Antártida pode ter depósitos de diamantes
quarta-feira, 18 de dezembro de 2013
As montanhas da Antártida podem hospedar um rico depósito de diamantes, foi o que descobriu um grupo de cientistas que fazia pesquisa de minerais no continente. O grupo, liderado por pesquisadores australianos encontrou, pela primeira vez, a ocorrência de kimberlitos, rochas conhecidas por abrigarem diamantes.
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Amostra de kimberlito da mina de diamante Camutue, na Angola. |
O trabalho foi publicado na revista científica “Nature Communications”. Os pesquisadores encontraram e colheram três amostras do material nas montanhas Príncipe Charles.
Diamantes são formados a partir de carbono puro encontrado em locais profundos sob temperatura e pressão extremas. Erupções vulcânicas trazem esses cristais valiosos para a superfície, normalmente preservados dentro dos kimberlitos.
A presença dessas rochas é considerada um indício da existência de depósito de diamantes em várias partes do mundo, incluindo África, Sibéria e Austrália.
Mesmo se descobrirem uma grande quantidade de diamantes na região, isso não significa que haverá mineração no local. Um tratado internacional proíbe qualquer extração de fontes minerais, a não ser em casos de pesquisas científicas.
O tratado, no entanto, será revisto em 2041 e pode alterar esse cenário. "Não sabemos quais serão os termos do tratado após 2041 ou se haverá alguma tecnologia que possa tornar economicamente viável a extração de diamantes na Antártida", disse Kevin Hughes, do Comitê Científico para Pesquisas na Antártida, em entrevista ao website da BBC News.
De 2006 até outubro deste ano, o Brasil exportou 519.832 quilates de diamantes brutos, no valor de US$ 51,6 milhões, pelo Sistema de Certificação do Processo de Kimberley (SCPK).
Esse número ainda deve aumentar com o início de novos projetos de diamantes no país. Um deles é a mina de Braúna, da Lipari Mineração, no município de Nordestina, na Bahia.
O projeto, que deve iniciar operações em 2015, prevê a produção de 225 mil quilates de diamantes anualmente. A mina a céu aberto tem vida útil prevista de sete anos, com possibilidade de abertura de mina subterrânea. Com informações da BBC News.
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