segunda-feira, 9 de março de 2020

Entenda como funciona o circuit breaker, mecanismo para conter a volatilidade

Entenda como funciona o circuit breaker, mecanismo para conter a volatilidade



Ações3 horas atrás (09.03.2020 10:15)

© Reuters.  © Reuters.
 A disseminação do coronavírus, especialmente na Itália, que colocou uma série de cidades do Norte do país em quarentena, e a guerra entre a Arábia Saudita e a Rússia no mercado de petróleo têm o potencial de derrubar o Ibovespa no pregão desde segunda-feira (9). O mercado tentará balizar o impacto do surto de Covid-19, que fez com todos os principais índices da Europa caíssem em mais de 6% na pior movimentação intradiária desde o pânico de 2008, e do conturbado mercado de petróleo, que derrubou o preço do Brent em 20%.
Para evitar uma oscilação extrema nos ativos, a B3 poderá ativar o circuit breaker, mecanismo que suspende a negociação para proteger os papéis contra a excessiva volatilidade.
O caso mais recente em que o circuit break foi acionado pela B3 foi em 2017, mais especificamente no dia 17 de maio, conhecido como Joesley Day, A revelação de uma gravação que o então presidente Michel Temer encorajava a compra do silêncio do ex-deputado federal Eduardo Cunha e o operador Lúcio Funaro ambos presos pela Lava Jato derrubou o Ibovespa no pregão daquele dia.
Entenda abaixo como funciona o mecanismo:
10% - Se o índice variar mais de 10% em qualquer direção, os negócios são interrompidos por 30 minutos
15% - No retorno às atividades, se o Ibovespa atingir 15% de variação sobre o fechamento anterior a B3 poderá suspender o pregão por uma hora
20% - Caso a variação atinja 20%, a B3 poderá interromper por tempo indefinido a negociação.
Não há a aplicação de circuit breaker na última meia hora de pregão.
Considerando o fechamento de sexta-feira (6) a 97.996, a variação de 10% representa romper os 88.197 na margem inferior ou os 107.796 pontos. Os 15% representam 83.197 pontos e 112.696 pontos, enquanto os 20% correspondem a 78.397 pontos e 117.596 pontos.
Crise de 2008
O mecanismo foi adotado em cinco ocasiões durante a crise global em 2008, em 29 de setembro e em outubro, nos dias 6, 10 15 e 22. A maior variação diária ocorreu no dia 6 de outubro, quando o índice afundou 15,5% na mínima do dia. O circuit breaker também foi acionado nas vésperas da adoção do câmbio livre, em 13 e 14 de janeiro de 1999 e em diversas vezes em 1998 durante a crise russa e no ano anterior, na crise asiática. Em 11 de setembro de 2001, após os atentados às torres gêmeas em Nova York, a Bovespa suspendeu o pregão definitivamente às 11h15 quando o índice cedia 9,18%.
No mesmo ano, nos dias 13 e 28 de outubro e em 24 de novembro, a variação máxima para o positivo foi atingida com o Ibovespa superando os 14,6% no dia 13.
Ações em leilão
Já os papéis também podem entrar em leilão se registrarem uma variação grande em relação ao fechamento anterior. Variações acima de 3% já podem desencadear leilões curtos de 5 minutos de duração, que podem chegar até 30 minutos caso cedam mais de 50%.
Durante o leilão apenas são registradas ofertas de compra de valores iguais ou maiores que o da ação no momento da suspensão. Não há limite de vezes que um ativo pode entrar em leilão.


