quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

O SORTUDO GARIMPEIRO, NEGÃO DA ANTA......





Juína.,no estado do Mato Grosso., foi palco de uma grande corrida de garimpeiros na decáda de 1980...lá tinha varios garimpos de diamantes..o diamante de Juína.,não era em sua totalidade para ser usado em joías.,lá tinha mais o diamante industrial.,muito usado pelas industrias aeronauticas e outras....o que perdia em qualidade o garimpo de Juína.,ganhava em produtividade.
Ali tinhas vários garimpos.,mais dois se destacaram dos demais: o garimpo do 180 e o do arroz.
O trabalho nestes garimpos eram bem cansativos.,pois dependiam muito do esforço fisico.,quem nem sempre eram bem compensados.
Trabalhavamos por em média 15 dias.,ai pegavamos nossas comissões e iamos para "festar" na cidade....em Juína na epóca tinha muitos hoteis aonde ficavam os compradores de diamantes.
Mais uma das figuras mais "emblematica" que conheci foi o negão da anta...esse era seu nome...assim ele era conhecido...o negão da anta era um calejado e experiente garimpeiro.,porém não parava em lugar nenhum...vivia mais de reco(quando se lava um material que ja foi usado a procura de alguma sobra de garimpo)_..pois bem,o negão da anta sempre vivia rodado em Juína.,quase sempre em alto estado de embriagues fazendo ponto na rodoviária de Juína....gostava de uma mulher.,porém esta nem bola dava para ele.,devido ao seu pessímo estado,tanto financeiro como fisíco...certa vez o negão pediu a um conhecido comprador de diamante que lhe fornece vivéres.,pois ia tentar a sorte no garimpo do arroz.....era comum na epóca os compradores de diamantes fornecerem os vivéres necessários bem como o material para garimpagem.,em troca de 50./. do que fosse achado...se não achasse nada o prejuizo seria dos dois...neste dia outros compradores negaram dar a compra para o negão.,pois ja tinha perdido dinheiro com ele...porém teve um que arriscou..e la foi o negão contente e feliz atras da sorte..
no segundo dia de "reco" o negão achou uma pedra de diamante..e não era uma pedra qualquer...foi considerada umas das mais grandes e valiosas que ja foram achadas em Juína...diz o negão que quase desmaiou quando viu a "bitela"...largou tudo e voltou a Juína e foi procurar o comprador que lhe havia financiado a empreita..o comprador era uma pessoa honesta e integra., e mandou que o diamante fosse avaliado em Bruxelas.,na bolsa de diamante(fotos por fax..)..veio a avaliação e autorização de compra da mesma...e ai surgiu um pequeno problema!!!.,o negão da anta não tinha documento!!!.,só sabia do nome da cidade em que nascera na Bahia..e como dinheiro é dinheiro.,com tres dias o negão ja tava documentado e com conta aberta em banco e etc..tal....com a parte que lhe coube.,o negão comprou um hotel na cidade(hotel este que ja tinha sido enxotado várias vezes por não ter dinheiro para pagar...)...comprou um carro santana(era o top da epóca)...e é lógico!!!casou com a amada que de repente descobriu que o amor da vida dela era o negão da anta!!!!!..o sócio na pedra(comprador)...arrumou um bom administrador para o restante do dinheiro que foi aplicado em gado....á partir daquele dia o negão da anta.,passou a ser o Sr. Negão da Anta!!!!!
ai entra uma velha máxima do garimpo...."a sorte não escolhe pessoas....vem para as pessoas"..naquele dia muitos negaram ajudar o negão na compra dos vivéres..um acreditou...e este a sorte veio....





