Gasolina de carvão, um processo antigo, mas uma nova tendência.
A extração de gases e combustíveis dos folhelhos é tida por muitos como a
última grande revolução da energia mundial. No entanto, outra fonte,
pouco explorada como geradora de combustíveis está, aos poucos,
emergindo e poderá rivalizar com os folhelhos que estão mudando a economia americana. Estamos falando do carvão. Não como um produto destinado a queima, mas como a fonte de combustíveis líquidos e gasosos.
Aos poucos começam a surgir vários novos megaprojetos de coal-to-liquid
(CTL) onde os gases extraídos dos carvões são processados e
transformados principalmente em gasolina, diesel e muitos outros
subprodutos. Esses projetos requerem investimentos multibilionários e,
consequentemente, ainda são restritos a poucos países como a África do
Sul e a China.
A tecnologia atual deriva da inventada pelos alemães durante a segunda guerra mundial,
que forneceu à Alemanha parte dos combustíveis e lubrificantes
necessários ao esforço de guerra. Posteriormente, em 1955, a África do
Sul melhorou o processo em suas plantas de Sasol resolvendo, desta
forma, a dependência do país. Na África do Sul o combustível derivado do
carvão é usado por automóveis e, até mesmo, em jatos. A partir do
exemplo sul-africano novos processos estão sendo estudados e alguns,
como o desenvolvido no MIT, prometem baixos custos e zero emissão de gases.
O mais recente
projeto de CTL está sendo criado pela Ningxia Coal na China. O projeto
terá um CAPEX superior a dois bilhões de dólares e irá extrair os
combustíveis de 4Mt de carvão ao ano. Esta planta é uma de quatro
plantas de CTL que pertencem ao Grupo Shenhua. A primeira, denominada
Ordos, já produziu mais de 10 milhões de toneladas de produtos como
diesel, metanol, resinas sintéticas, gás, óleos, coque e outros
subprodutos. A tendência é que essas plantas se tornem mais frequentes. Grandes investimentos
em plantas do tipo CTL, fora da China, estão sendo feitos na Mongólia
pela Posko, nos Estados Unidos pela US Fuel Corporation e em outros
países como a Austrália.
Nenhum comentário:
Postar um comentário