Rio Grande, na divisa de São Paulo e Minas Gerais, é ameaçado pelo garimpo
- É mexido em todo o leito do rio e todo este material acaba sendo carreado e deixado em alguns pontos específicos, formando morros que ficam bem visíveis quando o leito abaixa. Altera a qualidade das águas e vai mexer no habitat dos peixes, podendo influir também na reprodução - declara Tenente Alessandro Daleck, Polícia Ambiental.
No local há dezenas de estruturas flutuantes, conhecidas como barcaças, que ficam espalhadas na água. Nelas garimpeiros fazem a extração ilegal de diamantes. Homens mergulham a mais de 20 metros de profundidade de maneira improvisada, para retirar pedras do fundo do rio.
O material é peneirado para tentar encontrar os diamantes. O sonho de todos é encontrar a pedra da cor rosa, a mais valiosa, o kilate vale mais de um milhão de reais e lá tem milhares de kilates, Os diamantes retirados do rio são comprados e revendidos para o exterior ilegalmente, sem pagamento de impostos.
- Todo lugar onde a gente trabalha tem comprador. Em Rio Preto, tem aqui em Frutal, tem Franca, tem Belo Horizonte, todo canto tem comprador, mas eles que vão pegar daqui e levar para o seu país - explica.
Os garimpeiros vivem em situação bastante precária, fazem o serviço arriscado e ficam com menos da metade do valor das pedras vendidas para os atravessadores.
Durante operação no Rio Grande, a Polícia Ambiental apreendeu diamantes, motores, e equipamentos usados na extração ilegal. Todos os materiais vão ficar à disposição da Justiça.
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