Fonte: Portal do Geólogo

‘INVASÃO’ CHINESA INFLACIONA MERCADO DE PEDRAS PRECIOSAS

‘INVASÃO’ CHINESA INFLACIONA MERCADO DE PEDRAS PRECIOSAS









Cinquenta metros abaixo do chão, trabalhadores caminham na Mina do Cruzeiro por túneis estreitos, abertos na rocha e cheios de poças de água, para extrair a pedra que caiu no gosto do mercado de luxo da China – turmalinas. As pedras são exportadas em forma bruta, lapidadas na China e lá transformadas em anéis, brincos e pingentes para chinesas endinheiradas.
O aumento do interesse chinês por turmalinas e outras pedras preciosas do Brasil já provoca uma pequena revolução no mercado de gemas. O apetite da China literalmente salvou empregos em algumas cidades do interior de Minas, mas também é motivo de preocupação.
Cinquenta metros abaixo do chão, trabalhadores caminham por túneis estreitos, abertos na rocha e cheios de poças de água, para extrair a pedra que caiu no gosto do mercado de luxo da China. Com pás, picaretas e furadeiras, uma centena deles retira todos os dias quilos e quilos de turmalina na Mina do Cruzeiro, no município de São José da Safira, interior de Minas Gerais. As pedras são exportadas em forma bruta, lapidadas na China e também lá transformadas em anéis, brincos e pingentes usados por chinesas endinheiradas.
O aumento do interesse chinês por turmalinas e outras pedras preciosas e semipreciosas de cor do Brasil é ainda uma novidade, mas já provoca uma pequena revolução no mercado de gemas. Os chineses tornaram-se mais visíveis como compradores depois da crise financeira mundial de 2008, quando os compradores tradicionais – americanos e europeus – se retraíram. A demanda da China literalmente salvou empregos em algumas cidades do interior de Minas Gerais – o Estado mais tradicional na produção e venda de “pedras coradas” do país – que são centros de exploração ou comércio de pedras. Mas o apetite asiático também é motivo de preocupação.
Grandes joalherias brasileiras que usam em suas peças pedras nacionais viram quase de uma hora para outra compradores chineses arrematando grandes lotes de turmalinas, topázios, águas-marinhas e muito quartzo. A disponibilidade de pedras para o mercado nacional diminuiu, ao mesmo tempo em que os preços explodiram. Algumas pedras estão sendo vendidas a preços 400% superiores aos que eram praticados há quatro anos e muitos produtores acabam privilegiando fazer negócios com os chineses porque eles estariam em geral mais dispostos do que os compradores brasileiros a pagar mais pelas pedras, compram lotes maiores e pagam à vista.
Um dos efeitos do aquecimento do mercado pela China se vê nas minas. Segundo o chefe do escritório do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) em Governador Valadares, Marlucio Dias de Souza, há um movimento de reabertura de minas na região.
Marcos de Moura e Souza/Valor / Marcos de Moura e Souza/ValorO resultado do trabalho na Mina do Cruzeiro
Em seu discreto escritório na cidade, Douglas Willian Neves, um dos proprietários da Mina do Cruzeiro, diz que antes da crise de 2008 a China representava 20% de suas vendas. Hoje, representa 80%. Neves está à frente também da Nevestones, empresa de compra e venda de gemas. “A China aqueceu o mercado. Eles compram de tudo, pedras para joias e para bijuterias. Antes de 2008, até o cascalho de turmalina [pedras pouco aproveitadas para lapidação, mas que têm valor para coleções e entalhes], que custava US$ 200 o quilo, hoje custa US$ 3,5 mil.”
Outro comerciante de pedras preciosas e semipreciosas de Valadares, José Henrique Fernandes, dono da Pinkstone International e da Mina de Aricanga, diz: “Se não fossem os compradores asiáticos, nós, pedristas, teríamos quebrado. Exportávamos para o mercado dos EUA e da Europa, mas, com a crise, a tendência dos preços era cair”.
Não se trata apenas de uma substituição do mercado. Os empresários que produzem pedras dizem que com os chineses – e em menor escala outros novos clientes da Índia e Rússia e de alguns países asiáticos – compram mais do que os americanos e europeus.
Em 2009, a China já era o principal destino das exportações de pedras brutas brasileiras. Naquele ano, Hong Kong sozinha comprou US$ 6,5 milhões e a China continental mais US$ 6,2 milhões. Em 2011, as vendas para cada um estavam na casa dos US$ 11 milhões. Para a Índia, as exportações saltaram de US$ 4,1 milhões para US$ 9,5 milhões. No mesmo período as exportações para os EUA ficaram num nível bem inferior: de US$ 3,8 milhões em 2009 para US$ 4,7 milhões no ano passado. Para a Alemanha, a maior economia da Europa, foram de US$ 1 milhão para apenas US$ 1,5 milhão.
Marcos de Moura e Souza/Valor / Marcos de Moura e Souza/ValorLapidador em Valadares trabalha em turmalina
Quando a China começou a abrir sua economia, o consumo local por pedras preciosas era quase todo limitado ao jade, pedra verde com longa tradição no país e que era usada para joias, estatuetas e talismãs, diz Hécliton Santini Henriques, presidente do Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM), cujos escritórios ficam em Brasília e em São Paulo. Com a abertura, outras pedras ganharam espaço. Comerciantes de diamantes foram um dos primeiros a se estabelecer. Depois, veio o forte consumo de platina. “De três anos para cá, os chineses começaram a descobrir a cor, a variedade de pedras de cor. E começaram a comprar turmalina, principalmente a vermelha. Daí essa valorização brutal”, diz Henriques. “Eles também compram quartzo rutilado e a demanda por esmeraldas está em um processo de crescimento.”
