sexta-feira, 1 de outubro de 2021

AS PEDRAS MAIS RARAS DO MUNDO

 

As pedras preciosas desempenharam um papel fundamental na história humana. Usadas como tesouro por reis e rainhas ao longo dos tempos, como amuletos místicos ou simplesmente como joias, as gemas sempre fascinaram as pessoas e por isso carregam em si grandes valores.
Existem uma grande variedade de pedras preciosas no mundo, e seu valor varia por diversos fatores, como tamanho, qualidade, raridade, demanda no mercado e até mesmo pela sua história.
Conheça agora as 10 das pedras preciosas mais valiosas conhecidas pela humanidade.

10. Virgin Rainbow Opal - Opala

Virgin rainbow opala
Valor: Avaliado em 1 milhão do dólares (3,2 milhões de reais)
Descoberto na Austrália em 2003, esse opala incrivelmente raro é capaz de brilhar no escuro. Ele exibe um arco-íris de cores que o torna verdadeiramente único, e por isso, extremamente valioso.

9. Hope Spinel - Espinela

Espinela
Foto: Bonhams
Valor: 1,4 milhão de dólares (4,5 milhões de reais)
Com 50.13 quilates, o Hope Spinel é uma joia de cor rara que estabeleceu um recorde mundial em 2015, quando foi vendido por 1,47 milhão de dólares. Essa pedra faz parte da Coleção Hope assim como o famoso diamante Hope, um diamante azul de 45,5 quilates, e acredita-se que ela tenha vindo do Tajiquistão.

8. Esmeralda Rockefeller - Esmeralda

Rockefeller esmeralda
Valor: 5,5 milhões de dólares (17,9 milhões de reais)
Vendida por 5,5 milhões de dólares, esta esmeralda de 18,04 quilates é atualmente a esmeralda mais cara por quilate. Inicialmente, John D. Rockefeller comprou essa esmeralda colombiana, ainda não tratada, para sua esposa na década de 1930. Em junho de 2017, Harry Winston comprou a joia verde.

7. Moussaieff - Diamante vermelho

Moussaieff
Valor: Aproximadamente 8 milhões de dólares (26 milhões de reais)
Com 5.11 quilates, o Moussaieff é o maior diamante vermelho classificado pelo GIA (Instituto Gemológico da América). Os diamantes vermelhos são notoriamente raros, e alguns gemólogos alegam que existam apenas cerca de 20 ou mais diamantes vermelhos "verdadeiros" já descobertos.
O Moussaieff foi originalmente cortado de uma pedra bruta de 13,9 quilates, encontrada no Brasil, e foi vendido por cerca de 8 milhões de dólares no início dos anos 2000.

6. Graff Vivid Yellow - Diamante amarelo

Graff Vivid
 Foto: Andrew Cowie
Valor: 16.3 milhões de dólares (53,1 milhões de reais)
Esse grande diamante amarelo de cerca de 100 quilates foi vendido por mais de 16 milhões de dólares em 2014. Com essa venda, o Graff Vivid Yellow marcou um novo recorde mundial de diamante amarelo mais caro vendido em leilão. 
Essa pedra preciosa foi originalmente cortada de um diamante bruto de 190 quilates, em Nova York.

5. Blue Belle da Asia - Safira

Blue belle
Créditos: Denis Balibouse / Reuters
Valor: 17,3 milhões de dólares (56,3 milhões de reais)
Com 392,52 quilates, a safira Blue Belle da Asia foi vendida por 17,3 milhões de dólares em Genebra, em 2014. Essa joia, que foi descoberta no Sri Lanka em 1926, atualmente é a safira mais cara do mundo.

4. Sunrise Ruby - Rubi

Sunrise Ruby
Foto: Justin Tallis
Valor: 30,42 milhões de dólares (99,1 milhões de reais)
Pesando 25.59 quilates, o rubi birmanês Sunrise Ruby estabeleceu um novo recorde mundial em 2015, quando foi vendido por 30,42 milhões de dólares. O rubi mais caro do mundo é uma criação da Cartier e é conhecido pela seu tom de vermelho “pigeon blood”, ou sangue de pombo. 

3. Orange - Diamante laranja

Orange
Foto: Fabrice Coffrini
Valor: 35,5 milhões de dólares (115.6 milhões de reais)
Acredita-se que esse é o maior e mais caro diamante laranja do mundo, com 14.82 quilates. Esse diamante laranja em forma de pera foi vendido por mais de 30 milhões de dólares em 2013.
Diamantes puramente laranjas como o Orange são extremamente raros, pois a maioria dos diamantes laranjas também exibem uma cor secundária. 

