domingo, 20 de abril de 2014

PEDRAS PRECIOSAS, METAIS NOBRES E PEDRAS ORNAMENTAIS

 
PEDRAS PRECIOSAS, METAIS NOBRES E PEDRAS ORNAMENTAIS Imprimir E-mail
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fig.1
Entre os minerais que se destacam por sua beleza, há muitos que, por serem frágeis ou de dureza muito baixa, não podem ser aproveitados para fabricação de jóias ou objetos decorativos. Eles são muito bonitos, dispensam lapidação ou qualquer tipo de beneficiamento, mas não servem para figurar numa jóia.
 Em compensação, minerais como esses são a grande paixão dos colecionadores, inclusive porque, por não terem outro uso que não seja como peça de coleção, geralmente são desprezados nas minas, garimpos e pedreiras.Image
fig.2
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fig.3
 Os delicados cristais de calcita (fig. 1) são um exemplo. O que fazer com tais preciosidades senão admirá-las na sua pureza, na plenitude de suas formas e cores naturais ?
O mesmo pode-se dizer dos milimétricos cristais de quartzo incolor sobre calcedônia cinza (fig.2) ou dos finíssimos cristais de alunogênio (fig.3).
Mas, há substâncias que se destacam pela beleza e, ao mesmo tempo, por um significativo valor econômico são as gemas, os metais nobres e as pedras ornamentais. E é sobre eles que falaremos daqui em diante.

As substâncias minerais valiosas por sua beleza são aproveitadas com três finalidades: adorno pessoal, na forma de jóias; decoração de interiores, como esculturas, vasos, cinzeiros, pias, pesos de papel e muitos outros objetos; em acabamentos arquitetônicos, como pisos, revestimentos de paredes, escadarias, pedestais, colunas, etc.

As usadas para adorno pessoal compreendem os metais nobres e as gemas. Na decoração de interiores, usam-se minerais decorativos.

Para acabamentos arquitetônicos, usam-se principalmente as rochas ornamentais. Dentre estas, há clara preferência pelo granito e pelo mármore, mas usam-se também ardósia, basalto, quartzito, por exemplo.

Esses materiais todos recebem a denominação comum de substâncias gemológicas e seu estudo e aproveitamento fazem parte da ciência chamada Gemologia. Podemos dizer que substância gemológica é uma substância geralmente natural e inorgânica usada para adorno pessoal ou com fins decorativos.
Classificação Das Substâncias Gemológicas

Substância
Uso
Exemplos Típicos
Gemas
Gemas Naturais
Minerais
Adorno pessoal
Esmeralda , diamante, tumalinas, granadas, rubi, safira, ametista, etc.


Orgânicas: Coral, âmbar, pérola, etc., Pérolas Cultivadas

Diversas Gemas Sintéticas: Esmeralda sintética , rubi sintético, etc.

Gemas Artificiais: Zircônia cúbica, YAG, GGG, etc.

Gemas Reconstituídas: Turquesa reconstituída

Gemas Tratadas: Topázio irradiado,  citrino obtido por tratamento de ametista, etc.

Gemas Realçadas: Esmeralda tratada com óleos

Gemas Revestidas: Esmeralda revestida

Gemas Compostas: Gema + gema, gema + vidro, etc.

Metais nobres: Ouro, Prata

Grupo da platina: Platina, paládio e ródio

Pedras ornamentais: Minerais decorativos

Decoração de interiores: Ágata, sodalita, quartzo rosa, etc.

Rochas ornamentais

Acabamentos arquitetônicos: Mármores, granitos, ardósias, etc.


Como se pode ver, as gemas são a categoria com tipos mais variados, reflexo da diversificada origem dessas substâncias.

Gema é uma substância geralmente natural e inorgânica que por sua raridade, beleza e durabilidade é usada para adorno pessoal.

As gemas naturais são, como o nome diz, aquelas encontradas na natureza. Delas, as gemas minerais são de longe as mais numerosas, mais valiosas e, por isso, as mais importantes. Esse grupo inclui praticamente todas as pedras preciosas mais conhecidas e que vêm sendo usadas pela humanidade há vários milhares de anos, como diamante, esmeralda, rubi, turmalina, safira, granada, topázio, ametista, etc.

