quarta-feira, 9 de setembro de 2020

DISTRITOS AURÍFEROS DO BRASIL



DISTRITOS AURÍFEROS DO BRASIL - TIPOS DE DEPÓSITOS ENCONTRADOS

SEIS PRINCIPAIS TIPOS DE DEPÓSITOS DE OURO ENCONTRADOS NO BRASIL

1. DEPÓSITOS ASSOCIADOS A AMBIENTES VULCANO-SEDIMENTARES DO TIPO GREENSTONE BELT

O ambiente GREENSTONE BELT constitui seqüência de rochas vulcânicas e sedimentares afetadas por metamorfismo de baixo grau, e em geral de idade arqueana ou paleoproterozóica, distribuídas em escudos Pré-cambrianos. No Brasil representam o principal ambiente geológico para ouro. Mais de 60% do território brasileiro é constituído por escudos pré-cambrianos que contem seqüências desse tipo de deposito com depósitos cujas reservas somam mais de 1000t de ouro.

O principal e mais tradicional GREENSTONE BELT produtor de ouro no Brasil é o do Rio das Velhas no Quadrilátero Ferrífero contendo as importantes minas de Morro Velho, Raposos, Cuiabá, etc.


No greenstone belt do Rio Itapicurú, Bahia, a principal jazida em operação é a de Fazenda Brasileiro encaixada em xistos máficos dentro de zonas de cisalhamento preenchidas por veios de quartzo-carbonático. Situação semelhante se da na jazida Mina III no greenstone belt de Crixás em Goiás.

Ambientes do tipo greenstone belt também, são identificados na província de Carajás e todos apresentam mineralizacões de ouro. No entanto, o principal produtor é o Grupo Itacaiúnas de grau metamórfico mais elevado. As principais jazidas são a do Igarapé Bahia e a do Salobo onde o ouro ocorre associado ao cobre.

Seqüências vulcano-sedimentares foram identificadas na região Centro-Oeste e definidas como arcos magmáticos mais recentes, no Neoproterozóico, com características bastante diversas dos greenstone belt mais típicos arqueanos. No entanto, estas são também produtoras de ouro tendo como exemplo as jazidas do Posse, Zacarias e Chapada na região de Mara Rosa.

2. DEPÓSITOS ASSOCIADOS À META-CONGLOMERADOS DE IDADE PALEOPROTEROZÓICA

Trata-se de um depósito clássico no mundo tendo como padrão os tradicionais depósitos de ouro associado ao urânio e a pirita nos membros basais da bacia de Witwatersrand na África do Sul, responsáveis por aproximadamente 1/3 da produção de ouro anual no mundo. A mineralizacão e do tipo stratabound e estratiforme já que se relaciona a horizontes sedimentares específicos. Os meta-conglomerados são caracteristicamente do paleoproterozóico e repousam sobre embasamento arqueano, geralmente em proximidade com ambientes greenstone belt, que supostamente serviram como fonte do ouro depositado nos meta conglomerados.

No Brasil este tipo de deposito ocorre associado à meta-conglomerados da Formação Córrego do Sitio na região de jacobina, Bahia, e Formação Moeda, no Quadrilátero Ferrífero. No entanto os depósitos econômicos situam-se apenas em Jacobina, representados pelas minas de Canavieiras e João Belo que conjuntamente apresentam reservas da ordem de mais de 300 t de ouro e uma produção acumulada da ordem de 20 t.

3. DEPÓSITOS ASSOCIADOS A ITABIRITOS


Este tipo de deposito, genericamente denominado de Jacutingas, tem um caráter regionalizado já que ocorrem exclusivamente associações às formações ferríferas do supergrupo Minas na região do Quadrilátero Ferrífero e adjacências. São depósitos em geral de pequena tonelagem podendo, no entanto atingir altos teores que no caso da mina Gongo Soco pode variar de 20 a 34gAu/t. Este ouro é por vezes extraído como subproduto do minério de Ferro e tem como característica peculiar à ocorrência de Paládio formando uma liga com o ouro.






