domingo, 10 de abril de 2022

TUDO SOBRE O BERILO

 

Berilo

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Disambig grey.svg Nota: Para o município, veja Berilo (Minas Gerais).
Berilo
Três variedades de berilo: Morganita, Água Marinha e Heliodor
Classificação Strunz9.CJ.05
CorVerde, azul, amarelo, branco, rosa, etc.
Fórmula químicaBe3Al2Si6O18
Propriedades ópticas
TransparênciaDe transparente a opaco
Propriedades físicas
Dureza7,5 - 8 (Mohs)
Referências[1][2][3][4]
Mapa dos principais países produtores no mundo

O mineral berilo é um ciclossilicato de berílio e alumínio com fórmula química Be3Al2(SiO3)6. Os cristais hexagonais do berilo podem ser de tamanho muito pequeno ou atingir dimensões de alguns metros. Os cristais terminados são relativamente raros. O berilo exibe fratura concoidal, tem uma dureza de 7,5-8, um peso específico de 2,63-2,80. Possui brilho vítreo e pode ser transparente ou translúcido. Clivagem basal fraca, com hábito bipiramidal dihexagonal. O berilo puro é incolor, mas é matizado frequentemente por impurezas; as cores possíveis são verde, azul, amarelo, vermelho, e branco. O seu nome tem origem no grego beryllos (bela cor azul-esverdeada da água do mar).

Berilo vermelho, muito raro

Algumas variedades de berilo são consideradas pedras preciosas ou semi-preciosas desde épocas pré-históricas. O berilo verde (devido à presença do elemento Cr³+ como impureza em sua estrutura cristalina)] é chamado esmeralda, o raro berilo vermelho é chamado esmeralda vermelha, esmeralda escarlate ou bixbite. O berilo azul (devido ao crómio e vanádio) é chamado de água-marinha, o berilo rosa (devido a manganês e ferro) é a morganita, um berilo amarelo brilhante e límpido é chamado berilo dourado, um berilo incolor é chamado gochenita e o amarelo-esverdeado (devido a manganês, ferro e titânio), heliodoro.

Tipos de ocorrência

Berilo (var. Esmeralda)

O berilo é comumente encontrado em pegmatitos graníticos, mas ocorre também em micaxistos nos Montes Urais, estando muitas vezes associado a depósitos de minérios de estanho e tungsténio. Além das muitas ocorrências na Europa como na Áustria, Alemanha, Irlanda, Portugal e outros, o berilo é encontrado também em várias regiões da África, como Madagascar (especialmente morganita) e Transvaal (esmeraldas), e também na América do Sul, como no Brasil (Minas Gerais, Bahia e Espírito Santo), e Colômbia, a qual possui a mais famosa fonte de esmeraldas no mundo em Muso, onde o berilo pode ser excepcionalmente encontrado em calcários. Esmeraldas também são encontradas perto de Mursinski, Sibéria. Na América do Norte, os pegmatitos da Nova Inglaterra produziram alguns dos maiores cristais de berilo conhecidos, incluindo um de 5,5m (18 pés) por 1,2 m (4 pés) pesando 18t. Outras localidades incluem Dakota do Sul, Colorado, e Califórnia.

Usos e aplicações

O elemento químico berílio, é um metal alcalino terroso, é obtido do minério de berilo. Uma das formas mais comuns na natureza é a esmeralda, uma pedra preciosa de cor característica verde. Os druidas utilizavam o berilo como cristal divinatório e os antigos escoceses chamavam-lhe "pedra do poder". As primeiras bolas de cristal eram feitas de berilo, mais tarde substituído por cristal de rocha. O berílio é muito requisitado em programas nucleares. É também empregado na indústria aeroespacial.

ESMERALDA, a mais famosa pedra da família do Berilo.



Fonte: Origem: Wikipédia

HELIODORO COLEÇÃO


 

TUDO SOBRE A ESMERALDA

 Mais nobre variedade do mineral berilo, notabiliza-se pela luminosa cor verde-grama, devida aos elementos cromo e vanádio, bem como por sua relativa fragilidade e elevada dureza. Seu nome deriva do sânscritosamârakae deste ao gregosmaragdos.

A esmeralda já era explorada pelos egípcios por volta de dois mil anos antes de Cristo, nas proximidades do Mar Vermelho. Famosas desde a Antiguidade eram também as esmeraldas das minas egípcias de Zabarahque ornavam Cleópatra.

Quimicamente, a esmeralda se constitui de silicato de berílio e alumínio e, em estado bruto, apresenta a forma de um prisma hexagonal.

Em raros casos é inteiramente límpida, apresentando um cenário de inclusões conhecido como jardim das esmeraldas. Procuradas desde a chegada dos portugueses ao Brasil, sobretudo pelas expedições dos bandeirantes ao interior do país nos séculos XVI e XVII, as fontes de esmeraldas de aproveitamento econômico foram encontradas em nosso país somente no século XX.

