China e Rússia assinam contrato de gás avaliado em US$ 400 bilhões
Países fecharam um contrato histórico no setor de energia após uma década de negociação.
O CEO da Gazprom, Alexei Miller (c), e o presidente da CNPC, Zhou Jiping (d), na cerimônia de assinatura do acordo
(Alexey Druzhinin/AFP)
De acordo com a CNPC, o contrato indica que a Rússia fornecerá gás à segunda maior economia mundial a partir de 2018, e o volume entregue aumentará progressivamente "para alcançar, com o tempo, 38 bilhões de metros cúbicos anuais".
O acordo assinado pela CNPC e pela empresa russa Gazprom está avaliado em 400 bilhões de dólares, tem duração de três décadas e prevê um preço de 350 dólares o m3, segundo o presidente da Gazprom, Alexei Miller. "É uma nova e importante conquista na cooperação energética entre os dois países", comemorou.
Histórico - A China, que deseja garantir suas fontes de fornecimento energético, estava há dez anos em negociações com a Rússia, que tenta fazer com que a Gazprom tenha acesso ao gigantesco mercado chinês. As negociações ficaram paralisadas durante um tempo devido ao preço do gás natural.
Os termos de um acordo assinado em 2009 previam inicialmente que o volume de gás fornecido pela Rússia poderia aumentar com o tempo para quase 70 bilhões de m3, um número que foi reduzido à metade no acordo final.
Analistas acreditam que esse acordo pode ajudar a China a aumentar a parcela de gás utilizado em sua matriz energética, o que pode reduzir os graves problemas de poluição do país.
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