4. DEPÓSITOS ASSOCIADOS A SEQÜÊNCIAS METASSEDIMENTARES DE NATUREZAS DIVERSAS

Depósitos desse tipo são definidos como aqueles associados aos ambientes predominantemente metassedimentares cuja contribuição vulcânica, quando presente, e subordinada. Essas seqüências são principalmente de idade Proterozóico.



Em Paracatu (MG) o deposito do Morro do Ouro apresenta um dos mais baixos teores do mundo, da ordem de 0,6gAu/t, porem com reservas originais com mais de 100t de Au.o depósito esta encaixado em metassedimentos plataformais de idade Neoproterozóica e é compostos de filitos grafitosos ritmicamente intercalados com sedimentos clásticos e químicos onde o ouro ocorre em finas vênulas de quartzo. Depósitos com características semelhantes ocorrem na região do Rio Guaporé (MS) como o deposito de São Vicente, associado ao Grupo Aguapeí do Mesoproterozóico.

Na região dos Carajás os depósitos de Águas Claras, com aproximadamente 20t de ouro e o deposito de Serra Pelada encaixam-se em formações metassedimentares.

5. DEPÓSITOS ASSOCIADOS A INTRUSÕES GRANÍTICAS E VULCÂNICAS ACIDAS ASSOCIADAS

A principal área onde foi identificado este tipo de deposito, encontra-se na região do Rio Tapajós e na região de Peixoto de Azevedo (MT). Estas duas regiões são tradicionais produtoras de ouro aluvionar em garimpos. No entanto, mais recentemente uma serie de depósitos primários tem sido identificados em associação com rochas graníticas intrusivas anorogênicas do Mesoproterozóico, como a Suíte Maloquinha, na região do Tapajós e Suíte Teles Pires em Peixoto Azevedo.


Os vulcanismos ácidos que acompanharam essas intrusões também são mineralizados e caracterizam um ambiente de vulcanismo continental. Esses depósitos geralmente ocorrem na forma stockworks ou veios de quartzo. No Tapajós ocorrem também depósitos associados a intrusões graníticas do paleoproterozóico assim como mineralizacões associadas a seqüências vulcano-sedimentares, no entanto as reservas mais significativas ate o momento reportadas referem-se apenas aos depósitos aluvionares.

6. DEPÓSITOS ALUVIONARES 


As jazidas aluvionares são numerosas contendo mais de 100 cadastradas segundo o PNPO. As reservas conhecidas em cada depósito são, no entanto, em geral pequenas.Algumas exceções se restringem a áreas em que a mineração e conduzida por empresas organizadas como no rio Jequitinhonha (MG), onde são reportadas cerca de 15,6t de ouro como subproduto do diamante; Apiácas (MT) com 33t e Periquitos (RO) com 21,1t. As jazidas aluvionares foram as que mais produziram ouro no Brasil entre 1965 a 1997 com um total de aproximadamente371t seguida pelos depositos em ambiente tipo greenstone belt com 257t. Deve-se considerar que em muitos casos o ouro em aluvião tem sua fonte primaria relacionada às seqüências do tipo greenstone belt.

As principais regiões produtoras em aluviões estão concentradas na região Amazônica e atualmente são trabalhadas por garimpeiros. A produção oficial apresentada entre 1965 e 2001 na região do Rio Tapajós e de 130t; na região de Peixoto de Azevedo (MT) 50,4t; Alta Floresta (MT) 55,3t; e nos aluviões do Rio Madeira (fronteira AM e RO) alcançou 120t.


--- Os depósitos aluviais são muito retrabalhados e mutáveis devido à erosão fluvial. Depositados durante as secas ou nos locais de remansos quando cai a energia da corrente do rio, vão ser, em seguida, erodidos pela força da água da cheia ou pela mudança do curso do rio. Estruturas de estratificação cruzada de canal cut and fill são formadas assim. Normalmente são depósitos clásticos mal classificados e mal selecionados, de cascalho, areias e lamas, ambiente de aglomeração de metais pesados como o ouro. ( Foto ao lado Região do Rio Tapajós: bancos de areia mineralizados, draga flutuante de extração e o garimpo ‘Porto Rico’)