As gemas orgânicas compreendem um grupo menor, mas também com alguns representantes bem conhecidos. São aquelas produzidas por seres vivos, como pérola, coral, âmbar, marfim, azeviche, jarina, etc. Não sendo de origem mineral, não podem ser chamadas de pedras preciosas. Isso mostra que gema e pedra preciosa não são exatamente a mesma coisa, ainda que a imensa maioria das gemas sejam pedras preciosas.

As pérolas cultivadas não entram na categoria das gemas orgânicas porque, embora sejam produzidas exatamente pelo mesmo processo que as pérolas naturais, ele foi nelas provocado artificialmente.

Gema sintética é aquela produzida em laboratório e que tem uma corres-pondente natural. Ex.: esmeralda sintética, espinélio sintético, safira sintética, etc. São gemas muito seme-lhantes às gemas naturais correspondentes e só podem delas ser distinguidas com equipamento apropriado.

Gema artificial é aquela também produzida em laboratório, mas que não tem uma correspondente natural conhecida. É, portanto, uma gema “inventada”. Ex.: zircônia cúbica, yag, fabulita.

Gema reconstituída é a gema produzida em laboratório por meio da aglomeração ou fusão parcial de fragmentos de uma gema natural. Quando a gema natural é muito friável, o que impede que seja lapidada, ela é triturada e misturada a uma cola. A mistura é então prensada e, com isso, adquire consistência para ser trabalhada. Ex.: turquesa reconstituída, âmbar reconstituído, lápis-lazúli reconstituído.

A gema tratada é aquela em que a cor ou outra propriedade foi modificada para lhe dar mais valor. O citrino obtido por tratamento térmico de ametista e a ágata tingida são exemplos de gema tratada.

Gema realçada é aquela que teve uma de suas propriedades, geralmente a cor, melhorada arti-ficialmente. A ágata naturalmente avermelhada ou alaranjada pode ser aquecida para que sua cor fique mais forte. Ela poderia, portanto, ser incluída na categoria das gemas tratadas, mas modernamente prefere-se fazer essa distinção.

Gema revestida é aquela sobre cuja superfície se fez depositar uma fina camada, colorida ou não, da mesma substância ou de outro material. Pode ser obtida, por exemplo, fazendo depositar sobre um berilo incolor já lapidado uma fina camada de berilo verde, ou seja, de esmeralda.

Gema composta é a que se obtém unindo com cimento ou outro método artificial duas ou mais partes de gemas naturais, sintéticas ou artificiais. Pode ser gema natural com gema artificial, gema com vidro, vidro com duas gemas diferentes, etc.
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fig.4
Os metais nobres (ou metais preciosos) são um grupo de metais raros que inclui o ouro, a prata e os metais do grupo da platina (platina, paládio, ródio, irídio, ósmio e rutênio). Em Gemologia, os metais do grupo da platina usados são a platina, o paládio e, em menor quantidade, o ródio.

Os minerais decorativos são muitos. Entre os mais usados podem ser citados quartzo rosa, sodalita, ágata e cristal-de-rocha. Menos freqüentemente, empregam-se, na confecção de objetos decorativos, também algumas rochas, como granito, mármore, pedra-sabão, serpentinito e lápis-lazúli.

As rochas ornamentais compreendem vários tipos petrográficas, dos quais são bem mais importantes o granito e o mármore.
Convém esclarecer que aquilo que no comércio e na indústria se chama de granito ornamental compreende, na verdade, várias rochas formadas principalmente por silicatos, como sienito, pulaskito, diorito, charnockito, essexito, etc.

O termo mármore inclui também, no mercado de rochas ornamentais, dolomito e calcário.

O basalto, muito usado em pisos e paredes no sul do Brasil, é na verdade uma rocha um pouco mais rica em quartzo, o riodacito.
Algumas rochas ornamentais dispensam polimento. Exemplo disso é o quartzito conhecido comercialmente como Pedra Caxambu ou São Tomé (fig.5), muito usado em torno de piscinas porque não fica quente demais, mesmo no verão forte. As ardósias, por sua vez, por terem baixa dureza, não podem ser polidas.
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fig.5

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