2. Oppenheimer - Diamante azul

Oppenheimer
Valor: 57,5 milhões de dólares (187.3 milhões de reais)
Com 14.62 quilates, o Oppenheimer é o maior diamante azul já vendido em leilão. Este diamante com corte de esmeralda foi nomeado em homenagem ao seu proprietário anterior, Philip Oppenheimer, cuja família controlou a lendária empresa DeBeers.

1. Pink Star - Diamante rosa

Pink Star
Valor: 71,2 milhões de dólares (231.9 milhões de reais)
Este diamante rosa de 59,60 quilates foi vendido em 2017 por 71,2 milhões de dólares em Hong Kong. Minerado na África do Sul em 1999, esta pedra é o maior diamante rosa já registrado.
O Pink Star estabeleceu um novo recorde para um diamante vendido em leilão e é a pedra preciosa mais cara já vendida no mundo.

Fonte: HIPER CULTURA

TUDO SOBRE O COBALTO, O MINERIO DO FUTURO


O elemento químico cobalto é um metal que está relacionado com o ferro e o níquel. Há séculos ele é utilizado para colorir esmaltes e cerâmicas com um tom azul-profundo. Hoje em dia, é combinado com outros metais para criar substâncias chamadas ligas, que são usadas na indústria. O cobalto também está presente na vitamina B12. Os cientistas usam símbolos para representar os elementos químicos, e o do cobalto é Co. 
O cobalto não ocorre sozinho na natureza. É encontrado em minerais, misturado com outros elementos, como cobre, arsênico, enxofre e oxigênio. O cobalto também está presente em meteoritos. Ele pode ser encontrado em várias partes do mundo. No começo do século XXI, a República Democrática do Congo, o Canadá, a Austrália, a Zâmbia, a Rússia e Cuba eram os principais produtores desse metal.
O cobalto puro é branco como a prata. Ele é duro e pode ser facilmente transformado em imã. O cobalto é usando principalmente para criar ligas metálicas, ajudando a torná-las mais fortes e a evitar que elas enferrujem. Essas ligas são empregadas em produtos como ferramentas que servem para cortar metais a grande velocidade e a altas temperaturas. O cobalto também é usado para fazer materiais imantados. Combinado com outros elementos, ele é empregado em esmaltes e tintas de cor azul.

O cobalto é o novo ouro dos carros elétricos. Com a popularização dos veículos “verdes”, como os da Tesla, iniciou-se uma corrida pelo cobalto, metal usado na produção de baterias.
Esse elemento é um subproduto do níquel e do cobre. Antes descartado pelas mineradoras, hoje o metal pode representar um fôlego para empresas do segmento. A Vale, por exemplo, teria desistido da ideia de vender ativos e está estudando estratégias para o aumento da extração de cobalto.
Estima-se que até 2030, serão usados 450 mil toneladas de cobalto. Esse elemento ganhou tanta visibilidade pois também permite um aumento na autonomia dos carros elétricos.
A febre por esse metal pode beneficiar muito a economia do Brasil, trazendo investimentos de empresas e países, como a Alemanha.
A corrida por esse metal também se deve em parte porque o elemento é esgotável. Além de que pelo menos metade de suas reservas estão situadas na República Democrática do Congo, país politicamente instável.

A CORRIDA DO COBALTO

Antes da grande popularização dos carros elétricos, esse metal era usado em pequena quantidade em baterias de aparelhos eletrônicos, como smartphones e tablets. Até esse período, a produção do elemento superava sua demanda. Por isso, muito desse minério acabava virando resíduo.
Mas com o crescimento da demanda por carros elétricos, especialmente no último ano, o interesse pelo cobalto se reacendeu.
Em 2012, a tonelada do cobalto custava cerca de US$ 5 mil. Em 2018, esse preço disparou, chegando a US$ 82 mil em fevereiro.
Segundo dados do banco UBS, a demanda por esse metal poderá subir 2000% nos próximos anos. Até 2030, o consumo do elemento poderá chegar a  450 mil toneladas.

