terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Volta do feriado e os juros dos títulos de dez anos voltaram a subir

Volta do feriado e os juros dos títulos de dez anos voltaram a subir







As bolsas internacionais estão em um pregão um pouco azedo na volta do feriado dos EUA. Essa pequena realização ocorre sem que notícias específicas a motivem. Os juros dos títulos de dez anos voltaram a subir e fizeram o dólar interromper sua jornada de desvalorização global.

Mercados Globais

O destaque no pregão europeu foi o HSBC, que pode enfrentar multas de mais de US$ 1,5 bilhões, por ter possibilitado a evasão fiscal de clientes nos EUA, Bélgica, Argentina, Índia, Espanha e outros lugares, segundo a Bloomberg. As ações da empresa caíram 3,5% em Londres e podem machucar ainda mais o banco com valor de mercado de ₤ 150 bilhões. Veja o gráfico dos juros dos títulos de dez anos dos EUA:
A alta dos juros, de 2,00 % para os atuais 2,90 % deve ficar no radar dos agentes porque implica em um novo equilíbrio macroeconômico. Nesse novo equilíbrio os preços podem mudar, levando a bolsa a um novo patamar.

Brasil

No Brasil, o governo desistiu da reforma da previdência e propôs uma nova agenda para tentar manter elevado o humor do mercado. Nenhuma das medidas é de emenda constitucional, dispensando a maioria de 2/3 do Congresso. Dentre as medidas, estão a independência do Banco Central, a privatização da Eletrobrás e a simplificação da PIS/Cofins. O abandono da reforma da previdência não tem impacto nos preços porque os seus efeitos ocorrem apenas no longo prazo, sinalizando o equilíbrio (se é que ele seja possível!) em algumas gerações.
O fato de que as finanças públicas não sejam afetadas no curto prazo pela reforma, não faz com que mais um adiamento dispare um movimento de vendas irrefreável. As reformas vêm sendo demandadas pelo mercado desde que a Constituição de 1988 foi aprovada, com maior intensidade a partir do governo Collor. É bastante razoável considerar que a sua aprovação em um governo tão breve e frágil seria uma tarefa pouco realista.
De qualquer forma, a nova agenda do mercado, mais leve e mais realista, deve assumir as atenções diárias daqui para a frente. A reforma da previdência, cujo déficit do ano passado foi de R$ 182 bilhões, vai ficar para outro momento, sem que o mercado veja nisso o fim do mundo.
Com projeções de crescimento para 2018 e 2019 melhorando, sinalizando altas do PIB de 2,8% 3,0%, esse déficit tende a se reduzir, melhorando a trajetória do endividamento público. Ocorre, porém, que a nota de crédito do Brasil continuará a se ressentir da falta de solução para o “problema da previdência”. Essa questão será pautada no próximo governo, que será empossa daqui a apenas dez meses.
Fonte: Jornal ADVFN