Os mais belos espécimes de esmeralda do mundo procedem da Colômbia, onde são extraídas de rochas xistosas nas famosas minas de Muzo, Coscuez e Chivor.

Na África, há importantes países produtores, destacando-se principalmente a Zâmbia, 2º produtor mundial, o Zimbabwe e Madagascar.

O Brasil é atualmente o terceiro produtor mundial e as gemas provêm dos Estados de Minas Gerais (Garimpo de Capoeirana, em Nova Era; e Minas deBelmont e Piteiras, em Itabira); Goiás (localidades de Santa Terezinha e Porangaru), Bahia (localidades de Carnaíba e Socotó) e Tocantins.

Historicamente, o tratamento empregado com mais frequência em esmeraldas é o preenchimento de fraturas com óleos ou resinas naturais, com a finalidade de torná-las menos perceptíveis. Atualmente, as resinas artificiais, sobretudo o produto Opticon, têm substituído os tradicionais óleos e resinas naturais.

Esmeraldas obtidas por síntese são comercializadas desde 1956, empregando-se dois diferentes métodos. Elas se diferenciam das esmeraldas naturais principalmente pelas inclusões e/ou estruturas de crescimento.




Fonte: Joias de Época

TUDO SOBRE A TURMALINA PARAÍBA💎💎

 As turmalinas conhecidas sob a designação ”Paraíba”, em alusão ao Estado onde foram primeiramente encontradas, causaram furor ao serem introduzidas no mercado internacional de gemas, em 1989, por suas surpreendentes cores até então jamais vistas. A descoberta dos primeiros indícios desta ocorrência deu-se sete anos antes, no município de São José da Batalha.

Estas turmalinas ocorrem em vívidos matizes azuis claros, azuis turquesas, azuis “neon”, azuis esverdeados, azuis-safira, azuis violáceos, verdes azulados e verdes-esmeralda, devidos principalmente aos teores de cobre e manganês presentes, sendo que o primeiro destes elementos jamais havia sido detectado como cromóforo em turmalinas de quaisquer procedências.

A singularidade destas turmalinas cupríferas pode ser atribuída a três fatores: matiz mais atraente, tom mais claro e saturação mais forte do que os usualmente observados em turmalinas azuis e verdes de outras procedências.

Em fevereiro de 1990, durante a tradicional feira de pedras preciosas de Tucson, no Estado do Arizona (EUA), teve início a escalada de preços desta gema. A mística em torno da turmalina da Paraíba havia começado e cresceu extraordinariamente ao longo das mais de duas décadas que se seguiram, convertendo-a na mais valiosa variedade deste grupo de minerais.

A elevada demanda por turmalinas da Paraíba, aliada à escassez de sua produção, estimulou a busca de material de aspecto similar em outros pegmatitos da região, resultando na descoberta das minas Mulungu e Alto dos Quintos, situadas próximas à cidade de Parelhas, no vizinho estado do Rio Grande do Norte. Estas minas passaram a produzir turmalinas cupríferas de qualidade média inferior às da Mina da Batalha, mas igualmente denominadas “Paraíba” no mercado internacional, principalmente por terem sido oferecidas muitas vezes misturadas à produção da Mina da Batalha.

Embora as surpreendentes cores das turmalinas da Paraíba ocorram naturalmente, estima-se que aproximadamente 80% das gemas só as adquiram após tratamento térmico.

Até 2001, as turmalinas cupríferas da Paraíba e do Rio Grande do Norte eram facilmente distinguíveis das turmalinas oriundas de quaisquer outras procedências mediante detecção da presença de cobre com teores anômalos, através de análise química por fluorescência de raios X de energia dispersiva (EDXRF). No entanto, as recentes descobertas de turmalinas cupríferas na Nigéria e em Moçambique acenderam um acalorado debate envolvendo o mercado e os principais laboratórios gemológicos do mundo, em torno da definição do termo “Turmalina da Paraíba”.

Até o ano de 2001, o termo “Turmalina da Paraíba” referia-se à designação comercial das turmalinas da espécie elbaíta, de cores azuis, verdes ou violetas, que contivessem pelo menos 0,1% de CuO e proviessem unicamente do Brasil, precisamente dos estados da Paraíba e do Rio Grande do Norte.

Tudo começou a mudar quando, naquele ano, uma nova fonte de turmalinas cupríferas foi descoberta na Nigéria, na localidade de Ilorin (mina de Edeko), voltando a ocorrer quatro anos mais tarde, em meados de 2005, desta vez em Moçambique, na região de Alto Ligonha, a aproximadamente 100 km ao sudoeste da capital Nampula.

