sábado, 13 de março de 2021

Ametista, conheça o tipo de quartzo mais valioso

 Muito utilizada desde a antiguidade para a ornamentação de espaços e acessórios pessoais, a ametista é uma variedade do quartzo. Este por sua vez é um dos minerais mais abundantes do planeta e aparece com diferentes cores, a diferença da ametista em relação aos demais quartzos está na cor violeta. Esta tonalidade decorre da presença de ferro bivalente (Fe2+) em sua composição.

Apesar de ter sido muito utilizada pelos antigos egípcios, acredita-se que o nome ametista venha do grego a, "não" e methuskein, "intoxicar". Na Grécia Antiga acreditava-se que a pedra era capaz de proteger da embriaguez, sendo talhada como medalhões ou em formato de copos com este objetivo.

Estrutura e aparência

Ametista

A fórmula química da ametista é SiO2 (Óxido de Silício). Sua cor pode variar de um roxo intenso até um violeta claro. Isto depende da quantidade de concentração de ferro que ela contém, sendo que quando exposta ao calor a pedra perde a coloração e se torna amarelada. Neste caso, acontece oxidação transformando Fe2+ em Fe3+. Este processo ocorre inclusive quando a ametista recebe iluminação solar por um longo período.

Composta por lâminas de quartzo organizadas de forma assimétrica, a ametista apresenta um nível de dureza 7 na escala Mohs. Ela pode ser quebrada por golpes que formam uma fratura ondulada devido a estrutura natural da pedra. Os cristais crescem sempre a partir de uma base e a cor tende a ser mais intensa nas suas pontas.

Onde encontrar?

As ametistas com estatuto de pedras preciosas são extraídas em poucos locais do planeta. Elas podem ser encontradas em duas formas. A primeira em veios de rochas resultantes de resfriamento do magma dos vulcões, chamadas rochas ígneas. A segunda como o revestimento interno de ágatas ocas, adquirindo o nome de geodo.

As jazidas com maior incidência estão nas cidades brasileiras de Ametista do Sul (RG), Chopinzinho (PR), Montezuma (MG) e Caetité (BA). O Brasil é um dos principais países de ocorrência da ametista, mas ela também pode ser encontrada na Rússia, Namíbia, Índia, Sri Lanka, Madagascar, EUA e Uruguai.

Simbologia

Ametista esfera

Existem diversos significados associados à ametista. É considerada símbolo de conhecimento entendimento espiritual, sendo utilizada tanto como a pedra do curso de Letras, como nos anéis dos bispos católicos em sinal de devoção. Os monges tibetanos também utilizam a pedra em seus terços com o objetivo de afastar pensamentos impuros. Os budistas acreditam que a ametista apresenta uma forte ligação com Buda.

Na mitologia grega, Ametista era uma mulher que ao rejeitar Dioniso, se tornou vítima de sua vingança, quando o Deus do Vinho lançou tigres raivosos sobre ela. Com pena da situação da moça, a deusa Ártemis a transformou em um cristal transparente para protegê-la do ataque dos animais. Depois disso, Dioniso se arrependeu e derramou um cálice de vinho sobre o cristal que se tornou violeta.

No campo da astrologia, está relacionada ao mês de fevereiro, ao signo de aquário e ao planeta Júpiter.

Por muito tempo acreditou-se que era capaz de evitar a embriaguez e que era capaz de evitar envenenamentos, pois ao ser posta próxima à comida envenenada mudaria de cor, ficando mais clara. Foi ainda associada ao poder imperial e símbolo da realeza, estando presente em diversos salões imperiais e joias históricas.

Como comprar?

Ametista ágata

A ametista é considerada o quartzo mais valioso, porém ela não está no rol das pedras preciosas, o que a deixa com um valor acessível.

Pode ser encontrada na forma bruta da pedra, geralmente com a base em rocha ígnea. Ainda pode ser encontrada em formato de geodos pequenos, porém os geodos com mais de um metro de diâmetro estão cada vez mais raros devido à grande extração da pedra.

Existe também uma diferente gama de pedras lapidadas em formato de esferas, pirâmides, pingentes, anéis, pêndulos e etc.

Como evitar uma falsificação?

Ametista anel

Por não ser uma pedra muito cara, é difícil haver casos de falsificação, mesmo assim não é impossível.

Primeiro de tudo deve-se levar em conta o local de compra da peça, pois a mesma pode ser vendida em lojas, mas também por ambulantes em feiras de rua. Assim, vale a pena perguntar sobre a procedência da pedra e de qual jazida ela foi extraída.

Se houver imperfeições em joias, provavelmente são falsas. Um teste muito usado em mineralogia é o de riscar a pedra com uma placa de vidro.Usando esta técnica a ametista irá apresentar riscos brancos por causa da fricção contra o vidro.

Ao encostar a ametista na pele a pedra permanece fria, enquanto que a falsificação esquenta. O teste costuma ser feito ao pôr a pedra junto a testa.

Uma outra forma de testar a sua autenticidade é usar a pedra para arranhar um azulejo de porcelana. Como os dois têm o mesmo nível 7 de dureza na escala Mohs, a pedra será capaz de deixar um arranhão no azulejo.


