Corrida do Ouro na caatinga
Foi encontrado ouro na cidade de Parnamirim, em Pernambuco, a 570 quilômetros do Recife. Os garimpeiros estão migrando para a região.
A descoberta de ouro a céu aberto está atraindo garimpeiros de
várias partes do país.
No meio da caatinga, a 570 quilômetros do Recife, a paisagem está sendo transformada. Nos garimpos das fazendas de Parnamirim , os homens escavam buracos no terreno seco e rochoso. A descoberta atrai muita gente com o mesmo objetivo: buscar ouro.
Alguns buracos já estão com 10 metros de profundidade. Nas pedras é possível ver o ouro. Homens trabalham até 12 horas por dia . Muitos são agricultores da região que cansaram de perder a lavoura pela falta de chuva.
"Dá para livrar uns cento e poucos reais. Dá pra fazer a feira de casa", diz um garimpeiro.
Os garimpeiros mais experientes já chegam com um moinho. O equipamento é necessário para a extração. Como existem poucos na região, eles alugam para os garimpeiros mais pobres. Cobram 20% do que é extraído. Também contratam os inexperientes para trabalhar para eles e pagam diárias de R$ 15.
"O companheiro aqui, vizinho, na semana passada, numa puxada, tirou 132 gramas de ouro, em 15 dias de trabalho. Já são R$ 2,5 mil. Já cobriu os custos dele", conta um dos garimpeiros.
O garimpo em Parnamirim ainda está no início. Por enquanto, a maioria dos garimpeiros é de pernambucos mesmo. Mas bastou a notícia da descoberta do ouro se espalhar na região para que sertanejos de outros estados também decidissem tentar a sorte por lá.
Josimar foi do Rio Grande do Norte e diz que "dá pra fazer quase dois mil conto num mês".
Francisco foi garimpeiro em Serra Pelada. "A gente acredita bastante, porque se a gente não acreditasse, não arriscava descer 10 metros pra encontrar ainda o veio", diz.
Primeiro, as pedras são quebradas a mão. Depois passam por uma trituradeira e vão para o moinho. É lá que começa o processo de extração.
Para não perder nada, os garimpeiros estão usando mercúrio, o que é proibido pelo governo por agredir o meio ambiente.
O ouro é retirado na batéia, uma espécie de bacia. Depois é queimado para que o mercúrio evapore. O que sobra é o ouro em pó, que é pesado. No fogo o metal ganha a cor dourada.
Numa fazenda a 10 quilômetros do primeiro garimpo, José de Araújo encontrou ouro sem precisar escavar, nas pedras do terreno. Entusiasmado, decidiu investir na compra de um moinho. E trabalha duro com os filhos e genros. "Se ele está dando em cima, pode está mais para baixo. Seria uma boa. A gente nem acredita. Parece ser até um sonho", diz ele.
Segundo os geólogos, a região tem um solo formado por rochas cristalinas, que torna possível a incidência de ouro. Já houve descobertas semelhantes também em algumas áreas do sertão da Bahia, com a mesma formação geológica.
No meio da caatinga, a 570 quilômetros do Recife, a paisagem está sendo transformada. Nos garimpos das fazendas de Parnamirim , os homens escavam buracos no terreno seco e rochoso. A descoberta atrai muita gente com o mesmo objetivo: buscar ouro.
Alguns buracos já estão com 10 metros de profundidade. Nas pedras é possível ver o ouro. Homens trabalham até 12 horas por dia . Muitos são agricultores da região que cansaram de perder a lavoura pela falta de chuva.
"Dá para livrar uns cento e poucos reais. Dá pra fazer a feira de casa", diz um garimpeiro.
Os garimpeiros mais experientes já chegam com um moinho. O equipamento é necessário para a extração. Como existem poucos na região, eles alugam para os garimpeiros mais pobres. Cobram 20% do que é extraído. Também contratam os inexperientes para trabalhar para eles e pagam diárias de R$ 15.
"O companheiro aqui, vizinho, na semana passada, numa puxada, tirou 132 gramas de ouro, em 15 dias de trabalho. Já são R$ 2,5 mil. Já cobriu os custos dele", conta um dos garimpeiros.
O garimpo em Parnamirim ainda está no início. Por enquanto, a maioria dos garimpeiros é de pernambucos mesmo. Mas bastou a notícia da descoberta do ouro se espalhar na região para que sertanejos de outros estados também decidissem tentar a sorte por lá.
Josimar foi do Rio Grande do Norte e diz que "dá pra fazer quase dois mil conto num mês".
Francisco foi garimpeiro em Serra Pelada. "A gente acredita bastante, porque se a gente não acreditasse, não arriscava descer 10 metros pra encontrar ainda o veio", diz.
Primeiro, as pedras são quebradas a mão. Depois passam por uma trituradeira e vão para o moinho. É lá que começa o processo de extração.
Para não perder nada, os garimpeiros estão usando mercúrio, o que é proibido pelo governo por agredir o meio ambiente.
O ouro é retirado na batéia, uma espécie de bacia. Depois é queimado para que o mercúrio evapore. O que sobra é o ouro em pó, que é pesado. No fogo o metal ganha a cor dourada.
Numa fazenda a 10 quilômetros do primeiro garimpo, José de Araújo encontrou ouro sem precisar escavar, nas pedras do terreno. Entusiasmado, decidiu investir na compra de um moinho. E trabalha duro com os filhos e genros. "Se ele está dando em cima, pode está mais para baixo. Seria uma boa. A gente nem acredita. Parece ser até um sonho", diz ele.
Segundo os geólogos, a região tem um solo formado por rochas cristalinas, que torna possível a incidência de ouro. Já houve descobertas semelhantes também em algumas áreas do sertão da Bahia, com a mesma formação geológica.
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