Esse interesse, trouxe à região de Valadares um tipo diferente: o comprador chinês de pedras preciosas. “Os chineses ficam circulando por aqui, nas cidadezinhas menores, como São José da Safira, por exemplo. Estão em todo o lugar. Nos garimpos ilegais, eles dominam”, diz Douglas Neves. Em Curvelo e Corinto, municípios da região central de Minas e onde o forte é o quartzo, chineses também passaram a fazer parte da paisagem e da economia locais.
Esses compradores são tipos sui generis, segundo a descrição que se ouve entre empresários: andam de chinelo, mal vestidos, dormem em pensão ou às vezes debaixo de lona no mato e falam um português arrevesado (quando falam). E, apesar da aparência, compram lotes de pedras com dinheiro vivo, à vista – muitas vezes pagam adiantado por uma produção. São eles que passaram a concorrer com vários compradores de pedras brasileiros.
Parte das pedras sai do subsolo de Minas Gerais de modo ilegal e entra também de modo ilegal no mercado. Não há consenso entre empresários e autoridades, qual o peso da extração e do comércio clandestino no comércio total de pedras no Brasil. Mas até o DNPM em Valadares admite que o número de minas sem autorização de funcionamento deve ser muito maior do que as meras dez autorizadas em todo o leste e nordeste do Estado. Quanto ao envio das pedras para o exterior, o caminho alegadamente mais fácil para quem está no mercado clandestino é o de subfaturar lotes de pedras – algo difícil de ser captado pelas autoridades.
Para os produtores e comerciantes de maior porte, como Neves e Fernandes, a porta para o mercado externo costuma ser outra. Como vários exportadores brasileiros, José Henrique Fernandes, participa da feira de joias e gemas de Hong Kong, a Jewellery and Gem Fair. É lá onde faz muito de seus negócios. “Antes participávamos das feiras de Tucson, Nova York e Las Vegas (EUA) e na Basileia (Suíça). Hoje, nos concentramos só nas feiras de Hong Kong, que não atrai só compradores chineses, mas americanos e europeus.” Na edição de setembro da feira (são três edições anuais), das 35 empresas no pavilhão do IBGM, 30 são de Minas, segundo Hécliton Henriques.
O Brasil é, segundo o IBGM, o maior produtor de pedras coradas em termos de variedade. Produz mais de cem tipos de gemas, num mercado que só aqui movimenta entre US$ 250 milhões e US$ 300 milhões. Estimativas citadas pela instituição em seu site apontam o Brasil como a fonte de cerca de um terço do volume das gemas do mundo – sem levar em conta diamantes, rubis e safiras. Dois Estados são grandes produtores e polos de negócios: Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Minas é o maior produtor em termos de valor.
De uma lavra de turmalina, topázio imperial ou água marinha no interior de Minas, até a vitrine de uma joalheira brasileira num shopping de São Paulo, por exemplo, o caminho costuma ser mais ou menos o mesmo. Começa com o empresário, o dono da lavra; passa pelos representantes das empresas de joias que vão a campo ver e escolher os lotes de pedras; segue para as mãos de lapidários; dos designers e da equipe de montagem da indústria joalheira e pronto, as peças estão à disposição dos clientes. Se o efeito China é ótima notícia para quem investe e trabalha na ponta inicial dessa cadeia, para os demais é um estorvo.
Os lapidários, por exemplo, parecem estar em fase de extinção. “Aqui em Valadares havia há uns 10 ou 15 anos cerca de 2 mil oficinas de lapidação. Hoje são no máximo 50”, diz Ronaldo Rodrigues Barbosa, 45, ele mesmo um lapidário. É a velha questão dos custos da mão de obra: enquanto no Brasil o preço do trabalho por quilate oscila de US$ 0,80 a US$ 1,20, na China, fica entre US$ 0,25 e US$ 0,35. Um grama é equivalente a 5 quilates. Barbosa conta que muitos de seus colegas de profissão ficam duas ou três semanas sem trabalho; outros tantos simplesmente abandonaram o ramo porque os clientes que tinham passaram a contratar lapidários na China e na Índia.
Mas quem se queixa mais da concorrência asiática são mesmo as empresas de joias que dependem da oferta das pedras nacionais. “Tivemos de rever o tamanho das pedras de algumas de nossas coleções. Antes, podíamos fazer o que quiséssemos com pedras de quaisquer tamanhos, hoje já não é mais assim”, diz Rodrigo Robson, designer da Vivara, empresa paulistana, fundada em 1962, que se apresenta como a maior rede varejista de joalherias do Brasil. Segundo ele, a maioria dos fornecedores de pedras da empresa são de Minas Gerais. Topázio e quartzo são as duas mais usadas nas joias de Vivara. “O que estamos percebendo é uma diminuição na oferta de pedra bruta. As pedras maiores vão para a China.”
Daniel Sauer, diretor da Amsterdam Sauer, sediada no Rio, diz: “Se eu quiser comprar, tenho de pagar o preço que eles [chineses] estão pagando ou mais. E tem pedras que eles estão pagando o dobro e ninguém quer pagar mais”. “A China não está apenas comprando commodities. Está consumindo muito produto de luxo e a joia está nesse contexto.”

