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Mais de 24 ações, pedindo a suspensão do leilão do Campo de Libra já haviam sido protocoladas até sexta-feira.
O leilão, que deve ocorrer hoje, está causando uma grande polêmica. Libra é o maior campo do pré-sal e, segundo aqueles que se opõem à sua venda, é um patrimônio brasileiro de valor inestimável que não deve ser privatizado.
O Ministro de Minas e Energia, Édison Lobão, mais uma vez, parece avesso ao debate democrático, e vocifera que o leilão irá ocorrer “de qualquer maneira”. Parece que o nobre Ministro não acha ser necessário prestar satisfações dos atos que se originam no MME. É a mesma atitude despótica demonstrada quando, sem sucesso, o MME tentou forçar goela abaixo da sociedade o Marco Regulatório da Mineração.
Atitudes como esta nos fazem perguntar onde está o debate democrático quando o assunto é de interesse da sociedade como um todo? Não é para isso que elegemos os políticos?
O leilão é tão polêmico que o Governo está montando uma operação de guerra onde serão disponibilizados 1.100 homens diretamente envolvidos na segurança. No esquema de segurança estarão militares carregando armamentos letais.
Se o leilão do campo de Libra é tão importante para o Brasil e para a sua população, como defende o Ministro, por que boa parte da sociedade parece não concordar com essa premissa? Até os funcionários da Petrobras se rebelaram contra o leilão e entraram em greve como forma de protesto.
A pergunta que assola as mentes dos que protestam é, basicamente uma: por quê o Brasil precisa vender uma de suas maiores riquezas na área da energia? O que está por trás dessa pressa em vender, sem consultar a sociedade, o maior campo de petróleo jamais descoberto no País?
Segundo o ex-diretor da Petrobras, Lido Sauer, o Brasil vai perder a bagatela de R$331 bilhões se negociar Libra como o Governo quer. Esse prejuízo, segundo Sauer é a diferença de um projeto onde a Petrobras tem 100% e o mesmo projeto onde ela terá apenas 30%. Sauer acredita tanto nesta simulação de fluxo de caixa que protocolou uma ação pedindo a suspensão do leilão.
Se o Governo fosse prudente ele já deveria ter adiado esse leilão e consultado não só a população, os maiores interessados, como também os técnicos pois onde tem fumaça há fogo...
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