quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Sonda da NASA encontra mina de opala no complexo de cânions de Valles Marineris em Marte

Sonda da NASA encontra mina de opala no complexo de cânions de Valles Marineris em Marte

A sonda da NASA Mars Reconnaissance Orbiter que está atualmente orbitando Marte descobriu depósitos da gema opala no gigantesco complexo de cânions de Valles Marineris (considerado a maior fissura do Sistema Solar, aparentemente), a leste de Tharsis. É claro que, como pedra preciosa, a opala não é tão valiosa a ponto de estabelecermos uma exploração interplanetária. O mineralóide opala é formado por sílica amorfa hidratada e seu percentual de água pode chegar a 20%. A relevância dessa descoberta é a evidência que a água no estado líquido sobre existiu em Marte por mais 1 bilhão de anos além do que as teorias anteriores previamente estabeleciam. Com isso os cientistas suspeitam agora que a água em Marte teve um papel importante na modelagem de sua superfície e possivelmente suportou a existência da vida no passado no planeta vermelho.
Opala no Valles Marineris em Marte - HIRISE - NASA {1}
Opala no Valles Marineris em Marte - HIRISE - NASA {1}

Scott Murchie da Johns Hopkins University, que é o responsável pela operação do expectômetro da Mars Reconnaissance Orbiter afirma que “Essa é uma descoberta surpreendente uma vez que ela alonga o intervalo de tempo útil em que a água líquida existiu em Marte e aumenta a gama de lugares em que a vida poder ser existido” e acrescenta “a identificação do silicato de opalina nos diz que a água líquida em Marte pode ter existido até cerca de 2 bilhões de anos atrás”.
Até recentemente os estudos apontavam que a água líquida desapareceu da superfície do planeta vermelho há 3 bilhões de anos atrás. Essa teoria estava baseada nas descobertas de filossilicatos e sulfatos hidradatos similares ao barro. Agora essa descoberta de veios da gema opala permitiu a NASA reestimar a data da “Grande Seca” de Marte, deslocando-a para frente por mais 1 bilhão de anos.
“Vemos numerosos afloramentos de minerais opalinos, nas camadas finas entendendo por grandes distâncias ao redor das bordas do Valles Marineris e algumas vezes dentro do sistema de cânions também”, afirmou Ralph Milliken do Jet Propulsion Laboratory (JPL) da NASA. Milliken é um dos cérebros da NASA e especialista no estudo das pedras preciosas que se formam com ajuda de água. Essa nova descoberta é coerente com a nossa experiência aqui na Terra. Uma fração grande da opala do mundo vem de Austrália. A cidade de Coober Pedy, em particular, é uma das principais fontes dessa gema. A Austrália é um lugar parecido com Marte: seco e predominantemente vermelho. De fato, a opala é aclamada como a gema ‘oficial’ da Austrália. Milliken é o autor principal do artigo da revista “Geology” de novembro que descreve a idenficação do silicato opalino. O estudo revela que esses minerais, que recentemente também foram encontrados na cratera Gusav pelo robô Spirit da NASA, ocorrem em terrenos relavitamente jovens.
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