Fonte: Hiper Cultura


CONHEÇA MINA DE OPALA DE PEDRO II E COMO SÃO PRODUZIDAS JÓIAS ÚNICAS NO ...

7 pedras preciosas brasileiras que chamam a atenção do mundo

 


A América do Sul possui uma longa história de produção de pedras preciosas e é responsável por alguns dos melhores espécimes do mundo. Das áreas produtoras de gemas da América do Sul, o Brasil é, de longe, a fonte mais rica de pedras preciosas de classe mundial. Há uma variedade de mais de 90 pedras preciosas e outros minerais encontrados no país, incluindo a água-marinha, ametista, citrino, diamante, esmeralda, quartzo, rubi, safira e topázio.
Conheça algumas das pedras preciosas brasileiras que mais chamam a atenção no mundo:

1. Água-marinha

Água-marinha

A água-marinha é uma pedra da família do berilo, que recebe esse nome pela sua cor que se assemelha à água do mar. Atualmente, as cores mais populares e, portanto, valiosas dessa pedra são suas versões mais claras.
Atualmente, 90% da água-marinha do mundo é extraída no Brasil, mas essa pedra também pode ser encontrada em pequenas quantidades na Rússia, nos Estados Unidos, no Afeganistão, no Paquistão e na Índia.
Essa pedra é relacionada às pessoas que nascem no mês de março.

2. Ametista

Ametista
A ametista é a pedra mais cobiçada entre os quartzos, e sua cor varia entre roxo ao violeta. Desde que grandes depósitos da popular pedra roxa foram encontrados no Brasil no século 19, o país se tornou um grande exportador mundial.
Essa pedra é uma das mais antigas já usadas pelo homem, e seu nome vem da palavra grega methystos, que literalmente significa "não bêbado". As pessoas costumavam a usar ou carregar nos bolsos para evitar a embriaguez.

3. Citrino

Citrino brasileiro
Muitos países sul-americanos são fonte de citrinos, incluindo Argentina, Bolívia e Uruguai, mas o Brasil produz alguns dos melhores citrinos do mundo. O citrino é um membro da família do quartzo e o citrino brasileiro é conhecido por seus tons quentes e únicos, que variam de amarelo a laranja.

4. Topázio-imperial

topázio imperial
O Brasil é a maior fonte de topázio imperial no mundo, enquanto outros pequenos depósitos podem ser encontrados na Rússia. A principal mina do mundo é localizada na região de Ouro Preto, em Minas Gerais, e produz topázio imperial nas cores amarela, laranja, rosa, lilás e vermelho-cereja. Algumas cores da topázio imperial são extremamente raras, sendo o rosa o mais comum encontrado.
Conta a lenda que o topázio imperial recebeu esse nome pois foi uma das pedras que mais fascinou Dom Pedro I.

5. Turmalina paraíba

Turmalina paraíba
Apesar do país possuir turmalinas de uma variedade de cores, como laranja, amarelo, verde, azul e violeta, a turmalina paraíba merece um destaque por sua raridade.
Essa variedade, de um azul turquesa único, deriva sua cor de traços microscópicos de cobre. Essas gemas são encontradas no estado do norte da Paraíba, ao qual elas devem seu nome. Ocasionalmente, as cores nas turmalinas são misturadas, resultando em pedras bi-coloridas ou multicoloridas.

6. Rubelita

Rubelita
Rubelita é uma outra variedade de turmalina que chama a atenção no mercado internacional por sua cor única, que varia entre diversos tons de rosa a um vermelho vívido.
Seu valor é diretamente relacionado com a pureza do vermelho: quanto mais intenso, mais valiosa é a pedra.

7. Diamantes coloridos

Diamante vermelho
Poucas pessoas sabem que o Brasil já foi a principal fonte de diamantes do mundo, e que continua sendo um importante produtor ainda hoje. Nos anos 1700 e início dos anos 1800, alguns dos diamantes mais famosos do mundo foram encontrados em terras brasileiras, incluindo diamantes vermelhos extremamente raros, assim como verdes e outras cores fascinantes.

Fonte: HIPERCULTURA

sexta-feira, 12 de março de 2021

 

O metal mais caro do mundo já vale cinco vezes mais do que o ouro

 








