A África tem uma geologia excepcional e trilhões de dólares enterrados no seu subsolo. No entanto os países com imensas riquezas minerais, com honrosas exceções como a África do Sul, são pobres e não conseguem consolidar o extraordinário patrimônio mineral.
É o caso da Guiné com um dos maiores e melhores depósitos de minério de ferro do mundo: Simandou.
Simandou já foi a menina dos olhos da Rio Tinto que após ter investidos os primeiros 300 milhões de dólares teve uma grande parte do projeto abocanhada pelo Governo da Guiné que, de uma forma obscura, negociou a mesma parte confiscada da Rio Tinto, com o bilionário israelense Steinmetz.
A Rio planejava criar um megaprojeto cuja produção anual seria de 100 milhões de toneladas de minério por ano. Uma produção maior até do que Carajás.
Após o negócio com Steinmetz, Simandou Norte começou a ser negociado atraindo entre outras a mineradora brasileiras Vale que fechou o negócio com o Grupo de Steinmetz.
Desde o primeiro momento as coisas andaram na contramão. Em 2012 o Grupo BSG Resources ligado ao bilionário israelense, que já havia se associado à Vale iniciou um processo contra o BTG Pactual e Agnelli.
O motivo: Simandou.
A Vale e o BSG Resources temiam que o BTG e Agnelli , com excelentes contatos na Guiné, tivessem influência decisiva sobre todas as operações de Simandou.
O interessante é que em 2010, enquanto CEO da Vale, Agnelli foi quem efetuou o negócio de US$2.5 bilhões entre a Vale e Steinmetz...
Em 2012 começa uma batalha acirrada entre a Vale e BTG pelo espólio da Rio Tinto em Simandou. A situação fica confusa e a Vale, estrategicamente, declara não querer investir no projeto no curto prazo, optando por resolver os gargalos logísticos e dos royalties. Esta foi a senha para um processo de esfriamento dos ânimos. Em 2013 a batalha toma um novo rumo e o BTG-Agnelli inicia a aquisição de Mount Nimba, um depósito de ferro da BHP Billiton. Mount Nimba é um depósito bem menor que Simandou mas parece ser o suficiente para que Vale e BTG estabeleçam a paz e um acordo tácito naquela região da África.
Agora, quando as coisas começavam a esfriar as autoridades americanas obtiveram documentos que comprometem o bilionário Steinmetz, dono da BSGR e sócio da Vale em um caso de corrupção na Guiné envolvendo o megadepósito de Simandou.
O caso já era cantado em verso e prosa mas nunca ninguém havia ido tão fundo no assunto da aquisição.
Steinmetz e a esposa do ex-Presidente da Guiné Lansana Conte aparentemente tinham contratos que objetivavam a lavra e o desenvolvimento de Simandou Norte. Segundo o FBI, Steinmetz e o seu Grupo BSGR teria pago subornos para obter o controle da parte norte de Simandou que era da Rio Tinto. A concessão foi dada ao bilionário semanas antes da morte do Presidente Conte. A mesma concessão que o Grupo de Steinmetz, BSGR, negociou com a brasileira Vale...
As evidências de corrupção com pagamentos de somas elevadas são muitas e o FBI prendeu, neste domingo, Frederic Cilins o representante do BSGR e de Steinmetz, na Flórida.
Segundo fontes ligadas ao Governo da Guiné este caso de corrupção, se comprovado, poderá ser o suficiente para que as concessões do Grupo BSGR sejam revogadas. Neste caso a Vale como parceira do BSG, com 51% de Simandou Norte, pode também, perder os seus investimentos bilionários.
Mas, como sabemos, nem tudo é tão claro na África.
A Guiné ao cassar as concessões terá que enfrentar as suas próprias fraquezas. O país é paupérrimo e tem um PIB de apenas 12.5 bilhões de dólares, menor do que o valor presente da mina de Simandou. Com a desaceleração da Rio Tinto será que o Governo da Guiné vai querer tirar da equação a terceira maior mineradora do mundo, a Vale, condenando o país a permanecer na pobreza por mais tempo?
