quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Guia para descobrir pedras preciosas no Brasil

 

Guia para descobrir pedras preciosas no Brasil





Num guia completo, saiba descobrir pedras preciosas brasileiras, bem como cidades onde encontrá-las!

Por Mega Curiosidades
Desde a era colonial portuguesa, o Brasil foi reconhecido pela produção de pedras de qualidade em classe mundial. De modo que muitas regiões em todo o país são dependentes da mineração para o crescimento econômico. Algumas das pedras mais raras do mundo estão no Brasil, tornando-se um desejo no mercado mundial.
pedras preciosas no Brasil

Turmalina

Embora a turmalina possa ser encontrada em todo o Brasil, o seu principal centro de mineração está em Minas Gerais. Esse é o melhor destino para encontrar a turmalina em várias cores de laranja, amarelo, verde, azul e violeta. Entre todas as minas, a mais prolífica do estado é a mina de turmalina do Cruzeiro onde se encontram em maior quantidade. Dito isto, podem ser facilmente retiradas do solo e das paredes, sendo que as primeiras turmalinas rosas foram descobertas dessa forma.
No entanto, nenhuma turmalina é tão famosa quanto a Turmalina da Paraíba, que é encontrada apenas no norte da Paraíba. Essa pedra é capaz de se exibir num tom azul elétrico vivido com diferentes tons de verde vibrante. Afinal, a cor impressionante é, na verdade, o resultado de traços de microscópio de cobre presente na pedra.
pedra preciosa Topázio

Topázio

A pedra topázio mais famosa no Brasil é a Topázio Imperial. Ela é encontrada em apenas uma mina localizada no estado de Minas Gerais, perto de Ouro Preto. Curiosamente, a topázio representa todas as cores do sol, que vão desde rosa-claro e escuro até pêssego claro, vermelhos e amarelos vibrantes. Deste modo, a sua raridade e exclusividade tornam esta pedra ainda mais valorizada.
pedra preciosa Quartzo

Quartzo

O sul do Brasil é mais famoso por sua abundância de quartzo, especialmente no Rio Grande do Sul. O quartzo mais disponível no país é a ametista (a famosa pedra roxa), citrino, cristal de rocha e uma variedade de ágata. De antemão, a sua gama de cores é extraordinária, e as pedras valiosas mais acessíveis do Brasil estão a ser vendidas em lojas especializadas. Portanto, é possível encontrar várias nas principais cidades como Rio de Janeiro e São Paulo. Entretanto, o quartzo rutilado só pode ser encontrado na Bahia!
Diamantes no Brasil

Diamantes

O nosso país costumava ser uma das maiores fontes mundiais de diamantes. Hoje em dia, ainda representa um enorme pedaço do comércio de diamantes em todo o mundo. Nesse intervim, a mineração de diamantes tem existido desde os anos 1700 em Minas Gerais, mas também podem ser encontradas em todo o país. Desde então, é dito que o Brasil produz diamantes de alta qualidade em cores raramente exclusivas, bem como vermelho brilhante e verde profundo. Além do mais, há um grande número de diamantes aluviais que são encontrados nos rios brasileiros.
Pedra Opala no Brasil

Opala

As minas de opala muitas vezes se encontram opalas de fogo, que são laranjas profundos, vermelho e amarelado, mas a mais famosa é a versão brasileira. Essa pedra tem um fundo claro com várias manchas de cores vibrantes de amarelo, verde, púrpura, rosa e azul. Existem muitas fontes, mas a opala brasileira é encontrada principalmente no nordeste do país.
Mercado de pedras raras

Comprar pedras preciosas brasileiras

Os melhores lugares para comprar pedras raras são as grandes cidades como Rio de Janeiro e São Paulo. Então, lá é possível encontrar várias lojas que se especializam em pedras preciosas e peças de joias impressionantes. Como os joalheiros mais famosos do Brasil, existe a H.Stern, Amsterdam Sauer, Natan e a Manoel Bernandes.
Para saber mais sobre a história das pedras preciosas brasileiras, vá para o Museu das Minas e do Metal (Belo Horizonte, Minas Gerais). Além de réplicas de minas, também há várias exposições que exibem as melhores amostras do país.