A vantagem de sua empresa, diz ele, é estar há 70 anos no mercado, enquanto os chineses ainda não estabeleceram uma base de confiança com muitos fornecedores. Os chineses, no entanto, compram quantidades maiores e pagam valores acima do que as joalherias nacionais estão dispostas a pagar.
Em Belo Horizonte, a grife joalheira mais conhecida da cidade, a Manoel Bernardes, desistiu de depender da pedra preciosa de cor brasileira. “Comprávamos mais de Minas Gerais, mas hoje 80% das pedras brutas de cor que compramos vêm da África, de Moçambique e Nigéria. Às vezes também do Paquistão”, diz Marcelo Bernardes, que junto com o irmão, Manoel, dirige a empresa fundada pelo pai. A vantagem, diz ele, é que a oferta africana é maior e mais contínua.
Segundo Bernardes, a oferta brasileira de pedras é pequena e os produtores preferem vender mais para quem paga mais, que são os chineses atualmente. “É difícil para nós pagarmos o preço que eles pagam. Sai mais barato comprar em Moçambique do que aqui”.
Nem todos veem assim. Raymundo Vianna, um dos maiores exportadores de joias do Brasil, com vendas para 112 países, é um deles. Dono da Vianna Brasil, ele diz que se fosse depender de pedras importadas para competir mundo afora seria derrubado pela carga tributária do Brasil, que onera pedras preciosas de fora em 40%. “Nossa empresa já está tendo dificuldade de adquirir matéria-prima no Brasil. Se continuar assim, a empresa não terá condições de sobreviver.”
Presidente do Sindicato da Indústria de Joalheria, Bijuteria e Lapidação de Gemas de Minas Gerais (Sindijoias-MG), Vianna defende medidas drásticas do governo: estancar a saída de pedra bruta do Brasil e motivar empresas de joias e lapidação a se instalarem aqui. “Algo tem de ser feito, senão acaba a indústria da joia no Brasil.”


