quarta-feira, 6 de outubro de 2021

Dólar volta a ganhar tração acima de R$ 5,50 com cautela local e no exterior

 

Moedas3 horas atrás (06.10.2021 11:10)
Dólar volta a ganhar tração acima de R$ 5,50 com cautela local e no exterior© Reuters. Dólar volta a ganhar tração acima de R$ 5,50 com cautela local e no exterior

dólar voltou a ganhar tração no mercado à vista na manhã desta quarta-feira, 6, e a ser negociado acima dos R$ 5,50. Há pouco, o dólar à vista subia 0,45%, a R$ 5,5096.

O analista de câmbio Elson Gusmão, da corretora Ourominas, afirma que o mercado segue sob cautela com o exterior negativo em meio a avanço do juro da T-Note 2 anos a 0,293%, às 10h34, ante 0,285% no fim da tarde de ontem, embora as taxas dos Treasuries longos tenham passado a cair.

Segundo ele, diminuiu a pressão sobre os Treasuries longos pela desconfiança dos investidores sobre a leitura da ADP para a criação de empregos no setor privado dos Estados Unidos para setembro, uma vez que o mercado privado tem registrado números distantes dos resultados do payroll (dado de emprego amplo dos EUA) divulgado mensalmente pelo Departamento do Trabalho daquele país.

Gusmão acrescenta que há mal-estar ainda com a escassez de gás na Europa, que ajuda a deprimir as bolsas e as moedas da região frente o dólar, e também com as fracas vendas no varejo brasileiro em agosto.

Segundo o analista, os dados do varejo reforçam preocupações com a atividade interna, e há desconforto com a inflação alta e demora na tramitação das reformas e do orçamento de 2021, com persistentes dúvidas sobre as soluções que devem ser dadas para os precatórios, auxílio Brasil e extensão de auxílio emergencial. "O Copom perdeu uma grande chance, na última reunião, de aumentar um pouco mais os juros pra dar um melhor alívio ao mercado", comenta.



Fonte: ESTADÃO

Mulher encontra diamante de 4,38 quilates em parque nos EUA

 


Não está claro quanto vale o diamante encontrado no local, e o parque disse que não faz avaliações

Diamante foi encontrado em parque estadual americano
Diamante foi encontrado em parque estadual americanoArkansas State Parks/Divulgação

Theresa Waldropda CNN

Noreen Wredberg e seu marido, Michael, não esperavam encontrar nada no Parque Estadual da Cratera de Diamantes em Arkansas, nos Estados Unidos, e não tinham certeza do que haviam encontrado quando pegaram uma pedra.

Acontece que o objeto desconhecido era um diamante amarelo pesando 4,38 quilates.

“Eu não sabia que era um diamante na época, mas era limpo e brilhante, então peguei”, disse Wredberg, de acordo com um comunicado à imprensa do parque.


Fonte: CNN

segunda-feira, 4 de outubro de 2021

QUARTZO FUMADO

 

Quartzo fumado (no Brasil, quartzo fumé ou quartzo enfumaçado) é uma variedade de quartzo de cor castanho claro a negro. Estas cores devem-se a radiações emitidas por minerais radioactivos ou ainda à presença de matéria orgânica. Quando aquecido pode converter-se em citrino. Na Antiguidade, julgou-se que esta variedade de quartzo continha fumaça no seu interior daí o seu nome.

Durante séculos foi uma das pedras preciosas mais talhadas e procuradas, mas hoje em dia é uma gema modesta.

O maior produtor mundial desta gema é a Suíça, destacando-se também Brasil, Madagascar, Rússia, Escócia e Ucrânia.



Fonte: CPRM

 

O ouro do rio Acre

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A febre do ouro contaminou Rondônia na década de 80. Era comum a presença de balsas com garimpeiros na divisa do Acre com o estado vizinho. Na travessia da foz do rio Abunã com o Madeira (Madre de Dios) principalmente. À época, contava-se muitas histórias e estórias da vida difícil nos garimpos.

Ouro fácil, fortuna, bebidas, mulheres. Prostituição, roubos e assassinatos. Vilas surgiam do nada. Os rios mais pareciam formigueiros humanos. Uma herança da Serra Pelada, no Pará, a montanha de ouro. Muitos migraram de lá para Rondônia com o fim do metal por lá.

A febre chegou ao Acre. Se no Madeira tinha ouro por que no rio Acre não teria, já que a sua nascente também é no Peru, o Eldorado dos espanhóis?

Nesse contexto social e econômico da época, da febre do ouro, surge o Joaquim Frota de Souza. Nascido nas barrancas do rio Acre, entre Brasiléia e Assis Brasil.

Joaquim, era o 1º filho de uma linhagem de 18, carinhosamente chamado de “Frota” ou “Quinca”, era o herói de sua casa. Foi o primeiro a sair do mato para a cidade. Aventurou-se no mundo enquanto irmãos e irmãs viviam da extração da castanha, da borracha, do plantio do tabaco. Se alimentavam da pesca, caça e da criação de uma pequena semente de gado. Lá no seringal Sacado, colocação Bufeu. Terras do velho João Thomaz.

