terça-feira, 13 de agosto de 2013

Conheça alguns dos métodos utilizados para identificar joias falsas




Conheça alguns dos métodos utilizados para identificar joias falsas

Especialista explica como atestar se o ouro e as pedras são verdadeiros


Joia (Foto: Reprodução de TV)Ao comprar uma joia, recomenda-se exijir o certificado de autenticidade da peça (Foto: Reprodução de TV)
Desde a antiguidade, as joias despertam no homem os mais variados sentimentos, sendo, em muitas culturas, sinônimo de luxo e poder. Por serem muito cobiçadas, seus valores podem assumir cifras altíssimas, o que torna esse mercado rentável para eventuais falsificadores. Ao adquirir uma joia, atentar para alguns detalhes pode ser de suma importância, já que o valor de uma peça depende diretamente da autenticidade do metal precioso e de suas pedras lapidadas, também conhecidas como gemas. Neste caso, ter o aval de um joalheiro experiente, ou, no caso da pedra, de um gemólogo, pode ser uma atitude sábia para se precaver de um possível golpe.
Mas quais características ajudam a identificar a veracidade de uma joia? Para o gemólogo e joalheiro Tadeu Tranin Tuller, perceber que uma peça é falsa é uma tarefa relativamente fácil para um especialista, mas difícil para um leigo. No caso do ouro, ele destaca que um profissional da área pode identificar a veracidade analisando, primeiramente, a sua cor, o tipo de solda empregado, acabamento, ou a porosidade do metal.
Refratômetro (Foto: Divulgação / IBGM)Para medir o índice de refração, as gemas são
colocadas no refratômetro (Foto: Divulgação/IBGM)
“Para se ter certeza, é preciso fazer uso de um ácido, chamado ‘água de toque’, que é pingado no ouro. Dependendo do quanto o metal ficar escuro, é possível saber o quanto de ouro existe na peça, identificando se é 18 quilates (com 75% de ouro e 25% de outras ligas metálicas), ou 24 quilates (ouro puro), quando o metal não muda de cor em contato com a substância. Quanto mais escuro, menos ouro. Caso apareça uma espécie de nata ao aplicar o ácido no metal, não se trata de ouro”, explica o especialista.
Já o processo de identificação de uma gema falsa é bem mais difícil, lembra Tadeu. Nesse caso, na hora de comprar uma joia, caso haja dúvida em relação à pedra, ele recomenda que a peça seja levada até um laboratório gemológico para a realização de alguns testes. “O principal fator é o índice de refração da gema. A velocidade da luz é de 300 mil quilômetros por segundo, já em um diamante, por exemplo, essa velocidade cai para 125 mil. Se dividirmos 300 por 125, chegamos ao valor de 2,4, que é o índice de refração desse tipo de pedra preciosa. Para essa medição, é utilizado um equipamento chamado refratômetro, sendo que cada gema possui um valor de índice de refração”, ressalta.
Tadeu destaca que outro método utilizado para verificar a autenticidade de uma pedra é através de um microscópio ótico, no qual o especialista pode verificar possíveis defeitos, ou algum corpo estranho presente no mineral, que são denominados pelo jargão “inclusão”. “Na hora de comprar uma joia, procure sempre por uma loja idônea, que possa lhe oferecer um certificado de autenticidade não só do ouro, como também da gema. Assim como as farmácias têm um farmacêutico responsável, as joalherias deveriam ter um gemólogo atuando, e isso deveria ser lei”, reivindica Tadeu.

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