Fonte: CPRM

terça-feira, 31 de dezembro de 2019

19 FATOS INTERESSANTES SOBRE OURO

1 — A maior barra de ouro do mundo pesa 250 kg;
2 — Já foi achado ouro em todos os continentes do planeta;
3 — Ouro é comestível, sabia?
4 — O corpo humano contém, em média, 0,2 miligramas de ouro, que fica no sangue;
tio patinhas
5 — Pesquisadores já encontraram vestígios de ouro nas folhas de eucalipto;
6 — Medalhas olímpicas de ouro contêm apenas 1,34% de ouro;
7 — Todo o ouro já extraído do mundo caberia em três piscinas olímpicas;
8 — Uma aliança de ouro perde, em média, 6 miligramas de ouro por ano pelo simples fato de ser usado;
ouro
9 — Há 20 milhões de toneladas de ouro nos oceanos;
10  — Quase todo o ouro do Planeta vem dos meteoritos que bombardearam a Terra há 200 milhões de anos;
11  — Quanto maior o quilate do ouro, mais ele é puro;
12  — O ouro de 24 quilates derrete a uma temperatura de 1.063ºC;
ouro
13  — Quase metade do ouro já mineralizado veio do mesmo lugar: Witwatersrand, na África do Sul;
14 — Em 2014, crianças de Dubai puderam participar de um programa que paga 2 gramas de ouro para cada quilo emagrecido por elas;
15 — Aurofobia é o medo excessivo de ouro;
16 — 11% de todo o ouro do mundo está em posse das mulheres indianas;
ouro
17 — A moeda mais cara do mundo é a de US$ 1 milhão, da Austrália. Ela pesa mil quilos e é feita de 99,99% de puro ouro, o que faz com que seu valor real seja de US$ 45 milhões;
18 — O motor dos carros da McLaren que participam da Formula1 é feito com ouro;
19 — O alquimista Henning Brand acreditava que seria possível destilar ouro da urina humana, e depois de estocar 1.500 galões de urina e ferver esse material, ele acabou descobrindo o fósforo.


Fonte: Mega Curioso

O QUE É MAIS RARO: OURO OU DIAMANTES?

Adornos de ouro, diamantes ou os dois combinados são utilizados desde a Antiguidade como símbolos de status e riqueza. Porém, em um duelo de raridade, qual dos dois seria mais difícil de se encontrar? Ambos podem ser reproduzidos em laboratório, mas será que isso afetou o valor ou status deles? Veja abaixo as condições de formação de cada um, com suas características específicas.

Ouro

O metal é um dos mais raros elementos encontrados no planeta Terra. Sempre muito valorizado, sua origem ocorreu após a colisão de estrelas de nêutrons, segundo Ulrich Faul, cientista e professor do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Após o acontecimento, enquanto a Terra se formava, os elementos mais pesados, como o ouro, se depositaram no centro, restando pouco material próximo à superfície.

"É possível encontrar ouro em inúmeros locais, mas sempre em baixíssimas concentrações, o que inviabiliza sua mineração", afirmou Yana Fedortchouk, professora de Ciências da Terra e codiretora do Laboratório de Pesquisa Geológica Experimental de Alta Pressão da Universidade Dalhousie, em Halifax, no Canadá.
Segundo dados fornecidos pela pesquisadora, a concentração média de ouro na crosta terrestre é de 4 partes por bilhão, ou seja, baixíssima. Como comparação, para que determinado local seja considerado viável economicamente à mineração, precisa apresentar pelo menos 5 mil partes por bilhão.
Desde a Antiguidade, cientistas tentam encontrar a fórmula mágica para produzir ouro em laboratório — estão incluídos nessa lista algumas figuras históricas, como Isaac Newton, Roger Bacon e Robert Boyle. Glenn T. Seaborg, em 1980, conseguiu elaborar o tão desejado metal de forma artificial, mas o custo da produção se mostrou tão alto que o experimento se limitou à demonstração dessa possibilidade.

Diamantes

Sem a necessidade de eventos astronômicos de grandes proporções, os diamantes são basicamente carbono, que conhecemos bem como o grafite de nosso lápis, altamente pressurizado. A concentração média do material na crosta terrestre é de 200 mil partes por bilhão, de acordo com o geólogo William Fyfe  muito mais do que o necessário para um local ser considerado uma mina de ouro. Mesmo assim, sua valorização ocorre mais pela dificuldade em sua mineração do que propriamente pela concentração.
"Diamantes só podem ser produzidos no manto da Terra e precisam, de alguma maneira, ser trazidos à superfície, mas podem também ser formados durante o impacto de meteoritos", disse Fedortchouk, mas o material dificilmente é uma gema valiosa. Ela ainda complementa: "Os diamantes que surgem no fundo do manto da Terra podem ser trazidos pelo magma ou durante a lenta elevação das rochas profundas, nos processos de crescimento das montanhas. O problema é que, durante esse processo, os diamantes se transformam em grafite e nunca aparecem como pedras preciosas".
Diferente do ouro, diamantes podem ser produzidos em laboratório de maneira relativamente fácil, mas as condições de produção natural são um tanto quanto extremas.
Sua formação exige a presença de carbono a 150 quilômetros de profundidade, que precisa ser aquecido a 1204 °C enquanto sofre uma pressão de 5000 MPa (o concreto convencional possui resistência de 25 MPa). Após esse processo, é necessário que o recém-formado diamante seja trazido rapidamente até a superfície por uma erupção vulcânica, para que seja resfriado e mantenha as propriedades adquiridas.

