quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

Polícia apreende mais de 20 kg de pedras preciosas sem nota fiscal em rodovia de Pongaí

 

Por G1 Bauru e Marília

 


Polícia apreende mais de 20 kg de pedras preciosas sem nota fiscal em rodovia de Pongaí — Foto: Polícia Rodoviária/Divulgação

Polícia apreende mais de 20 kg de pedras preciosas sem nota fiscal em rodovia de Pongaí — Foto: Polícia Rodoviária/Divulgação

A Polícia Rodoviária Estadual (PRE) de Lins (SP) apreendeu mais de 22 quilos de pedras preciosas na noite desta segunda-feira (4) na praça de pedágio da Rodovia Prefeito Américo Augusto Pereira (SP-333), em Pongaí (SP).

Segundo a PRE, um carro com placas de Ribeirão das Neves (MG) foi abordado no quilômetro 234. As pedras foram encontrados em um compartimento eletrônico, do tipo fundo falso, no painel do veículo e pesaram 22,740 quilos, entre pedras brutas e lapidadas.


Além das pedras, a polícia apreendeu o carro e R$ 5 mil em dinheiro em Pongaí — Foto: Polícia Rodoviária/Divulgação
Além das pedras, a polícia apreendeu o carro e R$ 5 mil em dinheiro em Pongaí — Foto: Polícia Rodoviária/Divulgação

Além das pedras, a polícia apreendeu o carro e R$ 5 mil em dinheiro em Pongaí — Foto: Polícia Rodoviária/Divulgação

Ainda de acordo com a polícia, o motorista de 62 anos não apresentou nota fiscal e nem informou a procedência dos produtos. Ele prestou depoimento na Polícia Federal de Bauru e será investigado em liberdade por "usurpação de bens da União".

Além das pedras preciosas, a PRE também apreendeu o carro e R$ 5 mil em espécie.





Fonte: G1



terça-feira, 5 de janeiro de 2021

TOPÁZIO

 Algumas teorias procuram explicar a origem do termo topázio e a mais plausível é que derive do vocábulo sânscritotapas, significando fogo. Dotado de brilho intenso e grande dureza, sua lapidação resulta em exemplares facetados de rara beleza.

O topázio ocorre nas cores azul clara, incolor, amarela, verde clara, laranja, laranja-róseo(salmão), róseo e vinho arroxeado, as quatro últimas características da variedade imperial.

Descoberto por volta de 1760, o exuberante topázio imperial é a variedade mais valorizada desta espécie mineral e ocorre unicamente na região de Ouro Preto, em diversos depósitos numa área de aproximadamente 150 km2. Acredita-se que esta singular variedade tem origem hidrotermal, relacionada ao último evento vulcânico ocorrido na região.

A designação imperial foi atribuída à gema em homenagem a D. Pedro I que, segundo relatos históricos, teria se encantado com a exuberância dos matizes e tons de alguns exemplares de topázio que lhe foram oferecidos durante uma estada na antiga Vila Rica, em Minas Gerais, de onde foram extraídos.

Em termos de composição química, o topázio é um silicato de alumínio e flúor, incolor em seu estado puro. Acredita-se que as cores do imperial se devam à presença de elementos de transição e de terras raras dispersos na rede cristalina do mineral.

Existem topázios de cores algo similares ao imperial provenientes de outras fontes no mundo, porém a produção é pequena e descontínua, como em Katlang (Paquistão) e Solwesi (Zâmbia); ou apresenta importância apenas histórica, como a outrora proveniente da Rússia, onde o jazimento encontra-se praticamente esgotado.

Outros importantes produtores de topázios são Nigéria, Madagascar, Paquistão, Sri Lanka e Rússia, entre outros.

O topázio imperial pode ser submetido a tratamentos, por meio de técnicas amplamente utilizadas e aceitas no mercado internacional de gemas, visando melhorar o seu aspecto e tornar suas cores ainda mais atraentes, com o consequente aumento do seu valor monetário. O método mais usual é o tratamento térmico, através do qual obtêm-se gemas rosas a partir de exemplares alaranjados ou amarelo amarronzados. Este tratamento é estável e, geralmente, a melhor coloração é obtida após um lento aquecimento até uma temperatura de aproximadamente 450oC.

O topázio incolor adquire cor azul por irradiação, seguida de tratamento térmico; a saturação da cor resultante depende da intensidade da irradiação e não da cor original ou do tempo de exposição. Este tratamento é estável, não deixa qualquer radioatividade e não é nocivo à saúde, porém sua presença deve obrigatoriamente ser revelada ao público consumidor.

Quase sempre se pode intuir se um topázio azul tem cor natural ou induzida empiricamente, observando seu grau de saturação. Isso é possível porque mesmo os melhores topázios de cor azul natural apresentam coloração menos intensa que a da maior parte dos azuis tratados.

