Do G1 RS
Com pouco mais de 7 mil habitantes, o município de
Ametista do Sul leva no nome o seu principal atrativo. A cidade situada
no Norte do
Rio Grande do Sul
, vizinha a Frederico Westphalen, se intitula
“capital mundial da pedra ametista” em razão da abundância do mineral
nas regiões do Médio e Alto Uruguai.
A mineração é a principal atividade econômica da cidade. Atualmente, há mais de 100 minas licenciadas para a exploração de ametistas e ágatas no município. A beleza das pedras em estado bruto ou beneficiadas para a comercialização também têm atraído um número cada vez maior de turistas para a região.
“Temos dados na Secretaria de Turismo que mostram que cerca de 50 mil pessoas passaram por Ametista do Sul em 2012”, diz ao G1 o secretário de turismo do município, Claudimir Capra. A contribuição para a economia da cidade é valiosa, garante Capra. Visitantes acabam levando lembranças consigo. "Para divulgar Ametista, começamos a nos inserir em grandes feiras no estado, como a Expobento e Fenadoce. Sempre mostramos as nossas atrações", complementa.
Algumas minas da cidade são abertas aos turistas, que podem conhecer a atividade do garimpo e como as pedras são extraídas do interior das galerias subterrâneas. O principal passeio é oferecido pelo Ametista Parque Museu. A visita começa com um tour pelo local, onde estão expostas mais de 1,5 mil pedras procedentes de várias partes do mundo.
Segundo os administradores, o museu abriga a pedra ametista "mais valiosa do mundo" encontrada até hoje, com 2,5 toneladas de peso. Outra “joia” do local é um meteorito raro de aproximadamente 140 quilos, que, conforme pesquisadores, teria explodido dentro de uma estrela ou planeta.
A visita prossegue com um passeio no interior das minas subterrâneas. Ali, o visitante pode presenciar explosões preparadas pelos garimpeiros para encontrar as pedras. Em outra mina desativada, o visitante percorre um trecho de cerca de 200 metros onde estão expostas pedras belíssimas e geodos incrustados na rocha, além dos equipamentos usados pelos garimpeiros. Um guia explica tudo aos turistas.
O passeio termina com a visita a um espaço onde estão concentradas várias lojas que vendem pedras precisosas, joias e artesanatos. A diversidade dos produtos feitos com ametistas e outras pedras é grande, assim como os preços, que vão desde R$ 1 por uma simples lembrança até milhares de reais pagos por peças mais elaboradas e raras.
Por toda a cidade, a presença da pedra é marcante. Além de inúmeros lojas, há hotéis temáticos e até mesmo templos religiosos decorados com ela. Inaugurada em 2008, a Igreja São Gabriel foi revestida com 40 toneladas de pedras ametista em suas paredes. A Pia Batistmal da igreja também foi esculpida em um geodo de cerca de 500 quilos.
Uma pirâmide de vidro e com o interior revestido de ametistas também foi erguida na praça central da cidade. O local costuma atrair visitantes interessados em apreciar a beleza da estrutura ou os que acreditam nos aspectos esotéricos e espirituais da energia transmitida pelos cristais.
De dois em dois anos, Ametista do Sul também sedia uma feira de pedras, a Expopedras, com exposição de vários tipos de minerais, feira da indústria, comércio, serviços e shows, entre outras atrações. A nona edição do evento está marcada para 20 a 23 de março de 2014.
Mas se engana quem pensa que as pedras são as únicas belezas de Ametista do Sul. As paisagens bucólicas dos vinhedos da região e as belezas naturais dos arredores do Rio da Várzea ou a cascata do Rio do Mel são algumas das mais bonitas paisagens da região, apesar de ainda serem pouco conhecidas até mesmo pelos gaúchos.
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