domingo, 23 de março de 2014

Gemas - Ametista, Esmeralda e Turmalina

Gemas - Ametista, Esmeralda e Turmalina
Descrição:
Este documento contém informações sobre as prin
cipais características físicas e químicas desse
grupo de minerais, suas aplicabilidades e formas de ocorrência.
Palavras-chave:
composição química, propriedades óticas, co
r, dureza, clivagem, densidade, cor, brilho,
diversidades mineralógica
s, usos, ocorrências.
1. Características físicas e químicas das gemas
2. Aplicabilidade das gemas
3. Ocorrências das gemas
1. Características físicas e químicas das gemas
AMETISTA
1.
FAMÍLIA /GRUPO:
Família dos Tectossilicatos; Grupo do Quartzo.
2.
FÓRMULA QUÍMICA:
SiO
2
. Óxido de silício.
3.
COMPOSIÇÃO:
Si = 46,7%, O = 53, 3%. Apresenta compostos de ferro e manganês, que lhe rendem
sua cor característica.
4.
CRISTALOGRAFIA:
sistema Hexagonal-trigonal
5.
PROPRIEDADES ÓPTICAS:
Isotrópico uniaxial positivo (biaxial
quando deformado, 2V de 5º ou mais).
Quase sempre contém inclusões, tais como: turmalina, clorita, mica, magnetita, zircão. Pode conter
vacúolos.
6.
HÁBITO:
Prismático, granular, maciço.
7.
CLIVAGEM:
Imperfeita {1011} ou {0111}.
8.
DUREZA:
7
9.
DENSIDADE:
2,65
10.
FRATURA:
Conchoidal, quebradiça.
11.
BRILHO:
Predomina o brilho vítreo.
12.
COR:
Geralmente violeta,
roxa ou púrpura.
13.
TRAÇO:
Incolor.
14.
VARIAÇÕES:
Existe uma variedade bicolor,
denominada quartzo ametista,
trata-se de uma forma mais
compacta de ametista que, freqüentemente possui bandas de quartzo leitoso. Além de, uma variedade
tricolor com uma extremidade de cor roxa, a outra
extremidade amarela, sendo cortada por uma faixa
incolor. Outras espécies são: Ametista Jacobina, va
riedade de ametista escura com tonalidades vivas;
Ametista Madagascar, variedade de ametista violeta-escura, levemente enfumaçada ou violeta-púrpura
quando mais clara; Ametista –m
osquito, variedade com pequenas inclusões de goethita; Ametista-
espanhola, nome dado a ametistas finas comercia
lizadas na Espanha de origem desconhecida e cor
púrpura. Também existe a ametista Uruguai, ametista-uraliana, ametista-siberiana, etc.
15.
PROPRIEDADES DIAGNÓSTICAS:
Caracterizado por sua cor violeta, seu brilho vítreo, fratura
conchoidal, e forma cristalina.
16.
CONSIDERAÇÕES GERAIS:
Devido a mostrar em muitas vezes alternância de faixas claras e escuras, a
ametista costuma ser lapidada com
a mesa inclinada em relação ao
plano das faixas. Também costuma
ser lapidada em cabochão, pêra ou brilhante. É cons
iderada símbolo da sinceridade e lucidez, antigamente
acreditava-se que a ametista combatia a embriagu
ez, o sono e até mesmo gafanhotos. A Rússia tem
produzido ametista sintética de ótima qualidade. Qu
ando aquecida à ametista
pode se transformar em
citrino. A ametista pode atingir
grandes dimensões, sendo conhecido um cristal com cerca de 250Kg no
Museu Britânico
 
