domingo, 27 de março de 2022
sábado, 26 de março de 2022
Até onde o dólar pode cair? Especialistas indicam patamares possíveis
Moedas20 horas atrás (25.03.2022 18:17)
© Reuters.Por Felipe Machado
Investing.com - O dólar superou o patamar de R$ 5 há dois anos e, desde então, poucas vezes ficou abaixo deste nível. Na segunda-feira, porém, a moeda voltou a ser negociada por menos que esse 'piso'. E a baixa prosseguiu: a cotação fecha a semana com desvalorização de 5,38% ante o real, a R$ 4,7207, depois de oito quedas seguidas.
Especialistas ouvidos pelo Investing.com indicam que há espaço para mais quedas, e o mercado ainda se pergunta qual deve ser o novo patamar.
André Perfeito, economista-chefe da corretora Necton Investimentos, explica que a valorização do real acontece devido ao alto fluxo de capital estrangeiro para o Brasil, motivado majoritariamente pela combinação de commodities valorizadas e taxa de juros (Selic) em alta.
"A alta de commodities atrai dinheiro para cá por dois motivos: há empresas listadas que se beneficiam disso, e o cenário de commodities em alta conspira para termos saldo comercial subindo, principalmente porque a atividade está fraca", exemplifica o especialista.
Perfeito indica que um ponto gráfico de suporte importante para a cotação é na casa de R$ 4,65. "Mas, como é muito 'lá embaixo', talvez o mercado demore a querer ir até esse preço. Vamos observar se estabiliza em torno de R$ 4,80 ou R$ 4,90, para depois imaginarmos uma queda mais forte", completa.
Para ter ideia da entrada de capital estrangeiro, Victor Beyruti, economista da Guide Investimentsos, relembra que o fluxo cambial em 2022 está positivo em US$ 9,4 bilhões. Em todo ano passado, o saldo ficou em US$ 6,1 bilhões. Dentre os fatores para esse movimento, ele aponta que o Brasil iniciou o ciclo de alta de juros antes de outros países e estava com ativos subprecificados.
"Nosso modelo aponta, de modo conservador, que o valor justo para o dólar seria algo em torno de R$ 4,50 e R$ 4,60. Mas a cotação não deve cair de forma linear, como temos visto nesses dias", indica Beyruti.
Para Eduardo Grübler, gestor de renda variável da plataforma de investimentos Warren, o patamar mínimo pode ser ainda mais baixo: R$ 4,40. A tendência do curto prazo, no entanto, é que se estabilize em torno de R$ 4,85.
Ele alerta, porém, que a cotação atual já está próxima ao "preço justo". "Vemos grande risco devido às tensões internacionais de termos um 'spike' na cotação. Então, não vemos muito prêmio em seguir vendido em dólar", considera.
A diretora da corretora de câmbio Getmoney e colunista do Investing.com, Vanessa Blum, destaca que o fluxo estrangeiro deve continuar forte enquanto permanecer o cenário de commodites e juros em alta e a guerra na Ucrânia.
Segundo ela, quatro grandes fatores poderiam alterar essa lógica. "Os pontos de atenção são: 1 - eleições aqui e tensões políticas; 2- descomprometimento com o ambiente fiscal interno ou ações para angariar votos; 3- final da guerra; 4- as altas de juros do Fed", diz
ANTIGOS ROMANOS PODEM TER PERDIDO MINA DE ESMERALDAS PARA NÔMADES
Os antigos romanos tinham uma predileção especial pelas esmeraldas. Como o escritor romano Plínio, o Velho, escreveu em seu livro História Natural no século I d.C.: "Não há pedra, cuja cor seja mais agradável aos olhos, nenhum verde existe de uma cor mais intensa do que esta."
Já faz algum tempo que pesquisadores sabiam que o vale de Wadi Sikait, no deserto oriental do Egito, era um dos mais importantes pontos de operação de mineração de esmeraldas para os romanos.
Agora, novas escavações encontraram a primeira evidência de que o exército romano atuou diretamente na região, tanto para a construção quanto para a defesa das minas.
Edifícios em Sikait. (Fonte: Projeto Sikait/Reprodução)
Estudo topográfico
Entre 2020 e 2021, os pesquisadores realizaram duas temporadas de escavações, analisando 11 áreas de extração de esmeraldas no local.
Já nas escavações feitas no início de 2022, os arqueólogos tiveram a oportunidade de conduzir um detalhado estudo topográfico das duas principais minas.
Uma delas é constituída por centenas de galerias, sendo que a profundidade ultrapassa os 40 metros.
Os arqueólogos também determinaram que somente a partir da descoberta dos veios de esmeraldas mais produtivos é que os romanos, realmente, investiram no lugar.
A partir daí, Sikait passou a contar com rotas, guaritas, zonas de trabalho, pequenos povoados, necrópoles e infraestrutura logística para extração e transporte das pedras preciosas.
Templo em Sikait.
Envolvimento do exército romano
Para os pesquisadores que estudam o vale de Wadi Sikait, as recentes escavações foram as mais significativas, especialmente porque foi encontrado um conjunto de inscrições antigas que, possivelmente, será útil para ajudar os arqueólogos na compreensão sobre como as atividades eram feitas ou quem trabalhava no local.
Entre essas inscrições existe uma que merece destaque. Ela diz respeito a uma legião romana nas minas, ou seja, é a primeira vez que algo encontrado em Wadi Sikait aponta para um envolvimento direto do exército romano nas operações de exploração de esmeraldas no Egito.
Nas mãos dos nômades
As escavações recentes também sugerem que os Blemmyes, um grupo nômade originário da Baixa Núbia, teria tomado o controle das minas de Wadi Sikait dos romanos entre os séculos IV e VI d.C.
Além da presença de elementos ritualísticos e religiosos desse grupo, os arqueólogos concluíram que alguns edifícios na região foram ocupados ou construídos pr eles.
Oferendas encontradas nas minas de Sikait.
Isso confirma o que o filósofo grego, Olympiodorus, escreveu sobre a região na antiguidade apontando que “uma permissão do rei dos Blemmyes era necessária para entrar nas minas de esmeralda no século V”.]
Fonte: Mega Curioso

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