Disputa acirrada

Quando consideramos todo esse complexo processo, as gemas de diamantes mineráveis precisam de muito mais esforço para serem encontradas. A questão se inverte quando é levada em conta somente a forma elementar do material, onde o ouro ainda se mostra mais raro.
Outra importante questão é que, ao contrário do ouro, diamantes conseguem ser produzidos em laboratório de forma economicamente viável. Mesmo assim, as pedras sintéticas não são tão valorizadas — o valor se mantém 30% menor do que o cobrado por pedras naturais.
Segundo Faul, essa questão torna a utilização desse tipo de pedra muito mais comum, pois “os diamantes, abaixo de um certo tamanho, não valem a mineração. Quem quer comprar um diamante que precisa de uma lupa para ser observado?”. Ele ainda complementa, dizendo que “o ouro é mais abundante do que os grandes diamantes, mas os diamantes como uma classe de material não são particularmente raros. Acho que parte da sua reputação tem a ver com relações públicas surpreendentes”.
Cada uma com suas peculiaridades e raridades específicas, tanto ouro quanto diamantes vão continuar significando status e riqueza para quem utiliza adornos produzidos com eles.

Fonte: Seleções

ARMAS DE CRISTAL SÃO ACHADAS EM ESCAVAÇÃO ARQUEOLÓGICA NA ESPANHA

Uma escavação na cidade de Valencina de la Concepción, na Espanha, encontrou relíquias pré-históricas na construção megalítica chamada de "Tholos de Montelirio". Dentre os objetos raros encontrados durante a pesquisa, estavam armas de cristal — objetos mortais feitos com pedras quase preciosas.
(Fonte: Archaeology World)
As escavações feitas em Valencina de la Concepción serviram para mostrar que mesmo em 3000 a.C., período do qual as armas foram datadas, os seres humanos já tinham algum tipo de fixação por cristais. Além das incríveis armas feitas desse material, os pesquisadores também encontraram no local algumas mortalhas, mantas utilizadas para enrolar cadáveres, decoradas com pequenas pedras de âmbar.

O local da escavação

A região onde fica Tholos de Montelirio foi objeto de escavação entre os anos de 2007 e 2010. A gruta foi construída originalmente com lajes feitas de argila, percorrendo um total de 43 metros, onde rituais de enterro eram feitos. O território sempre foi conhecido como boa região para a escavação de metais e, consequentemente, de cristais.
Ao que fica aparente, as pessoas que trabalhavam em Tholos de Montelirio aprenderam a moldar cristais de quartzo em armas. Entretanto, segundo especialistas, o local onde foram encontradas as armas não é associado com o tipo de cristais de rocha achados ali, o que indica que o material foi importado no passado.

Armas de cristal eram para a elite

(Fonte: Archaeology World)
Durante as escavações de Tholos de Montelirio, os arqueólogos encontraram mais de 20 indivíduos enterrados na câmara principal. Junto deles estavam algumas adagas de pedra, pedaços de marfim e algumas miçangas, mas nada que associasse as pedras de cristais, que ficavam em uma câmara separada, a eles. No total das armas de cristal, foram encontradas 10 pontas de flecha, quatro laminas e o núcleo de pedras de cristal no local.
Ao que os estudos indicam, as lâminas preciosas poderiam ser frutos de rituais espirituais voltados principalmente para a elite, visto que muitas civilizações acreditavam no simbolismo das pedras preciosas. Portanto, o fato das armas de cristal terem sido encontradas em uma câmara com uma maçaneta de marfim, outro material não derivado da região e de grande valor, sugere que estas eram parafernálias fúnebres para membros da elite espanhola.

Fonte: Megacurioso