Em suas andanças pelo Mundo Joaquim conheceu um homem em um boteco que se dizia garimpeiro. Foi lá pras bandas do Abunã. Parecia mais um pistoleiro, muito comum naqueles dias. Ficou impressionado com o tipo:

Um sujeito baixo, atarracado, queimado do sol, cabeludo e todo cheio de tatuagens. Os olhos fundos, olheiras, cicatriz no rosto do lado esquerdo. Marcas de tiro e faca pelo corpo. Resultado de brigas. Tinha a boca larga, dentes manchados de nicotina. Usava um cordão grosso prateado no pescoço, bermuda branca, camisa de botão amarela aberta na altura do peito, sandálias de couro, revólver Tauros, calibre 38, uma faca de bainha na cintura. Falava alto e sorria ao mesmo tempo com sotaque nordestino. Lembrava um cangaceiro.

Joaquim convenceu o pai a investir na busca por ouro. Ficariam ricos, sem ter que nunca mais trabalhar. O velho se animou com as notícias que chegavam de Rondônia. Dizia ele que eram as novas minas do rei Salomão. Um de seus filhos, o Júlio, apelidado de “Êga”, por ser gago, tinha até achado um pó meio amarelado. Uma espécie de ferrugem que aparece nas praias do rio Acre no verão. Vem de uma água amarelada que escorre do barranco.

_ Papai, pelo amor de Deus, isso é ouro, vamos investigar, dizia o Gago, com um brilho intenso nos olhos, comum aos que enlouquecem em busca do metal precioso. O velho acreditou.

A partir desse ponto a história é narrada pelo seu Chico Frota, patriarca da família Frota, falecido recentemente aos 92 anos.

_ O meu filho Joaquim chegou aqui com esse tal garimpeiro. O homem parecia o satanás. Comeu uma banda inteira de um barrão de engorda. Trouxe uma bateia, mercúrio e outros apetrechos numa mochila velha, desbotada e fedorenta. Tudo comprado com o adiantamento das minhas economias que eu tinha dado ao Joaquim. À primeira vista, para nos animar, foi logo dizendo que havia ouro no rio, que ele tinha sentido o faro. Disse Joaquim que até com magia maléfica ele mexia.

Depois de alguns dias, comendo e bebendo de graça, chegada uma sexta feira, beirando a meia noite, fomos para a beira do rio, na boca do igarapé Bufeu. Levamos cachaça, uma galinha preta morta, um prato fundo de plástico, vela e fósforo. A primeira coisa que ele fez foi ficar nu. Passou lama do igarapé no corpo inteiro A gente só via os olhos vermelhos. Parecia o cão quando perde as botas. Mandou acender a vela, colocar no prato, e soltar no rio.

O prato desceu boiando na correnteza. Passou pela ponta d’água no pé do salão e entrou no remanso. A noite estava muito escura, um breu só. Acompanhávamos em silêncio aquela arrumação. Mais abaixo o prato ficou rodando na água. Ele quebrou o silêncio e disse: “O ouro tá ali”. Arregalamos os olhos, ficamos alegres, até que enfim ouro!

O garimpeiro tomou meia garrafa de cachaça de uma tacada só, deu duas tragadas fortes no cigarro e mergulhou. Eu e meus filhos ficamos apreensivos, com medo mesmo.

Cá comigo: Já pensou o Joaquim me trazer um filho da puta desses para morrer afogado nas minhas terras. Podem até pensar que nós matamos o homem para ficar com o ouro. O ouro já é nosso.

Passado uns minutos o garimpeiro gritou chamando. Entramos na canoa e fomos para lá. Ele estava sentado no barranco, pediu um cigarro, mais uma dose da cachaça, foi quando o Joaquim perguntou:

_ Diga logo companheiro, você encontrou o ouro do meu pai?

Ainda ofegante respondeu.

_ Mergulhei muito fundo, na escuridão das trevas onde o ouro brilha, vi um fogo, mas não era ouro. Mergulhei mais fundo ainda, passei quatro dias de viagem depois do inferno, encontrei o satanás plantando taboca. Aqui pode ter tudo, menos ouro, ele disse.

Na hora me virei pro Joaquim, meu filho, e falei: Joaquim pegue suas coisas, e a de seu amigo e sumam da minha vista. Vão comer e beber cachaça de graça na caixa prego. Pela madrugada o Joaquim e o tal garimpeiro foram embora a pé. Nem um animal cavalar eu emprestei.

Como testemunha da aventura na busca por ouro no rio Acre, ficou esquecida a bateia. Depois de algum tempo o Joaquim voltou para casa desconfiado. Junto com os irmãos ainda andou caçando ouro com a velha bateia, que teve um fim nada honroso: acabou servindo de cocho para dá água pros pintos.

(Eu mesmo vi a bateia no terreiro, perguntei o que era aquilo. Foi então que seu Chico me contou essa história, a aventura da busca por ouro no rio Acre).

Do garimpeiro não se teve mais notícias…nunca mais se falou em ouro entre eles. Era proibido.