POR QUE O COBALTO ESTÁ EM ALTA? 

cobalto 2
De um subproduto subestimado do níquel e do cobre, o cobalto passou a ser o novo ouro das mineradoras. Mas por que essa corrida por esse elemento está acontecendo?
Em um ano, a frota dos elétricos no mundo mais que dobrou – aumento de 55%.
Estima-se que há mais de 3 milhões de carros elétricos nas ruas de todo o mundo.
E a expectativa é que esse número aumente mais a cada ano, a medida que os carros elétricos forem se tornando mais acessíveis.
O cobalto é um dos elementos que compõem as baterias de lítio, usadas em carros elétricos, como os da TeslaNissan, etc.
Com esse crescimento no número de carros produzidos, a demanda pelo metal tende a aumentar cada vez mais.
O cobalto é fundamental, pois é o responsável por ajudar a concentrar a energia em um espaço menor na bateria.
Assim, com esse elemento, é possível produzir baterias menores e com mais autonomia.
A Volkswagen e a Tesla, por exemplo, já estão em negociação com a empresa de mineração Glencore para a comercialização contínua de cobalto.
A expectativa é que essas parcerias entre montadoras e mineradoras sejam cada vez mais comuns, pois assim elas conseguirão o metal com um preço mais baixo.

COMO O COBALTO PODE BENEFICIAR O BRASIL 

cobalto 3
A corrida pelo cobalto pode trazer benefícios ao Brasil, pois está possibilitando a entrada de novos – e milionários – investimentos no país.
A Vale, mineradora brasileira, segundo informações apuradas pelo Estadão/Broadcast, estaria desistindo da venda de ativos para ampliar sua produção de cobalto.
Outra mineradora que está de olho nesse novo “ouro azul” é a Horizonte Minerals. A empresa está estudando o desenvolvimento das minas de níquel Vermelho e Araguaia.
O investimento das duas empresas na ampliação da extração desse minério no Brasil pode significar um grande impulso econômico para o país.
Pensando em um futuro mais distante, caso nosso país se estabeleça como um grande produtor desse metal, poderá também pensar na possibilidade de produzir baterias de carros elétricos em terras nacionais. Dessa forma, os veículos movidos a eletricidade poderiam ficar mais baratos por aqui.

BRASIL E ALEMANHA FIRMAM PARCERIA NA CORRIDA DO COBALTO

A Alemanha – que quer eliminar os carros a combustão de suas ruas até 2030 – está fechando uma parceria com o Brasil para o desenvolvimento de tecnologias beneficiadoras de minério.
Esse desenvolvimento tecnológico seria aplicado nas áreas do Brasil onde o níquel é extraído, e o cobalto, descartado.  
Atualmente, a obtenção desse metal no Brasil ainda é muito cara.
Porém, com tecnologias de ponta, a extração do metal poderá ser mais rápida, barata e proveitosa.

AS BARREIRAS DA CORRIDA DO COBALTO

Apesar de ser a febre do momento, tanto as montadoras como as mineradoras estão sendo cautelosas. Isso porque ainda há algumas barreiras que podem atrapalhar a extração em massa do metal.

COBALTO É UM RECURSO ESGOTÁVEL E MUITO DISPUTADO

Assim como qualquer metal, o cobalto é um recurso esgotável. A longo prazo, ele pode tornar-se cada vez mais raro. Como consequência disso, seu preço pode aumentar ainda mais.
Para contornar esse problema, há a possibilidade de reciclar as baterias, usando novamente o minério e outros elementos.
Mas a BYD, montadora chinesa, por exemplo, está indo por outro caminho.
Em 2019, a empresa pretende apresentar sua nova bateria, em que a proporção usada entre níquel e cobalto é de 8 para 1.
Além disso, o elemento está cada vez sendo mais disputado pelas montadoras. Por isso, o governo do Japão está realizando consórcios com minas de extração do metal. Com isso, o governo garante o fornecimento do metal para a produção de carros elétricos no país.

MAIOR PARTE DAS RESERVAS DE COBALTO SÃO DE DIFÍCIL ACESSO

Mais da metade das reservas de cobalto estão situadas na República Democrática do Congo. Por ser um país politicamente instável, com problemas de segurança e de trabalho infantil, a extração do metal na região é muito mais difícil.
Como consequência disso, as minas situadas no Brasil acabam tornando-se muito mais atraentes. 
Carro Bateria 2
Seja no Congo, no Brasil ou em qualquer parte do mundo, a extração do cobalto está se tornando uma prioridade. Isso porque ele tem relação direta com a fabricação e venda de carros elétricos ao redor do mundo.