O preço do ródio, um metal extremamente raro utilizado na indústria auto-motriz, aumentou 31% em 2020, atingindo um novo máximo desde 2008. 
Os números são avançados esta semana pela Bloomberg, que dá conta que este metal do grupo da platina custa já cinco vezes mais do que o ouro.
O preço do ródio, utilizado na construção de catalisadores de automóveis, aumentou 225% num só ano, tendo o seu preço se multiplicado por 12 nos últimos quatro. Este aumento continuado está relacionado com a procura do setor automóvel.
Na passada sexta-feira, o preço do ródio chegou aos 8.000 dólares por onça, segundo a empresa química Johnson Matthey, citados pela Bloomberg. Alguns especialistas não exulem que o metal possa atingir os 10.000 dólares, valore já registado em 2008.
“A maior causa para o aumento registado em janeiro [de 2019] foi a procura na Ásia, que estará também relacionada com os carros. As compras incentivaram mais compras e o efeito foi massivo no mercado não regulamentado, causando uma dinâmica de preços vista, provavelmente, apenas numa década”, explicou Andreas Daniel, corretor da refinaria Heraeus Holding, também citado pela agência.
Investir no ródio é mais difícil do que noutro metais preciosos, uma vez que este não é vendido em bolsa, observa a Russia Today. O mercado deste metal é limitando, sendo a maior parte dos negócios realizada entre fornecedores e indústrias.
O ródio é o metal mais caro do mundo, sendo também extremamente raro: uma tonelada da crosta terrestre contém apenas 0,001 gramas deste metal de transição, caracterizado pelo seu elevado ponto de fusão e excelentes propriedades anti-corrosivas.
As suas propriedades refletivas são utilizadas em artigos como espelhos, refletores e jóias. África do Sul, Rússia e Canadá são os maiores produtores mundiais de ródio.



Fonte: ZAP 

Peças valorizadas da Opala ganham mercado mundo afora

 

A opala sempre foi uma pedra preciosa importante na joalheria, mas quando a atriz Gwyneth Paltrow foi fotografada com broche de opala negra e Cate Blanchett apareceu como uma diva com as pedras preciosas, joalherias como a Cartier, Tifhany, Chanel e a Chopard passaram a oferecer peças da alta joalheria, desenhadas por grandes designers com o minério, que é encontrado em Pedro II, na região Norte do Piauí.
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A designer e joalheira Áurea Brandão foi a pioneira em Pedro II em produzir joias de ouro com opala. Outros joalheiros da cidade passaram a segui-la e ela foi mais adiante, misturando opalas com brilhantes, esmeraldas, safiras e rubis. Anéis são vendidos por R$ 10,2 mil e pingentes atingem preços de R$ 8,2 mil. Certamente, há um mercado de luxo ávido por consumi-los.
“São pedras brasileiras tão caras como as opalas e misturamos para fazer um jogo de cores. Compramos em São Paulo, que é o grande centro de comercialização de pedras preciosas, e aproveitamos o momento em que compramos dos grandes atacadistas para também vendermos as nossas opalas de Pedro II”, afirmou Áurea Brandão.
Áurea Brandão está aproveitando a explosão da opala para atender a demanda de suas clientes em Teresina e São Paulo. Com a redução de feiras para vender produtos do Piauí, Áurea Brandão aciona as suas clientes e é chamada por elas em São Paulo para promover bazares fechados e exclusivos, na residência delas.
“Elas me chamam, promovem chá para as amigas e nós apresentamos as minhas joias. Se comprarem uma peça, já valeu a viagem”, conta Áurea Brandão.
O joalheiro Juscelino Araújo Souza afirma que sua empresa, a Opalas Pedro II, já tem a tradição de exportar opalas há 20 anos, onde há demanda por matéria-prima. Um dos principais destinos é a Europa. Segundo ele, suas joias ainda não entraram no mercado internacional da joalheria, mas conquistaram o mercado nacional com suas peças oferecidas em seus próprios canais de comercialização, como site, mala direta, conta nas redes sociais e nas feiras.
“A gente já está conseguindo um varejo razoável em São Paulo e Rio de Janeiro, principalmente”, declarou Juscelino Souza.
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Forte concorrência não desanima joalheiros
A ascensão da opala, que tradicionalmente era extraída em Pedro II e na Austrália, está relacionada com a chegada das pedras extraídas e comercializadas na Etiópia, na África, que reduziu, e muito, o valor do minério, ajudando sua popularização.
O joalheiro Juscelino Souza conta que encontraram uma reserva de opalas muito grande na África nos últimos cinco anos, o que alterou completamente o mercado mundial do minério.
“Para se ter uma ideia, a Austrália era a maior produtora de opalas, detendo 95% do mercado mundial; o Brasil representava 2,5% e o México representava 2,5%. Esse mercado se alterou abruptamente, após a produção de opalas na Etiópia. Agora, 95% da produção mundial das opalas já são da Etiópia. Nós nos tornamos um grão de areia no mercado, pois estamos demandando um quilo por ano, enquanto a Etiópia está produzindo mais de 30 toneladas por ano. As opalas da Etiópia já estão oferecendo forte concorrência no mercado internacional”, afirma Juscelino Souza.



Ele considera que o consumo da pedra cresceu devido a maior oferta, mas embora o consumo das opalas brasileiras tenha diminuído em função do baixo custo das opalas africanas, há diferença de qualidade. “As nossas opalas, de Pedro II, são as melhores dentro de nossa variedade, as opalas brancas, mas perderam a competitividade em relação a preços”, justifica.
Áurea Brandão, porém, tem uma boa notícia para as opalas de Pedro II. Ela diz que após dois anos de domínio no mercado global, as opalas da Etiópia têm suas fragilidades descobertas.
“Não vale a pena comprar uma pedra que em alguns anos fica estilhaçada, ela não tem estabilidade. Eles vendem muito barato, mas com o tempo ficam estilhaçadas”, comenta Áurea Brandão.
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