Fonte:Brasil Mineral

DIAMANTE-Depósitos Primários


Os kimberlitos, em termos mundiais, são muito mais abundantes que os lamproítos. Essas rochas ígneas constituem-se de uma matriz composta essencialmente de olivina, flogopita, serpentina e carbonato, tendo como principais minerais acessórios granada piropo, diopsídio, e ilmenita magnesiana, constituindo o diamante uma fase acessória muito rara. Os três primeiros minerais são conhecidos como KIMs (kimberlite indicator minerals), sendo os principais utilizados em campanhas de rastreamento e pesquisa de kimberlitos (Mitchell 1986).
Os pipes (ou chaminés) kimberlíticos (Figura 5) são circulares a ovais em planta e alcançam de algumas dezenas de metros até cerca de 1 km de diâmetro. Essas rochas podem conter fragmentos das rochas (“xenólitos”) por onde a intrusão passou até chegar à superfície terrestre, principalmente xenólitos de eclogito e peridotito, os quais provêm de grandes profundidades no manto, onde o diamante se forma, ou mesmo xenólitos de rochas da crosta terrestre, coletados em profundidades mais próximas da superfície (Mitchell 1986).
Figura 5. Modelo esquemático de formação e de intrusão de uma intrusão kimberlítica com diamantes na superfície terrestre e sua mineração (fonte: modificado de Gemas do Brasil).
Os kimberlitos têm natureza predominantemente intrusiva (embora lavas kimberlíticas também sejam reconhecidas). Na maior parte essas rochas formam agrupamentos de dezenas de corpos, sempre em áreas cratônicas continentais (escudos antigos e plataformas estáveis) aparentemente controlados por fraturas muito profundas da crosta. Tais rochas possuem idades desde proterozoicas até cretácicas; a maioria pertence a esse último período, parecendo que estão geneticamente associadas ao rompimento do paleocontinente Gondwana (Helmstaedt et al. 2010, Stachel & Luth 2015).

Fonte: CPRM

O que é um Diamante

 O diamante, também chamado de gema, é uma pedra preciosa formada por átomos puros de carbono em condições de cristalização. Pode ser encontrado em toda superfície da Terra e possui alto valor de mercado, sendo considerado uma das mais valiosas pedras preciosas.

Para ser comercializada a pedra deve passar por um processo que inclui lapidação e avaliação de suas características. O diamante é a pedra mais valorizada no comércio de pedras preciosas e sua gema é utilizada para a confecção de joias de luxo.
Apresenta uma dureza de 10 (valor máximo da escala de Mohs). Isto significa que não pode ser riscado por nenhum outro mineral ou substância, exceto o próprio diamante, funcionando como um importante material abrasivo.
Por serem pedras muito resistentes também são usadas no setor industrial para atividades de escavação. Os diamantes (tanto os naturais quanto os sintéticos) são utilizados como brocas de perfuração, principalmente na escavação de poços de gás e de petróleo.
Diamante

Origem do diamante

O diamante pode ser encontrado na superfície terrestre, mas não é neste local que ele é formado. As pedras existem há bilhões de anos e há relatos de que suas primeiras aparições na natureza aconteceram na Índia, aproximadamente 800 anos antes de Cristo.
O surgimento de um diamante é resultado final de um fenômeno natural que acontece em regiões muito profundas da Terra. As pedras surgem abaixo do manto terrestre, pela união de dois fatores naturais: a pressão que existe abaixo da terra e a concentração de altas temperaturas.
Os diamantes chegam à superfície terrestre a partir de erupções vulcânicas, embora estas erupções não sejam a causa ao seu surgimento. Foi por esse motivo que, por muito tempo, acreditou-se que os diamantes eram originados pelos vulcões em atividade.

Estrutura do diamante

O diamante é formado exclusivamente por átomos de carbono puro (C), não possuindo nenhuma outra substância na sua constituição.
Normalmente é encontrado na natureza na forma cúbica, com 8 lados (octaédrica). Podem chegar a ser encontrados cristalizados com até 48 lados (forma hexaquisoctaédrica). As pedras têm densidade aproximada de 3,5 gramas/cm3 e um índice de refração de 2,4, que garante seu brilho intenso.