Criadora do Pac-Man anuncia o lançamento de duas criptomoedas

Criadora do Pac-Man anuncia o lançamento de duas criptomoedas






Certamente você já ouviu falar sobre Pac-Man, Enduro, River Raid e tantos outros jogos do console Atari, que foi sucesso nos anos 80 e fazia com que inúmeras pessoas “perdessem” o dedo apertando o clássico botão vermelho para comandar os bits do videogame que dominou o mercado e abriu caminho para os games que conhecemos atualmente.
A Atari não acompanhou a evolução dos games e nunca mais conseguiu superar o sucesso do seu Atari 2600. Dilacerada, a empresa chegou até a vender sua marca. Porém, recentemente, Frederic Chesnais, CEO da Atari, anunciou que pretende modernizar a empresa lançando duas criptomoedas: uma dedicada aos jogos e outra aos cassinos.
A empresa de games, que apesar de ter sua marca mantida, já pertence à uma outra empresa de games há mais de 15 anos, a Infogrames. Ela anunciou que adquiriu 15% da Infinity Networks, localizada em Gibraltar, e licenciou a sua marca para a empresa. A Infinity está desenvolvendo uma plataforma descentralizada baseada em blockchain, que dá acesso a qualquer tipo de entretenimento digital, isto é, uma ampla oferta que varia desde videogames, até filmes e música. Esta plataforma operará usando a criptomoeda denominada “Atari Token”.
“A tecnologia Blockchain está preparada para ocupar um lugar muito importante em nosso meio e para transformar, se não revolucionar, o atual ecossistema econômico, especialmente nas áreas de videogames e transações online”, afirmou Chesnais.
Segundo o comunicado, o segundo projeto em andamento é o fortalecimento da parceria com a Pariplay no lançamento, previsto para 2018, de uma plataforma de cassino que contará com jogos Atari, permitindo que os jogadores apostem em moeda fiduciária ou com a maioria das criptomoedas em circulação atualmente. Para este projeto, a empresa pretende lançar o “Pong Token”, uma segunda criptomoeda dedicada exclusivamente aos cripto-cassinos.
O comunicado não traz mais detalhes sobre os projetos, que provavelmente devem utilizar alguma plataforma de contratos inteligentes como o Ethereum. As ações da Atari chegaram a dobrar após anúncio, chegando a serem cotadas a US$0,82.
Fonte: Jornal ADVFN

2 anos depois de Mariana fiscalização de barragens ainda aguarda lei


2 anos depois de Mariana fiscalização de barragens ainda aguarda lei

Dois anos e quatro meses depois de o rompimento da Barragem do Fundão, em Mariana, e a nova legislação sobre fiscalização de barragens ainda se arrasta na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e será apreciado em audiência pública nesta terça-feira, 14h30, no Plenarinho II. O Projeto de Lei 3.676, de autoria da Comissão Especial de Barragens, foi concebido menos de um ano depois de a maior tragédia socioambiental brasileira ter matado 19 pessoas e devastar a Bacia Hidrográfica do Rio Doce.
O projeto recebeu 55 mil assinaturas e muitos ativistas reclamam que a proposta original foi desvirtuada ao longo de sua tramitação. A proposta é avaliada pelas comissões e só depois segue para votação em segundo turno, mas pode ser alterada após a audiência pública.  A proposta de legislação prevê uma série de medidas mais exigentes no que se refere à classificação de risco das barragens, abrangendo todos os empreendimentos que tenham um barramento com altura acima de 15 metros, 3 milhões de metros cúbicos de capacidade, que retenha materiais perigosos ou que tenha potencial de dano ambiental alto e médio.
Entre as exigências, está a possibilidade de a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável demandar a revisão dos projetos por profissionais independentes. O projeto de lei garante, ainda, que haja mais envolvimento e clareza na participação das prefeituras dos municípios onde a barragem vai ser implantada e também daqueles que estão sob a influência em caso de rompimento e acidentes.
Nenhuma barragem poderá ser construída a menos de 10 quilômetros de comunidades e de fontes de abastecimento público, pelo que define o projeto de lei. Um dos grandes avanços, já que Bento Rodrigues, o primeiro subdistrito de Mariana atingido pelo barramento romplido da Samarco, ficava à metade desta distância e há estruturas como a Barragem Casa de Pedras, em Congonhas, que se localizam a apenas 250 metros das primeiras habitações.
Entre as presenças confirmadas estão representantes da Semad, do Ibama e também o procurador-geral de Justiça Adjunto Institucional do Ministério Público de Minas Gerais, Rômulo de Carvalho Ferraz. Ferraz, inclusive, é um dos que defende que a Samarco volte a operar apenas depois que a legislação seja aprovada.
Fonte: EM