 

    TOPÁZIO AZUL

   

 

  TOPÁZIO IMPERIAL BRUTO



Fonte: CPRM

HISTÓRIA DA TURMALINA PARAÍBA

 


                           TURMALINA PARAÍBA BRUTA

As turmalinas conhecidas sob a designação ”Paraíba”, em alusão ao Estado onde foram primeiramente encontradas, causaram furor ao serem introduzidas no mercado internacional de gemas, em 1989, por suas surpreendentes cores até então jamais vistas. A descoberta dos primeiros indícios desta ocorrência deu-se sete anos antes, no município de São José da Batalha.
Estas turmalinas ocorrem em vívidos matizes azuis claros, azuis turquesas, azuis “neon”, azuis esverdeados, azuis-safira, azuis violáceos, verdes azulados e verdes-esmeralda, devidos principalmente aos teores de cobre e manganês presentes, sendo que o primeiro destes elementos jamais havia sido detectado como cromóforo em turmalinas de quaisquer procedências.
A singularidade destas turmalinas cupríferas pode ser atribuída a três fatores: matiz mais atraente, tom mais claro e saturação mais forte do que os usualmente observados em turmalinas azuis e verdes de outras procedências.
Em fevereiro de 1990, durante a tradicional feira de pedras preciosas de Tucson, no Estado do Arizona (EUA), teve início a escalada de preços desta gema. A mística em torno da turmalina da Paraíba havia começado e cresceu extraordinariamente ao longo das mais de duas décadas que se seguiram, convertendo-a na mais valiosa variedade deste grupo de minerais.
A elevada demanda por turmalinas da Paraíba, aliada à escassez de sua produção, estimulou a busca de material de aspecto similar em outros pegmatitos da região, resultando na descoberta das minas Mulungu e Alto dos Quintos, situadas próximas à cidade de Parelhas, no vizinho estado do Rio Grande do Norte. Estas minas passaram a produzir turmalinas cupríferas de qualidade média inferior às da Mina da Batalha, mas igualmente denominadas “Paraíba” no mercado internacional, principalmente por terem sido oferecidas muitas vezes misturadas à produção da Mina da Batalha.
Embora as surpreendentes cores das turmalinas da Paraíba ocorram naturalmente, estima-se que aproximadamente 80% das gemas só as adquiram após tratamento térmico.
Até 2001, as turmalinas cupríferas da Paraíba e do Rio Grande do Norte eram facilmente distinguíveis das turmalinas oriundas de quaisquer outras procedências mediante detecção da presença de cobre com teores anômalos, através de análise química por fluorescência de raios X de energia dispersiva (EDXRF). No entanto, as recentes descobertas de turmalinas cupríferas na Nigéria e em Moçambique acenderam um acalorado debate envolvendo o mercado e os principais laboratórios gemológicos do mundo, em torno da definição do termo “Turmalina da Paraíba”.
Até o ano de 2001, o termo “Turmalina da Paraíba” referia-se à designação comercial das turmalinas da espécie elbaíta, de cores azuis, verdes ou violetas, que contivessem pelo menos 0,1% de CuO e proviessem unicamente do Brasil, precisamente dos estados da Paraíba e do Rio Grande do Norte.
Tudo começou a mudar quando, naquele ano, uma nova fonte de turmalinas cupríferas foi descoberta na Nigéria, na localidade de Ilorin (mina de Edeko), voltando a ocorrer quatro anos mais tarde, em meados de 2005, desta vez em Moçambique, na região de Alto Ligonha, a aproximadamente 100 km ao sudoeste da capital Nampula.
De modo geral, as elbaítas com cobre destes países africanos não possuem cores tão vívidas quanto às das brasileiras, embora os melhores exemplares da Nigéria e de Moçambique se assemelhem aos brasileiros.


TURMALINA PARAÍBA LAPIDADA
O achado destes depósitos africanos ocasionou acalorados debates no mercado e entre laboratórios, uma vez que as gemas de cores azuis a verdes saturadas procedentes da Nigéria e de Moçambique não podem ser diferenciadas das produzidas no Brasil por meio de exames usuais e tampouco por análises químicas semi-quantitativas obtidas pela técnica denominada EDXRF.
Há alguns anos, felizmente, constatou-se ser possível determinar a origem das turmalinas destes 3 países por meio de dados geoquímicos quantitativos de elementos presentes como traços, obtidos por uma técnica analítica conhecida por LA-ICP-MS.
Em fevereiro de 2006, o Comitê de Harmonização de Procedimentos de Laboratórios, que consiste de representantes dos principais laboratórios gemológicos do mundo, decidiu reconsiderar a nomenclatura de turmalina da “Paraíba”, definindo esta valiosa variedade como uma elbaíta de cores azul-néon, azul-violeta, azul esverdeada, verde azulada ou verde-esmeralda, que contenha cobre e manganês e aspecto similar ao material original proveniente da Paraíba, independentemente de sua origem geográfica.
Esta política é consistente com as normas da CIBJO, que consideram a turmalina da Paraíba uma variedade ou designação comercial, e a definem como dotada de cor azul a verde devida ao cobre, sem qualquer menção ao local de origem. 
Por outro lado, como essas turmalinas cupríferas são cotizadas não apenas de acordo com seu aspecto, mas também segundo sua procedência, tem-se estimulado a divulgação, apesar de opcional, de informações sobre sua origem nos documentos emitidos pelos laboratórios de gemologia, caso disponham dos recursos analíticos necessários.