                                                           ESMERALDA-
1.
FAMÍLIA/GRUPO:
Família de Ciclossilicatos; Grupo do Berilo
2.
FÓRMULA QUÍMICA:
Be
3
Al
2
(Si
6
O
18
)
3.
COMPOSIÇÃO:
Silicato de berilo e alumínio. BeO 14,0%, Al
2
O
3
19,0% , SiO
2
67,0%. Freqüentemente
estão presentes pequenas quantidade
s de álcalis, constituindo, muitas vezes, parcialmente, em césio.
4.
CRISTALOGRAFIA:
Hexagonal, classe bi
piramidal-dihexagonal
5.
PROPRIEDADES ÓPTICAS:
Uniaxial
6.
HÁBITO:
Prismático, freqüentemente estriado e entalhado.
7.
CLIVAGEM:
Indistinta, imperfeita basal.
8.
DUREZA:
7,5 a 8
9.
DENSIDADE:
2,75 - 2,80
10.
FRATURA:
concóide, estilhaçada e irregular
11.
BRILHO:
vítreo
12.
COR:
verde-esmeralda, ve
rde-claro, verde-escuro, ve
rde-amarelo, azul,
amarelo do ouro, róseo, branco e
incolor.
13.
TRAÇO:
branco
14.
VARIAÇÕES:
Esmeralda (verde-escuro); berilo (verde-c
laro); água marinha (azul-pálido); morganita
(róseo); berilo-dourado (amarelo-ouro).
15.
PROPRIEDADES DIAGNÓSTICAS:
Reconhecido, usualmente por sua
forma cristalina hexagonal e pela
cor. Distingue-se da apatita pela sua dureza. Risca o quartzo. Possui diversas fraturas, inclusões, fato que
lhe deixa susceptível a impactos, com características quebradiças.
16.
CONSIDERAÇÕES GERAIS:
Devido à presença de várias fraturas
inclusões e outros planos de fraqueza
na esmeralda, foi desenvolvida uma
forma de lapidação em degraus, na
qual os quatro ângulos agudos
são cortados e facetados, de forma que a gema fiqu
e menos vulnerável aos possíveis impactos. Lapida-se
a água-marinha em tesoura e em degraus. A água-mar
inha pode apresentar canais finos, onde a luz é
refletida na cor branca. Se estes canais forem abundantes pode-se conseguir o efeito olho-de-gato ou
asterismo com estrelas de seis po
ntas. Podem-se confundir a água-m
arinha com o eucl
ásio, cianita,
topázio, turmalina, zircão e imit
ações do vidro. A esmeralda pode
ser confundida com a aventurina,
demantóide, diopsídio, diop
tásio, grossulária, hiddeni
ta, peridoto, uvarovita, verdelita. A cor verde da
esmeralda está associada co
m a presença do cromo, o verde do ber
ilo está associado ao vanádio. A cor
azul da água-marinha está associada com
o ferro. O nome esmeralda vem do grego “
smaragdos
” significa
pedra verde
                                                 
                                          TURMALINA

1.
FAMÍLIA /GRUPO:
Família dos Ciclossilicatos; Grupo da Turmalina
2.
FÓRMULA QUÍMICA:
XY
3
Al
6
(BO
3
)
3
(Si
6
O
18
)(OH)
4
, na qual X = Na, Ca e Y = Al, Fe
3
, Li e Mg.
3.
COMPOSIÇÃO:
Trata-se de um borossilicato complexo
de alumínio com composição variada.
4.
CRISTALOGRAFIA:
Sistema hexagonal-trigonal
- Classe: dipiramidal.
5.
PROPRIEDADES ÓPTICAS:
Uniaxial.
6.
HÁBITO:
Prismático, algumas compactas, maciças; também
em colunas grossas e finas, tanto radiadas
como paralelas.
7.
CLIVAGEM:
Indistinta
8.
DUREZA:
7 a 7,5.
9.
DENSIDADE:
3,0 a 3,25.
10.
FRATURA:
Desigual, concóide, quebradiça.
11.
BRILHO:
vítreo a resinoso.
12.
COR:
Incolor, rósea, vermelha, amarela, parda,
verde, azul, roxa, preta e multicolorida.
13.
TRAÇO:
Branco.
14.
VARIAÇÕES:
Acroíta (incolor ou quase incolor, muito
rara); Dravita (amarelo-castanho e castanho-
escuro); Indigolita (azul em todos
os graus); Rubelita (rósea ou verm
elha, ocasionalmente com tonalidade
violeta. A mais valiosa tem a cor do rubi); Schorlita
(negra muito comum. Usadas
em joalheria); Siberita
(vermelho-lilás até azul-violeta); Verdel
ita (todos os matizes do verde); etc.
15.
PROPRIEDADES DIAGNÓSTICAS:
Reconhecida, usualmente, pela seção transversal triangular,
arredondada, dos cristais e pela fratura concóide. Apre
senta estria paralela ao eixo “c”. Distingue-se da
hornblenda pela ausência de clivag
em prismática. Pode-se identificar a turmalina no microscópio óptico
pelo seu forte pleocroísmo e elevada birrefringênci
a. Um mesmo cristal pode ter uma cor em cada
extremidade e ainda uma terceira no centro. Ou te
r uma cor externamente e outras no seu interior.
16.
CONSIDERAÇÕES GERAIS:
Seu nome vem do cingalês, “
Turmalii
”. Nenhum mineral utilizado para
gemas possui uma variedade de cores tão rica como a
turmalina, esta caracterís
tica foi responsável por
despertar um grande interesse em seu uso como ge
ma. Podem-se confundir a turmalina com ametista,
andaluzita, crisoberilo, citrino,
demantóide, hiddenita, pe
ridoto, prasiolita, quartzo enfumaçado, rubi,
esmeralda, espinélio sintético verde, topázio róseo,
vesuvianita, zircão e algu
mas imitações do vidro. A
turmalina é fortemente piroelétrica e piezoelétrica. Existem turmalinas bicolores, tricolores e
multicoloridas.

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