Brasil é responsável por produzir um terço das gemas do mundo
Pedras brutas nacionais se destacam por sua grande variedade de cor
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No Brasil, boa parte da produção de pedras preciosas é feita por
garimpeiros e pequenas empresas de mineração, localizadas em sua maior
parte nos estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Bahia, Goiás, Pará
e Tocantins. Segundo ressalta Hécliton Santini Henriques, presidente do
IBGM, cerca de 80% das pedras brasileiras têm como destino a
exportação, incluindo esmeraldas, turmalinas, ametista, citrino,
topázios e, principalmente, os cristais. Os outros 20% são destinados ao
mercado interno, mais especificamente às indústrias joalheiras.(Foto: Divulgação/IBGM)
O parque industrial brasileiro voltado ao mercado de joias é bem diversificado. Conforme dados do IBGM, estima-se que existam, atualmente, aproximadamente 3.500 empresas, incluindo as de lapidação, de joalheria, de artefatos de pedras, de folheados e de bijuterias, localizadas, em sua maior parte, em São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Bahia. O instituto destaca também o surgimento de novos polos industriais no Paraná, Pará, Amazonas, Ceará e Goiás.
Tendências do mercado mundial
Nos últimos 20 anos, Hécliton ressalta que aumentou a procura por pedras coloridas e com preços mais acessíveis, o que acabou por beneficiar o Brasil. “O mercado tem procurado por mais cor. Hoje em dia, temos pedras rosas, amarelas, champanhe, preta, entre outras cores. Devido a essa tendência, o design de joias também mudou, o que exigiu pedras mais coloridas, chamadas no mercado internacional de ‘colored stones’, sendo um dos nossos principais mercados os Estados Unidos”, aponta o especialista.
Hécliton destaca que do volume total exportações brasileiras, 2/3 são referentes a pedras lapidadas e 1/3 a pedras brutas. “O custo da lapidação no Brasil é elevado em relação ao praticado em países como China e Vietnã, por exemplo. Ou seja, no caso de gemas mais baratas, mandamos as pedras brutas e as compramos lapidadas para termos mais competitividade no mercado nacional. Já as pedras de valor maior são lapidadas no Brasil mesmo. Outras pedras brutas não têm como ser lapidadas, como a druza ametista, conhecida também como ‘capelas de ametistas’”, ressalta.
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