Fonte: BBC

Origem secreta das Esmeraldas

 




Uma cuidadosa análise de algumas das esmeraldas mais famosas do mundo mostrou que pedras preciosas também têm histórias secretas. Três das pedras pertencentes à coleção de uma antiga família são originárias da Colômbia, de onde teriam sido retiradas no século XVI e não teriam pertencido, como contava a lenda, a Alexandre, o Grande.

Admirado por mais de 4.000 anos, o verde profundo das esmeraldas tem sido símbolo de imortalidade e juventude. Essas gemas foram admiradas pelos egípcios e romanos: o Imperador Nero observava os gladiadores através de uma lente de esmeraldas. Mas a história de muitas das melhores gemas do mundo freqüentemente se transforma em mitos e é muito difícil de mapear. Isso levou um grupo de pesquisadores da França e da Colômbia a utilizar as mais modernas técnicas para determinar a origem de nove das mais famosas esmeraldas, que cobrem um período da ocupação romana da França até o século XVIII. O estudo envolveu a vaporização de uma porção microscópica de cada uma das pedras com um raio laser e, então, analisar os isótopos de oxigênio que foram liberados.

Composição e temperatura

Isótopos de oxigênio em gemas como as esmeraldas refletem a composição e temperatura dos fluidos que eventualmente se cristalizaram para formar a pedra, assim como a composição e temperatura das rochas que o fluido atravessou em seu caminho antes de sua consolidação como gema. Há uma estreita faixa desses isótopos para cada local onde as esmeraldas foram descobertas ao redor do mundo. Juntamente com outros aspectos mais tradicionais da gemologia, tais como propriedades óticas e a incrustração de outros materiais, os pesquisadores podem usar esses valores dos isótopos para apontar onde a esmeralda "nasceu". Os pesquisadores, liderados por Gaston Giuliani, dos Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento e o Centro de Pesquisas Petrográficas e Geoquímicas, em Vandoeuvre, na França, testaram pedras das principais minas de esmeralda de todo o mundo.

Principais surpresas

Eles descobriram que algumas esmeraldas muito antigas vêm de depósitos supostamente descobertos durante o século XX, mostrando que estas minas eram conhecidas desde o tempo dos romanos. Uma das grandes surpresas foi o número de gemas das minas colombianas. Estas esmeraldas somente foram comercializadas mundialmente após a invasão espanhola da América Latina, no século XVI. E mais, três das quatro maiores esmeraldas analisadas da coleção da família indiana Nizam, supostamente vindas de minas asiáticas perdidas, vieram realmente da Colômbia e não, como conta a lenda, de Alexandre, o Grande (ao redor do ano 300 A.C.).

Os pesquisadores agora planejam aplicar as mesmas técnicas para estudar os rubis. "Este tipo de análise era inicialmente uma pequena parte do nosso trabalho", disse Giuliani. "Mas vimos que, como geólogos trabalhando com gemas e gemólogos, nós podemos dar uma contribuição para o estudo do comércio e da história humana."



Fonte: jornal Science.


segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

MINERADOR FICA MILIONÁRIO APÓS ENCONTRAR ENORMES FRAGMENTOS DE PEDRA PRECIOSA

 






Descobertas em uma montanha na Tanzânia, as peças de tanzanita são as maiores já registradas pelo Ministério da Mineração do país



Imagem meramente ilustrativa de dois fragmentos de tanzanita
Imagem meramente ilustrativa de dois fragmentos de tanzanita - Wikimedia Commons

Aos 52 anos, o minerador Saniniu Kuryan Laizer tornou-se um milionário após vender dois dos maiores fragmentos de tanzanita ao governo da Tanzânia. No total, as pedras preciosas foram compradas por 7,7 bilhões de xelins — cerca de 17,6 milhões de reais.
Segundo Doto Biteko, o Ministro da Mineração da Tanzânia, a descoberta de Saniniu é impressionante por ter revelado as maiores peças de tanzanita já encontradas no país. De acordo com a AFP, os fragmentos em um tom azul pesam 9,27 e 5,1 quilos.
O achado foi feito nas montanhas de Mererani, em uma área cercada por um muro desde 2018. O local rico em minérios foi protegido porque, na época, estimava-se que 40% da produção nacional de tanzanita era perdida em atividades de contrabando.
Agora, com a quantia milionária em mãos, Saniniu afirmou que deseja ajudar sua comunidade: “Planejo construir um centro comercial em Arusha e uma escola perto da minha casa”. O governo da Tanzânia, por sua vez, declarou, pelo Twitter, que os fragmentos de tanzanita serão guardados em segurança pelo museu nacional.



Fonte: Brasil Mineral