sábado, 21 de maio de 2022

Os 80 anos de um pioneiro no Brasil

 engenheiro civil Rodolfo Galvani Jr. completa, neste mês de março, 80 anos. Empresário e industrial, Rodolfo é desses homens de negócios que mudam perspectivas. No seu caso, ajudou a transformar o panorama do agronegócio brasileiro ao viabilizar projetos de fábricas e jazidas de fertilizantes fosfatados. Sua trajetória é parte da história do mercado, uma vez que o executivo é também promotor de melhorias de processos relevantes para a indústria e a logística do setor.

Aos 20 anos, ainda um estudante de engenharia no Mackenzie, em São Paulo, ele já mostrava sua avidez para os negócios. Criou a Comércio e Representações São João Ltda. e iniciou a comercialização de diversos produtos em diferentes áreas. Ali começava sua caminhada como empresário.

Rodolfo (segundo da direita para a esquerda) e seus amigos de pensão em São Paulo, 1961.

Com a independência que conquistou, deu um novo passo. Começou a vender sal. Chegou a montar em Santos (SP) uma unidade para armazenar, vender e distribuir o produto. Prosperou no setor, principalmente por ter construído um modelo de logística eficiente das mercadorias. Logística, aliás, sempre foi uma de suas grandes competências. Foi por conta de seus conhecimentos na área que outro negócio se viabilizou: armazenamento e distribuição de fertilizantes a granel.

Rodolfo ao centro e funcionários em Santos, 1974.

Rodolfo deu o seu segundo grande salto como empresário e, de alguma forma, abriu a perspectiva como industrial de uma parte importante da cadeia do agronegócio, com a concepção e construção de um terminal logístico de fosfato em Paulínia (SP), que depois se tornou um dos maiores complexos industriais de fertilizantes do País. 

Rodolfo diversificou sua atuação ao inaugurar uma empresa de engenharia que envolveu uma jazida de pedra e obras de pavimentação. Nesse empreendimento, cresceu junto da cidade de Paulínia, que abrigou a maior refinaria de petróleo da América Latina, a Replan. 

Rodolfo Galvani Jr., Rodolfo Galvani, Roberto Galvani e Ronaldo Galvani em 1999.

Não demoraria para Rodolfo e seus irmãos olharem para a fronteira agrícola aberta no Centro-Oeste e no Matopiba (região agrícola que abrange trechos dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia).

Foi também nessa época que criou a primeira fábrica de fertilizantes do Oeste da Bahia, em 1992, em Luís Eduardo Magalhães, e iniciou o processo de verticalização da produção com as minas de fosfato de Lagamar (MG) e, posteriormente, de Angico dos Dias e Irecê, ambas na Bahia. 

Vicente, Rodolfo e Floriano na montagem de um galpão de pórticos e paus roliços de eucalipto, 2004.

Hoje, Rodolfo lidera a mais relevante iniciativa de mineração e industrialização de fertilizantes do Brasil: o Projeto Santa Quitéria, no Ceará. Lá serão produzidos mais de 1 milhão de toneladas de fertilizantes e 220 mil toneladas de fosfato bicálcico, o que representa a entrada da empresa no mercado de nutrição animal e a busca pela liderança nas regiões Norte e Nordeste. 

Para Rodolfo, porém, produzir com sucesso significa também desenvolver a sociedade e conservar o meio ambiente. A visão de negócios associada à perspectiva da preservação o fez criar o Parque Vida Cerrado, primeiro e único centro de pesquisa e educação socioambiental do Matopiba, que abriga um criadouro conservacionista e um centro de excelência em restauração, e o Instituto Lina Galvani, uma organização da sociedade civil de interesse público que leva o nome da matriarca da família e já beneficiou mais de 30 mil pessoas por meio de ações sociais realizadas nas comunidades vizinhas à empresa.

Na cerimônia de entrega do prêmio "As Empresas do Ano do Setor Mineral", em 2009.

Aos 80 anos, esse industrial nascido em São João da Boa Vista (SP) continua a revolução no agronegócio nacional que iniciou nos anos 1960. A cada novo projeto, fortalece o protagonismo da indústria brasileira na cadeia de suprimento do setor agrícola e reduz a dependência nacional desse insumo. Nada mais oportuno e indispensável, em um momento em que o Brasil e o mundo sofrem com a escassez desse produto, que alimentar o mundo de forma sustentável.






Fonte: Brasil Mineral

North Star obtém LO para refinaria no Pará

 A Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semma) de Belém emitiu Licença de Operação (LO) para a primeira refinaria de metais preciosos da região Norte, a North Star S.A. A expectativa é que a empresa inicie as operações ainda em 2022. O anúncio foi feito durante visita do prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues (PSL-PA), e do secretário do Meio Ambiente da capital paraense, Sérgio Brazão e Silva, às obras da sede da empresa, no último dia 11 de maio. 

A North Star S.A. chega ao Pará com tecnologia de ponta, protocolos internacionais de operação e foco integral nos pilares que sustentam as políticas de ESG. Estão sendo investidos mais de R$ 50 milhões com a estrutura e o treinamento do quadro de funcionários, formado majoritariamente por paraenses. “Demos mais um passo importantíssimo, com a Licença e com o prestígio da visita das autoridades, que trouxeram o reconhecimento público do marco que estamos tentando estabelecer na cadeia, girando as engrenagens em prol das questões ambientais e dos seres humanos envolvidos em todo o processo. Do compromisso com a sustentabilidade, e antes disso com a legalidade, além de todo o investimento feito em tecnologia e expertise para garantir competitividade no mercado”, complementou Maurício Gaioti, presidente da North Star. 

Com o início das operações, a capacidade de refino vai atingir quase 24 toneladas por ano. A North Star tem capacidade inicial para beneficiar até 25% de toda a produção anual de ouro do Brasil, que é de 90 toneladas, logo no início do empreendimento. "São milhares de empregos como um todo, transporte, refino, segurança. Toda uma cadeia que se beneficia com o desenvolvimento do setor", disse Gaioti. A extração do minério movimenta, anualmente, R$ 14,2 bilhões por ano, segundo a Agência Nacional de Mineração (ANM), e o País ainda tem uma larga reserva, com muitos projetos em andamento.

A empresa pretende ser o início para a verticalização da cadeia produtiva do ouro principalmente na região norte, onde o Brasil passará a não ser mais só um exportador da commodity bruta, mas também exportador de ouro refinado em padrão internacionalmente aceito, ou seja,24k (99,99% de pureza).





Fonte: Brasil Mineral

GEODO DE AMETISTA