Fonte: Mega Curiosidades

Opala muda a vida de famílias e movimenta a economia de Pedro II

 






Opala muda a vida de famílias e movimenta a economia de Pedro II. Cuidado com a segurança e com o meio ambiente são novidades para os garimpeiros.
GARMPEIROS
OPALA NOBRE

Carnaubeiras a perder de vista. Cenários naturais belíssimos. No norte do Piauí fica o município de Pedro II, mais conhecido como a cidade das opalas. As minas de tesouro mudaram o destino dos moradores.

Isso é que é pedra preciosa! A opala, rainha das cores, gera empregos, sustenta famílias e movimenta a economia de uma cidade inteira. Esse mineral que fascina joalheiros do Brasil e do mundo é encontrado, com alta qualidade, em apenas dois lugares do planeta: na Austrália e no Piauí. A riqueza era explorada no passado por grandes mineradoras, que deixaram prejuízos ambientais gigantescos.

Há quatro anos, 150 garimpeiros fundaram uma associação e legalizaram 90% dos terrenos, onde catam o que sobrou para ganhar a vida. E estão ganhando. Eles encontram opala no rejeito desprezado pelas mineradoras 40 anos atrás.

"No lixão todinho tem opala", garante um garimpeiro.

Sorte mesmo, porque muitos garimpeiros morreram cavando as minas de opalas da região. Placas sinalizam os novos tempos: "proibido morrer". O cuidado com a segurança e com o meio ambiente são novidades.

"Hoje em dia temos que trabalhar respeitando o meio ambiente. Vamos retirando o que aproveitamos e compactando para fazer reflorestamento. Não degradamos mais de maneira desordenada como era feito no passado", assegura o presidente da cooperativa dos garimpeiros, José Cícero Oliveira.

Quase todos os garimpos da região são a céu aberto. Mas não é porque as opalas aparecem na superfície. Primeiro são usados os tratores, que cavam buracos imensos, e só depois os garimpeiros começam a trabalhar. A frente de lavra, como eles chamam, tem dez metros de profundidade por cem de comprimento. Nas camadas coloridas de terra e argila, os garimpeiros usam a alavanca em busca das opalas.

"O material é sensível. Com a picareta não dá certo, porque pode quebrar tudo. Já perdemos opala por causa da picareta. Uma pedra pode mudar a vida de todo mundo, dependendo da quantidade, do tamanho. Todos estamos no garimpo atrás dela", diz o garimpeiro Ednaldo Silva.

A maior de todas as opalas foi encontrada por Raimundo Galvão, o seu Mundote, ex-garimpeiro que hoje é empresário. A opala de 4,75 quilos está no Museu de História Natural de Londres.

Há 34 anos, as opalas não tinham o valor que têm hoje. Seu Mundote vendeu barato e fiado a pedra preciosa. "Não tinha valor nenhum. Hoje eu não queria uma pedra daquela, porque não preciso daquele tanto de dinheiro. Hoje, R$ 1 milhão é pouco para aquela pedra", avalia o ex-garimpeiro.

Encontrar uma pedra grande, de muito valor, é o que move homens simples, que vivem da agricultura na época da chuva e correm pro garimpo durante a seca.

Cada garimpo tem um acampamento: uma espécie de base de apoio improvisada, onde eles fazem as refeições e também descansam nos momentos de folga. Eles levam para o acampamento o jeito de viver na roça.

Um dos pratos preparados pelo cozinheiro Antônio Freire é o baião-de-dois com ossada de boi caipira. Ele foi cozinheiro em São Paulo e voltou para trabalhar no garimpo. Melhor para os garimpeiros, que devoram o prato do dia.

Na cidade, os reflexos do garimpo: nas ruas de casas coloniais preservadas, as joalherias e oficinas se multiplicam. Nos últimos quatro anos, a produção de jóias aumentou seis vezes. Pedro II soube usar as opalas para melhorar a vida dos moradores. Jovens que antes teriam que ir embora para arrumar emprego hoje vão de moto para o trabalho.

