terça-feira, 10 de dezembro de 2013

O que o Brasil tem a aprender com a Mongólia

O que o Brasil tem a aprender com a Mongólia
A Mongólia viu os investimentos estrangeiros caírem quase 50%, tudo graças a aumento de taxas, cassação de licenças e a uma política intervencionista. Os mesmos pontos que estão sendo hoje debatidos em relação ao novo Marco Regulatório da Mineração Brasileira.
Aqui, por incrível que pareça estamos tentando seguir o modelo Mongol, com o Governo Brasileiro tentando empurrar, goela abaixo, uma pílula que vai acabar com a pesquisa mineral, afugentar investidores externos e tornar o controle sobre os negócios da mineração em uma verdadeira ditadura: o novo Marco Regulatório da Mineração.
Na Mongólia, por muito menos do que isso, o país está indo à bancarrota com investidores fugindo e as receitas caindo exponencialmente. Os sinais que vemos estão em todos os cantos, até nos recentes leilões do petróleo e gás que não mais estão atraindo os grandes investidores a arriscar no Brasil.
Um bom exemplo do medo que esse tipo de regime intervencionista causa está ocorrendo agora na Mongólia onde a Turquoise Hill, a empresa que controla a super-mina de Oyu Tolgoi, faz uma nova emissão de ações. A Turquoise Hill, uma empresa de Robert Friedland e da Rio Tinto está tentando , com o lançamento de novas ações, levantar 2,4 bilhões de dólares para investir na mina de cobre e ouro da Mongólia. O projeto é um dos melhores do mundo em tamanho, teores e economicidade, mas tem um problema: está na Mongólia. A empresa, que já foi a queridinha das bolsas de valores, viu suas ações caírem 26% somente hoje.
O motivo?
Medo!
Os investidores estrangeiros não querem investir em países que mudam as regras do jogo durante o jogo, que aumentam os impostos sem pensar nas consequências que os aumentos causam nos mineradores e que controlam com mão de ferro todas as decisões importantes.
Se os nossos políticos abrirem os olhos eles perceberão que estão vendo um déjà vu do que nós iremos experimentar nos próximos anos no Brasil se o Código Mineral for aprovado como o Governo quer.
Estaremos curtindo o caos, ao lado da Mongólia, Bolívia e Venezuela, com os minérios e as riquezas ainda no chão e com o povo nas ruas.

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