Fonte:Investing.com

Ibovespa cai 10% e aciona circuit breaker com nervosismo global; Petrobras derrete

Ibovespa cai 10% e aciona circuit breaker com nervosismo global; Petrobras derrete



Ações1 hora atrás (09.03.2020 12:37)

© Reuters. Operador na BM&F Bovespa, em São Paulo© Reuters. Operador na BM&F Bovespa, em São Paulo
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - A bolsa paulista começava a semana com fortes perdas, acionando o mecanismo de circuit breaker nesta segunda-feira pela primeira vez em três anos, após o Ibovespa cair 10%, em meio ao nervosismo global.
A correria de venda entre os investidores fazia Petrobras desabar mais de 20% e perder 81 bilhões de reais em valor de mercado, na esteira do tombo dos preços do petróleo no exterior.
Às 12:20, o Ibovespa caía 9,17 %, a 89.011,31 pontos. O volume financeiro somava 12,2 bilhões de reais.
Por volta de 10:30, a bolsa acionou o circuit breaker, quando o Ibovespa tocou 88.178,33 pontos, uma queda de 10,25%. Os negócios foram paralisados por 30 minutos. Na volta, o Ibovespa renovou mínima em 87.954,79 pontos, tocando patamares de dezembro de 2018.
A última vez que o circuit breaker foi acionado foi em 18 de maio de 2017, no que ficou conhecido no mercado como "Joesley Day", um dia após vir a público gravação de conversa entre o então presidente Michel Temer e o empresário Joesley Batista, bem como sua delação relacionada a atos de corrupção envolvendo políticos.
Nesta segunda-feira, o gatilho para as fortes vendas na bolsa veio do Oriente Médio, após a Arábia Saudita ter sinalizado que elevará a produção para ganhar participação no mercado, bem como cortado preços oficiais de venda de petróleo, o que fez os preços da commodity caírem mais de 30% no pior momento, o maior recuo diário desde a Guerra do Golfo, em 1991.
O Goldman Sachs cortou previsão para os preços do petróleo Brent para o segundo e terceiro trimestres de 2020 para 30 dólares o barril, "com possíveis quedas de preços para níveis de estresse operacional e custos de caixa bem próximos de 20 dólares o barril", conforme relatório a clientes.
As ações dos sauditas eram mais um componente negativo a um mercado já avesso a risco pelas preocupações relacionadas ao novo coronavírus. Wall Street tinha quedas ao redor de 6%.
"Ainda estamos passando por um momento perigoso, com extrema volatilidade...não bastasse a piora no quadro da epidemia de coronavírus ameaçar estancar todo o crescimento econômico previsto, neste final de semana tivemos a guerra aberta pela Arábia Saudita no front da produção de petróleo contra a Rússia", chamou a atenção a equipe do BTG Pactual (SA:BPAC11).
Isso "pegou uma mercado fragilizado, ainda muito comprado levando os investidores ao pânico", destacou em nota a clientes, ressaltando que, neste momento, é necessário muita cautela, enquanto agentes estão ainda na fase de descoberta de quais os preços estarão corretos para as novas condições de PIB global.
De acordo com o gestor Werner Roger, sócio-fundador da Trígono Capital, muitos investidores reagem em situação de pânico, mas ainda não se pode dizer nada sobre a duração ou intensidade do estresse experimentado pelos mercados. "Cada dia surge um fato novo. Pode sair um fato novo positivo que reverte tudo, ou outro que piora mais ainda."
DESTAQUES
PETROBRAS PN (SA:PETR4) afundava 24,3% e PETROBRAS ON (SA:PETR3) derretia 23,2%, afastando-se das mínimas, contudo, quando o declínio chegou a representar uma perda de quase 81 bilhões de reais em valor de mercado. A Petrobras disse que está monitorando o mercado de petróleo, mas considera que é cedo para falar de impactos sobre suas operações. No exterior, os preços do petróleo também reduziram a queda e o Brent caía 'apenas' 19%.
- VALE ON (SA:VALE3) mostrava declínio de 9,3%, contaminada pela onda de vendas generalizadas, com o minério de ferro na China também fechando em baixa. A Vale também divulgou nesta segunda-feira que o talude norte da cava de sua mina de Gongo Soco, em Barão de Cocais (MG), "continua deslizando para dentro da estrutura".
- ITAÚ UNIBANCO PN perdia 6,2% e BRADESCO PN (SA:BBDC4) caía 6,6%, também afetados pelo clima negativo no mercado como um todo. BTG PACTUAL UNIT liderava as perdas entre os bancos do Ibovespa, com queda de 12%.
- VIA VAREJO ON despencava 16%, também entre as maiores quedas, tendo de pano de fundo forte valorização do papel em 2019 e no começo do ano. A rival MAGAZINE LUIZA ON (SA:MGLU3) perdia 8%.
- HYPERA ON caía 8%, tendo no radar resultado divulgado após o fechamento do mercado na sexta-feira, com queda de 22,9% no lucro líquido do quarto trimestre, para 238,8 milhões de reais no quarto trimestre de 2019. A empresa afirmou em teleconferência sobre o resultado que deve reduzir promoções e descontos em 2020 e contratar hedge para aquisição de parte de ativos latino-americanos da Takeda.