Jardel Medeiros viu três irmãos partirem para tentar a vida em cidades grandes. Ele aproveitou a oportunidade e se tornou joalheiro. "Eu comecei quando não tinha nem bicicleta. Depois, comprei uma bicicleta e fui melhorando. Em seguida, comprei uma moto, casei, construí uma casinha, mobiliei. Hoje estou bem estruturado. É bastante gratificante ter essas conquistas na vida", ressalta o lapidário, que aprendeu o ofício com um mestre de mão cheia. Juscelino Araújo Souza foi lapidário. Hoje é empresário e vende joias para o país e o exterior. Ele é testemunha da transformação que aconteceu em Pedro II.



"Durante muito tempo as opalas foram extraídas no município e comercializadas em estado bruto ou algumas apenas lapidadas. A grande mudança foi quando resolvemos investir na produção de joias, na transformação de produtos para o turismo local e também para a venda em outras cidades, ganhando mercado pelo país", conta o empresário.

Mais de 1,5 mil empregos foram gerados e o dinheiro das pedras passou a circular na cidade. Outro pioneiro deu um novo uso às opalas. Benedito de Souza, o Bené do Tucum, criou joias usando um coquinho da região cravejado com as pedras preciosas. Ele virou um grande exportador. "Acima de 100 mil peças já foram feitas e comercializadas com opala e tucum", conta o empresário.

Nada se perde. Caquinhos recolhidos no garimpo se juntam em pequenos mosaicos e formam joias multicoloridas. Uma marca de Pedro II. É assim, aproveitando cada pedacinho, cada oportunidade, que o município lucra com as opalas.



Fonte: UOL

Multimilionário quer desenvolver diamantes a partir do céu

 

segunda-feira, 2 de novembro de 2020

OS DIAMANTES MAIS FAMOSOS DO MUNDO NASCERAM PERTO DO CENTRO DA TERRA

 


Uma pesquisa apresentada na última quarta-feira (24) na Conferência de Goldschmidt, encontro anual organizado pela Associação Europeia de Geoquímica e Sociedade Geoquímica norte-americana determinou que os dois diamantes mais famosos do mundo -- o Hope e o Cullinan -- se formaram a uma profundidade muito maior do que a da maioria dos demais.
Na verdade, segundo a nova pesquisa essas duas pedras preciosíssimas se formaram num dos locais mais profundos da Terra, numa região próxima ao núcleo do planeta.
Os estudos até hoje mostraram que todos os diamantes naturais existentes no mundo se formaram a distâncias entre 150 a 200 quilômetros de profundidade, sob a pressão que existe no local onde a crosta terrestre encontra o manto externo mais fluido, o que representa a camada média do planeta. 



Essa pressão existente abaixo das placas tectônicas é que empurra as gemas até a superfície, pois nenhum instrumento de mineração jamais chegou perto desses locais de nascimento. 
Porém, o novo estudo, divulgado na conferência virtual, propõe que os dois diamantes mais impressionantes já encontrados não se formaram a profundidades médias, mas a muitos quilômetros abaixo da superfície do que poderíamos pressupor.
O diamante "Coração do Oceano" do filme Titanic se inspirou no Hope. (Fonte: Giphy)O diamante "Coração do Oceano" do filme Titanic se inspirou no Hope. (Fonte: Giphy)

A metodologia da nova pesquisa

Embora o Hope e o Cullinan sejam pedras que se destacam das demais por sua beleza diferenciada, é bom lembrar que todos os diamantes são formados por cristais de carbono junto com diversas impurezas químicas presentes no fundo da Terra. Portanto, diamantes da mesma espécie provavelmente se formaram em condições semelhantes.
Pesquisadores do Instituto Americano de Gemologia analisaram duas gemas menos famosas porém com as mesmas características do Hope e do Collinan. Em ambos foram encontradas impurezas semelhantes mas também outras diferentes de qualquer outro diamante.
Essa diferenciação se deve à presença de um mineral chamado bridgemanita, que é muito comum no interior da Terra, mas que não se forma nem na crosta e nem no manto superior, mas somente nas camadas "superprofundas" mais próximas ao núcleo. Esse fato comprovou a teoria dos pesquisadores.
Evan Smith, líder da pesquisa do Instituto Gemológico, declarou: "Encontrar esses minerais presos em um diamante significa que o próprio diamante deve ter se cristalizado a uma profundidade em que existe a bridgmanita, muito profunda dentro da Terra."
DIAMANTE HOPE

Fonte: Seleções