Acreditamos que não. Talvez seja a hora de melhorar a vida de seus 11 milhões de habitantes e colocar em produção a maior riqueza do seu subsolo.
É o caso da Guiné com um dos maiores e melhores depósitos de minério de ferro do mundo: Simandou.
Simandou já foi a menina dos olhos da Rio Tinto que após ter investidos os primeiros 300 milhões de dólares teve uma grande parte do projeto abocanhada pelo Governo da Guiné que, de uma forma obscura, negociou a mesma parte confiscada da Rio Tinto, com o bilionário israelense Steinmetz.
A Rio planejava criar um megaprojeto cuja produção anual seria de 100 milhões de toneladas de minério por ano. Uma produção maior até do que Carajás.
Após o negócio com Steinmetz, Simandou Norte começou a ser negociado atraindo entre outras a mineradora brasileiras Vale que fechou o negócio com o Grupo de Steinmetz.
Desde o primeiro momento as coisas andaram na contramão. Em 2012 o Grupo BSG Resources ligado ao bilionário israelense, que já havia se associado à Vale iniciou um processo contra o BTG Pactual e Agnelli.
O motivo: Simandou.
A Vale e o BSG Resources temiam que o BTG e Agnelli , com excelentes contatos na Guiné, tivessem influência decisiva sobre todas as operações de Simandou.
O interessante é que em 2010, enquanto CEO da Vale, Agnelli foi quem efetuou o negócio de US$2.5 bilhões entre a Vale e Steinmetz...
Em 2012 começa uma batalha acirrada entre a Vale e BTG pelo espólio da Rio Tinto em Simandou. A situação fica confusa e a Vale, estrategicamente, declara não querer investir no projeto no curto prazo, optando por resolver os gargalos logísticos e dos royalties. Esta foi a senha para um processo de esfriamento dos ânimos. Em 2013 a batalha toma um novo rumo e o BTG-Agnelli inicia a aquisição de Mount Nimba, um depósito de ferro da BHP Billiton. Mount Nimba é um depósito bem menor que Simandou mas parece ser o suficiente para que Vale e BTG estabeleçam a paz e um acordo tácito naquela região da África.
Agora, quando as coisas começavam a esfriar as autoridades americanas obtiveram documentos que comprometem o bilionário Steinmetz, dono da BSGR e sócio da Vale em um caso de corrupção na Guiné envolvendo o megadepósito de Simandou.
O caso já era cantado em verso e prosa mas nunca ninguém havia ido tão fundo no assunto da aquisição.
Steinmetz e a esposa do ex-Presidente da Guiné Lansana Conte aparentemente tinham contratos que objetivavam a lavra e o desenvolvimento de Simandou Norte. Segundo o FBI, Steinmetz e o seu Grupo BSGR teria pago subornos para obter o controle da parte norte de Simandou que era da Rio Tinto. A concessão foi dada ao bilionário semanas antes da morte do Presidente Conte. A mesma concessão que o Grupo de Steinmetz, BSGR, negociou com a brasileira Vale...
As evidências de corrupção com pagamentos de somas elevadas são muitas e o FBI prendeu, neste domingo, Frederic Cilins o representante do BSGR e de Steinmetz, na Flórida.
Segundo fontes ligadas ao Governo da Guiné este caso de corrupção, se comprovado, poderá ser o suficiente para que as concessões do Grupo BSGR sejam revogadas. Neste caso a Vale como parceira do BSG, com 51% de Simandou Norte, pode também, perder os seus investimentos bilionários.
Mas, como sabemos, nem tudo é tão claro na África.
A Guiné ao cassar as concessões terá que enfrentar as suas próprias fraquezas. O país é paupérrimo e tem um PIB de apenas 12.5 bilhões de dólares, menor do que o valor presente da mina de Simandou. Com a desaceleração da Rio Tinto será que o Governo da Guiné vai querer tirar da equação a terceira maior mineradora do mundo, a Vale, condenando o país a permanecer na pobreza por mais tempo?
Acreditamos que não. Talvez seja a hora de melhorar a vida de seus 11 milhões de habitantes e colocar em produção a maior riqueza do seu subsolo.
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