sábado, 5 de abril de 2014

Estanho, a bola da vez. Demanda deve superar a produção ainda em 2014 alavancando novo ciclo de exploração mineral no País

Estanho, a bola da vez. Demanda deve superar a produção ainda em 2014 alavancando novo ciclo de exploração mineral no País
Tudo leva a crer que teremos um novo ciclo do estanho. Os preços do metal na LME, subiram muito nas últimas semanas, impulsionados por fortes compras. A previsão dos analistas da Bolsa de Londres (LME) e do BNP Paribas é que a demanda irá superar a produção em 10.000t, ainda  neste ano.
Esta é a receita para uma subida de preços ainda maior que, certamente, impulsionará a pesquisa mineral nos vários recantos do mundo. Várias empresas já estão se posicionando e adquirindo ativos, como a Bushveld Minerals que está comprando os rejeitos das minas de estanho de Zaaiplaats na África do Sul, ao mesmo tempo em que coloca em produção o seu projeto Mokopane. Aqui no Brasil, o Grupo Minsur, da família peruana Brescia, comprou o controle do projeto Pitinga por US$400 milhões. Pitinga, um megaprojeto de estanho descoberto pela CPRM e Paranapanema colocará o Brasil de volta no mapa do estanho mundial juntamente com a Malásia, Indonésia e a China. O plano é aumentar a produção de Pitinga em, no mínimo, 25% ainda neste ano. Pitinga produziu 4.200t  em 2013 o que foi 281% maior do que em 2010.
Enquanto as minas da Minsur, como San Rafael no Peru, uma das grandes do mundo, estão se exaurindo (S. Rafael tem reservas para somente 7 anos), os preços do estanho triplicaram na última década atingindo hoje US$23.125/t na LME. A expectativa é de que o estanho supere os US$26.000 ainda esse ano.
Esse é um cenário parecido com o da década de 80, quando o estanho era negociado a US$12.000 e era um dos metais mais importantes na pesquisa mineral do mundo. A diferença é que na década de 80, os preços eram ditados artificialmente pelo cartel dos grandes produtores que tinha um estoque regulador. Foi por causa do caráter artificial dos preços, que houve a queda para US$4.000, que pulverizou o ciclo do estanho.
Já os preços de hoje estão sendo comandados pela oferta e procura e são, portanto, muito menos distorcidos e pouco sujeitos ao colapso da década de 80.
Com o novo ciclo do estanho se aproximando, veremos o reaquecimento da pesquisa mineral no Brasil, que será alavancada também pelo diamante.
Tempos interessantes se aproximam.
Aos geólogos de exploração uma sugestão: revisar os conceitos de amostragem em leitos ativos, traps e, naturalmente, comprem boas botas de campo! Teremos a volta dos sedimentos de correntes à exploração mineral.

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