terça-feira, 4 de março de 2014

Trafigura busca investimentos em mineração no Brasil

Trafigura busca investimentos em mineração no Brasil

Trading busca novos investimentos após assumir o controle de um terminal portuário de minério de ferro de Eike Batista


Minério de ferro
Minério de ferro: Trafigura está avaliando oportunidades principalmente em projetos de mineração no Brasil
Rio de Janeiro - A Trafigura Beheer BV, a segunda maior trading de metais do mundo, está estudando novos investimentos no Brasil após assumir o controle de um terminal portuário de minério de ferro em um movimento de expansão de suas operações na América do Sul.
A Trafigura, com sede em Amsterdã, está avaliando oportunidades principalmente em projetos de mineração no país que é o segundo maior exportador de minério de ferro do planeta, disse Mariano Marcondes Ferraz, CEO da empresa DT Group, da Trafigura, em entrevista concedida hoje no Rio de Janeiro. A empresa pode estudar a compra de minas ou ajudar os atuais produtores a impulsionar sua capacidade de produção por meio do financiamento de expansões, disse ele.
“Nós estamos buscando mais investimentos”, disse Ferraz, 48, sem fornecer mais informações sobre qualquer possível negócio. “Naturalmente, a mineração é alvo do grupo”.
A Trafigura está construindo uma sede regional para commodities em Montevidéu, Uruguai, onde manterá sua base de operações na América do Sul para os setores de petróleo, minério e metais. A trading de capital fechado, juntamente com a sócia Mubadala Development Co., concluiu hoje a aquisição de uma participação de 65 por cento no Porto Sudeste, de Eike Batista, no Brasil, por US$ 400 milhões, ganhando um ponto de saída para exportar o minério de ferro extraído do estado de Minas Gerais com destino à Ásia e à Europa.
O Porto Sudeste, localizado na Baía de Sepetiba, 90 quilômetros a oeste do centro do Rio, atingirá sua capacidade anual total de 50 milhões de toneladas de minério de ferro em 2016 e deverá iniciar as operações em agosto, disse Ferraz, que é membro do conselho da unidade portuária. Isso representaria um atraso de quase três anos em relação às estimativas mais otimistas de Batista.
‘Oportunidade única’
“Foi uma oportunidade única”, disse Ferraz a respeito da aquisição. “A maior parte dos terminais de commodities pertencem exclusivamente a empresas e não tenho certeza se algum deles está à venda”.

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