De modo geral, as elbaítas com cobre destes países africanos não possuem cores tão vívidas quanto às das brasileiras, embora os melhores exemplares da Nigéria e de Moçambique se assemelhem aos brasileiros.

O achado destes depósitos africanos ocasionou acalorados debates no mercado e entre laboratórios, uma vez que as gemas de cores azuis a verdes saturadas procedentes da Nigéria e de Moçambique não podem ser diferenciadas das produzidas no Brasil por meio de exames usuais e tampouco por análises químicas semi-quantitativas obtidas pela técnica denominada EDXRF.

Há alguns anos, felizmente, constatou-se ser possível determinar a origem das turmalinas destes 3 países por meio de dados geoquímicos quantitativos de elementos presentes como traços, obtidos por uma técnica analítica conhecida por LA-ICP-MS.

Em fevereiro de 2006, o Comitê de Harmonização de Procedimentos de Laboratórios, que consiste de representantes dos principais laboratórios gemológicos do mundo, decidiu reconsiderar a nomenclatura de turmalina da “Paraíba”, definindo esta valiosa variedade como uma elbaíta de cores azul-néon, azul-violeta, azul esverdeada, verde azulada ou verde-esmeralda, que contenha cobre e manganês e aspecto similar ao material original proveniente da Paraíba, independentemente de sua origem geográfica.

Esta política é consistente com as normas da CIBJO, que consideram a turmalina da Paraíba uma variedade ou designação comercial, e a definem como dotada de cor azul a verde devida ao cobre, sem qualquer menção ao local de origem. 

Por outro lado, como essas turmalinas cupríferas são cotizadas não apenas de acordo com seu aspecto, mas também segundo sua procedência, tem-se estimulado a divulgação, apesar de opcional, de informações sobre sua origem nos documentos emitidos pelos laboratórios de gemologia, caso disponham dos recursos analíticos necessários.




Fonte: Joias de Época

sexta-feira, 8 de abril de 2022

Novo ministro da agricultura reforça pressão governamental pela mineração em Terras Indígenas

 





mineração em Terras Indígenas
Acampamento Terra Livre 2022

O novo ministro da agricultura mal sentou na cadeira, mas já mostrou a que veio. Marcos Montes, sucessor de Tereza Cristina na pasta, defendeu o projeto de lei (PL) 191/2020, que libera a mineração em Terras Indígenas, sob a justificativa (furada, vale ressaltar) de que isso facilitará a extração de potássio, minério utilizado na produção de fertilizantes para a agricultura. No entanto, Montes tentou dissociar a questão do potássio da extração de ouro e outros metais preciosos, assinalando que a prioridade precisa estar em “minerais estratégicos” para a economia brasileira.

“Nós temos que ter cuidado em analisar essa matéria. Eu disse aos parlamentares que nós temos que tratar a exploração mineral em Terras Indígenas com outros focos, o foco em minérios estratégicos, e o fertilizante é um mineral [sic] estratégico”, disse Monte depois de uma conversa com membros da Frente Parlamentar da Agropecuária. Esse ponto foi abraçado pelo líder da bancada ruralista, deputado Sérgio Souza. “Não vamos discutir temas como a mineração de pedras preciosas, que não interessa ao agro neste momento”.

O problema do argumento ministerial é que diversos estudos amplamente repercutidos pela imprensa nos últimos meses mostram que as maiores reservas de potássio ainda não exploradas no Brasil se encontram fora das Terras Indígenas – aliás, nem na Amazônia o potencial é tão grande, ficando a região atrás de áreas do Nordeste e do Sudeste. Ou seja, para aumentar a produção de potássio no Brasil, não é necessário “tocar a boiada” sobre as reservas indígenas, tal como querem Bolsonaro & Cia. Das duas, uma: ou os ruralistas não sabem ler o jornal ou o pitch pró-mineração esconde o real interesse do grupo. Canal Rural e Valor repercutiram a fala de Montes.

Ainda sobre fertilizantes, o Valor também destacou a movimentação da indústria do carvão mineral para “vender” seu produto como fonte alternativa de fertilizantes. De acordo com a Associação Brasileira de Carvão Mineral (ABCM), o processamento do minério, a partir de sua gaseificação pode resultar em amônia e ureia, compostos utilizados na produção de fertilizantes. Nesse sentido, as reservas de carvão mineral no sul do Brasil poderiam ser uma alternativa de fonte para essa matéria-prima. No entanto, esse tipo de tecnologia ainda não é aplicada no Brasil e os impactos ambientais disso são significativos. Além disso, tal como no caso do potássio, o aumento desta produção para fertilizantes não aconteceria da noite para o dia, com estimativas de até quatro anos para que isso saia do papel.

A manifestação da ABCM tem cheiro de lobby por mais subsídios.

 

ClimaInfo, 7 de abril de 2022.