Fonte: Reuters

domingo, 8 de março de 2020

Novo “crash” do petróleo? Preço desaba 20% com disputa entre Rússia e Arábia; Ásia cai e Wall Street perde 5%

Novo “crash” do petróleo? Preço desaba 20% com disputa entre Rússia e Arábia; Ásia cai e Wall Street perde 5%




08/03/2020 - 23:11
A divisão entre Opep e Rússia reviveu temores relacionados ao “crash” do mercado de petróleo de 2014 (Imagem: Reuters/Brendan McDermid)
Os preços do petróleo desabam mais de 20% neste domingo após a Arábia Saudita implementar cortes nos preços e de produção da commodity em uma resposta à decisão da Rússia de não concordar no plano do país do Oriente Médio que visava cortes de produção por meio da Opep.
Há instantes (23h), o petróleo Brent despencava 23%, a US$ 35. Já o WTI negociava com uma queda de 23,8%, a US$ 32.
Na sexta-feira, a queda de 10% para ambos já tinha sido a maior em 11 anos.
Em Wall Street, os índices futuros recuaram até o limite de 5% e agora operam com baixa de aproximadamente 4%.
Na Ásia, o índice Nikkei terminou em baixa de 5,7% e o Hang Seng recuou 4%.
As ações da petrolífera estatal saudita Aramco caíram 9% neste domingo abaixo do preço de oferta pública inicial (IPO) pela primeira vez desde que começaram a ser negociadas em dezembro. O mercado saudita fechou em queda de 8,3%.
A divisão entre Opep e Rússia reviveu temores relacionados ao “crash” do mercado de petróleo de 2014, quando os sauditas e os russos passaram a brigar por participação no mercado com produtores dos EUA, que nunca participaram de acordos para limitar a oferta.


Fonte:  Reuters

Cotação do petróleo desaba mais de 30% após Arábia Saudita anunciar corte de preço e aumento de produção

RIO e NOVA YORK - Os preços do petróleo desabaram mais de 30% no mercado internacional, num tombo que só fica atrás daquele registrado durante a Guerra do Golfo, em 1991. A queda é consequência do aumento da tensão entre os países membros da Organização Mundial do Petróleo (Opep), que não chegaram a um acordo que visava diminuir a produção do óleo por conta dos impactos econômicos globais causados pela emergência global do novo coronavírus.
Os contratos futuros do barril de petróleo tipo Brent, negociados na Bolsa de Londres, operam com forte perda, tendo chegado a US$ 31,02. O Goldman Sachs alertou que o preço poderia chegar a próximo de US$ 20 por barril. 
Na sessão da última sexta-feira, o preço estava em queda, na faixa dos US$ 45, com o mercado repercutindo a falta de acordo na Opep.
A causa do mergulho no preço do petróleo nesta sessão foi a decisão unilateral da Arábia Saudita de cortar os preços dos barris produzidos em seu território, dando início a uma "guerra de preço" em relação à commodity.
O cataclismo terá impacto em toda a indústria de energia, desde gigantes como a americana Exxon Mobil a pequenos produtores de petróleo. Nações com economias dependente do setor de óleo também devem ser afetadas, caso de Angola. Pode haver ainda um revés no combate às mudanças climáticas com os combustíveis fósseis se tornando mais competitivos que opções de fontes renováveis.

Fonte: O Globo

Gemas do Brasil, OPALA NEGRA PEDROII