Características de um diamante

O diamante possui algumas características específicas. Veja quais são as principais, que podem ajudar a identificar esta pedra preciosa.
  • É uma das mais duras e resistentes pedras preciosas.
  • Quando está sob luz solar reflete as cores que foram o arco-íris: amarelo, laranja, vermelho, azul, verde, anil e violeta.
  • É a pedra preciosa mais brilhante.
  • Não é arranhada por nenhum outro material, somente por outro diamante.
  • São condutores naturais de eletricidade.
  • Alguns tipos de diamante possuem a característica de refletir sob luz negra.

Avaliação dos diamantes

O valor de mercado de uma pedra de diamante é definido a partir da análise das seguintes características: nível de pureza, peso, tipo de corte e cor.
O método de avaliação dos diamantes é chamado de 4 C’s: Color (cor), Carat (peso), Clarity (pureza) e Cut (corte).

Cor da pedra

A cor dos diamantes é resultado do seu contato, ainda na natureza, com outras substâncias. Para analisar a cor da pedra existe uma escala que avalia a coloração dos diamantes. Essa escala considera desde os diamantes incolores até a mais alta intensidade de cor já encontrada.
A escala é classificada das letras D até Z. D corresponde aos diamantes incolores e Z corresponde aos amarelos.
Quanto mais rara for a cor da pedra, mais valioso será o diamante. Os diamantes sem cor são os mais facilmente encontrados na natureza. Já os diamantes em tons avermelhados são os mais raros.
diamante vermelhoO diamante vermelho é um dos mais raros e caros.

Peso da pedra

O peso é outra característica analisada para determinar o preço do diamante. O valor da pedra será proporcional ao seu peso, que é medido em quilates, que é equivalente a dois gramas.

Nível de pureza

A avaliação da pureza de um diamante também é fundamental para determinar o seu valor. Para avaliar quanto um diamante é puro são levadas em consideração características como qualidade da pedra, impurezas e existência de falhas em sua superfície.

Tipo de corte e lapidação

O corte do diamante é maneira como foi feita a lapidação da pedra. A lapidação traz brilho à pedra, aumentando a característica de reflexão das cores que compõem o arco-íris. Quanto melhor for o trabalho de lapidação, mais valor o diamante terá.
Para verificar a qualidade da lapidação do diamante são analisados dois critérios: a simetria das proporções da pedra e o acabamento do trabalho. Quanto mais simétrico e bem-acabado for o diamante, maior será o seu preço no mercado de pedras preciosas.

Preço do diamante

O valor de um diamante é variável, de acordo com a análise das suas características. No mercado mundial o preço médio de um quilate de diamante é aproximadamente 136 dólares.
diamante mais caro vendido custou 63 milhões de dólares. Tratava-se de uma pedra de diamante bruto com peso de 813 quilates.
maior diamante já vendido pesava 1109 quilates e foi vendido por 53 milhões de dólares.

Diamantes artificiais

A criação de diamantes artificiais surgiu a partir da ideia de aproveitar as características de resistência e durabilidade dos diamantes naturais. Além de reproduzir estas características, o diamante artificial tem a vantagem de ser mais barato em comparação aos naturais.

Métodos de produção

O método mais comum de produção de diamantes é a deposição por vapor químico. As pedras artificiais podem ser produzidas a partir de um quartzo que, em contato com gás químico e carbono, se decompõe e gera os diamantes artificiais.
Outro método, mais recente, permite a criação de diamantes sintéticos a partir de uma pedra de diamante natural. Este processo funciona como uma incubadora que, em alta pressão, derrete o diamante junto a uma cápsula de grafite. Esta técnica transforma o grafite em novas pedras de diamante sintético.

Diamantes no Brasil

O Brasil já foi um grande produtor de diamantes, mas perdeu espaço para outros países na extração do mineral. Hoje em dia vem recuperando espaço neste mercado, depois da descoberta de novas reservas de diamantes.
Atualmente o Mato Grosso é responsável por aproximadamente 87% da produção de diamantes no país. O estado conta com cerca de 150 regiões de garimpo.
Outros estados como Amazonas, Bahia, Pará e Rondônia também possuem minas de diamante, mas em menor quantidade.



Fonte: Seleções

Gemas do Brasil- TUDO SOBRE A OPALA NOBRE


Água-marinha Extra com 26 Quilates