Fonte: CPRM

Cabelo,Barba E Graxa! 5ª Temporada Chaves

quinta-feira, 30 de setembro de 2021

“EUA seguirá China e tornará bitcoin ilegal”, diz autor de ‘Pai Rico, Pai Pobre’

 

Kiyosaki falou sobre a China e o Bitcoin, afirmando que caso os EUA copiem a China, a "liberdade" do país está ameaçada.


Robert Kiyosaki, autor de pai rico pai pobre
Robert Kiyosaki, autor de pai rico pai pobre

Robert Kiyosaki, famoso autor do sucesso ‘Pai Rico, Pai Pobre’ tem sido um grande crítico do atual setor financeiro e um apoiador do Bitcoin. Recentemente ele vem falando de uma grande queda que vai afetar o setor financeiro, dessa vez marcando o mês do outubro como a data para a gigantesca queda do mercado. 

Em seu Twitter, Kiyosaki falou sobre a possibilidade de uma queda gigante no setor financeiro no próximo mês. Para ele, a administração da Tesouraria e do FED vai derrubar toda a economia e alertou para seus seguidores se preparem para o choque após o desastre. Além das ações, ele também acredita que o Ouro, Prata e o Bitcoin também vão cair.

“Queda gigante do mercado vindo em outubro. Por que? Tesouraria e Fed estão sem títulos. Ouro, Prata e Bitcoin também podem cair. Melhor vender agora para pegar as barganhas depois da queda. Não vou vender prata, ouro ou Bitcoin ainda, tenho bastante dinheiro para a vida após o choque da queda. Ações são perigosas. Cuidado”

Além disso, Kiyosaki recentemente falou sobre a China e o Bitcoin, afirmando que caso os EUA copiem a China, a “liberdade” do país está ameaçada.

“A China anunciou nessa manhã um novo banimento do criptomercado. O que isso quer dizer? Que a China está prestes a lançar a sua moeda do governo. Se os EUA seguirem, a Fed Coin vai proibir o Bitcoin, os EUA se tornará um governo centralizado, como a China, o Comunismo dos EUA começará, nossas liberdades vão acabar.”

Profeta do apocalipse

Essa não é a primeira vez que o autor de Pai Rico, Pai Pobre fala sobre uma possível queda do mercado e um grande efeito negativo para todo o mundo. Ele tem falado isso pela última década e algumas previsões são do começo dos anos 2000.

Com isso, Kiyosaki é criticado pelas suas previsões de fim do mundo desde o começo da última década, previsões que nunca chegam.

Coleção de previsões de Robert Kiyosaki prevendo grandes quedas, mas nenhuma previsão se concretizando. Fonte Luc ten Have/Twitter

Aliás, desde 2011, sempre que o autor disse que teria uma grande queda nos próximos meses, o índice da S&P 500 acabou subindo, às vezes de forma surpreendente, como mostrado no gráfico linkado logo acima.

Com isso, enquanto o autor é respeitado pelo seu livro de auto ajuda, cada vez mais alguns investidores estão vendo ele como um relógio quebrado, prevendo uma queda gigantesca durante anos até acertar alguma vez.


Fonte: Livecoins

CAPITAL MUNDIAL DAS PEDRAS ÁGATA

 


CAPITAL MUNDIAL DAS PEDRAS ÁGATA

O Brasil é o maior produtor mundial de pedras preciosas. Os Estados de maior produção são Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
As primeiras jazidas no Brasil foram descobertas em 1827, por imigrantes alemães oriundos de Idar-Oberstein e que imigraram para o sul do Brasil.
O Rio Grande do Sul é o maior produtor de ágata e ametista.
No município de Salto do Jacuí/RS, nas margens direita e esquerda do rio Jacuí, estão localizadas as maiores jazidas do mundo de pedra ágata. A exploração da ágata na região de Salto do Jacuí, remonta as primeiras décadas do século, quando imigrantes alemães aqui se instalaram e tomaram conhecimento da existência dessa gema, muito apreciada em sua terra natal.

1. DEFINIÇÃO
Para se definir o que é ágata, faz-se necessário o conhecimento de determinados termos técnicos:

1.1 Pedras preciosas e semipreciosas
Todas as pedras preciosas e semipreciosas têm algo especial, algo bonito em torno delas. A maioria das gemas são minerais, algumas são rochas, outras são de origem orgânica.

