Pedra laranja por US$ 35,5 milhões
O maior diamante de cor laranja do mundo foi vendido ontem à noite por US$ 35,5 milhões pela Christie's, o que superou de longe a estimativa entre US$ 17 milhões e US$ 20 milhões.
Foi o segundo diamante mais caro vendido até hoje pela casa de leilões Christie's. O Prince, vendido neste ano em Nova York por US$ 39,6 milhões, ultrapassou a gema cor de laranja leiloada ontem.
O diamante laranja, que pesa 14,82 quilates, é do tamanho de uma amêndoa e foi a última peça a ser vendida ontem pela Christie's - o leilão começou às 19hs (hora local) e encerrado por volta das 23hs (20hs em Brasília). A pedra foi encontrada na África do Sul. E o nome do vendedor não foi informado.
Um senhor no fundo da sala, com um boné, que ao longo do leilão não tinha se manifestado, passou a fazer seus lances a partir dos US$ 20 milhões e foi até o fim, ganhando das ofertas apresentados por internet, telefone e na sala repleta de um hotel elegante da cidade suíça.
A Christie's informou que o comprador é um colecionador apaixonado por joias. E ele mesmo deu os lances, em vez de usar um intermediário. O leiloeiro bateu o martelo no lance de US$ 31,5 milhões, mas o prêmio a ser pago pelo comprador de boné eleva o preço final a US$ 35,5 milhões.
A venda ocorreu na véspera de a concorrente Sotheby's colocar em leilão o maior diamante rosa do mundo, o "Pink Star", por um preço estimado três vezes maior, de US$ 60 milhões.
No domingo e segunda-feira, a Christie's realizou o recorde mundial de leilão de relógios de luxo, num total de US$ 43,9 milhões. O único Patek Philippe em ouro rosa foi vendido por US$ 2,1 milhões, ou US$ 400 mil acima da estimativa.
Outro relógio Patek Philippe, de 1947, em ouro, foi vendido por US$ 1,6 milhão.
A Christie's diz que suas vendas no primeiro semestre totalizaram US$ 3,68 bilhões. No ano passado, os leilões globais e as vendas privadas alcançaram US$ 6,27 bilhões, o maior volume na história da empresa.
Na semana passada, em Nova York, a Christie's sofreu uma decepção com a venda de quadros de arte moderna. As vendas alcançaram apenas US$ 144,3 milhões, comparado a uma expectativa de negócios de US$ 277 milhões. De 46 obras colocadas à venda, 11 tiveram que ser retiradas. Foi o caso de um quadro do pintor espanhol Pablo Picasso, que recebeu oferta de "apenas" US$ 23 milhões.
Em contrapartida, a empresa anunciou um recorde por um quadro do suíço Alberto Giacometti, vendido por US$ 43 milhões. Era um retrato de seu irmão Diego Giacometti.
Uma empresa chinesa comprou um quadro de Picasso representando seus filhos Claude e Paloma por US$ 28 milhões.
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