Ex-superintende do DNPM preso ficou menos de 6 meses no cargo


Ex-superintende do DNPM preso ficou menos de 6 meses no cargo

“Não foi por incompetência nem corrupção”, disse o engenheiro de minas Romero César da Cruz Peixoto sobre sua exoneração como superintendente do DNPM há pouco menos de um mês. Na sexta-feira (1), ele foi preso junto com empresários, um vereador e um ex-promotor como parte da Operação Minamata. Peixoto foi nomeado para o cargo de superintendente no dia 15 de maio e ficou no cargo por menos de seis meses, sendo exonerado no dia 9 de novembro. Dois dias depois da exoneração, em entrevista a um programa de rádio ele disse que “estava apenas iniciando o trabalho e que aos poucos estava conhecendo o órgão, seus servidores e inserindo o DNPM numa agenda positiva”.
Segundo um colunista do jornal Diário do Amapá, Peixoto, “que iniciou sua carreira no Amapá como técnico da histórica mineradora Icomi S.A. em Serra do Navio, deverá retomar sua carreira como consultor do setor de mineração”.
Peixoto também já fez parte do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-AP) e conselheiro federal pelo Confea em 2015 e 2016. Em 2006, Peixoto disputou a eleição para deputado estadual do Amapá, pelo Partido Verde (PV), mas não recebeu voto algum.
Minamata
A operação Minamata, da Polícia Federal (PF), cumpriu seis pedidos de prisão preventiva e cinco temporária, entre eles o de Peixoto, emitidas pela Justiça Federal. A investigação apura atividades de uma organização criminosa e um esquema de exploração e comercialização ilegal de ouro no Amapá.
Entre os crimes cometidos pelo grupo, segundo a denúncia, estão condições análogas ao trabalho escravo, degradação ambiental, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Além dos 11 pedidos de prisão, 38 medidas judiciais foram emitidas: 30 mandados de busca e apreensão e oito conduções coercitivas, em Macapá, Santana, Oiapoque, Rio de Janeiro e São Paulo. Também houve bloqueio de R$ 113 milhões em bens móveis e imóveis.
Substituto
Peixoto foi substituído pelo administrador Thiago Regis da Justa Ribeiro, nomeado no dia 9 de novembro deste ano. Apesar de ser sobrinho do ex-deputado federal Antônio da Justa Feijão, que também foi superintendente do DNPM no mesmo Estado, de 2012 a 2014, sua indicação é atribuída à deputada federal Josi Araújo (PTN-AP), atual presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amapá (Fieap). Com informações do Diário do Amapá, blogue Conexão Brasília e Diário Oficial da União.
Fonte: FITEM

Investigação apura venda de material roubado em obras de tragédia em Mariana


Investigação apura venda de material roubado em obras de tragédia em Mariana

O Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e o Ministério Público Estadual investigam a possibilidade de extração ilegal de minério de ferro, brita e pedras por parte de duas fornecedoras da Fundação Renova, criada para reparar os danos provocados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, em 2015.
Documentos aos quais tive acesso informam que a denúncia investigada pelas autoridades é a de que uma das empresas teria roubado minério de uma jazida de uma mineradora. O material teria sido fornecido para a Renova, para o reparo em obras de estradas vicinais em Mariana.
Em outro caso, a apuração envolve empresa que teria extraído pedra e brita sem pagar ao dono do terreno pelo material, nem ao menos ter contrato com ele..
O DNPM realizou uma fiscalização na região de Ponte Nova, cidade próxima de Mariana, envolvendo várias lavras. E constatou irregularidades em muitas delas. O processo é sigiloso. O Departamento informou o ocorrido ao Ministério Público Federal e à Advocacia Geral da União, para que averiguem a possibilidade de ingressar com ações contra os responsáveis pela lavra ilegal.
E o Ministério Público Estadual analisará se o material roubado foi parar na Fundação Renova. Tentei contato nas empresas, incluindo o telefone celular de um dos donos, sem sucesso. A Fundação Renova informou, por meio de nota, “que todos os fornecedores passam por um criterioso processo de avaliação antes da contratação”. Segundo ela, a contratação da empresa investigada pela lavra ilegal “envolve apenas a prestação de serviços e locação de equipamentos”. Ja a segunda empresa, conforme a Renova, “apresentou todos os documentos requeridos para a atividade”.
Fonte: Hoje em Dia