1.1.1 Gemas
Nome coletivo para todas as pedras ornamentais. Não há uma linha divisória real entre as pedras mais ou menos valiosas e é, portanto, um sinônimo de pedras preciosas e semipreciosas.

1.1.2 Minerais 
É um constituinte natural, inorgânico e sólido da crosta da terra. A maioria dos minerais também tem formas definidas de cristais.

A maioria das gemas é formada de minerais, com poucas exceções (gemas orgânicas – âmbar, coral e pérola).
A ágata pertence ao grupo de quartzo, que é constituído de minerais de composição química SiO2.
Pode-se definir a ágata como uma das variedades de calcedônia que, por sua vez, é uma variedade microcristalina de quartzo. A ágata apresenta bandas paralelas finas e concêntricas ou apresenta-se com uma mesma coloração tanto cinza-azulado quanto vermelha. A composição química é a mesma do quartzo (SiO2).

2. CLASSIFICAÇÃO 
A presente classificação utiliza denominações comerciais usadas em Salto do Jacuí, tanto pelos garimpeiros e extratores, quanto pelos comerciantes e industriais.
Baseia-se fundamentalmente no tamanho da pedra e na coloração da massa, fatores que determinarão o uso da mesma:

2.1 Tamanho da pedra 
- menor que 0,5 kg – rolinha
- 0,5 a 1,5 kg – rolão
- 1,5 a 3,0 kg – cinzeiro
- 3,0 a 8,0 kg – segunda
- maior que 8,0 kg – primeira
2.2 Coloração da massa 

2.2.1 Cinza-azulado homogênea – é a ágata tipo “umbu” utilizada para exportação em bruto. Sua coloração e cinza-azulado, distribuída de maneira uniforme na pedra.

2.2.2 Cinza-azulado heterogênea – é a ágata que sobre industrialização para posteriormente ser exportada. Sua coloração é nos mais variados tons de azul, sendo distribuída de maneira irregular na pedra, o que lhe confere um heterogeneidade em termos de cor.

2.2.3 Avermelhada – é a ágata de coloração vermelha, utilizada principalmente na fabricação de bijuterias cujos principais fabricantes situam-se em Minas Gerais. Dispensa o tingimento, sendo necessário, às vezes, um tratamento térmico para acentuar a tonalidade vermelha.
Além desses dois grandes grupos, temos ainda:

2.3 Geodo
É a chamada “pedra oca”. É a pedra ágata cujo interior não foi totalmente preenchido pela massa, formando um vazio (oco), geralmente com alguns cristais perfeitos de quartzo (citrino, ametista, hialino, calcita, zeolita, etc).

2.4 Pedra com listra 
É a pedra, tanto azul quanto vermelha, que apresenta listras brancas com espessura variando de 1mm a 1,0cm.

2.5 Sal para chapa 
É aquela pedra bem formada (está relacionada com arredondamento), sem defeito (trincada, descascada), que apresenta uma chapa de massa com espessura de, no mínimo uma polegada e o seu interior é constituído por cristalização de quartzo de alta temperatura (que o garimpeiro denomina de sal).

2.6 Sal para porta-livro
É a mesma pedra para chapa só que pode apresentar imperfeições (como ser parcialmente descascada) não sendo útil para aquela finalidade.

2.7 Pedaços
São pedaços de pedra ágata, de coloração cinza-azulado homogênea (para exportação); cinza-azulado heterogênea e, vermelha para a confecção de bijuterias.

2.8 Calcedão 
É a variedade que apresenta o maior valor comercial. Trata-se de uma pedra cinza-azulada que apresenta, em sua base, uma estratificação horizontal de calcedônia, a qual retirada fornece uma superfície plana característica.

