estadão. A oferta, que deve movimentar valor próximo de R$ 1 bilhão, está programada para acontecer ainda este mês.

Fonte: MONEY  TIMES

Empresas valiosas, mas longe do topo

Empresas valiosas, mas longe do topo



Empresas brasileiras de capital aberto, como Petrobras, Vale, Ambev e Itaú Unibanco, valem menos que a Microsoft, apontam dados de MELHORES E MAIORES


Depois de descer ao fundo do poço há três anos, muitas empresas brasileiras de capital aberto recuperaram o valor de mercado. Na primeira quinzena de junho, o conjunto das 295 companhias listadas na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, atingiu um valor somado de 979 bilhões de dólares, uma recuperação de quase 23% em 12 meses — e mais que o dobro da cotação registrada no final de 2015, quando a cifra havia caído para 469 bilhões de dólares.
A redução da taxa básica de juro — de 14,25% há três anos para 6,5% atual-mente — e a sinalização de uma relação mais amigável entre o governo e o mercado são apontadas entre os fatores que ajudaram na retomada do valor das companhias brasileiras. É uma boa notícia para os investidores, mas os preços atuais ainda estão distantes do pico alcançado no primeiro trimestre de 2011, quando as companhias brasileiras listadas na bolsa chegaram a valer 1,5 trilhão de dólares.
Dentro da América Latina, o Brasil é, de longe, o país com o mercado de capitais mais pujante. As empresas brasileiras representam pouco mais da metade (51,5%) da soma do valor de mercado das companhias abertas latino-americanas e valem mais que o dobro das companhias mexicanas (417 bilhões de dólares). No mercado global, porém, o país ainda tem muito a evoluir.
“O Brasil é um gigante na América Latina, mas, se comparado a mercados maduros, vemos a pequenez do mercado nacional. A Microsoft vale mais de 1 trilhão de dólares, mais do que a soma das companhias brasileiras listadas na bolsa”, diz Einar Rivero, gerente de relacionamento institucional da consultoria Economatica, parceira no levantamento de dados de MELHORES E MAIORES 2019, edição que chegará às bancas em agosto.
E o que a economia do país ganharia com um mercado de capitais mais robusto? Além de ser uma importante opção de investimento para pessoas e instituições, o mercado de capitais pode ser um poderoso canal de captação de recursos para as empresas, movimentando a economia. De acordo com um estudo feito pela consultoria Accenture em 2018, o fortalecimento do mercado brasileiro de capitais se traduziria em mais emprego, renda, investimento e arrecadação de impostos. Se o mercado brasileiro crescesse 12,2% ao ano por cinco anos, em valor, a estimativa é que ao final desse período seria gerado 1,7 milhão de empregos adicionais, o PIB per capita do país teria um acréscimo de 12% e o volume de investimentos aumentaria 21%.
A redução da taxa Selic foi um importante fator para a recuperação da bolsa nos últimos três anos. Com uma taxa de juro menor, mais investidores se dispõem a explorar o mercado de ações para obter rendimentos maiores. “Com uma taxa de juro de 14%, poucos investidores deixavam a renda fixa para se aventurar no mercado de ações. Agora a situação é diferente”, diz Vinicius de Castro Scotta dos Passos, coordenador do MBA em mercado de capitais e derivativos da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, em Belo Horizonte. Mesmo assim, o Brasil tem hoje apenas 1,1 milhão de pessoas físicas investindo na bolsa.
Nos Estados Unidos, metade dos investidores da bolsa são pessoas físicas — cerca de 150 milhões. “O mercado de capitais é a forma mais democrática de empreender, pois permite a qualquer pessoa se tornar sócia de grandes empresas”, diz Passos. “Temos um potencial de crescimento inegável, mas algumas condições precisam ser cumpridas para atrair mais investidores e fortalecer a bolsa.” Entre essas condições está a estabilidade política e econômica. A aprovação da reforma trabalhista em 2017 foi um passo relevante nessa direção, segundo especialistas. Mas a demora para a aprovação da reforma da Previdência, o risco Brasil e uma agenda política conturbada podem levar os investidores a buscar outras opções.
Na essência, o papel do mercado de capitais é fazer a ponte entre os investidores e as empresas que precisam de recursos para seus projetos. “No Brasil, o BNDES tem desempenhado esse papel, mas o ideal é que a instituição atue como intermediário e parceiro do mercado de capitais, e não como o principal provedor de recursos aos projetos privados”, diz Passos.
Para Arthur Moraes, especialista em mercado financeiro na escola de negócios Ibmec de São Paulo, o fortalecimento do mercado de capitais depende também da modernização das empresas. Entre as 120 maiores companhias do mundo em valor de mercado, apenas cinco são brasileiras: Petrobras, Itaú Unibanco, Bradesco, Ambev e Vale. “Não há nenhuma empresa de tecnologia nessa lista, e isso é preocupante”, diz Moraes. “As empresas de tecnologia são justamente as mais inovadoras, e não é por acaso que elas lideram o ranking global das empresas mais valiosas.”

Fonte: EXAME