Estimativas de novos depósitos são 73% maiores sobre 2019

 A Equinox Gold Corp. anunciou os resultados de um estudo de pré-viabilidade para a expansão da mina de ouro Aurizona, 100% controlada pela companhia, localizada no estado do Maranhão. Realizando-se a lavra subterrânea e a céu aberto de Piaba, conjuntamente com a lavra a céu aberto de depósitos satélites, a expansão poderia estender a vida útil da mina em 11 anos, com uma produção média anual de ouro de 137 mil onças e uma produção total, na vida útil, de 1,5 milhão de onças. O pico de produção seria entre 2026 e 2029, com uma produção anual média de 160 mil onças de ouro.  

As estimativas atualizadas de reservas e recursos minerais para Aurizona, incorporando os novos depósitos subterrâneos e a céu aberto e compensando 18 meses de depleção da mina mostram um aumento de 73% em relação à estimativa de 31 de dezembro de 2019, com 1,7 milhão de onças de reservas minerais comprovadas e prováveis com teor de 1,60 gramas por tonelada de ouro mais 868.000 onças de Recursos Minerais Medidos e Indicados (excluindo Reservas) com teor de 1,49 g/t de ouro. "Incorporar os depósitos subterrâneos e satélites de Aurizona em nosso plano de mina quase dobrará a vida útil da mina Aurizona, aumentará a produção anual e gerará quase US$ 1 bilhão de fluxo de caixa líquido aos preços atuais do ouro. Estamos incrivelmente orgulhosos do que nossa equipe realizou em Aurizona. A expansão criará oportunidades econômicas e sociais adicionais para nossos parceiros da comunidade e valor substancial para nossos acionistas, com significativo potencial de crescimento à medida que continuamos a explorar o que poderia vir a ser uma mina de várias décadas", disse Christian Milau, CEO da Equinox Gold. 



A Equinox Gold atingiu a produção comercial em Aurizona em julho de 2019, após a construção de uma nova planta e atualização da infraestrutura existente. Com um gasto de capital inicial de apenas US$ 160 milhões, o projeto Aurizona produziu mais de 260.000 onças de ouro e gerou mais de US$ 190 milhões em fluxo de caixa livre desde o início da produção. O depósito de ouro de Piaba contém mineralização de ouro em um sistema de veios que se estende por pelo menos quatro km ao longo de um ponto com depósitos de satélite menores a leste e oeste do depósito principal de Piaba. Perfurações recentes mostraram que a mineralização de ouro também se estende abaixo da cava a céu aberto a profundidades superiores a 1.000 metros da superfície. No último ano, um total de 65 furos a diamante, totalizando quase 26.000 m, foram perfurados no depósito subterrâneo para apoiar o PFS e a estimativa de recursos subterrâneos. No acumulado do ano, 30 furos totalizando cerca de 11.000 m foram perfurados no subterrâneo de Piaba, Tatajuba e depósitos satélite, cujos resultados serão incorporados na próxima atualização de reserva e recurso. 

A expansão irá incorporar minério do depósito a céu aberto existente junto com o depósito subterrâneo de Piaba e os depósitos a céu aberto de Tatajuba, Boa Esperança e Genipapo. Embora a mina expandida continue a usar o moinho existente e a infraestrutura de superfície, a linha de força existente precisará ser atualizada e a mina exigirá rejeitos adicionais e armazenamento de estéril. A mineração e o processamento de minério subterrâneo, simultaneamente com o minério a céu aberto, aumentarão o teor médio de alimentação do moinho, aumentará a produção anual de ouro e estenderá a vida útil da mina para 11 anos. O PFS considera a adição de uma mina subterrânea abaixo da cava Piaba existente, bem como a inclusão de duas áreas de cava a céu aberto: Tatajuba e Genipapo.

A mina subterrânea será desenvolvida ao longo de um comprimento total de ataque de 2,3 km abaixo do poço Piaba. O acesso à mina será por meio de uma rampa construída em rocha dura dentro da cava. As sete áreas de mineração separadas atualmente definidas serão acessadas por um declínio de transporte principal de 2 km com rampas internas separadas. Os primeiros 800 m do transporte principal serão desenvolvidos como um único rumo ao local do elevador de ventilação primário, que também fornece saída de emergência. A partir desse ponto, a rampa será desenvolvida como um arranjo de rampa dupla, com a segunda rampa usada para fins de ventilação durante a produção. Todo o desenvolvimento da mina subterrânea está em unidades de rocha estável localizadas no lado da parede suspensa do corpo mineralizado. 

O PFS contempla um capex de US$ 154 milhões e um cronograma de três anos para implantação, caso a frota para mineração subterrânea seja adquirida. No caso de arrendamento da frota, os custos de capital seriam reduzidos em US$ 25 milhões. Os investimentos em sustaining são previstos em US$ 383 milhões, sendo US$ 60 milhões para a mina subterrânea, US$ 79 milhões para decapagem a céu aberto e US$ 178 milhões para infraestrutura. Deste valor, US$ 98 milhões seriam para instalações de rejeitos adicionais.






Fonte: CPRM