3. USOS 
A ágata e uma gema composta por óxido de silício (SiO2), cuja dureza na escala de Mohs situa-se entre 6,5 e 7,0; possui uma densidade relativa de 2,60 – 2,65; não apresenta clivagem (propriedade segundo a qual o mineral pode parti-se ao longo de certos planos); apresenta, quando solicitada, uma fraturamento desigual.
As jazidas de ágata sul-americanas produzem pedras que usualmente são de cor cinzenta e aparentemente sem nenhum desenho, sendo necessário tingi-las para revelar suas estruturas vivas e colorações. A possibilidade de tingi-las varia segundo sua porosidade e o conteúdo de ágata ou opala das diversas camadas.
Na região de Salto do Jacuí, ocorre uma variedade de ágata, conhecida internacionalmente como “ágata umbu”, que possui uma coloração cinza-azulada e que possibilita ao lapidador obter cores homogêneas, através do tingimento.
Em função de suas propriedades químicas e físicas, a ágata possui uma utilização bastante diversificada, que varia desde bijuterias até peças e equipamentos, tais como almofarizes, peças para relógio, mancais para balança, pistões de ágata para bombas de lama (inds, cerâmica), etc.
Entre os objetos mais produzidos com a ágata, destacam-se cinzeiros, chapa grossa, chapa fina (para ornamentação), mostradores de relógio, porta-copos, porta-canetas, lustras, pulseiras, colares, brochas, anéis, porta-livros, chaveiros, cabo de talheres, maçaneta de portas, vasos, taças, camafeus, porta-jóias, frascos para perfume, frutas, aves, ovos, bolas, pirâmides, etc.
Muito apreciados são os geodos de ágata com bico de ametista e/ou citrino, calcita ou disseminação de minúsculos cristais de quartzo que produzem um brilho intenso em contato com a luz.
A ágata tem aplicação direta também na indústria cerâmica, onde é empregada na moagem de argila. São utilizados seixos de ágata com alto grau de arredondamento e com diâmetro variando entre 0,5 e 6,0 polegadas (rolinha e rolão). Neste caso, a ágata está substituindo o sílex que era utilizado anteriormente.

4. OCORRÊNCIA 
A ágata é um mineral largamente distribuído na crosta terrestre, porém ocorrências econômicas são mais esporádicas. Atualmente a fonte mais importante de ágata é a região sul do Brasil e o norte do Uruguai.

4.1 A ágata no Brasil 
O Brasil é um dos maiores produtores de ágata do mundo, sendo o responsável pelo abastecimento dos maiores centros de lapidação existentes. As ocorrências com elevado significado econômico situam-se nos derrames basálticos de formação Serra Geral, no Rio Grande do Sul. Atualmente pode-se citar as ocorrências nos municípios gaúchos de Lajeado e Soledade como históricos, pois aí se iniciaram as extrações de ágata e atualmente as jazidas encontram-se praticamente exauridas.
Como conseqüência das exigências dos lapidadores estrangeiros, a extração de ágata concentrou-se nas margens do Rio Jacuí, abaixo da barragem de Salto do Jacuí, no município de mesmo nome, no Estado do Rio Grande do Sul, uma vez que exclusivamente aí ocorre a ágata tipo “umbu”, de cor homogênea cinza e que através de processos físico-químico induzidos adquirem as mais variadas colorações, conforme o desejo do lapidador.
Os demais tipos de ágata são encontrados tanto junto com a ágata “umbu” como pelos campos e banhados, em vários municípios gaúchos com evolução geológica semelhante. Estes tipos de ágata são utilizados na indústria brasileira, sendo exportado somente o produto final.
Especificamente na região de Salto do Jacuí/RS, a extração de ágata se concentra nas margens esquerda e direita do Rio Jacuí, pois aí ocorre a ágata tipo “umbu” para exportação. 
5. CURIOSIDADES
Valorizada desde a Antigüidade pelos egípcios e sumérios, a ágata é muito apreciada na indústria joalheira e como objetos de adornos, tais como cinzeiros, saboneteiras, cabos e talheres e maçanetas. A grande parte dos produtos destina-se ao mercado externo, embora no Brasil venha crescendo a admiração do consumidor pela pedra.
É lendário o poder da ágata para aumentar as forças de quem a carrega consigo. Na antiguidade, dizia-se que eram sete suas principais virtudes:
Proteção contra os raios, feitiços, veneno, doenças e males da pelo.
A tradição ainda atribuída à ágata o dom de proteger de tombos seus portadores, o que levou os cavaleiros a adotarem-na como talismã.
Nostradamus, o grande vidente da Idade Média, acreditava que ao terem consigo uma ágata, as pessoas se tornavam mais persuasivas e agradáveis.
Na saúde é utilizada é utilizada na cura de males que atingem a pele, o plexo solar, o sistema digestivo, pulmões e garganta.
É aliada poderosa contra depressão, artrite, intoxicação, tumores e dores de cabeça.




Fonte: CPRM